sábado, 3 de fevereiro de 2018

A Teia dos Sonhos Noite escura da alma. Xamanismo - 2




A teia dos sonhos 2

No início podemos ter começado com a perspectiva de um camundongo, que só consegue enxergar as pequenas folhas de grama como uma floresta gigante a ser desbravada.

 Com o tempo, chegamos a perceber tudo aquilo que nos cerca de uma outra maneira, talvez como o cervo, cujo olhar atravessa o pasto e chega ao horizonte, onde montanhas majestosas se elevam sobre colinas ondulantes.

 Depois de passar por experiências transformadoras, talvez alcancemos o direito de ver o panorama como a águia, observando tudo o que se desenrola lá embaixo enquanto plaina no alto. Todas essas perspectivas são naturais, e cada uma nos oferece diferentes lições de vida. Quando conseguimos enxergar pela perspectiva da águia, precisamos ao mesmo tempo manter o tipo de atenção que permite que o camundongo veja todos os detalhes.

 Cada ponto de vista é válido e necessário, nenhum é maior ou menor do que os outros. Quando crescemos, aprendemos a incorporar novos pontos de vista, sem abandonar nada do que aprendemos antes. Adotamos novas visões da realidade, mais expandidas, com mais camadas, que nos oferecem o benefício de inumeráveis novas opor­tunidades.

Até começarmos os sete caminhos da iniciação, nossa percep­ção da realidade e do panorama geral da Criação é necessariamente limitada. 

Se a limitação é maior ou menor, depende de quantas vezes nos fechamos desde que nascemos. Tendemos a nos fechar em função de traumas, dor psicológica e emocional, abuso físico, ou falta de um ambiente que nos alimente.

 Estes eventos desagradáveis criam véus de separação, que incluem o esquecimento e a negação. Estes véus de separação escondem o espírito ou a energia que envolve todas as formas físicas, deixando-nos apenas com a visão concreta daquilo que acreditamos ser real.

Se, por acaso, pudéssemos ver a energia das palavras agressivas no momento em que elas rompem nossos campos energéticos, e se
pudéssemos observar a diminuição de nossa força vital quando o golpe verbal é recebido, nunca mais iríamos gritar ou insultar outra pessoa. 

Palavras ásperas ou cruéis, dirigidas contra outra pessoa, criam a mesma destruição que uma arma produz ao ser usada violentamente contra um corpo. Os sentimentos de dor e tristeza que experimentamos quando outros nos tratam assim deveríam ser suficientes para nos ensinar, mas muitos de nós não entendem esta simples verdade.

 A necessidade humana de vingança normalmente não é curada até o final do segundo ou terceiro caminhos de iniciação. Antes disso, costumamos responder com uma reação impulsiva e instintiva, e o ciclo vicioso recomeça novamente.

QUAIS SERÃO OS BENEFÍCIOS SE EU EMPREENDER ESTA JORNADA?

As metas fundamentais de todos os ritos de passagem, ou iniciações da vida humana, são: (a) aprender a curar as dores e ressentimentos do passado; (b) não ter medo do futuro; e (c) aprender a estar plenamente presente em todos os momentos.

 Ao trilhar com êxito os primeiros quatro caminhos de iniciação, restauramos a sensibi­lidade que tínhamos na infância, que nos permitia expandir nossa consciência e nossas percepções. 

Nos últimos três caminhos, vamos expandir a consciência universal e retirar as camadas de inconsci­ência uma por uma, descobrindo a enormidade dos mundos dentro de mundos que existem na natureza, no planeta e no universo.

Nós acabamos entendendo, mais cedo ou mais tarde, que a vida é toda inter-relacionada e interdependente. Nenhuma resposta existe fora de nós. Contemos as respostas em nós porque estamos ligados a tudo através do enlace de nossos caminhos individuais com os fios universais de energia da Teia dos Sonhos.

 Quando não mais carregarmos a consciência de sermos vítimas, ou seres sozi­nhos no universo, aprenderemos a participar sem medo da Teia dos Sonhos. 

Algumas das qualidades que desenvolvemos, quando dançamos o sonho, são a capacidade para escolher um caminho,
concentrar nossa atenção, seguir em frente com dedicação e comprometimento, tomar posse da sabedoria encontrada na trama invisível da Teia dos Sonhos e utilizar esta sabedoria. 

Quando começarmos a caminhar assim em nossa vida cotidiana, percebe­mos que já estamos dançando o sonho.

