quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Homocisteína? o que significa? Saúde alternativa

 


Homocisteína? O que significa?
 Por Raquel Camargo e Monica Balestieri Berlitz

Gazeta do povo.com.br

Você já ouviu falar dela? Ou, melhor ainda, seu médico já a solicitou nos seus exames de rotina?

Provavelmente não… Pois saiba que ela é uma ameaça grande no que se refere a doenças cardiovasculares. Estima-se que o nível elevado dessa substância seja hoje o responsável por aproximadamente 15% de todos os ataques cardíacos e AVCs no mundo, e há 9 milhões de pessoas com doenças cardiovasculares pelo mesmo motivo.

A homocisteína é um subproduto intermediário natural do metabolismo que produzimos quando nosso corpo metaboliza (quebra) um aminoácido chamado METIONINA, presente na carne bovina, ovos, leite, queijo, farinha branca, comida enlatada e em alimentos altamente processados.

Tudo do que a dieta ocidental está cheia. Nosso corpo normalmente transforma homocistéina em cisteína ou novamente em metionina.

No entanto, para que isso ocorra, as enzimas necessárias necessitam de ácido fólico (vitamina B9), vitamina B12 e vitamina B6. Se tivermos deficiência de tais nutrientes, os níveis de homocisteína no sangue começam a subir. Isto favorece um espessamento do sangue, de modo que contribui para a formação de coágulos e conseqüente aumento do risco cardiovascular.

Os níveis de homocisteína: riscos para idosos e vegans e outros Níveis elevados de homocisteína são encontrados frequentemente em pessoas idosas ou vegans. A causa é muitas vezes a falta de vitamina B12. 

Enquanto a dieta vegetariana naturalmente contém pequenas quantidades de vitamina B12, os problemas de absorção da vitamina podem causar deficiência em idosos, pessoas com intolerâncias alimentares não tratadas, cirurgia bariátrica, doenças desabsortivas intestinais como doença de Crohn por exemplo. Os indivíduos mais velhos têm cerca de 40-60% de homocisteína a mais.

 A melhor prevenção contra níveis elevados de homocisteína e deficiências de nutrientes é a ingestão de vitaminas. Porém, nem todos os paacientes respondem bem ao uso exclusivo de vitaminas B. Isso indica que tais pessoas possuem um problema enzimático na conversão da homocisteína a produtos benignos e inofensivos. A estes, se dá também Betaína, outro aminoácido.

 E que níveis de homocisteína são ideais no sangue? A maiora dos laboratórios determinará os níveis normais entre 5 – 15 micromols/L. A literatura médica diz que quando esse nível se eleva muito acima de 7 micromols/L, o risco de desenvolver doenças cardíacas se torna aparente.

 Temos que lembrar que em 30% dos casos, o primeiro sintoma sinal de doença cardíaca é o infarte. Por isso, se você ainda não dosou sua homocisteína, no próximo check up a inclua na rotina, ok?

Homocisteína: o que é, quando fazer o exame e o que significa alta e baixa

Revisão clínica: Marcela LemosBiomédica

Quando fazer Valores de referência

Homocisteína baixa Homocisteína alta

 A homocisteína é um aminoácido presente no plasma do sangue que está relacionado com o surgimento de doenças cardiovasculares como AVC, doença coronariana, trombose ou infarto cardíaco, por exemplo, já que seus níveis elevados podem causar alterações nos vasos sanguíneos.

 Normalmente, o cardiologista ou clínico geral pode pedir um exame de homocisteína para observar a quantidade deste aminoácido no sangue, avaliando a necessidade de iniciar um tratamento para prevenir os problemas cardiovasculares referidos anteriormente, caso o valor seja elevado.

 Os valores normais de homocisteína nos exames de sangue devem estar abaixo de 15 µmol/L, apesar deste valor poder variar um pouco a depender do laboratório que analisa, e o exame deve ser feito em jejum de até 12 horas ou de acordo com a recomendação do médico.

 Quando o exame é indicado

O exame de homocisteína é normalmente indicado pelo médico com o objetivo de investigar o risco de doenças cardiovasculares, já a quantidade aumentada desse aminoácido na circulação está relacionada com um maior risco de infarto, trombose e AVC, por exemplo.

