"DENTE DE LEÃO" Taraxacum officinale
O dente-de-leão, um dos remédios naturais mais
versáteis, é um nutritivo legume de salada e um remédio desintoxicante para o
fígado e os rins. Adorada pelos ervanários pelo seu suave efeito depurativo, a
sua raiz é útil sempre que há algum tipo de toxicidade, incluindo em distúrbios
dermatológicos crônicos e infecções recorrentes.
Descrição : Planta da família das Asteraceae,
também conhecida como alface-de-cão, alface-de-côco, amargosa, amor-dos-homens,
chicória-louca, chicória-silvestre, coroa-de-monge, dente-de-leão-dos-jardins,
frango, leutodonte, quartilho, radite-bravo, relógio-dos-estudantes,
salada-de-toupeira, soprão, taraxaco, taraxacum.
Planta vivaz, munida de uma grossa raiz, carnosa, de onde
saem as folhas e o escapo floral. As folhas e o escapo floral. As folhas, dispostas
em fortes rosetas, são eretas ou inclinadas, lanceoladas e profundamente
divididas com segmentos triangulares.
As flores nascem em capítulos amarelos,
solitários, na extremidade de um escapo oco. O fruto é um aquênio, com dentes
no ápice, parecendo minúsculas presas, e um papilho de pêlos brancos sedosos,
formando uma esfera branca, que o vento dissemina com facilidade, percorrendo
grandes distâncias.
É considerada uma planta invasora de horta e jardim,
medrando em campos, vales úmidos e sombrios. Possui grande vitalidade,
rusticidade e é de fácil propagação. Adapta-se bem em vários tipos de solo e
clima. A raiz se recolhe no outono, a folha em qualquer época e o capítulo
floral antes de abrir.
Parte utilizada: Rizoma, folhas, inflorescência,
sementes.
Origem: Provavelmente Europa, principalmente
Portugal. Porêm até hoje especialista discutem se o dente de leão é uma planta
nativa da América ou aclimatada. Certamente, é encontrada e consumida em quase
todo o mundo.
História : Duas citações feitas no início do
século XIV, atestam seu uso. Em The Dogmaticus, Or Family Physician (Rochester,
Nova Yaork: Marshall and Dean, 1829), Josepf Smith listou-a como laxante e
desobstruente, afirmando que ela abre todo o sistema. No relatório sobre
botânica, o doutor Clapp no informa que em 1852 o dente-de-leão era usado nas
doenças crônicas do fígado, uso que provocou justificado porque descobriram que
a planta contém taxacina, um estimulante hepático, inulina, lacvulina, um
açucar, colina, uma das vitaminas do complexo B, fotosterol, que evita que o
corpo acumule colesterol, e potassa, que é diurética.
No período colonial era muito apreciado como vinho caseiro.
Modo de Conservar : As raízes, as folhas e os
capítulos florais são secos ao sol, em local ventilado e sem umidade.
Armazenadas em sacos de papel ou de pano. As raízes e as folhas podem ser
consumidas cruas. Plantio : Multiplicação: por sementes ou
mudas do rizoma; Cultivo: em climas diversos e solos pobres com pouca umidade;
Colheita: colhem-se as folhas durante a floração (julho — setembro).
Propriedades medicinais: Alcalinizante, anódina,
antianêmica, anticolesterol, antidiarreica, antiescorbútica, antiflogística,
anti-hemorrágica, anti-hemorroidária, anti-hipertensiva, anti-inflamatória,
antilítica biliar, antioxidante, anti-reumática, antiúrica, antivirótica,
aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa,
desobstruente das vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante,
expectorante, febrífuga, fortificante dos nervos, galactagoga, hepática,
hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante suave, nutritivas, problemas do
fígado, sudorífica, tônica.