quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Caminhada - Beneficios para a saúde e para o corpo

 



                                       

Caminhada

Os exercícios apropriados à terceira idade, a caminha­da é talvez o que mais se aproxima da perfeição da Hatha -Yoga porque ambas:

são rigorosamente naturais, dispensando, portanto, me­dicamentos, equipamentos e instalações de tecnologia so­fisticada e dispendiosa;

                     dispensam a contribuição de um profissional;


                     apresentam riscos insignificantes, por serem adaptáveis às condições individuais;

                     atuam, não como um tratamento específico de uma deter­minada doença, mas como um treinamento inespecífico, propiciador das condições básicas e etiológicas do que chamamos saúde.


Benefícios

A caminhada diária, yoguicamente praticada:

                     reduz as adiposidades, graças à forte queima de calorias;

                     pelo mesmo motivo, aprimora a silhueta e ajuda a redu­zir o peso;

                     reduz, no sangue, o nível de adrenalina e aumenta o de endorfinas, e por isto mesmo protege contra as chama­das “doenças do estresse”;


                     amplia a capacidade aeróbica, isto é, melhora o aprovei­tamento do oxigénio nos pulmões, coração, artérias e músculos;

                     melhora a circulação sanguínea, contribuindo assim para corrigir a hipertensão arterial;

                     fortalece e tonifica a musculatura, principalmente das pernas e do abdome;

                     previne artrites, artroses e a grande inimiga dos idosos, principalmente mulheres, a osteoporose, assim como otimiza o condicionamento físico dos portadores dessas síndromes.

Especialistas constataram que, considerando a grande quan­tidade de calorias queimadas, caminhar reduz a obesidade, sen­do preferível a nadar, correr e pedalar.


 Além disso, oferece muitos benefícios, desde fortalecer seu coração e pulmões até moldar músculos e melhorar o humor . Caminhar regularmente pode aumentar significativamente sua resistência e vigor, permitindo que você enfrente distâncias maiores e terrenos mais desafiadores com facilidade. 


A chave para desenvolver essas capacidades está na progressão constante e administrável. Ao aumentar gradualmente a intensidade de suas caminhadas — seja por distância ou tempo — você condicionará seu corpo a ter um desempenho melhor e se recuperar mais rápido.


Para ampliar os benefícios geriátricos da caminhada, deve-se:

        descartar o alcoolismo, o tabagismo e outros vícios destruidores;

        praticar nutrição balanceada, excluindo carnes e gorduras animais, os enlatados, o açúcar branco, as farinhas brancas, os frutos do mar, salames, presuntos, linguiças e outros tóxicos violentos;

        evitar o consumo abusivo de remédios, auto medicação;

        cultivar repouso e sedação;


        usar ténis apropriados e vestir roupas arejadas e folgadas, salvo nos dias frios, quando se faz necessário um agasalho;

        evitar a prática se não se passaram duas horas e meia após a última refeição, quando o organismo ainda se encontra em processo digestivo (um iogurte ou um suco de fruta não contam);


        parar e relaxar, quando se sentir ofegante;

o preferir locais arborizados, evitando ruas de tráfego intenso e poluídas;

        ao término, beber água, especialmente se transpirar muito, a fim de reidratar-se;

        amplificar a caminhada, transformando-a de simples atividade física (?!) em atividade holística.




AMPLIFICAÇÃO

Em minhas caminhadas raramente cruzo com pessoas que manifestem saúde, positividade, felicidade, euforia, paz...

 Vejo muito mais rostos contraídos denunciando preocupações, mágoas, zangas, pessimismo, amargura... Sinto que estão fazendo o exercício como desagradável penitência puramente corporal, imposta pelo modismo ou receitada pelo médico.

 

 Dá para perceber que, enquanto seus corpos se movem, suas mentes aflitas estão tensamente aprisionadas a coisas, pessoas ou fatos do passado ou do futuro. A caminhada as ajuda.

 

 Mas muito mais o faria se transformada em treinamento holístico. Vou lhe ensinar a caminhar holisticamente. Topa?

