"MEU ENCONTRO
COM SANANDA" - IRMÃ THEDRA
“Agora eu sei!
Sei quem Ele é e o que é.
Conheço o
Senhor Deus vivo e nada pode
me amedrontar
— absolutamente nada”.
"O que
significa A.S.S.K?"
É a sigla da
Associação de Sananda e Sanat Kumara. Ora, onde consegui esse nome? Há cerca de
quarenta anos, o mestre me disse que eu devia conhecê-lo por seu novo nome,
Sananda. E Sanat Kumara, tenho certeza que todos vocês sabem a respeito de Sanat
Kumara.
Somos chamados
de “associados” em vez de discípulos. Sinto que os mestres estão tentando
escapar da velha e rígida ortodoxia e do
uso de “palavras da igreja”. Assim, somos chamados de associados. Ele diz: “Se
você acredita em mim e segue a lei, você está associado comigo”.
Pode nos dizer
um pouco mais sobre a associação e como tudo começou?
Bem, é uma
longa história. Muitos anos atrás, quando eu estava atravessando as portas da
morte...
(Nota: A Irmã
Thedra esteve envolvida num acidente de carro no qual seu automóvel caiu do
alto de um aterro. Em- hora ela fosse rapidamente removida para um hospital, os
médicos não lhe davam muitas esperanças. Ela sobreviveu, mas passou quase nove
meses com
o corpo
totalmente engessado.
Foi informada de que jamais poderia andar
outra vez, porque seu quadril tinha sido totalmente destruído. Decidida a
voltar a andar, ela passou a maior parte dos dezoito meses seguintes em
fisioterapia. Foi quando os médicos lhe disseram que tinha câncer linfático.
[Isso é descrito com maiores detalhes em The Papa Book]. Ainda lutando com as
suas muletas, ela iniciou uma série de aplicações de radioterapia numa clínica
no Canadá. Quando foi informada que o câncer não estava regredindo e que teria
de começar outra série de tratamentos ou então morreria, ela se rebelou contra
os tratamentos e voltou-se para a sua Fonte de ser).
ESPERAR PELA
PARTE MAIOR
...quando eu
estava atravessando as portas da morte, e os médicos e todos os meus amigos
haviam perdido as esperanças em relação a mim, eu disse para minha Fonte de
ser, que habitualmente chamo de Pai: “Sei que, como você me deu o ser, você
pode me curar; e se não for possível, estou pronta a partir”.
Com isso, o ser que eu sempre havia conhecido
como Jesus passou através do véu. Ficou ao meu lado, colocou suas mãos sobre
mim e disse:
“Vou
recuperá-la para que possa ser útil. Você pode ter agora a sua cura completa ou
esperar pela parte maior”.
Quando Ele pôs
as mãos sobre mim e me deu a escolha de ter uma cura total ou de esperar pela
parte maior, absolutamente não tive de pensar sobre a questão. Repondi: “Vou
esperar pela parte maior”. Eu sabia instintivamente, pela sua graça, que a
parte maior seria minha liberdade eterna — que jamais teria de estar novamente
em servidão ou de vir no ventre de uma mulher.
“ALIMENTE MINHAS
OVELHAS”
Ora, quando
fui instantaneamente restaurada para ser útil, perguntei: “Senhor, o que posso
fazer?”.
E Ele respondeu: “Vá alimentar minhas
ovelhas”.
A seguir Ele me disse seu novo nome, Sananda,
que eu devia anunciar para o mundo, e falou:
“Agora seus
amigos esquecerão o número do seu telefone e não conseguirão encontrar a
campainha da sua porta”. Acrescentou ainda: “lembre-se, eles me crucificaram.
Você quer prosseguir?”.
Isso não me
aborreceu. Suponham que eles, de fato, me crucificassem? E daí? Eles o haviam
crucificado! Agora eu sei! Não tenho mais de pensar. Sei quem Ele é. Sei o que
Ele é. Conheço a relação do Senhor Deus vivo e nada poderia me amedrontar
absolutamente nada.
