Aneurisma - Dor
de cabeça por ser um alerta.
Uma bomba relógio no cérebro
Maioria dos pacientes só descobre que tem aneurisma
quando ele se rompe. Por Fernanda Dias
Ao romper-se
dentro da calota craniana, o aneurisma produz aumento de pressão
Um dos maiores prazeres da psicóloga
Helena Kandelman, de 67 anos, sempre foi praticar atividade física. Helena só
não imaginava a corrida contra o tempo que precisaria travar em janeiro de
2007, quando o aneurisma cerebral que ela não sabia que tinha se rompeu.
Estatísticas mostram que 50% dos pacientes que
têm ruptura de aneurisma, que é uma dilatação anormal da parede de uma artéria,
sequer chegam ao hospital.
Os que se submetem a uma intervenção médica
ainda correm o risco de ficar com sequelas que variam de uma leve perda motora
ao estado vegetativo. Outros, como Helena, conseguem voltar a ter uma vida
normal.
A psicóloga chegou a ter sequelas após o
procedimento que fez para o aneurisma. Todos os movimentos do lado direito do
corpo ficaram prejudicados, e ela convivia ainda com a falta de equilíbrio e a
perda de memória.
Um ano depois, Helena precisou voltar ao
hospital para implantar uma válvula no cérebro, mas a recuperação mesmo veio da
sua força de vontade de se recuperar.
“Comecei atividades que ajudaram a
retomar minha autoestima e minha independência. Fiz um curso de bijuteria para
repor os movimentos da mão direita. Depois, fiz aula de xadrez, que eu nunca
tinha jogado, e entrei para uma oficina da memória. Aprendi como fazer para me
lembrar das coisas. Hoje, uma vez por mês, dou aula de exercícios cerebrais.
Fui em busca da minha melhora. Mesmo sem vontade e com preguiça, eu ia fazer as
aulas”.
Quando sofreu o rompimento do aneurisma,
Helena era uma das donas de uma casa geriátrica e tinha uma rotina muito
estressante. Mas, além de nunca ter tido nenhum sintoma da presença do
aneurisma, ela era cuidadosa com a saúde e mantinha os exames de rotina em dia.
Porém, todos eles eram feitos “do pescoço para baixo”.
“Por causa do estresse, minha pressão
ficava um pouquinho mais alta, em torno de 14 por 8. Em dezembro de 2006, fiz
um procedimento para o coração. Um mês depois, tinha que voltar na médica para
ela me dar alta total.
Na véspera, tive muita dor de cabeça. Eu
tinha comido castanha do Pará e achei que pudesse ser do estômago. Mas minhas
pernas começaram a tremer, e eu não falava normalmente. Fui direto para a
emergência, onde descobriram que eu tinha tido um aneurisma hemorrágico”,
relata a psicóloga.
São raros os casos de pacientes que sentem algum
sintoma do aneurisma
Assim como Helena, um grande número de
pessoas desconhece a necessidade de se fazer exames preventivos que incluam o
cérebro.
A maioria dos pacientes só descobre o
aneurisma quando ele arrebenta, ou por acaso. Foi o que aconteceu com o
deputado federal e advogado Antônio Pedro Índio da Costa.
Há seis anos, após uma batida de carro, ele
foi parar no hospital, onde descobriu que tinha um aneurisma de três centímetros
no cérebro. Outro caso curioso aconteceu nos Estados Unidos, onde a
norte-americana Mary Phillips, de 56 anos, disse que o cão de estimação de sua
amiga salvou sua vida.
Ela contou ao jornal “St. Louis
Post-Dispatch” que, após deitar-se no chão por causa de uma profunda dor, o
animal começou a lamber sua cabeça.
A reação a convenceu a fazer exames para
saber os motivos das dores constantes. Foi quando os médicos descobriram um
aneurisma cerebral do tamanho de uma noz. Ela precisou passar por uma cirurgia
de cerca de dez horas.