Para conseguir amplificar os benefícios da caminhada terá de amplificá-la. Algumas amplificações são físicas e outras não físicas.


Tais como:

o mobilizar a estrutura energética ou corpo prânico;

        concentrar a mente;

        curtir sublimes emoções e sentimentos santos;

        acima de tudo, buscar ligação com o Ser Supremo, o Espírito que é nossa Essência, Consciência e Realidade Ultima.

 

AMPLIFICAÇÃO NA ÁREA FÍSICA

Associe à sua caminhada o que for razoável e possível por exemplo, fechar e espalmar energicamente as mãos, imprimir movimen

tos aos pulsos, braços e ombros. Mas sempre moderadamente e de forma alguma acelerando sua respiração.


Caminhe tendo os braços cruzados à costas, com o propósito de corrigir o que se tem chamado “as costas redondas” dos idosos, e também para o desempeno da postura, podendo assim prevenir ou até certo ponto corrigir o afundamento do peito e a hipercifose (corcunda).

O caminhante que tenha hiperlordose (costas seladas), não deve praticar esta amplificação.

Se a caminhada for em terreno plano, percorra de cinco a dez metros andando nas pontas dos pés e depois, a mesma dis­tância sobre os calcanhares.



Amplificação

PSICOENERGETICO-ESPIRITUAL

Plena atenção — Muitas vezes cruzo com pessoas a caminhar escutando um walkman em forma de braçadeira, evidencian­do um lamentável alheamento psíquico. Conversar enquanto caminhamos também é desaconselhável.

 Além de perturbar o ritmo respiratório, dependendo do assunto e do próprio interlocutor, expõe-nos a diferentes repercussões psíquicas, po­dendo algumas serem adversas à concentração, à harmoniza­ção, à tranquilização e à purificação da mente).

 Tagarelando, soltando rédeas a pen­samentos, emoções, fantasias, memórias, preocupações, pós-ocu- pações, apreensões, inseguranças, ressentimentos, fofocas etc., o caminhante se movimenta materialmente feito robô, como se fosse tão-somente um corpo, mas o pior é o que sobra para seu mundo psíquico. Isto não convém.

 A dispersão mental de­bilita, distrai, e até pode instabilizar todo o sistema que somos. Caminhar concentrado, mobilizando e administrando todo seu ser é imensamente benéfico. E quase como praticar yoga. E o que os cientistas chamam holoprática.

Durante sua caminhada diária, concentre-se, e assim se for­taleça, se harmonize, consiga integrar-se como uma unidade sadia. Defenda-se da fragmentação e da alienação.

 Não se es­parrame indefeso, rendido às muitas atrações que passam. Não largue o timão do barco de sua vida. Cultive a atenção plena, que consiste em estar inteiro, alerta, ligado e presente no local e no que estiver fazendo. Assuma o controle de si mesmo.

Ao tentar concentrar-se, bem como em tudo que fizer, evite ten­são e perfeccionismo. Esteja atento, mas com brandura. Não brigue com sua mente, até agora viciada em distrações.

A atenção plena não é fácil, pois a mente, por tantos anos solta, errante e descomprometida, rebelde por natureza, e, aci­ma de tudo, ladina e embusteira, agora rechaça qualquer ten­tativa de controle.

 Não devemos porém desistir de educá-la. A melhor tática recomenda não usar de violência, não preten­der impor ou forçar, mas, sem desânimo, perseverar com pa­ciência e perícia.

Entenda por perícia o emprego inteligente e diligente de três procedimentos bastante capazes de seduzir a mente e por fim aquietá-la: comunhão com a Natureza, pranayama e auto-sugestão.

(a) Comunhão com a Natureza — Caminhar em silêncio, bus­cando sintonizar com a natureza, funciona como terapia da sensibilidade, isto é, a conquista da saúde pelo refinamen­to dos sentimentos e pela sublimação da sensualidade.

Nos seminários da Academia Hermógenes e no curso de “Treinamento Antidistresse”, que tenho administrado a empresas, no Brasil e em Portugal, a caminhada em comunhão com a Natureza sempre termina com emocionados depoimen-tos espontâneos de um ou mais componentes declarando ter alcançado alívio ou mesmo a solução para algum velho sofri-mento persistente.