Meu mestre Joaquin Muriel Espinosa expressou uma profunda compreensão da condição humana ao me ensinar por que nos beneficiamos tanto com o desespero quanto com a alegria. Ele dizia: “Quando a humanidade puder aprender a se regozijar na alegria, não haverá mais necessidade para o desespero humano.

 Da forma como é hoje, o coração da humanidade raramente acolhe a coragem e a compaixão, a menos que se veja aprisionado no conflito, na dor ou na tragédia pessoal. Um dia os seres humanos darão total apoio uns aos outros e a si mesmos, mesmo sem a presença da dor.”

Joaquin me lembrou que as lições da vida são comuns a todos os caminhos humanos e são experimentadas por todos nós, em qualquer sistema de crenças, tradição, disciplina espiritual ou religião.

 Em nossa tradição espiritual, a dos Videntes do Sul, observamos que todos nós experimentamos dores afetivas, desejos, sofrimentos, euforia e aflições, que fortalecem nossa resistência e nos fazem buscar um melhor entendimento do que aconteceu.

 Estes eventos que nos impelem para a frente ocorrem em momentos diferentes para cada um de nós. As lições de vida daí resultantes constituem os nossos próprios ritos de passagem, que marcam o processo humano de amadurecimento. Estas passagens pela incer­teza ou pelo caos nos oferecem oportunidades inigualáveis para armazenar coragem e força. 


O mundo da dualidade disfarça esses eventos, fazendo parecer que o desastre assolou a nossa vida, mas estas lições são verdadeiras bênçãos, porque nos obrigam a fazer um esforço que vai além de nossas limitações auto-impostas.

Como cada pessoa tem um Sagrado Ponto de Vista que é único, cada um de nós viverá as lições dos sete caminhos à sua própria maneira. Do ponto de vista espiritual, ou energético, todas as lições e todas as responsabilidades humanas são iguais. 

Nenhuma pessoa pode medir a alegria ou a dor que outra experimenta, nem comparar suas lições com as de outra pessoa. A necessidade, ou o desejo, de se tomar mais consciente dos comportamentos e pensamentos que geram nossas experiências de vida varia de pessoa para pessoa.

É muito raro que um indivíduo complete as lições de vida de todos os sete caminhos em uma única vida. Na verdade, até os tempos de hoje, a maioria das pessoas nunca passou do terceiro caminho de iniciação, que é o caminho da cura. 

Neste momento, quando o novo milênio se inicia, muitos novos portais se abrem na consciência humana. Novos caminhos através da Teia dos Sonhos foram criados por aqueles que tiveram a determinação e a boa vontade de explorar as possibilidades desconhecidas da consciên­cia, tornando estes caminhos seguros para os que vieram depois. 

Os viajantes anteriores podem ter se afundado em poças de areia movediça, nos séculos passados, quando os caminhos estavam muito pouco mapeados, 

mas cada um de vocês que lê hoje este texto está recebendo um mapa seguro da consciência e da evolução espiritual humana, que já vem com toda a sinalização necessária, avisando onde estão os pântanos e os atoleiros, para que você possa tomar suas próprias decisões, com total segurança.

Nosso progresso pessoal é uma questão de livre-arbítrio. Até onde estamos dispostos a ir para conseguir a compreensão depende, em última análise, de nosso desejo de nos convertermos em exploradores. 

Podemos nos ver como vítimas arremessadas entre a felicidade e o desespero, ou podemos olhar mais fundo e começar a assumir responsabilidade por nossos pensamentos, sentimentos e ações.

 Quando escolhemos mudar, e nos recusamos a seguir sendo vítimas, estamos escolhendo ver a vida do ponto de vista da Águia. O poder da ligação pessoal com o Criador e com a espiritualidade se encontra no indivíduo que está disposto a se comprometer com os caminhos de iniciação da vida. 

Quando reconhecemos que somos seres espirituais, e que estamos dispostos a lutar nas trincheiras da auto-suficiência humana, perseverando na integridade pessoal, escolhemos nos testar, entrando nos caminhos da iniciação humana que conduzem à verdadeira totalidade.




Todos podem aprender a contatar a Teia dos Sonhos. Para perceber a trama de energia que compõe o Manto de Cura, ou a realidade concreta, precisamos estar conscientes de nossos pensamentos, idéias, opiniões e emoções. 