Eu lhes
asseguro neste momento, quando vocês tocarem, uma única vez, a barra do traje d’Ele,
vocês jamais sentirão medo novamente, pois saberão ao lado de quem estão
caminhando.
Mas vocês
devem andar junto a Ele com passos medidos. Isso significa que devem deixar que
Ele os guie, passo a passo, um passo de cada vez, sem tentar se precipitar à
frente de si mesmos e da orientação d’Ele.
Agora, de
volta para os dias nos quais eu estava sozinha, sem um único amigo. Justamente
como Ele dissera, eles haviam esquecido de mim, haviam me abandonado e me
perseguido porque eu dissera que havia sido curada por Ele.
Lembrem-se, eu
não tinha inimigos. Todos os meus amigos eram “cristãos” pertencentes a
igrejas. Eram membros da igreja — alguns deles servindo muito orgulhosamente no
conselho diretor, tão orgulhosos de sua humildade [risosi.
Mas depois
todos eles estavam apontando acusadoramente o dedo para mim e dizendo: “Muito
mau, muito mau, o pobre marido dela gastou milhares de dólares em contas
médicas por causa daquele acidente, acho que ela está metida com feitiçaria ou
coisa semelhante”. E não acreditaram no que eu estava dizendo.
Quando Sananda
falou: “Vá alimentar minhas ovelhas”, eu declarei: “Senhor, não tenho nada com
que possa alimentar suas ovelhas. Eu também estou faminta e sedenta pelo
conhecimento”. Ele disse: “Vá e eu lhe darei comida para minhas ovelhas e meus
servidores irão servi-la”.
Eu tinha uma
ótima casa e um ótimo marido, mas até mesmo meu marido havia se voltado contra
mim. Ele estava com medo de mim. Não me deixava ler para ele as lindas coisas
que o Senhor Deus estava me dando.
Desse modo, o
tempo passou e aqueles que haviam sido tocados por Sananda foram trazidos do
Leste e do Oeste. Passaram-se vários meses. Como vocês bem podem imaginiar, não
aconteceu da noite para o,dia.
SANIDADE,
IMPRENSA E ETS
Eles [os guias
delaj diziam: “Esquente o bule de café - eles estão vindo do Leste, do Norte,
do Sul e do Oeste”. Eram homens, geralmente cientistas, médicos, advogados.
Queriam saber o que estava acontecendo, pois eu tinha me tornado um alvo para a
imprensa — minha casa estava cheia de pessoas.
Um dia veio um
médico que havia sido mandado para ser meu guardião. Por que eu iria precisar
de um guardião? Esse médico e sua mulher mudaram-se para a minha casa e a irmã
dele veio ver o que estava acontecendo.
Ela era um bom
membro da igreja, integrante do conselho, muito ativa e chegou à conclusão que
o irmão dela estava totalmente louco e que eu também estava. O médico teve de
passar por um teste de sanidade, o que foi mais farinha para o moinho da
imprensa.
Agora,
retrocedendo um pouco, recebi um telefonema da Estação Naval de Great Lakes,
dado pelo serviço de informações da Marinha. Eu deveria com- estivessem
dizendo: “Por favor, venha jantar conosco e traga quem você quiser do seu
grupo”. Então, acho que aproximadamente sete dentre nós compareceram. Eu não
tinha nenhuma idéia do que estava acontecendo, mas sabia que eles me haviam
chamado ali para esvaziar meu cérebro.
Ora, vocês
estão perguntando, por que motivo eles queriam esvaziar meu cérebro? Porque os
irmãos das espaçonaves estavam vindo para minha casa tão naturalmente quanto
qualquer um de vocês que estão aqui, e estávamos tendo reuniões.
Qualquer outra pessoa que também estivesse
tendo contatos ou comunicações com eles estava vindo para minha casa, o que
chamou a atenção de todos no começo.
