terça-feira, 25 de maio de 2021

Agradeço por esta Graça

 

 


                                       Agradeço por esta graça

 Como orar antes de sair para o trabalho

A mestra ensinou a esse homem que, na hora das refeições, não devia pensar em assuntos de forma centrada em si mesmo, mas fazer dessa ocasião um mo­mento alegre para a esposa e os filhos. 

Por exemplo, aos filhos, devia explicar, de modo bem compreensível, divertido e agradável, que as dádivas divinas se manifes­tam de diversas formas, como o calor do Sol, a umidade da chuva, os benefícios do solo, o labor dos agricultores;

 falar-lhes de que maneira são plantados os cereais, como eles crescem e vicejam, que tipo de dádivas são acrescen­tadas para que esses cereais estejam sobre a mesa em for­ma de mingau quente de aveia e cheirosas torradas.

Ao terminar a refeição matinal e chegar a hora de ir para o trabalho, até então, esse homem saía de casa irri­tado, fechando a porta com estrondo, após ralhar com os filhos e a esposa. Então, a sra. Mann ensinou-o a ir para o trabalho do seguinte modo:

“Deve também sair de casa com a mente em estado de oração. Deve sair agradecendo todas as dádivas que já possui e abençoando sua família. Jesus ensinou que não devemos impedir que as crianças cheguem a nós. Ele não ensinou que entrarão no reino de Deus aqueles que forem como crianças?

 Os pais têm a obrigação de se dedicarem- aos filhos para tomar agradável o início de um dia. Se fizerem com que eles saiam de casa com sentimento de temor, tristeza ou ira, estarão criando um dia de dificulda­des para os filhos.

 Se isso se repetir, acabarão prejudican­do a saúde deles. Você deve esforçar-se conscientemen­te para agir de modo que reine a paz na vida dos filhos. Não basta que o pai dê o pão de cada dia aos familiares. Não vivemos apenas de pão.

Vivemos de amor, esperan­ça e felicidade. Somente progredimos e nos desenvolve­mos nessa atmosfera de felicidade. Não há nenhum custo para conseguirmos isso, pois basta termos a disposição de doar com alegria.

Portanto, não deverá mais sair de casa vociferando como um trovão. Saia para o trabalho com dignidade, calma e paz, como um homem de Deus. Saia lançando aos amados familiares palavras de elogio e esperança, fazendo com que eles sintam que são ama­dos pelo chefe da família.

Demonstre em atitudes que é feliz por poder trabalhar pelo bem-estar da família. Você deve-se considerar um anjo que Deus enviou para ofe­recer muitas dádivas à família. E deve agradecer a essa oportunidade ímpar”.

Isso é, enfim, uma oração. Uma oração não é ne­cessariamente realizada prostrando-se diante de um san­tuário, nem proferindo palavras mágicas diante de uma estátua de Divina

 Orar é lembrar-se de todas as dádivas que já possui até agora e agradecer-lhes. Quando esse sentimento de gratidão entra em sintonia com as vibra­ções espirituais das dádivas que Deus nos envia, mani­festa-se a próxima benção. 

 

O desejo de conhecer a Verdade é a ampliação da Sabe­doria. E o homem se conscientiza através da sabedoria de que “é um com a Vida de Deus”. Em última análise, sintetizando as requisições da vida, serão o desejo de crescimento da Vida; e, dividindo isso cm três, seriam os desejos de viver, amar e progredir. E o último desejo, finalmente, orientará o ser humano para o mundo da ciên­cia, da filosofia, da religião.

Enquanto a Mestra repetia essas explicações, o homem negativo, deprimido e sem esperança começou a compreender gradualmente a Verda­de.

 Em última análise, o que ele desejava era a esperan­ça que a Grande Vida do Universo implantara nele e, consequentemente, convenceu-se de que o ser huma­no recebeu de Deus a posição adequada para cultivar o esforço necessário para concretizar seus desejos.

 Assim compreendeu que, sendo esses desejos implantados em nós por uma grandiosa Energia (Deus) que nos criou, acabamos nos satisfazendo, e, empenhando nossos esfor­ços, não haverá, em absoluto, o perigo de fracassarmos.

0 que devemos fazer para receber a colaboração de Deus

Então, por que um homem fracassou?

Porque o ser humano possui livre-arbítrio e pode trabalhar em concordância com a vontade divina, mas também pode afastar-se d’Ele. 

Para trabalhar recebendo a colaboração de Deus, devemos primeiramente reconhecê-lo e suscitar o desejo de receber a colaboração d’Ele. Deus jamais obriga o ser humano a “receber Seu auxí­lio”.

 Portanto, se desejamos a colaboração d’Ele, deve­mos, com o nosso livre-arbítrio, voltar nossa mente para Deus e receber a Sua orientação.

Esse homem compreendeu até aqui, mas não sabia como receber a colaboração de Deus, e disse com certa aflição:

“Eu não sei como conseguirei receber a orientação de Deus. Gostaria que me ensinasse”.

“Consegue-se através da oração”, respondeu a sra. Mann. “Não há outro meio senão através da oração.”

“Eu nunca orei até hoje. Não sei como devo orar para pedir a Deus aquilo de que eu necessito.”

“Não há necessidade de rogar a Ele”, disse a sra. Mann. “Basta que você perceba a grande quantidade de coisas agradecíveis que possui. Agradecer ininterrup­tamente as coisas que já possui é orar continuamente.

 Através das vibrações desse sentimento de gratidão, for­mam-se as ondas mentais que sintonizam com as ondas espirituais da graça divina. Assim, percebemos o que devemos fazer e sentimos gratidão.