Quando tomamos consciência destes elementos não-físicos dentro de nós, ficamos maravilhados com a forma pela qual nossos fios individuais dançam no universo e mudam com cada pensamento que temos ou cada decisão que tomamos.

 Ao perceber o padrão de eventos que surge quando reconhecemos o intangível, nossos caminhos de repente se abrem. Neste momento precisaremos ter a coragem de nos aventurarmos em território não explorado, e ao mesmo tempo estranhamente familiar à nossa natureza espiritual.

Algumas pessoas contatam a Teia dos Sonhos ao dormir e sonhar, enquanto outras alcançam as mesmas verdades com a meditação ou Tiyoweh, “entrar no silêncio”. 

Outros ainda encon­tram compreensão em disciplinas espirituais diversas ou em desco­bertas pessoais. Qualquer que seja o método, o resultado final será sempre o mesmo. 

Estamos evoluindo como uma espécie que sabe reconhecer e usar a energia em sua forma não-física, e estamos aprendendo como a energia que enviamos pessoal mente para o universo afeta a nossa própria experiência de vida.


Iniciamos esta aventura procurando nosso caminho pessoal entre os padrões e desígnios divinos da Criação. As iniciações se manifestam quando aplicamos estas verdades à nossa vida física. Como usamos a sabedoria que encontramos constitui o processo de iniciação humana.

 A clareza de nossas intenções e a nitidez de nossa percepção criam conscientemente os alicerces das realidades físicas pessoais. Nossa maior ou menor eficácia em atingir o resultado desejado depende da nossa disposição para seguir adiante.

 Cada vez que alteramos o nosso Ponto de Vista Sagrado a vida responde, e a realidade muda. As impressões não-físicas, feitas por nossas esco­lhas mentais, emocionais e espirituais, são os aspectos intangíveis que pavimentam nosso caminho.

 Nós criamos e ordenamos os padrões de ação que empregamos em nossa vida. Nossas experiên­cias cotidianas e nossas interações com os outros se entrelaçam, criando o tecido de nossas vidas, o Manto de Cura metafórico que constitui a nossa realidade concreta.

Quando nos recusamos a prestar atenção aos sinais sutis que informam a necessidade de uma mudança em nossas vidas, quatro grandes passagens pelo caos e pelo desespero interiores forçarão nossa vida a mudar dramaticamente. 

A frase dos Videntes do Sul, “A Noite Negra do Espírito”, pode ser traduzida como “Noites Escuras da Alma”. A vida humana proporciona a experiência destas quatro passagens através da escuridão, nos níveis espiritual, emocional, psicológico e físico. 

Nestes períodos, achamos que a luz na janela, que representa a segurança do lar, se apagou, e parece não haver saída. Imaginamos haver perdido nossa conexão com o Grande Mistério, Deus, o Criador. Temos a sensação de estarmos abando­nados e sozinhos, achamos que ninguém compreende o que estamos passando e que forças ocultas trabalham contra nós. 

A maioria das pessoas reconhece estas características porque já passaram por algumas Noites Escuras, em momentos de dor, incerteza ou perda.

Na tradição nativa americana, consideramos as Noites Escuras da Alma como ritos de passagem, iniciações que nos fazem reagir de formas que irão inevitavelmente temperar e fortalecer a natureza guerreira que é parte de nosso espírito. 

Qualquer homem, mulher ou criança da Terra traz esta bravura dentro de si, e conquista a vitória sobre a Noite Escura da Alma simplesmente por haver sobrevivido, sabendo que fez o melhor que pôde naquelas determinadas circuns­tâncias.

 Aceitar estes duros ritos de passagem nos toma bravos, corajosos, e nos faz reconhecer a natureza guerreira de nossa essência espiritual. O espírito humano desperto trilha com graciosa firmeza os caminhos da transformação, esperando sempre que conectemos a essência do poder que existe em nosso guerreiro interior. 

Se agimos a partir de nossa natureza guerreira, enfrentando
o que está diante de nós, em vez de nos fecharmos nos momentos difíceis, não precisaremos repetir as difíceis lições quando somos obrigados a encarar questões desagradáveis.


 Só então começamos a compreender a força oculta
 de nosso Poder de Cura pessoal.

Se continuarmos a negar o que acontece, recusando-nos a assumir responsabilidade diante destas situações, a Noite Escura da Alma continua, como uma montanha-russa, durante anos em nossas vidas. Por exemplo, as compulsões e os vícios podem destruir certas vidas e criar uma Noite Escura para famílias inteiras.