Esses irmãos
não me fizeram quaisquer perguntas. Eles já haviam me questionado
antecipadamente. Vinham geralmente nove deles e tinham um porta-voz. Os outros
esperavam até que o mensageiro tivesse transmitido, em particular, sua mensagem
para mim. Daí, davam meia- volta e iam embora.
A porta dos
fundos da igreja Church of Christ ficava em frente à porta da minha garagem e o ministro esgueirava-se pela porta dos
fundos e entrava em minha garagem para escutar nossas histórias. Ora, meus
amores, esse foi o começo do fim para ele [risosi.
Esse pobre pastor disse: “Oh, não sei o que
fazer. Minha esposa e o conselho da igreja dizem que eu devo deixar de vir aqui
ou abandonar a igreja”. Bem, seria melhor você se decidir logo, irmão, qual dos
dois você quer.
SALVAMENTO HORA
CERTA
Os repórteres
estavam literalmente acampados na soleira da minha porta. Durante esse período,
a casa vivia cheia de gente e os policiais estavam do lado de fora monitorando
tudo. Eles estavam ficando tão perplexos quanto nós. Todo mundo estava confuso.
Finalmente, um
dia veio um irmão que eu não conhecia. Ele disse: “Pensei que você poderia
precisar de alguma ajuda”. A imprensa estava muito ocupada. Havia jornalistas
de todas as estações de rádio e de jornais estrangeiros em torno da minha casa.
Pensei: “Meu Deus, o que está acontecendo?”.
Ele disse:
“Fique simplesmente em paz e você descobrirá”. Foi desse modo que ele chegou.
Então esse irmão foi até o armário e pegou o melhor casaco que encontrou. Ele
sabia exatamente onde pegar aquele casaco e, no entanto, se eu tivesse dito a
qualquer uma das senhoras que estavam na casa para pegar o meu casaco. ela
teria perguntado: “Onde está ele?”.
O homem simplesmente sabia. Ele o colocou em
torno dos meus ombros e partimos. Isso aconteceu apenas cinco minutos antes que
chegasse para mim um mandado de internação por distúrbio mental.
Eu não
perguntei: “Quem é você?”. Sabia que ele era um irmão. Eu sabia que estava em
boas mãos. Sabia que ele fora mandado! Entrei no seu velho e castigado carro,
ele dirigiu alguns quarteirões e estacionou atrás de um supermercado, onde mudamos
para um carro novo. Então, eu soube que não teria de me preocupar. Soube que
estavam tomando conta de mim. Fui levada a uma residência particular onde
permaneci em segurança.
Aconteceram
muitas coisas assim. Quando finalmente fiquei sozinha, o Mestre disse:
“Não olhe para
trás. Queime suas pontes atrás de você. Não lute por coisa alguma. Tenho
riquezas que você nem imagina”. Ora, eu não tinha mais idéia de onde estava
indo, mas sabia nas mãos de quem eu estava.
...1mensagem
de Sananda [em junho de 1955] no sentido de que eu devia encontrá-Lo no
aeroporto O’Hara, perto de Chicago. Ora, nenhum avião comercial havia pousado
naquele campo, que era uma plantação de milho. Recebi a mensagem dizendo que
deveria estar ali ao meio-dia de 10 de agosto e que eu teria um contato. Eu não
pretendia partilhar aquilo com ninguém, pois não me haviam indicado para
fazê-lo, de modo que escondi a mensagem em meu bloco de anotações das mensagens
de Sananda.
Urna mulher da
comunidade budista me procurou. Eu não a conhecia e não sei como sabia a meu
respeito. Ela falou: “Gostaria de ajudá-la. Gostaria de ser sua secretária”. Eu
disse:
“Eu, com uma
secretária? Para que precisaria de uma secretária?”. Ela acrescentou: “Gostaria
de datilografar suas mensagens”. Rapidamente enviei uma mensagem para o
‘escritório interior’, para o chefe, e perguntei: “Que devo fazer neste
caso’?”. Ele me respondeu que deixasse a mulher fazer aquilo. Então, ela pegou
o bloco onde estava a mensagem. Embora eu não tivesse esquecido a mensagem
sobre o aeroporto, esquecera que ela estava no bloco. Quando ela voltou,
simplesmente colocou o livro sobre a minha mesa e não disse uma palavra acerca
desse encontro.