 Pronunciando pala­vras de gratidão, seremos naturalmente orientados e, ao efetuar aquilo que tivermos vontade, manifestar-se-á o resultado esperado.” Ela ensinou a esse homem que, em última análise, orar é agradecer ininterruptamente.

Para ser bem compreensível, a mestra ensinou-o a dividir o dia em três partes e a orar de manhã, à tarde e à noite: “Ao acordar de manhã, não pense que está com preguiça de se levantar, nem que está muito frio para sair das cobertas. Volte seu pensamento a Deus, imediata­mente.

 E pense mais ou menos o seguinte: ‘Enquanto eu dormia, Deus me protegeu, fez com que o coração bates­se, os pulmões respirassem e o sangue circulasse. Isso foi realizado inteiramente através da lei espiritual criada por Deus, sendo uma dádiva divina natural que o ser humano usufrui sem nenhuma preocupação.

 Graças a isso, passei a noite em segurança. Muito obrigado por ter-me prote­gido a noite toda. Despertei agora e agradeço-Lhe. Que nesta manhã eu e meus familiares recebamos dádivas di­vinas!

 Muito obrigado’”. A Mestra assim lhe ensinou o modo de oferecer a Deus uma prece de gratidão logo ao despertar de manhã.

Ao levantar-se da cama, um homem deve ir ao ba­nheiro, fazer a barba, escovar os dentes, agradecendo a Deus durante tudo o que faz. Ao lavar o rosto, deve pro­nunciar mentalmente o seguinte:

 “Esta água flui de um dispositivo que Deus criou através da mente de diversas pessoas; portanto, tudo isso é dádiva divina. Esta água, que estou usando para lavar o meu rosto, é como um batismo de Deus, que lava e purifica todos os meus er­ros, preocupações, pensamentos desagradáveis etc.

 Neste momento, o caloroso Amor de Deus lavou e purificou os meus erros e as minhas máculas do passado. Agradeço por esta graça. Que esta seja uma manhã abençoada por Deus, para mim e para meus familiares!”.

Bem, ao acordar de manhã, esse homem só pensa­va em coisas desagradáveis da vida; então, ficava irritado e, com preguiça de se barbear, ia trabalhar, muitas vezes, com a barba crescida. Como nos existem barbeadores , a sra. Mann lhe ensinou as seguintes palavras de gratidão, para pronunciar na hora de fazer a barba:

“Este aparelho de barbear é concretização do Amor de Deus e da Sua Infinita Força Criadora. Posso afirmar que isso é concretização do princípio que faz a humanidade progredir eternamente. 

No Universo existem leis para tudo, e a humanidade progride utilizando essas leis. Além das leis do mundo natural, existem também as leis espirituais.

 A humanidade vem-se esforçando durante longo tempo para conhecer essas leis e pesquisar de que modo ela pode comunicar-se com Deus. E descobrir es­sas leis e utilizá-las constitui uma grandiosa dádiva para a humanidade. Estou agora fazendo a barba com um aparelho que utiliza energia elétrica.

 Nós sabemos como uti­lizar a energia elétrica, embora não saibamos ainda o que é a eletricidade, nem a sua essência. Para o ser humano, isso ainda é algo misterioso. É uma energia realmente poderosa, mas, por mais misteriosa que seja a força da eletricidade, não se compara à força da nossa mente.

 Através da força mental, nós manipulamos devidamente a eletricidade e a dominamos. Eu consigo pensar porque, no meu interior, aloja-se algo bem mais grandioso do que a misteriosa força da eletricidade. A eletricidade nada mais é que minha serva.

 Minha oração também é minha serva. Eu envio esta poderosa serva chamada oração. Mi­nhas palavras jamais retornam em vão, pois sempre sur­tem efeito. Minha oração é uma serva que sempre realiza o objetivo para o qual foi enviada. Que esta seja uma ma­nhã abençoada, para mim e para meus familiares!”.

A Mestra indica as palavras a serem mentalizadas acerca da eficácia da eletricidade, mas, em última análise, tais palavras de mentalização são sugestões pre­liminares para fortalecer a crença nas palavras finais da oração 

“Que esta seja uma manhã abençoada, para mim e para meus familiares”. Assim, reconhecendo primeira­mente as dádivas de Deus que já existem, pronuncia-se isso mentalmente, para intensificar a convicção de que a próxima oração também se concretizará com certeza.

Após lavar o rosto de manhã, toma-se a refeição matinal. Essa refeição também constituía uma das coisas desagradáveis da vida para esse homem. Havia-se toma­do um hábito dele sentir desagrado ao pensar nessa refei­ção, antes mesmo de sentar-se à mesa.

 Consequentemente, seu estômago e seus intestinos repeliam os alimentos, não assimilavam a contento os nutrientes, e ele estava bem magro. Nas refeições, sempre começava a resmun­gar, e os familiares comiam o mais rapidamente possível, a fim de fugir desse momento infeliz.

 E a mãe dele disse recordando o passado: “Quando preparava as refeições, eu temperava os pratos com pensamentos de infelicidade e desarmonia. E, ao passar as roupas, apertava o ferro so­bre elas como se estivesse gravando a fogo os pensamen­tos infelizes e desagradáveis”.

Quando o chefe do lar vive reclamando com mau humor, na cozinha quebram-se os pratos, a comida é tem­perada a esmo, o avental se rasga, e o vestido fica cha­muscado em diversas partes...

Masaharu  Taniguchi


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