Antes de seguir adiante, o leitor deve guardar em sua memória as seguintes doutrinas, ensinadas pelos iniciados do Ocultismo em toda a Verdadeira sabedoria. Para nós, em nosso presente estado mortal, elas são doutrinas, visto que não somos capazes de demonstrá-las externamente por nenhuma forma conhecida de experimentação científica.
1. Todo o Universo está repleto do espírito puro, imóvel e sem forma da Divindade pura e criativa.
2. O Universo é ilimitado e infinito, um círculo cuja circunferência está em toda parte e cujo centro não está em parte alguma. O Universo é a dualidade e consiste do manifesto e do não manifesto.
3. O princípio da vida emana dos vórtices puros do Sol espiritual central do Universo manifesto. Deste centro de vida poderoso e inconcebível emanam raios espirituais que brilham com a atividade.
4.
O vasto e imóvel vazio, o universo assustador de espírito silencioso e sem forma, toma-se agora vivo com um número infinito de universos subordinados.
O método de ensino dos
antigos era o Cabalístico — usar os pergaminhos sagrados sobre os quais eram
escritos os símbolos e hieróglifos. Sobre esta fundação o homem construiu uma
sólida estrutura de conhecimento.
Os ensinamentos eram relativos ao Macrocosmo,
o mundo amplo ou o Universo, e ao Microcosmo, o reflexo do mundo amplo no menor
chamado Homem.
Destes
ensinamentos, ocultos nestes hieróglifos e símbolos, uma ciência universal foi
obtida — uma ciência que trata da Formação do Universo, do fluxo e efluxo, da Manvantara
e Pralaya, da geração dos “Deuses” à perfeição do Homem.
Um dos métodos
utilizados para desvendar os mistérios ocultos nestes escritos ou pergaminhos
sagrados é o da Temurá ou permutação, o método anagramático de alterar
â posição das letras para formar uma palavra e criar uma nova que explica o
significado da original. Eis um exemplo notável, deste método:
Aqueles que
escrevem sobre a Alquimia falam de uma substância misteriosa para á qual nenhum
nome é dado. É dito que ela é a coisa mais barata no mundo e não custa nada.
No entanto, ela não
pode ser comprada, mas é oferecida “de graça” a todos aqueles que têm o direito
de tê-la. O que é esta coisa misteriosa? A resposta Cabalista é: “É a Graça.”
A palavra hebraica Mchn,
Mechein, significando literalmente “da graça”, tem seis permutações de
grande significado: Mchn, “da graça”; Mnch, “daquele que
descansa”; Chmn, significando “óleo precioso”; Nchm, “confortar”;
Nmch, “destruir”; e, finalmente, Chnm, “para nada”. Nestas
permutações está escondido um ensinamento do mais profundo significado.
Aquele que passou
pelas dificuldades da vida e viu o vazio das coisas carnais, das coisas
transitórias — aquelas que duram no máximo uma vida —; aquele que alcançou
este estágio toma-se Mnch, aquele que descansa da ação.
Ele descobriu após lições amargas, após
repetidos testes e provações, que todas as coisas mundanas são úteis somente
por causa das lições que elas ensinam à Alma.
Tendo, portanto,
aprendido com sua longa experiência que nada no mundo dos homens pode
prendê-lo, ele toma-se Mnch. Ele sai para o mundo como um discípulo
realizando o trabalho do seu Mestre, seguindo a vontade do seu Mestre, buscando
trazer novamente para a terra as grandes verdades que há tanto tempo se mantêm
ocultas do mundo materialista.
Independente da tempestade, dos granizos, do
quanto assustadores forem os raios e trovões que caírem no mundo do homem, ele
permanece firme e tranquilo, pronto para servir aqueles que lhe são enviados.
Ele aprendeu com o Silêncio e tornou-se Mnch.
Deste modo ele
adquire a Graça, Mchn — aquela graça que é sua devido ao descanso
advindo do esforço enquanto lutava. Esta Graça, de Mchn, é como um “óleo
precioso”, que é Chmn, e cai sobre ele, untando-o e abrindo-o para um
campo mais amplo de consciência, que diz respetio à perfeita unidade e à
compensação.