De acordo com o pesquisador do
laboratório de neuroinfecção do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro
Chagas/FIOCRUZ e coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital de Clínicas
Niterói, Marcus Tulius T. Silva, enquanto o aneurisma não se rompe, é raro o
paciente sentir algum sintoma.
A exceção é quando a estrutura é tão
grande que esteja comprimindo alguma estrutura relevante, como um nervo
craniano. Segundo ele, a dor de cabeça do aneurisma só ocorre quando ele se
rompe.
“Lembro-me de uma paciente jovem que
durante uma prova de ciclismo foi levada à emergência por ter apresentado uma
forte dor de cabeça. Apesar da história prévia de enxaqueca, ela relatava que
esta dor era totalmente diferente da que costumava a apresentar.
Durante a espera para realizar uma tomografia,
ela começou a sentir-se sonolenta, apresentou vômitos e logo entrou em coma.
Como estava dentro do hospital, foi prontamente socorrida e operada da ruptura
do aneurisma.
Mas, pacientes com longo histórico de dor de cabeça
não devem se preocupar, pois o aneurisma que não rompeu não causa esse sintoma.
Eles podem sofrer de enxaqueca ou cefaleia tensional e devem procurar um
neurologista para avaliação e orientação.”
Segundo o chefe da neuroradiologia do
Hospital Universitário Antônio Pedro e professor da Faculdade de Ciências
Médicas da Uerj, José Carlos Zirretta, a ruptura era a única forma de saber que
o paciente tinha aneurisma. Há 30 anos, somente através de uma angiografia
cerebral, que é um exame invasivo feito através de catéter, se detectava a
protuberância na artéria.
Presidentes de grandes empresas e astronautas
faziam esse exame mesmo sem sintomas. Mas eles eram exceção. De acordo com
Zirretta, atualmente, através de ressonância magnética ou tomografia computadorizada
é possível detectar o aneurisma.
Ele ressalta, no entanto, que a angiografia
ainda é fundamental para se definir qual a melhor forma de tratamento. “O ideal
é tratar antes de o aneurisma se romper. É claro que toda cirurgia envolve
riscos, mas o paciente tem que colocar na balança”, afirma Zirretta.
Existem dois métodos para se tratar o
aneurisma, e a escolha da técnica vai depender de cada caso. Na cirurgia
convencional, na qual se abre a cabeça do paciente e o aneurisma é manuseado
diretamente, a passagem de sangue pelas artérias é temporariamente interrompida
e próteses são colocadas para que o fluxo de sangue seja restabelecido por um
novo caminho.
Atualmente, no entanto, a técnica mais
utilizada é a Endovascular. Segundo Zirretta, através de um microcatéter
introduzido na virilha, se navega dentro das artérias e se chega ao cérebro. No
interior da dilatação, se deposita uma espiral de platina (Coil), e o aneurisma
é ocluído.
“Esse método mudou a história porque
após a ruptura há uma explosão que aumenta a pressão. Abrir a cabeça do
paciente, que é necessário na cirurgia convencional, aumenta ainda mais a
pressão no cérebro. Por isso, não se pode operar na fase aguda.
Pequenas rupturas podem ser operadas se o
sangramento for muito pequeno, e a pessoa nem chegou a perder a consciência”,
explica Zirretta, que fez o primeiro tratamento de aneurisma cerebral por via
endovascular utilizando Coils de platina eletrodestacáveis no Brasil, em 1994.
Alguns pacientes com aneurisma, no
entanto, nem precisam operar. Segundo Marcus Tulius, o principal fator
determinante para a ruptura é o tamanho da dilatação, mas outros fatores devem
ser avaliados pelo médico, tais como localização, taxa de crescimento e se há
mais de um aneurisma no cérebro.
“Todos estes aspectos vão nos orientar a
indicar ou não uma intervenção. A chance de ruptura é muito pequena em
aneurismas menores que três milímetros, e a probabilidade de uma complicação
inerente à intervenção cirúrgica pode facilmente ultrapassar os benefícios de
uma intervenção preventiva.”
http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/uma-bomba-relogio-no-cerebro/
Postado por Dharmadhannya
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