 Doenças longas são outro exemplo, em que tanto o doente quanto aqueles que cuidam dele são afetados. A perda de um lar por incêndio ou desastre afeta a todos que ali viviam. Se as pessoas não tiverem meios de reconstruir, podem desistir, adicionando mais uma família à massa enorme dos desabrigados.

 O caos pode se abater em nossas vidas de inúmeras formas; dependendo de nossa atitude, podemos escolher apanhar os pedaços que restam e começar de novo, ou desistir. Cada decisão que tomamos coloca em movimento um novo curso de ação, refazendo a trama de nossas vidas e de alguma forma influenciando os acontecimentos futuros.

É muito difícil separar as quatro Noites Escuras da Alma. Como a natureza física, psicológica, emocional e espiritual são profunda­mente interligadas, muitas vezes não conseguimos identificar o tipo de Noite Escura que estamos atravessando. 

Algumas pessoas passam pela Noite Escurada Alma mental ou psicológica durante os anos de adolescência, ou em torno dos vinte anos, quando estão tentando adotar idéias próprias e formar uma identidade, descobrir quem são, onde se encaixam, e como podem ser amadas ou admiradas por seus iguais.

 Existem muitas lições duras a serem aprendidas quando os jovens tentam, pelo método da tentativa e erro, descobrir o que funciona e o que não funciona para eles. As consequências de um comportamento imprudente podem ser fatais no mundo de hoje.

 Para outros, que parecem deslizar suavemente pelos anos dourados da juventude, a Noite Escura psicológica pode chegar no meio da vida, quando compreendem que a alegria que esperavam sentir pela vida inteira não está mais presente naquele momento. 

Algumas pessoas de meia-idade não conseguiram alcan­çar um senso de identidade, porque seguiram um plano baseado no que achavam que os outros esperavam delas. Por isso, caem mais tarde em um abismo de desesperança e depressão.

As Noites Escuras da Alma sempre chegam para nos ensinar, em última instância, a abandonar a covardia. Parafraseando Cormac McCarthy, autor de All the Pretty Horses: O covarde é o primeiro a abandonar a si mesmo, e deste ponto de covardia em diante, todas as outras traições se tomam mais fáceis. 

Qualquer pessoa que já atravessou com sucesso uma Noite Escura da Alma desenvolveu a capacidade de resistir, de encontrar força interior, de aprender com seus erros e se responsabilizar por eles, de recolher os pedaços e seguir em frente, tornando-se, assim, uma pessoa melhor. 


Quando reconhecemos quanta coragem é necessária para enfrentar a jornada humana, passamos a ver as coisas por outro ângulo. É um ato de coragem viver neste mundo, neste tempo, por isso devemos honrar a nós mesmos, reconhecendo o valor inerente a um ser humano que não abandona sua integridade em seu propósito de existência.

Uma Noite Escura emocional pode surgir com a morte de um ser amado, ou por um casamento que acaba, uma traição, um sofrimento por um filho com problemas, ou, ainda, por uma diversidade de outras situações. A profunda dor, ou o entorpecimento, que acom­panham esta Noite Escura emocional podem levar até anos para cicatrizar.

 As perdas emocionais costumam abalar o âmago de nosso ser e aparentemente nos tiram a vontade de prosseguir. É durante esta Noite Escura que aprendemos o valor da capacidade de resistência, e como podemos nos curar retirando força da bondade oferecida pelos outros, e também através do apoioencontrado na fé.

 Esta Noite Escura pode nos ensinar a redescobrir a esperança e abandonar nossa dor pessoal. Podemos também aprender a reconhe­cer os pontos onde negamos nossos sentimentos ou nos tornamos vítimas das emoções. Aprendemos a confiar no fato de que a cada dia estamos ficando mais fortes.

 Por fim, descobrimos que todas as pessoas que sofreram infortúnios, e sobreviveram, desenvolvem uma coragem e uma força interior que aquelas que nunca sofreram ainda não possuem.

A Noite Escura física é um rito de passagem que nos impede de achar que a saúde é algo garantido. Este chamado para despertar assume diferentes formas para diferentes pessoas. Quando um
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médico nos diz que temos uma irregularidade ou um problema de saúde, normalmente estamos colhendo o resultado de não dar atenção às necessidades do corpo. Podemos ignorara advertência ou começar a honrar nossa saúde, mudando os hábitos que afetam negativamente nosso bem-estar físico. A doença pode nos forçar a prestar atenção a tudo aquilo que fazemos que contraria as necessi­dades básicas de nossos corpos físicos.