Este plano ou
condição de ser é conhecido no oriente como o estado Búdico, e no Ocidente é
chamado de Consciência Cósmica. Ao entrar nesta condição de consciência Búdica
ao ser ungido, todas as suas dúvidas e temores são desfeitos.
Ele jamais poderá reclamar novamente que não
há propósito na vida, nunca mais ele se voltará contra os deuses por causa das
falhas humanas, pois agora ele conhece, ele percebe e compreende a razão.
Ele vê o Propósito brilhando mesmo na mais
escura noite de tormentos. Assim, ao conhecer mais, ele está capacitado a
perdoar todos, e coloca seus pés firmemente sobre o caminho da Realização.
A partir deste
ponto, quando ele olha a sua volta e estuda as Sagradas Escrituras impressas
nos corações dos homens, ele não vê nenhum mal, exceto num sentido relativo. Há
somente lições a serem aprendidas e algo além de todas as formas que é
Real e Infinito.
Para os seus olhos, nada do que é humano é
mau, nada que é humano é errado; não há pecado, a não ser o que ele possa ter
cometido, nenhum estágio, a não ser aquele que ele próprio transpôs em sua
caminhada.
Conhecendo os efeitos destas lições sobre si
mesmo, ele percebeu que de tudo devemos tirar o melhor proveito. Deus na
verdade está no seu Céu, e está tudo bem com o mundo.
É este o
significado dos Alquimistas quando eles afirmam que o fogo sagrado não pode ser
comprado mas sim obtido “de graça”. Este “de graça” é “algo” muito precioso,
pois é a Graça sem a qual nenhum homem pode, seguramente, ser confiado com o
Grande Segredo.
Podemos ler as
lições contidas nestas Temurás da seguinte maneira, que é mais
condensada:
A Graça de Deus é
como o óleo precioso que é despejado dos Céus para “confortar” “aquele
que descansa” da labuta e trabalha para “destruir” todo mal, de tal modo que nada
resta a não ser o Ser Aperfeiçoado, o Tahar ou Arhat.
Todas as emoções
amorosas são expansivas; todas as emoções de ódio são restritivas. Fé e
esperança são da natureza do amor e expandem a Alma; mas medo, dúvida e
desespero são da natureza do ódio e contraem nossas Almas, fazendo com que nos
sintamos infelizes e apreensivos.
É a Natureza que ensina todas as coisas; ela
recebe do espírito puro que a instrui. Tudo que vem da luz da Natureza deve ser
aprendido, exceto a imagem da potencialidade. Ao homem é dada criatividade e
potencialidade, pois ele possui vida e espírito.
A Cabala é, na realidade, o desenvolvimento
intensificado de ensinamentos de uma prática mística mais primitiva, e gira em
torno de dois problemas básicos:
(1) Como
reconciliar a relação do Espírito, o Ser mais espiritual e exaltado, com o
insensível mundo materialista.
(2) De
que maneira tal Ser Espiritual poderia ter criado um mundo material, e de onde
veio essa matéria terrena? A solução para estes problemas é expressa melhor por
uma palavra, a Mediação, que significa que existem mediadores entre o Espírito
e o mundo material através dos quais as verdadeiras relações são realizadas.
Os
mediadores têm sido identificados diferentemente em épocas passadas com anjos,
poderes de Deus incorporados nas letras do alfabeto, ou poderes alegóricos
ocultos chamados sefirot.
Segundo a Cabala, a verdadeira essência do
Espírito e de Deus é desconhecida. Sabemos somente que o Espírito» puro é
ilimitado e infinito.
É deste
modo que ele é denominado no Ein Sof (Infinito) e deve, no entanto,
revelar-se ao mundo e à mente do homem. Recapitulando, existem dez
manifestações de poder do Espírito chamadas Elas são: Keter (Coroa), Chochmá
(Sabedoria) e Biná (Amor e Compreensão), formando a primeira tríade, que
é relativa ao ser puro;
Chesed (Misericórdia), Guevurá (Bravura) e Tiferet
(Beleza), que são as qualidades morais; Netzach (Vitória), Hod
(Glória) e lesod (Fundamento), representando o mundo da natureza; e Malchut
(Reino), que harmoniza os nove princípios ativos e age como o meio de
comunicação entre as sefirot e os outros elos na grande cadeia do ser e
da existência.
