O filtro solar deve ser usado todos os dias?
Dra. Rachel Rosado | Dermatologista e Reumatologista
Aplique 30 minutos antes de sair de casa e reaplique a cada 2-3 horas. Se estiver na praia ou piscina, o filtro deve ainda ser reaplicado após os mergulhos.
Peles claras devem usar FPS 50 ou até superior. Peles morenas ou negras podem optar por FPS 30 (se não houver contraindicação). Uma pessoa de pele clara, por exemplo, pode usar no dia a dia um FPS 50, já em caso de um dia na praia, ou se sair para correr na rua, aplicar um FPS 70 (reaplicar a cada 2h). Deve-se ainda considerar o “veículo” do produto, que pode ser gel, creme, loção, spray, bastão… Afinal, é importante obter o melhor veículo de acordo com cada tipo de pele ou rotina.
Evite o sol entre 9:00 e 15:00h.
Invista em proteção física, que envolve uso de chapéus, bonés, viseiras (ótima opção para quem faz esporte ao ar livre), roupas com proteção UV, barraca de praia, etc.
A barraca de praia deve ser de lona ou algodão – as de nylon não protegem adequadamente. Estima-se que 95% dos raios UV ultrapassam o nylon.
Já existem barracas e roupas com filtro UV no mercado brasileiro.
Outra opção complementar é o chamado ‘protetor solar oral’ ou em cápsulas. Trata-se do extrato do Polypodium Leucotomos, que age na proteção solar de dentro para fora, aumentando a tolerância ao sol.
Indico em casos de:
– atletas e outros profissionais que trabalham ao ar livre;
– casos de herpes simples de repetição;
– manchas resistentes, entre elas o melasma;
– portadores de vitiligo;
– pessoas com alta sensibilidade à luz (erupção poliforma à luz e urticária solar e porfiria);
– pessoas com lesões pré-malignas (ceratoses actínicas);
– pessoas no grupo de risco e com histórico familiar de câncer de pele;
– pessoas que já tiveram câncer de pele.
Obs: O filtro solar tópico deve ser usado, esse é um recurso complementar!
Lembrando que, as crianças e adolescentes também devem usar filtro solar diariamente. Os efeitos dos raios solares são cumulativos, por isso o cuidado deve começar cedo!
Obs.: abaixo de 6 meses de vida não é indicada a exposição solar.
Diagnóstico
O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE O CÂNCER DA PELE
Nesta matéria, explico o câncer da pele, formas de prevenção, diagnóstico, tipos e tratamentos.
O tipo não melanoma é o mais frequente no Brasil e representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país (dados do INCA).
Por ano, são diagnosticados mais de 180 mil novos casos. Precisamos mudar isso através da informação. Tanto para evitar o problema ou, quando não for possível, para detectá-lo cedo.
Informação é poder!
Em casa, pode ser aplicada a Regra do ABCDE, que são dicas para realizar o autoexame e que ajudam a identificar um possível melanoma.
Bordas Irregulares – se tiver bordas
que parecem um mapa, é outro sintoma. As pintas e sinais devem ter bordas
lisas;
Cor – o normal é ter um tom de
marrom, mas se ele alterar de cor e ficar com tons de vermelho, branco, preto
ou cinza-azulado é mais um motivo de suspeita;
Diâmetro – se o sinal/pinta tiver
mais de 0,6cm, é um forte indício de melanoma;
Evolução – modificações ou
crescimento do sinal é também indicação de câncer.
Estar atento ao seu corpo é fundamental, dos seus familiares também, assim como fazer sua consulta de rotina no dermatologista, para acompanhar os sinais já observados.
-Dermatoscopia – o nome dado ao exame realizado pelo médico dermatologista que permite estabelecer o diagnóstico mais preciso das lesões pigmentadas da pele, que são conhecidas como pintas ou nevos melanocíticos (sinais na pele).