No último dia
de julho, meu telefone começou a tocar. Eles perguntavam: “Podemos encontrá-la
no aeroporto’?”.
“O que’?
Encontrar-me onde? Não vou a lugar algum”, embora soubesse muito bem sobre o
que eles queriam dizer.
Eles falaram:
“Bem, escutamos que você tem um compromisso de encontrar um homem do espaço no
aeroporto”.
68
UM ENCONTRO COM
SANANDA
Seis meses
antes de deixar a casa, eu havia recebido uma...2“Ora, é um lugar público e não
posso dizer-lhes que não podem ir. Não tenho nada a ver com isso. Se vocês
estiverem lá, tudo bem (mas espero que não estejam)”. De qualquer modo, eu não
tinha nenhuma idéia quanto ao que iria acontecer.
Assim, fui
para o ponto exato que foi determinado e havia três outros carros ali. Recebi a
mensagem: “Não, neste ponto não. Fica num caminho muito movimentado”. Eu devia
ir para a estrada do meio, que divide os dois campos. Havia grandes cercas de
arame em cada lado dessa estrada e minhas instruções eram que eu fosse para o
ponto na metade da estrada. Eu parei e todos eles surgiram diante de mim.
Abriram seus baús e pegaram comida de piquenique galinha frita, melancia,
coisas assim.
Bem, antes de
sair de casa, eu tinha feito dois sanduíches e trazia uma garrafa de suco de
uva. Eu não tinha idéia de partilhar ou não partilhar, mas eles faziam
refeições suntuosas em seus próprios carros.
Quando desci
do carro, vi com o canto dos olhos (lembrem-se, havíamos seguido pelo menos 1,5 quilômetro por
uma estrada cercada e perfeitamente reta) uma figura repentinamente vindo pela
estrada. Tinha mais de 1,80 m
de altura e era o homem de melhor aparência que eu já vira. Os outros homens
presentes estavam com ternos largos que lembravam sacos e chapéus de palha, que
estavam na moda na ocasião. Mas esse homem estava com um chapéu de feltro macio
e vestia o mais belo terno castanho claro que eu já havia visto na minha vida,
quase da cor das folhas do outono. Trazia a camisa aberta no colarinho e calças
feitas por alfaiate.
Enquanto ele
caminhava em... meio às pessoas presentes,
uma mulher se aproximou, tocou meu ombro e falou: “Cuidado, esse homem é
maluco”Naquele momento, os outrosêstavam comendo e nem sequer ollaram. Não se
importavam se ele era louco ou não.
Fui para o meu
carro e peguei um prato de papel com um sanduíche e um copo de suco de uva.
Perguntei: “Gostaria de um sanduíche ou de algo para beber?”.
Ele respondeu:
“Não, obrigado”.
Perguntei:
“Tem certeza de que não gostaria de beber alguma coisa?”.
Ele disse:
“Não, obrigado. Qual seria a vantagem de pegar a sua comida se não estou com
fome?”.
Agora, este é
o ponto que me parte o coração. Eu me virei para pedir a meu amigo que desse ao
homem uma fatia de melancia gelada, e antes que eu dissesse qualquer palavra
ele se foi! Simplesmente desapareceu! “Onde ele foi? Onde ele foi?”. Eu me
perguntava. “Ele foi embora! Foi embora e não me levou com ele! Por quê? Por
quê?”. Tentem imaginar uma criança perdida na floresta, chorando em meio à
escuridão da noite.
Fiquei sentada
ali com o coração partido, sem que ninguém prestasse a menor atenção, porque
todos estavam ocupados comendo. Eles não pararam de bater papo, simplesmente
continuaram a matraquear. Pensei, oh, se ao menos eles ficassem quietos! Meu
coração está sangrando e eles simplesmente não se importam.