As Sefirot são os instrumentos através dos quais o
Espírito criou o mundo e pelas quais ele se manifesta.
O Espírito Puro, per se, é então um ser
difusivo, não constituído, não criado, sem forma e que possui existência
independente. Ele é silencioso, imóvel, inconsciente, e possui em sua sublime
pureza somente um atributo que possa ser expresso na linguagem humana: uma
potencialidade absoluta e incondicionada ou a criatividade.
Este é o reino do Espírito que, devido à
conveniência linguística, foi cunhado pelos Ocultistas como “o reino do ser não
manifesto”.
Nós não temos
que lidar com a primeira emanação deste estado inconcebível. A Cabala, no
entanto, contém vários e longos tratados sobre as muitas emanações de todas as
dez sefirot. A maior parte deles escrita num estilo tão alegórico que os
tratados passaram a ser inúteis para a maioria dos leitores ocidentais. Até
mesmo a mente oriental os considera um tanto insatisfatórios e, sob muitos
aspectos, totalmente ilusórios.
A primeira emanação ou manifestação deste reino
de ser e poder informe demanda uma maior atenção do leitor. Ela forma a tônica
de todo o hino divino da criação. Esta emanação, chamada pelos Cabalistas de Keter
(a Coroa), quando despida do seu véu místico e alegórico é a atividade nua e
simples do movimento puro.
Notamos, desta maneira, que a primeira ação da
mente inconsciente é o pensamento, e pensamento implica em vibrações ou movimento.
No instante em que a mente Divina vibra com o
pensamento, brota do ventre infinito da Divindade a dualidade de toda grandeza
futura. Esta dualidade são as gêmeas Cabalísticas (Chochmá e Bina) de
Sabedoria e Compreensão.
Esta,
por sua vez, significa os atributos de atração e repulsa, de força e movimento
puros. Ela é masculino e feminino, coeternas e iguais, e se expressa como
atividade e descanso.
Não importa o quão obscuras ou confusas nossas
especulações possam aparentar ser, pois quando a órbita da nossa mediação metafísica
se completar, tornamos a nos encontrar cara a cara com nosso ponto de partida
original.
Esta é a
tríade infinita da Compreensão, da Sabedoria e da Coroa. Em outras palavras,
ela é a força original do ser puro que contém, dentro de si, potencialidades
ilimitadas.
Com esta divina trindade nós, enquanto
investigadores dos mistérios ocultos da natureza, devemos descansar contentes.
Consolemo-nos, toda vez que for necessário, com a certeza de que quanto mais
próximos ao grande trono branco do Infinito aparentamos estar, para mais longe
o centro divino se afasta de nós.
Se assim não fosse, não poderia haver
eternidade para os átomos de vida diferenciada. Conseqüentemente, a
imortalidade da Alma seria um sonho vazio ou uma mera fantasia, resultante de
algum poder maligno e infernal da imaginação superaquecida da pobre humanidade
iludida.
Os
raios, em vários pontos no espaço, são reunidos de maneira concentrada. Nestes
pontos, ou focos, são formados os centros de universos menores. Um exemplo
deste processo grandioso pode ser visto no nosso plano material quando
observamos como sóis primários irradiam uma série de sóis secundários. Estes
sóis secundários irradiam, então, os planetas. Os planetas transformam-se agora
nos pais das luas.
A ciência da correspondência afirma: “Assim
como acima, é abaixo.”
Lembre-se bem de todas estas doutrinas básicas.
O objetivo divino de toda a criação é a
diferenciação do ser sem forma e inconsciente. O grande resultado deste
objetivo notável é alcançar o máximo das inteligências. As mentes separadas
refletem, então, a ideia da mente universal, e mentalidades individualizadas e
conscientes possuem almas imortais capazes de
um progresso eterno. Elas são átomos diferenciados de vida que se tornam, elas
próprias, fatores secundários e árbitros dos destinos de mundos múltiplos.
Os processos da Criação são a dualidade de
Involução e Evolução. Uma é inseparável da outra. Paradoxal como possa parecer
para os não iniciados, é uma verdade divina que a Evolução e o máximo da vida
espiritual sejam alcançados somente por meio de um rígido processo de
Involução. É de fora para dentro, ou do infinitamente grande para o
infinitamente pequeno.
