quinta-feira, 23 de setembro de 2021

A harmonia do lar do Feng Shui

 

A harmonia do lar do Feng Shui

O convite do Feng Shui é claro: a harmonia da natureza pode estar presente na sua casa. Segundo esta técnica de harmonização de ambientes, a organização correta do seu lar é um passaporte para uma vida em equilíbrio

Conquistar o equilíbrio proposto pelo Feng Shui não depende apenas de uma nova disposição dos móveis ou da escolha ade­quada dos objetos. A mu­dança deve ser maior e evoluir no interior de cada um. E, antes de mais nada, você precisa desejar sin­ceramente estas transformações.

Vento e Água

Em chinês, Feng significa “ven­to” e Shui é sinônimo de “água”. Assim, o sistema do “vento-água” sugere que a casa é um organismo vivo, onde circulam energias positi­vas e negativas. Aplicar o Feng Shui é uma das maneiras de promo­ver a circulação benéfica destas energias e experimentar os seus re­sultados na vida prática, seja na carreira, na saúde ou no amor. Para isso, comece conhecendo os princí­pios do Tao, a base primordial da sabedoria oriental.

Yin e Yang

0 Símbolo do Tao representa as forças opostas da natureza em constante processo de troca

Tao, cuja tradução é “caminho”, é o princípio criador do Universo, que se expressa por meio de duas forças opostas, porém complementares, da natureza: o Yang e o Yin.

 Yang está relacionada ao Sol, à masculinidade, ao calor, ao dia e à ação. Yin, por sua vez, está associada à Lua, à feminidade, ao frio, à noite e à contemplação. Quando interagem, as duas forças produzem uma energia vital «tecida como Chi, que pode se manifestar positiva ou negativamente, dependendo de fatores ligados à natureza e a você mesma.

Forças do Universo

Como regem todos os movimentos naturais, Yin e Yang também assumem formas concretas. Elas estão presentes no Fogo, na Terra, no metal, na Água e na Madeira. Por isso a melodia da natureza é perfeita, já que os cinco elementos se integram de modo permanente e espontâneo, independentemente da ação do Homem.

 O mesmo, no entanto, não ocorre s residências: daí, a importância Feng Shui para ampliar ou inibir Vibração de cada elemento a fim de que os ciclos gerados por eles não sejam quebrados.

Aplicar o Feng Shui não exige conhecimento erudito nem herança oriental. Basta assimilar algumas técnicas, sentir a energia da sua casa e ouvir a voz da intuição.

Pense nesta metáfora: o universo é um corpo gigantesco, cuja sobre­vivência depende da comunicação harmoniosa entre todos os órgãos. Mas esses órgãos só funcionam se o sangue, o líquido da vida, correr nas veias. O sangue é o Chi e a terapia é o Feng Shui.

Chapéu Negro

Este sistema de harmonização dos ambientes chegou ao Ocidente no final do século XIX. Mas o seu casamento com a América só foi oficializado há vinte anos, com a emigração do mestre do budismo tântrico tibetano, Thomas Lin Yun, para os Estados Unidos.

Lin Yun é considerado o precur­sor da Escola do Chapéu Negro, a chamada “escola americana do Feng Shui”, uma das mais populares em todo o mundo. Essa escola ensi­na que os elementos, os pontos car­deais, as cores e as formas não são suficientes para uma prática eficaz do método.

Também é necessário considerar a ligação psicológica en­tre você e o seu ambiente. Portanto, o poder intuitivo é um recurso fun­damental que vai ajustar os ensina­mentos do Feng Shui aos seus anseios.

 A principal ferramenta dessa escola é o Ba-guá, um diagra­ma de oito lados que traz as lições do oráculo chinês I Ching (O Livro das Mutações).

O Ba-guá não apenas mapeia os aposentos de uma casa, mas também concentra os aspectos básicos da vida humana. Vem daí a analogia entre a casa e a alma de quem vive nela.

 Se o Setor da Espiritualidade for acionado nesta casa, o morador terá mais motivação para voltar os olhos a Deus. O mesmo acontece com todos os outros setores, favore­cendo a sintonia entre a pessoa, o seu interior e o mundo. Há quem chame esta sintonia de felicidade.


0 dragão é um dos animais primordiais da Escola da Forma. Mito universal da Humanidade, simboliza o vento e a força essencial que impulsiona a vida.

A forte repercussão da Escola do Chapéu Negro no Ocidente deve-se à sua praticidade. Ao sintetizar conceitos importantes do Feng Shui, o Ba-guá se torna um instrumento acessível, de fácil assimilação, e consulta para um grande número de pessoas.

Conheça as outras correntes

Escola da Forma

A mais antiga escola de Feng Shui associa os elementos e movi mentos da natureza aos seguintes animais: tartaruga, fênix (ou pássaro vermelho), tigre, dragão e co­bra. O papel de cada um é simbólico e o elo entre eles representa a trajetória humana e a dinâmica da natureza.

 Para os consultores da Escola da Forma, o fluxo do Chi (energia vital) se estabelece quan­do todos os animais estão bem re­presentados no ambiente.

Escola da Bússola

Esta escola emprega teorias da Astrologia Oriental e da Numerologia para compor os diagnósticos dos ambientes. As teorias são cruzadas com dados relacionados ao terreno e à localização geográfica da casa.

Os principais instrumentos de medi­ção do Chi são o Ba-guá (ou Pa- Kuá), o Lo-Pan (uma bússola com caracteres chineses e uma agulha magnética) e o Lo-Shu, o chamado “quadrado mágico”, que se baseia na ciência oculta dos números.