-Biópsia – trata-se da remoção de uma pequena quantidade de tecido, para que seja enviada para exame anatomopatológico.
presença de múltiplos nevos;
Presença de qualquer condição que
aumente o risco de câncer de pele, como nevo congênito e xeroderma pigmentoso.
Tipos
-Carcinoma espinocelular – costuma
ter maior incidência em homens e em pessoas com muita exposição solar ao longo
da vida.
-O Melanoma – possui aparência de
pinta ou sinal na pele, tem alterações de tonalidade, costumam medir mais de
6mm e tem bordas irregulares. Origina-se nos melanócitos (células que produzem
melanina). Em casos avançados, pode haver metástase e a redução das
possibilidades de cura. Representa apenas 3% dos tumores na pele, porém é o
tipo mais grave da doença.
O corpo humano é composto de trilhões de células vivas. Quando falamos em câncer, apesar de seus diferentes tipos, saiba que ele começa devido ao crescimento e multiplicação anormal/descontrolada das células.
No caso do câncer da pele, o tratamento depende do seu tipo e ainda outros fatores.
Sendo basocelular ou espinocelular, avalia-se o tamanho e localização do tumor, ainda se está disseminado e claro, além do estado geral do paciente. As opções de tratamento podem incluir cirurgia, terapia local, radioterapia, quimioterapia e terapia-alvo (medicamentos para identificar e atacar as células cancerígenas).
Etapas:
A pele é removida em camadas bem finas.
É analisada para verificar a presença
de células cancerígenas.
Havendo ainda células cancerígenas,
uma nova camada é retirada, e assim se sucede até que uma camada não mostre
mais sinais da doença.
Em casos mais graves ou descobertos
tardiamente, se o melanoma se espalhou para outros órgãos, como pulmões ou
cérebro, a cirurgia já não é mais uma opção curável. Desta forma, o tratamento
se volta ao controle da doença e melhor qualidade de vida para o paciente.
Alopecias">Alopecias
O termo Alopecia significa a perda temporária ou definitiva, senil ou prematura, total ou parcial, de pelos e cabelos.
As alopecias são divididas em dois
conjuntos: alopecias cicatriciais (queda permanente e irreversível) e alopecias
não-cicatriciais (é possível a recuperação dos fios).
Alguns tipos:
· Alopecia Areata: causada por
fatores autoimunes, podendo ser desencadeado por stress, caracterizada por
processo inflamatório na raiz dos pelos, levando à intensa queda de cabelo em
determinadas áreas, geralmente formando “clareiras”.
· Androgenética: também chamada
de calvície, é causada por fatores genéticos, associados às alterações no
metabolismo da testosterona, e por isso é mais frequente nos homens.
· Por tração ou trauma:
resultado de agentes externos ao organismo, que causam lesões no couro
cabeludo, gerando a queda dos cabelos. Podem ser secadores de cabelos,
chapinhas, penteados e até a tricotilomania (mania na qual a pessoa tem o
comportamento de puxar os próprios cabelos).
· Por medicamentos: a queda dos
cabelos é secundária a uma reação orgânica ao uso de determinado medicamento.
Por exemplo: anticoagulantes, citostáticos, ácido valpróico, mercúrio, altas
doses de vitamina A, e é claro, a quimioterapia.
· Seborreica: causada por uma
dermatite, que pode ser tratada com o uso de medicamentos.
· Difusa (Eflúvio): o eflúvio é um
período normal em que o cabelo cai naturalmente, mas quando este mecanismo
encontra-se desregulado, pode haver um período maior e mais intenso de queda de
cabelo. Pode ocorrer após stress psicológico ou fisiológico (cirurgias, doenças
sistêmicas, febre, etc).
· Cicatricial: caracterizada por
causar dano irreversível aos folículos dos pelos. Existem diverso tipos
diferentes dessa manifestação, primários ou secundários a alguma doença
sistêmica (ex;lupus)
O tratamento é de acordo com o tipo
de alopecia, portanto, consulte seu dermatologista.
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