Para melhor compreender este mistério devemos
fazer uso de uma série de símbolos. Desta maneira, concebemos o foco divino da
essência original como sendo o centro espiritual do universo.
Este raio constitui uma tríade da qual emana a
luz branca e pura do ser sem forma. Este dentro constitui um reino de sefirot,
uma esfera solar de potencialidades vivas — seres divinos e puros que estão
infinitamente além do mais elevado estado angelical.
Assim sendo, nós os imaginamos como se
estivessem flutuando, como se fossem um ponto no oceano infinito do amor
divino, cercados pelo brilho radiante da Coroa inominável.
Esta esfera divina é, neste estágio,
completamente passiva. Nirvana reina sobre e com o esplendor radiante de seu
seio imóvel.
Mas chega a hora em que sua grande missão no
esquema da criação deve ter início. O momento se aproxima, e como a primeira
pulsação criativa do pensamento em toda a esfera imóvel e sem forma, luzes
suaves são irradiadas.
Ela está
cintilante, com uma energia espiritual viva. Atenção, agora, para a mudança que
ocorreu!
A suave luz branca foi interrompida e em seu
lugar são irradiados, em todas as direções concebíveis, poderosos oceanos de
força—cada oceano diferindo em velocidade, cor e potencialidade. O passivo
transformou-se agora em ativo, o imóvel começou a mover-se, e o vazio no espaço
é atravessado pelas asas da luz.
O Sol se refrata e uma porção da Luz Infinita é
decomposta para seus atributos ilimitados e originais. Isto é relatado na
linguagem mística alegórica da Cabala como sendo a evolução das sete sefirot
ativas, da primeira trindade de Compreensão, Sabedoria e Coroa.
São estas sete sefirot ativas que
constituem os sete princípios da natureza. Elas formam sete pontos, ou subcentros
em volta do seu centro paterno divino, o sol espiritual. Estes são os sete
estados da vida angelical de cuja matriz espiritual divina brotam todos os
átomos de vida do seu universo criado.
Quando a aurora de qualquer universo se
origina, a essência pura e sem forma é aspirada antes de ser envolvida pela
vontade Divina das hierarquias angelicais.
Ela é
aspirada dos reinos das coisas não manifestas para a esfera solar da vida
criativa. Através deste contato, ela sofre, imediatamente, uma grande mudança.
Ela não é mais sem forma, mas atômica, e dotada com o atributo ou estado de
polaridade.
Esta polaridade se desdobra numa espécie de
parceria, e divide a substância sem forma em duas partes básicas iguais. Cada
parte é subordinada à outra em sua existência manifesta. Uma é positiva, a
outra negativa.
O raio
positivo é aquele que constitui o fogo espiritual vivo de todas as coisas. Seus
átomos são infinitamente finos. O raio negativo tende sempre a um estado de repouso
ou inércia. Seus átomos são grosseiros e soltos quando comparados aos do raio
positivo.
É a substância formada pelo raio negativo que
constitui cada espécie daquilo que é chamado de matéria. Ela forma tudo, desde
a substância inconcebivelmente fina e eterizada que compõe as formas dos arcanjos
divinos do sol, até os veios minerais brutos do denso metal pesado.
Como consequência disso, quando se fala
amplamente sobre espírito e matéria, os termos são totalmente sem significado
num sentido oculto. Aquilo que chamamos de espírito não é espírito puro, mas
somente o atributo positivo — ou que age — daquilo que chamamos de matéria.
Assim sendo, a matéria é irreal; ela é somente
uma aparência produzida pelo raio negativo, e esta aparência é o resultado da
polaridade ou do movimento maior. Um é direto e penetrante, o outro é circular
e envolvente.
Com esta digressão necessária resumimos nossa
discussão. A partir dos sete estados angelicais acima mencionados, a involução
espiritual se origina.
Cada uma
das sete esferas é o reflexo de um dos sete princípios refratados que
constituem a mente divina. Desta reflexão brotam raças angelicais somente
inferiores em poder mental e potencialidade em relação aos seus pais.
São
produzidos, então, estados celestiais ainda mais baixos — cada estado da
esfera sendo correspondente em natureza, cor e atributos à esfera da qual
nasceu ou foi refletido. Apesar de cada estado na escala descendente ser
semelhante por correspondência, ele se toma menos parecido em tamanho e mais em
matéria.