Aprenda a aplicar o Ba-guá

Com a planta (desenho) da sua casa em mãos, é possível aplicar o Ba-guá para identificar a localização de cada um dos oito setores que representam a vida

Nem sempre o Ba-guá pre­enche todos os espaços da sua casa. A primeira exi­gência para uma correta aplicação é direcionar o Setor do Trabalho à pare­de da porta de entrada. Certifique-se também de que o Centro do Ba-guá esteja sobreposto ao centro do dese­nho da sua residência.



Passo a passo

1                    - De olho na planta

Observe a planta e visualize o centro da sua casa. Direcione o Ba-guá para a parede da porta de entra­da (se houver mais de uma porta, priorize a de maior circulação). Ela será a entrada do Chi (energia vital).

2                    - Localize as extremidades

Se a planta for quadrada, identifi­que em sua casa, além do Centro, onde estão as extremidades inferior (Setor do Trabalho) e superior (Setor do Sucesso) do Ba-guá. Assim, é mais fácil situar os seis setores restantes e a probabilidade de haver áreas faltantes (quando um setor do Ba-guá fica sem referência no desen­ho da casa) será menor.

3                    Use a intuição

Ao aplicar o Ba-guá na planta, não se prenda ao rigor das linhas do dia­grama. O Ba-guá não é uma bússola inflexível, criada para delimitar geo­metricamente a sua casa. É um aces­sório da sua própria intuição. Use-a para ampliar ou reduzir os setores se­parados pelas linhas, mesmo que a si­metria não fique perfeita. O impor­tante é que todos os setores sejam as­sinalados na planta, ainda que caiam no lugar de paredes.

4                    - “Estique” se for preciso

Caso o projeto da sua casa seja es­treito horizontalmente ou vertical­mente, “estique” o Ba-guá (ver matéria da Casa Tradicional). Ele fi­cará “fino” e “comprido”, ou “baixo” e “largo”. Esse recurso diminui a possibilidade da sua residência con­ter áreas faltantes (veja exemplos nas plantas das páginas seguintes).

5                    - Jamais copie um modelo

Não reproduza a aplicação do Ba-guá de outra casa para o lugar onde você mora. As pessoas são diferentes umas das outras, assim, as residên­cias também emanam vibrações dis­tintas. Os exemplos de aplicação po­dem servir como fontes de inspira­ção, mas as escolhas devem ser feitas segundo as preferências do morador

3. Os Elementos da Vida

Um dos suportes do Feng Shui é a Teoria dos Cinco Elementos:

Fogo, Terra, Metal, Água e Madeira. Eles ajudam a promover as transformações da Natureza, como as quatro estações do ano, e formam ciclos, que podem ser construtivos ou destrutivos.

Harmonizá-los atrai boas vibrações para a sua casa

No Feng Shui, os cinco ele­mentos da natureza são utilizados para ampliar ou sedar energias desequili­bradas por excesso ou es­cassez em um ambiente.

Um exemplo: se um cômodo da casa apresentar uma quantidade exagera­da de móveis de ferro (Metal), deve­rá ser neutralizado com a presença do elemento Fogo, através de objetos de couro ou da cor vermelha. Ambos ge­ram calor e dominam o Metal, har­monizando o trânsito das vibrações sutis. Este é o ciclo destrutivo.

Mas se um ambiente da sua residência possuir poucos móveis e objetos de madeira, este elemento precisará ser ativado com fontes ou aquários, que evocam a Água (ali­mento da Madeira). Este é o ciclo construtivo

Confira  a essência de cada elemento


Madeira

Confira a essência de cada demento

Fogo

Está associado ao verão, à maturidade e à plenitude

Terra

Ligado à transição dos ciclos e à estabilidade

Metal             

Sinal de força, introspecção e sobriedade

Água

Expressa recolhimento, aceitação e adaptação

Água Madeira

Origina os outros quatro elementos, representa a força da vida e a germinação das sementes

Forma

Pontiaguda e triangular

Pesada e quadrado

Esférica

Sinuosa

Alongada e estreita

Atitude

Ação

Equilíbrio

Controle

Flexibilidade

Crescimento

 Cor

Vermelha

Amarela

Branca

Preta

Verde

 Sentido

Norte

Centro

Oeste

Sul

Leste

Estação

Verão

Alto verão

Outono

Inverno

Primavera

 Clima

Quente

Úmido

Seco

Frio

Ventoso


Exemplos de materiais relacionados aos cinco elementos:

Madeira: utilização de lambris e painéis nas paredes, mobiliário em madeira aparente, fibras naturais como rattan, junco e cana da índia, assoalho sem tábua corrida ou tacos e utilização de plantas que crescem verticalmente para cima, simulando o desenvolvendo de uma árvore.

Fogo: representado pelo uso das cores provenientes do vermelho em tons mais escuros como o vinho e o pink, e também pelo laranja, pelas formas angulares e recortadas, pelas cortinas com bandôs retorcidos em cores quentes e pelos tapetes e acessórios vermelhos.

Terra: simbolizada pelos tons terrosos do marrom até o bege, o revestimento de piso deve ser em lajotas de cerâmica mais natural ou rústica, ou em pedras como a ardósia, por exemplo. Vasos em terracota, paredes ou pisos em tijolos aparentes ou pedras e plantas que crescem para os lados, alastrando-se em uma simulação da própria terra, do chão.

Metal: representado pelo branco, cinza, prata e ouro; pelos pisos em granito polido; móveis em aço escovado, alumínio ou cromados; estofamentos brancos e tapetes e almofadas redondos.

Água: identificada na cor azul-marinho ou no preto; na presença física da água, como vistas para o mar ou lago, piscina, fontes, aquários, cascatas, etc; nas arcadas ou janelas em arcos e nos  móveis e paredes em vidro.


                                                         Postado por dharmadhannya

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