 Além disso, a dosagem de homocisteína pode ser útil para monitorar problemas relacionados com a tireoide, já que pode ser notada alteração nos níveis circulantes desse aminoácido, e doenças renais. Assim, é importante que o resultado do exame de homocisteína seja avaliado pelo médico em conjunto com o resultado de outros exames de sangue que possam ter sido solicitados.

 Valores de referência

Os valores normais de referência podem variar entre laboratórios, no entanto, normalmente a quantidade de homocisteína no sangue é considerada normal quando se encontra entre 5 e 15 µmol/L. Valores acima deste normalmente representam maior risco cardiovascular, uma vez que a homocisteína pode levar a alterações nos vasos sanguíneos e favorecer a agregação plaquetária, levando à formação de trombose.

 Para avaliar o risco cardiovascular, os valores de referência usualmente são:

Risco baixo de doença cardiovascular: entre 15 e 30 µmol/L;

Risco intermediário de doença cardiovascular: entre 30 e 100 µmol/L;

Risco elevado de doença cardiovascular: maior que 100 µmol/L.

De acordo com a concentração de homocisteína no sangue, o médico pode indicar a melhor forma de tratamento. Valores abaixo do valor de referência também devem ser tratados, já que pode resultar na falha do sistema imunológico e de combate ao estresse oxidativo, podendo levar a morte das células e a efeitos tóxicos no organismo.

Alguns medicamentos podem interferir no resultado do exame, aumentando os níveis de homocisteína no sangue. Por isso, é importante informar no laboratório se está fazendo uso de algum medicamento para que seja levado em consideração no momento da análise.

Como entender o resultado

O resultado da homocisteína deve ser avaliado pelo médico levando em consideração o resultado de outros exames de sangue, bem como o histórico de saúde da pessoa.

 1. Homocisteína baixa

A homocisteína baixa é quando é verificada uma concentração de homocisteína menor que 5 µmol/L, o que pode acontecer principalmente devido à suplementação com vitamina B ou ácido fólico, especialmente na gravidez, pois essas substâncias diminuem a concentração de homocisteína no sangue.

Normalmente valores ligeiramente abaixo do valor de referência não é preocupante, no entanto quando a concentração de homocisteína é muito baixa pode resultar em danos para o organismo, já que há diminuição da produção de antioxidantes, fazendo com que as substâncias tóxicas fiquem acumuladas no organismo.

Quando o valor de homocisteína está muito diminuído e sem razão aparente é recomendado consultar um clínico geral para avaliar o problema, uma vez que pode ser sinal de baixa produção deste aminoácido.

O que fazer: quando se conhece a causa da diminuição da homocisteína, como a suplementação de vitamina B ou ácido fólico, por exemplo, o médico normalmente recomenda a interrupção ou alteração da dosagem da suplementação até que a concentração de homocisteína volte ao normal.

Revisão clínica: Dra. Marcela LemosBiomédica

https://www.tuasaude.com/


Dicas práticas para controlar a homocisteína

Heloisa Bernardes

1.   Não ingira nenhum alimento pré-embalado contendo óleos parcialmente hidrogenados e gorduras sintéticas. Esses produ­tos contêm contaminantes que aumentam o risco de doenças cardíacas.

2.    Evite amendoins velhos; carnes curadas com nitritos, tais como mortadela e salame; alimentos defumados e muito salgados; ali­mentos temperados com grandes quantidades de açafrão. Eles contêm carcinógenos naturais que aumentam o risco de câncer.

3.    Compre legumes e verduras de época; esses alimentos contêm as maiores quantidade de vitaminas B6 e B9.

4.    Não coma nada conservado por irradiação, processo que reduz a quantidade de vitaminas B6 e B9 dos alimentos.

5.    Só utilize os remédios“estatina” para baixar o colesterol se, após seis meses tomando suplementos de vitamina B6, B9 e BI2, a homocisteína não tiver baixado para níveis normais. Essas po­tentes drogas “estatina” realmente só devem ser tomadas por pessoas com curta expectativa de vida devido à sua propensão a causar câncer e outros efeitos tóxicos.