Finalmente
alguém disse:
“0k, pessoal,
temos de partir agora. Tenho muito que dirigir esta noite. Sou um ministro
ortodoxo e tenho de voltar a meu...1rebanho”. Ele estava aborrecido porque
parecia que haviam sido enganados.
Eu disse:
“Esperem um minuto! Não pedi a nenhum de vocês para vir aqui hoje. Vocês pensam
que foram enganados?”.
Um deles
respondeu: “Oh, não, os irmãos do espaço sabem que estivemos aqui. Quando
chegar o momento de aparecerem, eles o farão”.
Fui para casa,
corri para o meu quarto no andar de cima e chorei até não poder mais. Estava
chorando porque tinha sido abandonada por Sananda. Ele, então, me falou com a
mais doce das vozes: “Agora que você gastou sua energia chorando, pegue o seu
lápis e escreva o que eu lhe digo, para que você possa ter um registro escrito
disso”. E a mensagem era esta:
“Fui eu,
Sananda, que vim até você e as pessoas em sua companhia hoje na beira da
estrada, sem que você ou os outros soubessem. Ora, se eu tivesse vindo como um
cavaleiro numa armadura reluzente ou um homem do espaço, todos eles teriam
corrido para darme comida e bebida. Mas, para você todos eles são iguais o
homem do espaço, o cavaleiro na armadura reluzente ou o louco. Só você pensou
que até mesmo um homem louco poderia estar faminto ou sedento.”
Agora, para
terminar essa história, eu me adiantarei mais uma vez para aqueles últimos dias
em Chicago. O irmão tinha me tirado de minha casa em Chicago e me levado para
um local secreto. Cinco dias mais tarde, depois de me esconder dos repórteres
que estavam prontos a me fazer em pedaços, a próxima coisa que eu soube é que
estava a caminho de Los Angeles. Depois eu deveria ir para as monta-
70 MEU
ENCONTRO COM SANANDA.... nhas dos Andes peruanos,
para cinco anos de treinamento.
[Nota: após
passar alguns dias nessa casa segura, ela recebeu instruções de ir para Los
Angeles, onde estaria a salvo tanto da imprensa quanto do mandado de
internamento. Segue-se uma nota que a Irmã Thedra deixou en seus registros
descrevendo aquele período].
SETEMBRO DE
1955
LOS ANGELES,
CALIFÓRNIA
Sanat Kumara
falou comigo, ordenando que eu fosse para o alto deserto, para a terra árida,
sustentar a Luz para um trabalho que deve ser feito. Onde?, perguntei. Mais
tarde, durante meus preparativos para a partida, fui informada que seria em
Prescott, no Arizona.
Cheguei pela
Greyhound em 31 de outubro de 1955, já de noite. [Nome omitido] encontrou-me na
rodoviária. Mais tarde encontrei outros ali. Recebera instruções de dizer-lhes
que eu estava a caminho da América do Sul. Nenhum de nós sabia que os outros
estavam vindo. Todos nos maravilhamos com esse encontro.
[Nota: essa
reunião incluiu as cinco pessoas que deveriam ir para a América do Sul com a
Irmã Thedra. Todo esse episódio é uma outra história, igualmente fascinante.]
Após cinco
anos de treinamento no alto das montanhas dos Andes sul-americanos, Irmã Thedra
foi informada que deveria retornar aos Estados Unidos, onde começaria a
divulgar os ensinamentos. Ela voltou àquele país em 1961 e em 1962 foi
instruída a ir para Monte Shasta. Durante os três anos seguintes, continuou a
divulgar os escritos originais que trouxera consigo da América do Sul.2...
Em 1965, Sananda disse-lhe que ela devia adquirir a
terra e a estrutura parcialmente construída que se tornaria a Casa do Portal.
Embora e4a hão tivesse um único centavo,,foi em frente e assinou os papéis para
iniciar o processo de compra da propriedade.