As
potências espirituais de suas raças angelicais são mais fracas e menos ativas,
pois estão cada vez mais envolvidas com a matéria à medida que descem a escala.
Desta maneira funciona a involução: envolvendo
estado após
estado, e esfera após esfera, formando uma
série de círculos cuja linha de movimento ou descida não está no plano da sua
órbita. Assim, a forma transforma-se numa espiral até que seu ponto mais baixo
seja alcançado.
Além
deste ponto o movimento é impossível, e o infinitamente grande tomou-se o
infinitamente-pequeno. Este é o grande ponto polarizador a partir do qual o
mundo material é refletido.
É o estado espiritual mais baixo possível da
vida, que formou a primeira raça etérea de seres humanos sobre o nosso planeta.
Assim, ele introduziu na existência a famosa Idade de Ouro da celebridade
mitológica.
Existem, portanto, duas escolas para o homem. A
escola da Terra, que ensina coisas terrenas, tem como sua mestra a Natureza e é
de fato a própria Natureza, que incute conhecimentos de si mesma e das coisas
que fazem parte dela.
Há, então, a outra escola — aquela que está
acima. Lá, o mestre é o espírito Divino. Ele nos ensina no corpo renascido, não
no corpo antigo; e, neste homem renascido, ele ensina a sabedoria celestial.
O que há em nós, mortais, que não veio das sefirot?
Aquilo que nos ensina o eterno também nos ensina o mortal, pois ambos têm
origem no reino do espírito.
Existem muitos que julgam o homem e seu poder
como sendo o bem mais elevado. Há homens que consideram a Malchut como o
bem mais elevado, ou estimam como o bem mais elevado o seu semelhante, que lhe
é prestimoso, lhe dá presentes ou o auxilia. Mas nisto eles estão enganados.
Pois não
existe a tríade Compreensão, Sabedoria e Coroa acima do imperador? Não existe
alguém que dá ao homem, que por sua vez dá a você o que precisa? Este alguém
não é algo mais? Podemos subir o máximo que formos capazes, na busca do bem
mais elevado, mas tudo permanece na esfera terrena; aquilo que é eterno está
acima de tudo isto.
Aquele que tem o poder somente dentro de si,
deve ser de tal maneira subjugado pelo poder que deve ser mais humilde que os
que se encontram abaixo dele. Isso porque o poder vem do Espírito e responsabiliza-se
pelos fardos humanos que derivam dele.
A cada
um é dado o espírito que deseja: a um o espírito da sabedoria, a outro o
espírito da ciência, a um terceiro o espírito da fé, a um quarto o espírito da
cura, a um quinto o espírito do poder, a um sexto o espírito da profecia, a um
sétimo o espírito das línguas.
Deus dá,
deste modo, diversas coisas através do Espírito—e não somente uma, mas muitas
centenas, para que o homem saiba como é maravilhoso o Espírito de onde todas as
coisas vêm.
Cada qual tem sua dualidade: de um lado, há o
conhecimento que aprendemos dos homens e, do outro, o conhecimento que
aprendemos do Espírito.
A
fabricação de vidro não é uma arte para aquele que a aprendeu com outra pessoa.
Mas aquele que foi o primeiro a inventá-lo merece ser louvado como um artista,
pois nele sentimos a ação do Espírito.
Mas naquele que só é capaz de fazer o que
aprendeu com outros, a presença do Espírito não pode ser sentida, O homem não é
capaz de fazer nada disso somente através da sua força; toda a sua sabedoria, a
sua razão e tudo que está dentro dele não é capaz de descobrir o novo, e muito
menos desenvolver total mente suas propriedades.
Aqueles que aprenderam com os primeiros mestres
aprenderam diretamente de outros, mas eles também viviam pelo Espírito. Pois o
Espírito foi colocado naqueles homens e, desta maneira, chegou desde o primeiro
até o mais recente dos homens. E, assim, o Espírito triunfa sobre a Terra entre
os homens."
Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:
Este espaço está sob a proteção do Altissimo, sob a Proteção
do Arcanjo Miguel, Rafael, Uriel, Gabriel.
Os elohim lutam no meu lugar.
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