domingo, 20 de outubro de 2019

MÉTODO HINDU PARA SONHAR LUCIDAMENTE:






MÉTODO HINDU PARA SONHAR LUCIDAMENTE:
Antes de se deitar

 - pratique concentrar sua mente por alguns minutos. Pode ser uma vela, uma flor, um mantra, uma oração;

- observe bem sua respiração, pensamentos e emoções antes de dormir;
 - segure um objeto que tenha significado espiritual para você, durante toda a noite;

- visualize a si mesmo cercado de um halo de luz, quando for dormir;
- mantenha um mantra ou uma oração como o último pensamento antes de mergulhar no sono.

- durma do seu lado esquerdo;
- entregue-se com confiança à sua sabedoria interior, ao seu mestre interior.

Depois de acordar
- depois de escrever o seu sonho, sente por alguns momentos numa posição receptiva, com as palmas para cima. Silenciosamente repita a afirmação: "Eu quero entender a mensagem que me foi enviada.

" Daí permita que a interpretação do seu sonho venha de dentro de você;
- reveja seus sonhos durante uma semana e colete insights, como coletaria pedras preciosas. Que luz eles projetam na sua vida, e em que direção? Ponha seus insights em ação e observe os resultados;

- pergunte aos seus sonhos: Estou fazendo a coisa certa? E espere pela resposta. Você aos poucos vai ganhar experiência e desenvolver a confiança no seu guru interior;

- pergunte a si mesmo:

 Quais são minhas necessidades neste momento? Como distinguir necessidades de desejos?

 Como meus sonhos estão respondendo às minhas reais necessidades?




Você acredita na existência da alma?

Á vida é sonho?


Costumamos dividir nossa existência em real ou não-real, existente ou não-existente, visível ou não- visível.

 Queremos experiências concretas, palpáveis, resultados que possamos medir. Aí chega alguém e pergunta:
Você acredita na existência da alma?

 O que é isso que você sente, experimenta, que lhe dá a sensação de estar vivo, uma coisa à qual você se apega e considera “sua”? Um sonho.

 Tudo não passa de um sonho. Um sonho dentro do sonho. Como um labirinto de espelhos. O grande sábio taoísta Chuang Tzu tornou-se famoso pela sua indagação:

 “Serei uma borboleta sonhando que sou Chuang Tzu ou sou Chuang Tzu sonhando que sou uma borboleta?”

Considerações sobre regressão, vidas passadas, reencarnação, então, se tornam o sonho dentro do sonho dentro do sonho dentro do sonho...

Recordo-me que quando comecei minhas práticas no budismo tibetano, com Chagdud Tulku Rinpoche (que tem 16 reencarnações reconhecidas, sempre como superior de um monastério no Tibete 

Central), e ao mesmo tempo ajudava a organização da vinda do Dalai Lama (que tem 14 reencarnações reconhecidas) ao Brasil, em 1992, comecei a sonhar todas as noites, sonhos incríveis. 

Ora estava num palácio, recebendo ensinamentos diretamente do Dalai Lama, num dos cantos de um imenso salão.
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ora estava com meu mestre, recebendo ensinamentos com um pequeno grupo, ora via o próprio Buda, feito de nuvens, dissolvendo-se no 
espaço.

A sensação, quando acordava, era da mais pura realidade, e muitas vezes o sonho era absolutamente palpável. Enquanto isso, eu vivia momentos na vida real que pareciam translúcidos como um fiapo de sonho.

Ao conversar com Rinpoche, sobre esses sonhos, ele deixou bem claro que o importante era eu ter a consciência de que estava sonhando.



 O assunto do sonho não era importante; importante era saber que estava sonhando, e para isso existiam algumas práticas de meditação para se fazer à noite. O ponto então, não era  desenvolver insights psicológicos,  mas da verdadeira natureza do sonhador, isto é,  de mim mesma.

O que  Freud considerava o caminho real para o subconsciente, os mestres da yoga dos sonhos consideram o caminho para a iluminação. 

Porque, como dizem os tibetanos, essa yoga deve continuar durante o dia, quando vemos o café como um sonho, o telefone como um sonho, o chefe como um sonho... 

Perceber que cada acontecimento tem a mesma natureza de um sonho torna as pessoas mais calmas, centradas e equilibradas. E também mais realistas.

Mas o que isso tem a ver com vidas passadas? Tudo, já que, segundo o budismo tibetano, o período de vida, em cada encarnação, é chamado de bardo.

Existiriam seis bardos: O bardo do período em que se nasce até que se morre; o bardo dos sonhos; o bardo do início da morte até a morte propriamente dita, quando se abandona o corpo;

 o bardo quando se vaga pelo período de 49 dias como espírito; o bardo quando nos encaminhamos para reencarnar; e o bardo que dura enquanto começamos a meditar até que terminemos a meditação.

Por isso meditar é tão importante; quando meditamos, estamos compreendendo todos os bardos da nossa existência, encarnada ou não.
É como navegar com uma carta de navegação. Você aprende que ali tem um obstáculo, lá um iceberg, acolá uma correnteza boa. Tem uma idéia da totalidade...

Já, segundo os hinduístas, este mundo é apenas um sonho de Vishnu, a principal divindade do panteão hindu.

E o sonho se transforma numa maravilhosa oportunidade para acessar o “guru interior”, que durante as atividades diárias desaparece atrás do véu de distrações da mente, mas que está sempre disponível enquanto sonhamos.



Swami Radha, considerada uma grande mestra do seu tempo e autora do livro “Realities of the Dreaming Mind”, ensina um método para receber orientação espiritual enquanto se dorme (veja tabela na página anterior).

Já os sufis prestam uma grande atenção aos sonhos, que significam para essa tradição uma espécie de balisa no caminho espiritual.
 A interpretação de sonhos, incluindo sonhos que envolvem diálogos com mestres, tem papel especial dentro de algumas ordens sufis.

 Tanto que os sufis só contam seus sonhos para seus orientadores espirituais, que os ajudam a interpretar o significado. Eles não têm técnicas específicas, mas aprendem apenas a estar abertos às mensagens de sabedoria interior.

 “As pessoas dizem que esquecem dos seus sonhos, quando se levantam, diz o mestre sufi Vaughan-Lee, que também é Ph.D. em psicologia junguiana.

 Mas quando você tem realmente um sonho importante, você vai relembrá-lo. O Ser Superior dentro de você vai fazer com que você se lembre.”

Como dizem os budistas, a vida é sonho; mas é melhor ter um sonho bom que um pesadelo. Bons Sonhos!!!

Segundo Rinpoche, o importante é a
consciência de que se está sonhando; o assunto
do sonho não e importante.

 O ponto não é
desenvolver insights psicológicos, como os
psicólogos freudianos e junguianos, mas
descobrir a verdadeira natureza do sonhador;
ou seja a consciência de si mesmo.


Revista Planeta - 
Postado por Dharmadhannya

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