6.    Se você estiver tomando drogas “estatina”, suplemente o trata­mento com a coenzima Q10 (75 mg diários).

7.    Consuma uma ou duas taças de vinho tinto durante as refei­ções vários dias por semana. Tente evitar bebidas destiladas, como gim, vodca, aguardente e uísque, uma vez que são caren­tes de minerais, vitaminas e outros nutrientes essenciais. Limite o consumo de cerveja devido a seu elevado teor calórico c adi­tivos químicos.

8.    Limite o consumo de café a uma ou duas xícaras por dia. Al­terne o café com chá, chá de ervas e chá verde, que contêm íitoquímicos benéficos e menor quantidade de cafeína.

9.    Use apenas pequenas doses de hormônios contraceptivos du­rante os anos de reprodução, e jamais fume enquanto estiver usando essas drogas.

10. Peça a seu médico para verificar o funcionamento de sua ti- reoide no caso de haver uma inexplicável elevação da homo­cisteína no sangue.

11. Se seus rins não funcionam adequadamente, você não deve ape­nas tomar suplementos de ácido fólico, mas também ter uma alimentação com poucas proteínas. Isto irá ajudá-lo a controlar os níveis de homocisteína, que normalmente aumentam com uma dieta rica em proteínas.

12. Apague a luz - A maneira mais obscura de matar suas células endoteliais, pois a luz estimula a produção de homocisteína. Durma em total escuridão.

13.    Por último, lembre-se: “Aonde o coração vai, o cérebro vai atrás”. 

    

Risco de doença

Características

Homocisteína no plasma

Suplementos

 Muito alto

Angina, ataques isquêmicos, insuficiência renal, diabetes

1 ó - 30

100 mg de B6

1.000 mg de BI 2

5.000 meg de B9


                 Homocisteína e fibromialgia

A fibromialgia é, na verdade, um conjunto de distúrbios ca­racterizados por dor, enrijecimento muscular, além de uma fadiga persistente e debilitante. Outra condição estreitamente relacionada é conhecida como síndrome da fadiga crônica.

Em ambas as síndromes, os pacientes queixam-se de uma fa­diga incapacitante que dura mais de seis meses, geralmente acom­panhada de febre ou calafrios, garganta seca, gânglios linfáticos doloridos, fraqueza muscular, dor de cabeça, dor nas articulações, distúrbios neuropsicológicos e anormalidades do sono.

A fibromialgia e a síndrome da fadiga crônica são problemas estreitamente relacionados, cuja causa ainda é desconhecida.

Um estudo de 1997, feito na Suécia, descobriu que pessoas que sofriam de fibromialgia e de fadiga crônica tinham níveis elevados de homocisteína em seu líquido cerebroespinhal, o lí­quido que cerca o cérebro. A maioria das pessoas envolvidas no estudo tinha também níveis baixos de vitamina B12 neste líquido, o que possivelmente explicava o nível anormal de homocisteína. Pergunta-se: as três vitaminas (BI2, B9 e B6) poderiam ajudar? Com certeza. .

Homocisteína e hormônios

É necessário um delicado equilíbrio dos hormônios femininos para o controle da homocisteína: hormônios a menos, a homocis­teína sobe; hormônios a mais, a vitamina B6 e a vitamina B9 não conseguem mais controlá-la.

A terapia de reposição hormonal pode trazer benefícios ainda maiores para mulheres com maior risco de doença cardíaca por ques­tões dietéticas, genéticas, de tabagismo e outros fatores de risco.

Os problemas vasculares originalmente associados à pílula an­ticoncepcional desaparecem quase por completo, porque a quan- tidadè de estrogênio e progesterona contida nos contraceptivos orais é muito menor hoje do que quando eles foram lançados.

Mas se você fumar enquanto estiver tomando a pílula anti­concepcional, decididamente haverá um aumento do risco de trombose e embolia. Isto porque o fumo, da mesma forma que os hormônios contraceptivos, prejudica a ação da vitamina B6 e da vitamina B9 no organismo, causando a elevação dos níveis de homocisteína.

Há muitos anos sabe-se que uma deficiência de hormônio da tireoide aumenta a chance de se ter doença cardíaca. Por muito tempo os médicos pensaram que isso fosse resultado de um au­mento do colesterol, dos triglicerídeos e da LDL.

Postado por Dharmadhannya

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