O grupo, em silêncio, caminha por vales e colinas, a vadear regatos, a varar capões de mato, a trilhar picadas, deliciando-se em religiosa mudez e inebriando-se com o banquete de doces sensações inspiradas pela exuberância de cada paisagem.

Não tem que ser uma atividade coletiva. O caminhante que busca sintonizar com a Natureza, cultivando o silêncio mental, alcança condições de vivenciar um ainda desconhecido nível de euforia de mágico poder repousante.

A recomendação é manter atenção plena voltada para o ambiente sedutor; tomar consciência de cores e formas, de luzes e sombras que se alternam, de nuvens cambiantes; procurar sentir na pele o ardor do sol ou o frescor da mata;

 escutar a sonoridade dos pássaros, dos insetos, do riacho sussurrante, da brisa harpejando o arvoredo, dos próprios passos esmagando folhas caídas; perceber fragrâncias diversas, atentar para seus próprios movimentos musculares e respiratórios...

Em tudo isto a mente é reduzida à simples espectadora quieta, embebendo-se de mil percepções, no papel de testemunha que não interfere, não fala, não avalia, não faz projetos, não evoca o passado e nada julga.

O silêncio da língua até que não é difícil. Difícil mesmo é emudecer a mente sempre tagarela. A mente, imantada pela beleza do ecossistema, tende naturalmente a aprofundar-se no rumo do “Reino de Deus que está dentro de nós”.

A caminhada, feita dessa maneira, é o que se pode chamar meditação em movimento.

(b)    Pranayama —

 Significa gerenciar (yamd) a bionergia (prand). Isto seguramente amplia os benefícios da caminhada. Consistirá em inspirar e expirar no ritmo dos passos. Como proceder?

Em plena atenção, inspiramos enquanto damos, di-gamos, três passos e expiramos durante outros três. A contagem (três, quatro...) dependerá de nossas necessidades e, naturalmente, de nossas limitações. Se, com a contagem de três passos você ficar ofegante, diminua para dois.

O importante é que o número de passos seja igual para inspirar e expirar. Evite empolgação, pretendendo ultrapassar-se. Em yogaterapia qualquer forma de repressão, pressão, ansiedade ou violência deve ser descartada. Empenhada na contagem, sem se dar conta, a mente está se deixando disciplinar.

(c)     Auto-sugestão — O bem-estar e a vitalidade produzidos pela caminhada podem ser amplificados se, ao ritmo das passadas, você associar a visualização de um auto-retrato positivo, imaginando-se jovem, forte, belo, vigoroso, calmo, elegante, alegre e feliz.

 Para tanto, o método de auto-sugestão é bastante válido. Em vez de soltar a mente leviana e falastrona, repita para si mesmo, insistentemente e convicto: “Cada dia estou melhorando, sob todos os aspectos!”

Pode preferir outro método, por exemplo: ao inspirar, imagine estar captando uma grande quantidade de bioenergia, e, ao expirar, eliminando uma carga negativade toxinas físicas, energéticas e psíquicas.

A auto-sugestão, no entanto, mais eficaz e imensamente eficaz, até mesmo onipotente, é repetir com total convicção, isto é, sem mínima dúvida ou vacilação, o mantram ensinado por Jesus: “Eu e o Pai somos um!”


Orar durante a caminhada é bastante proveitoso. Pode ser oração decorada, mas também uma espontânea, improvisada, criada no momento. Melhor que fazer pedidos, é louvar, agra­decer, render-se ou declarar amor a Deus.

 Há ainda a suge­rir: abençoar, com um voto mental, as pessoas que encontramos em nosso caminho. Embora não sendo em verdade uma auto- sugestão, conforme propomos, não deixa de ser uma forma de entreter a mente com algo positivo, lindo, digno, grandioso e abençoado.

Hermogenes 

Agradeço a Biatriz por ter enviado o texto.

Postado por Dharmadhannya



 


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