Entretanto, se uma queda ou um acidente de cano causar perda de saúde ou de liberdade física, temos um outro tipo de obstáculo, que nos ensina a ter mais determinação pessoal e a como usar nossas habilidades para vencer a adversidade. 

Os resultados dos esforços variam de pessoa a pessoa, mas o próprio processo de atravessar a situação já constitui em si mesmo a própria iniciação. Podemos escolher desistir ou então usar nossa vida para inspirar outras pessoas. Podemos escolher lutar por nosso lugar na vida e pela recuperação de nossa alegria, ou podemos afundai'nas dificuldades que estamos enfrentando, até estarmos prontos para usar o livre- arbítrio e nos prepararmos para a mudança.

As Noites Escuras físicas podem nos ensinar a ser solidário com os outros. Aprendemos também as lições inigualáveis da paciência e da resistência, ao enfrentar o nosso medo da perda e nossa dor. Aprendemos a lidar com o sacrifício pessoal e como cuidar dos outros. Aprendemos uma variedade de lições que podem moldar nosso caráter de forma positiva, mas que também podem permitir que esta experiência seja mais uma desculpa para a fraqueza.
As Noites Escuras espirituais ocorrem quando colocamos nossa fé na pessoa errada, em vez de no Criador. Por exemplo, um líder espiritual, que é feito de carne e osso, cai do pedestal que criamos quando lhe damos um papel grande demais em nossa vida.

 Será que por isso devemos jogar fora toda e qualquer confiança, abandonando a fé em tudo o que um dia já consideramos sagrado? 

Ou aceitaremos este rito de passagem como uma oportunidade para crescer? Em tais casos, temos a oportunidade de ver que não soubemos enxergar a fonte espiritual autêntica, ao colocá-la em mãos humanas em vez de confiai' no Grande Mistério, ou Deus.

Esperar que qualquer ser humano seja perfeito, ou semelhante a um deus, costuma ser um caminho enganoso. Porém quando confiamos em nossa conexão pessoal com o Criador, o Grande Mistério, Deus, obtemos acesso à fonte autêntica de força vital e de bem-estar espiritual.

Grandes perdas, como a morte de entes queridos, podem destruir nossa felicidade e dar início a uma Noite Escura Espiritual da Alma. Ao não conseguir entender como um Criador amoroso podería “deixar isso acontecer”, acabamos sentindo raiva de Deus

. Muitas vezes culpamos Deus pelas perdas em nossa vida, forçando a destruição dos antigos alicerces de fé e confiança. É preciso ter muita coragem para aceitar o fato de que nossas experiências são algo que não entendemos, no momento em que estão acontecendo, e que existe um plano divino, que pode ou não ser revelado. 

O tempo muda nossa perspectiva e a vida continua, mas a possibilidade de adquirirmos fé e confiança, depende da nossa capacidade de parar de culpar os outros, a Deus, a vida, ou a nós mesmos. Novamente, a escolha é nossa.


Permanecer ligado a uma fé pessoal é um outro tipo de escolha que enfrentamos ao atravessar uma Noite Escura da Alma. A chave para abrir nossas portas emperradas durante nossa passagem está na oração e no pedido de orientação. A resposta não virá necessaria­mente sob a forma de uma visão ofuscante ou de uma presença angelical. 

Revelações pessoais podem surgir na forma de um sussurro do coração, um pensamento passageiro, ou um sentimento suave que podemos ignorar se quisermos, mas a orientação ou a inspiração espiritual estará lá se pedirmos ajuda e permanecermos abertos para ela. 

A sincronia de eventos, como uma palavra de bondade vinda de uma pessoa estranha, ou a mão amiga que nos toca com compaixão, podem mudar nossas vidas. Talvez nossas respos­tas estejam em observar como uma outra pessoa sobreviveu a um acontecimento trágico.

 Tudo o que experimentamos na vida pode vir a ser uma iniciação, e cada opinião que temos sobre como iremos sobreviver e crescer pode apoiar o nosso processo, ou então inibi-lo.
 Postado por Dharmadhannya

Primeira parte.


 Postado por Dharmadhannya
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