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sexta-feira, 15 de março de 2019

A luz da Sabedoria do Amor


A luz da Sabedoria do Amor
Pesquisa - Pensamentos e palavras da Monja Coen

Nós criamos causas e condições. Somos os produtores, os atores, os diretores, os roteiristas desse grande espetáculo que é a nossa vida, a vida do planeta, do universo, de tudo o que existe.

 Quando cada um de nós atua no melhor de seu potencial – não de qualquer jeito, mas fazendo o que é correto, fazendo o seu melhor; não para dizer que somos o bom, mas o melhor para que todos possam se manifestar no melhor de seu potencial –, contribuímos para uma vida de harmonia, beleza, ternura, amor.

 O importante não é o que ganhamos, mas com o que podemos contribuir. Isso é a transformação.
Monja Coen
Vai Passar - Monja Coen responde sobre a impermanência

P - Tudo na vida passa? Como podemos ter certeza disso?

MC - Respirando. A inspiração termina, a expiração termina.
Olhando à volta. Ouvindo os sons. Percebendo nossos pensamentos. Nada é fixo. Nada é permanente.

P - Qual é a idéia de impermanência no budismo?
MC - 
Não é uma idéia. É uma realização. É a experiência da vida, da morte. Não há um eu fixo e permanente.

"Tudo que começa, termina." (de Xaquiamuni Buda)
"Tudo que termina, começa." (de Monja Coen)

P - Dor é diferente de sofrimento? Qual a diferença?
MC - Não saberia dizer se dor é diferente de sofrimento.
São palavras que tentam apontar a um sentimento.
Existe dor física, dor psicológica, espiritual.

Existe sofrer dor Uma pontada de dor. Sofri com dor de dentes - alguma coisa simples assim.

P - Como podemos lidar com a angústia de que o que é "bom" passa e o que é "ruim" parece que nunca vai passar?

domingo, 14 de janeiro de 2018

Depende do coração - Monja Zen




Depende do coração

Que nosso coração-mente, nosso kokoro, seja sensível e terno às outras pessoas e seres, pois eles são apenas um reflexo do nosso próprio ser
Texto: Monja Coen


Todos os meses, o mestre Yogo Rôshi vinha ao Mosteiro Feminino de Nagoia para liderar nosso retiro. Nós, monjas em treinamento, nos estressávamos nas preparações e nos irritávamos umas com as outras.

 Entretanto, no dia de sua chegada, como num passe de mágica, ficávamos gentis. Mesmo antes de ele chegar. Com sua presença, então, nos tornávamos seres celestiais. Yogo Rôshi falava inglês, e fui perguntar a ele o porquê dessa situação.

Eu também gostaria de ter essa capacidade de trazer harmonia só de pensarem em mim. “Tudo depende do seu coração”, me respondeu.

Quando cheguei ao mosteiro, também fora visitar a antiga abadessa, que estava no hospital. Ela pedira que eu levasse um poema, mostrando minha compreensão dos ensinamentos. Fui com uma colega japonesa que falava inglês. Ela traduziu para a idosa abadessa. 

Sem aprovar ou desaprovar, a mestra me disse apenas: “A prática dependerá do seu coração”.

Meu coração. Em japonês, a palavra é kokoro ou shin. Kokoro é o âmago do ser. Toda a nossa vida, como tratamos os outros e somos tratados, depende de nosso kokoro?

 Há um praticante que reclama muito em minha comunidade. Se vai a uma farmácia, acaba brigando com o farmacêutico. No trânsito, está sempre envolvido em conflitos.