Quando chegou
o dia em que o pagamento deveria ser feito, no final da tarde, quando faltavam
apenas duas horas para se encerrar o prazo de pagamento, a quantia chegou pelo
correio, mandada por um homem que simplesmente declarou: Sananda disse que essa
quantia era necessária.
Desse modo, a
Casa do Portal foi estabelecida em Monte Shasta e ali foram recebidos os
escritos que faltavam. Durante os vinte e três anos seguintes, Irmã Thedra
proporcionou conselhos e orientação àqueles que a procuravam e centenas de
milhares de cópias dos escritos e manuscritos foram difundidos por todo o mundo
para aqueles que os solicitaram.
Ela havia sido
informada que não deveria fazer publicidade, devefia simplesmente tornar a
Palavra disponível para aqueles que a solicitassem. Sananda havia contado a ela
que, quando as pessoas estivessem suficientemente sequiosas pela Palavra, elas
a encontrariam, e foi o que fizeram.
Ela contou
que, após vinte e seis anos, sem dúvida esperava passar o resto de sua vida lá
em Monte Shasta. Em fevereiro de 1988, porém, Sananda disse-lhe que se
preparasse para mudar à Casa do Portal e, sem hesitar, ela fez os preparativos.
Em abril de 1988, havia se estabelecido em Sedona, sobre o que Sananda
limitou-se a dizer: “E hora de abrir o portal das Pedras Vermelhas”.
Associação de
Sananda e Sanat Kumara
Desde a morte
da Irmã
Thedra, em junho de 1992,
a publicação A Call
to Arms tem sido editada com periodicidade irregular, usualmente a cada
três ou quatro meses. Recentemente, muitas pessoas escreveram para o A.S.S.K.
(Associação de Sananda e Sanat Kumara) a procura do informativo, que há meses
não recebiam. Vou explicar porque isso vem acontecendo.
Por mais que
todos nós estejamos ansiosos para receber mais informações provenientes
daqueles de maior conhecimento, também compreendemos que o processo de despertar
espiritual é passo a passo e não pode ser apressado (inclusive no caso dela).
O despertar não é algo instantâneo; antes,
cada um tem permissão de despertar em seu próprio ritmo, de modo a permanecer
em equilíbrio.
Após a
transição da Irmã Thedra, nós aqui no A.S.S.K. sentimos intensamente que ela
estava iniciando esse processo de reajuste à vida nas dimensões superiores e
que, depois disso, iniciaria sua preparação para o trabalho que devia ser
feito. Percebemos que esse processo exigiria um certo tempo.
Para realizar
esse objetivo, nós deliberadamente estendemos o intervalo entre as edições, para
dar à Irmã Thedra o tempo necessário para completar seu processo e sua
preparação para o trabalho futuro. Nenhum de nós, do A.S.S.K., sabe quando esse
trabalho será retomado. Assim, como acontece com vocês, todos nós estamos tendo
de cultivar a paciência.
JÁ COMPREENDEU
O QUE FOI DADO?
Nesse ponto, o
que nos vem à mente é algo que a Irmã Thedra costumava dizer quando alguém
eslava impaciente por informações adicionais:
“Você já leu e
compreendeu tudo o que lhe foi dado? Já colocou em prática tudo o que foi dito?
Se não fez isso, ria melhor você terminar o e está no seu prato antes de pedir
mais “.
Sananda
declarou muitas vezes: Vocês recebem na medida que estão preparados”. O que
estava Ele nos dizendo realmente? Nós nos limitamos ler tudo de unia vez e
simplesmente ignoramos o que não compreendemos? Ou voltamos início e tentamos
compreender o que eles tão bondosamente nos deram?
Quanto a mim,
pelo menos, com frequência me pergunto fiz tudo o que podia por meu próprio
esforço ou se de algum modo estou esperando que Ele faça por mim.
Será que coloquei
em prática aquilo que já foi dado ou estou simplesmente lendo as palavras e
querendo mais? Como colocar em prática aquilo que não compreendemos plenamente?
A própria
fundação, sobre a qual se baseiam todos esses ensinamentos, é que existe uma única
Fonte de onde toda a vida se origina. Podemos chamá-la como desejarmos, ela simplesmente
é a Fonte de toda a vida.
Uma vez que
cada um de nós é um ser vivo e um conhecedor do que chamamos vida, então a vida
que nós somos e sentimos está vindo a cada instante, diretamente dessa Fonte.
Precisamos
compreender que, embora Sananda e os outros irmãos mais velhos tenham sua existência
em dimensões da vida que estão atualmente além a nossa compreensão, a vida que
está dentro de cada um deles vem diretamente da mesma Fonte, que está dentro de
cada um de nós. É por esse motivo que eles se referem a si mesmos simplesmente
como nossos “irmãos mais velhos”.
Uma vez que a
própria vida não é algo separado ou exterior a nós, do mesmo modo, tampouco,
vivemos fora dessa Fonte. Estamos dentro dela, em cada instante, e ela está
dentro de nós. No entanto, simplesmente esquecemos nossa unicidade, esquecemos
nossa Fonte.
O processo de
despertar é ir para dentro de nossas próprias vidas e verdadeiramente
compreender a nossa conexão individual e a nossa unicidade com a Fonte desta
vida que conhecemos.
Isso é algo
que podemos fazer sem necessidade de esperar por mais mensagens, pois neste
momento está no interior de cada um de nós. Talvez se todos nós déssemos um
pouco de atenção a isso enquanto estamos esperando, estaríamos mais bem
preparados para receber o que está por vir.
* EXTRAÍDO DA
PUBLICAÇÃO NORTE-AMERICANA A CALL TO ARMS
MUITAS DAS
PESSOAS QUE NOS ESCREVEM OU QUE PASSAM PELO A.S.S.K. PERGUNTAM SOBRE A FASE
INICIAL DA VIDA DA
IRMÃ THEDRA —
DE QUE MODO ELA INICiOU ESSE TRABALHO E COMO COMEÇOU A CONVERSAR COM SANANDA E
OS OUTROS
IRMÃOS, COM OS
QUAIS SE COMUNICOU AO LONGO DOS ULTIMOS QUARENTA ANOS.
IRMÃ THEDRA JAMAIS
QUIS QUE ALGUÉM DIRIGISSE A ATENÇÃO PARA A VIDA DELA, SENTINDO QUE ELA PRÓPRIA
ERA APENAS UM
MENSAGEIRO E
QUE A IMPORTÂNCIA REAL ESTAVA NA MENSAGEM. NO ENTANTO, DURANTE UMA REUNIÃO EM
MONTE SHASTA, EM
AGOSTO DE
1986, ELA EFETIVAMENTE FALOU SOBRE ALGUNS DOS ACONTECIMENTOS, QUE SÃO A RAIZ DE
TODO O RESTO.
UMA VEZ QUE
ESSAS CONVERSAS FORAM GRAVADAS, PENSAMOS QUE PODERÍAMOS IMPRIMIR PORÇÕES DOS
TEXTOS TRANSCRITOS
PARA DAR A
TODOS vocÊs UMA IDÉIA DE ALGUNS DOS ACONTECIMENTOS QUE CONDUZIRAM AO TRABALHO
QUE ELA EMPREENDEU.
LEMBREM-SE,
POR FAVOR, QUE A MAIOR PARTE DOS ACONTECIMENTOS DESCRITOS NESTE ARTIGO
ACONTECEU ANTES DOS CINCO
ANOS DE
TREINAMENTO DE IRMÃ THEDRA NO ALTO DAS MONTANHAS DA CORDILHEIRA DOS ANDES, NA
AMÉRICA 00 SUL, E
ANTES DE SUA
INICIAÇÃO NA IRMANDADE DOS SETE RAIOS E NA ORDEM DA CRUZ ESMERALDA.
64 MEU
ENCONTRO COM SANANDA
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