quinta-feira, 30 de julho de 2015

A Vitória - VENCEDORES E PERDEDORES




A Vitória - VENCEDORES E PERDEDORES
 Postado por DharmaDhannya

Nada podes ensinar a um homem.
Podes somente ajudá-lo a descobrir as coisas dentro de si mesmo. Galileu

Um vencedor não faz papel de “desamparado”, nem fica apontando os culpados. Ao contrário, assume a responsabilidade da própria vida. Não confere aos outros uma falsa autoridade sobre ele. o seu próprio patrão e sabe disso.


Para o vencedor o tempo é precioso. Não o desperdiça. Vive-o aqui e agora. Viver no presente não significa que ignore estupidamente seu próprio passado, ou que deixe de preparar o futuro. Ao contrário, conhece seu passado, está consciente e vivo no presente, e aguarda ansiosamente o futuro.


As palavras “vencedor” e “perdedor” têm muitos significados. Quando nos referimos a alguém como vencedor, não nos referimos à pessoa que vence outra pessoa, derrotando-a, fazendo-a perder.

 Para nós, o vencedor é o que reage de forma autêntica, alguém em quem se pode acreditar, digno de confiança, receptivo e verdadeiro, tanto como indivíduo como no seu papel de membro da sociedade.

O perdedor é o que não consegue responder de forma autêntica. Martin Buber exprime essa idéia quando conta mais uma vez a velha história de um rabino que, no leito de morte, se considera um derrotado. Lamenta que, no outro mundo, não lhe perguntarão porque não foi um Moisés; vão perguntar--lhe por que não foi ele mesmo.

Poucas pessoas são cem por cento vencedoras ou totalmente perdedoras. E uma questão de grau. Entretanto, uma vez no caminho da vitória, as chances de chegar a ser um vencedor serão maiores. Este livro pretende facilitar a caminhada.

VENCEDORES
Os vencedores possuem potencialidades diferentes. A realização não é o mais importante. A autenticidade, sim. A pessoa autêntica sente a sua própria realidade conhecendo a si mesma, sendo ela mesma, e tornando-se uma pessoa digna de crédito e receptiva. Tem consciência da sua singularidade sem precedentes e preza a singularidade dos outros.
A pessoa autentica é aquela que está presente no aqui e no agora, não tira do bolso as cartas do passado para usar como arma, não pede piedade, não abusa da autoridade, não constrange, não humilha e sabe ouvir e dialogar.

Nascido Para Vencer
Não dedica sua vida à idéia do que imagina que ela deveria ser, não está dominado pela inveja, pelo ódio, ressentimento, pena de si mesmo  e prefere ser ela mesma e assim não gasta sua energia para aparentar um desempenho, manter aparência e manipular outros no seu jogo.

 O vencedor pode revelar-se, em vez de projetar imagens que agradam, provocam, ou atraiam os outros. Tem consciência de que há diferença entre ser agradável e parecer agradável, entre ser estúpido e parecer estúpido, entre ser culto e parecer culto.

 Não precisará ocultar-se atrás de uma máscara. Desfaz-se das auto-imagens de inferioridade ou superioridade. A autonomia não assusta o vencedor.

Todo mundo tem seus momentos de autonomia, ainda que efêmeros. O vencedor, entretanto, é capaz de manter a autonomia por períodos cada vez maiores. Poderá perder o pé ocasionalmente. Poderá até fracassar. Mas apesar dos reveses o vencedor mantém a confiança básica em si mesmo.

O vencedor não receia raciocinar sozinho e usar o que sabe. Sabe distinguir os, fatos das opiniões, e não pretende possuir todas as respostas. Sabe ouvir os outros, avaliar o que dizem, mas tira as próprias conclusões.

 Ainda que admire ou respeite seus semelhantes, não se define, não se destrói, limita ou atemoriza totalmente por eles.


O senso de oportunidade do vencedor está certo. Responde apropriadamente à situação. Não é dominado pelas emoções e assim, sua Alma ilumina com a intuição e com a sabedoria do amor.

 Sua reação é adequada quando relacionada com a mensagem enviada, preservando o significado, o valor, o bem-estar e a dignidade dos que estão envolvidos. Sabe que para tudo há uma ocasião, e que cada atividade tem sua hora apropriada.

Hora para ser agressivo e hora para ser passivo,
Hora para estar junto e hora para estar só,
Hora para lutar e hora para amar,
Hora para trabalhar e hora para brincar,
Hora para chorar e hora para rir,
Hora para enfrentar e hora para fugir,
Hora para falar e hora para calar,
Hora para apressar e hora para esperar.


1 — Vencedores e Perdedores
O vencedor aprende a conhecer seus sentimentos e limitações não os teme. Não é detido pelas próprias contradições e ambivalência Sabe quando está furioso, e sabe ouvir quando os outros se enfurecem com ele. E capaz de dar e receber afeição. Sabe amar e ser amado.

O vencedor pode ser espontâneo, não precisa reagir de forma fixa e determinada. Pode mudar seus planos quando a situação assim o exige.
O vencedor tem o prazer de viver. Gosta do trabalho, da diversão, comer, dos outros, do sexo, e da natureza.

Sem se sentir culpado aprecia as próprias realizações. Sem invejas sente prazer com o que os outros realizam, se identifica com outro vencedor, porque dentro dele está vivo e ativo o Espírito da Vitória.

Ainda que um vencedor possa livremente divertir-se, será também capaz de adiar o divertimento. Pode conter-se no presente para ampliar divertimento no futuro. Não teme procurar o que pretende, mas só o faz de maneira adequada. Não atinge a sua segurança controlando os outros. Não se predispõe a perder.

Não faz concessões e procura não ser manipulado. Para cada situação há o justo e o necessário, que pode ser percebido quando não prevalecem os conceitos, quando a mente e as emoções se calam ante o silêncio interior.

O vencedor preocupa-se com o mundo e com os que o habitar Não se isola dos problemas gerais da sociedade. Preocupa-se, solidariza-: e empenha-se em melhorar a natureza da vida. Mesmo em face adversidade nacional ou internacional não se sente totalmente impotente, é otimista e não perde a esperança. Faz o que lhe é possível para tomar o mundo melhor.

PERDEDORES
Ainda que existam os que nascem para vencer, também existem que nascem desamparados e totalmente carentes. Os vencedores fazem com sucesso a transição do completo desamparo para a independência, e depois para a interdependência. Os perdedores não. Em algum lugar, ao longo do caminho começam a evitar o tornar-se auto-responsáveis.

Como já dissemos, poucos são totalmente vencedores ou perdedores. A maioria são vencedores em algumas áreas da própria vida perdedores em outras. A vitória ou derrota é influenciada pelo que lhe aconteceu na infância.

A falta de reação à necessidade de dependência, desnutrição, brutalidade, relacionamentos infelizes, doença, desapontamentos continuo cuidados físicos inadequados e acontecimentos traumáticos estão incluí dos entre as várias experiências que contribuem para que as pessoas não sejam espontâneas..

 Tais experiências interrompem, detêm, ou impede:
o progresso normal na direção da autonomia da auto-realização. Ao lutar com as experiências negativas a criança aprende a tornar-se maleável e a manipular os outros. Estas técnicas de manipulação são difíceis de ser abandonadas mais tarde e frequentemente se transformam em padrões estabelecidos. Um vencedor procura mudá-los. Um perdedor apega-se a eles.

Alguns perdedores referem-se a si mesmos como bem sucedidos, mas ansiosos, bem sucedidos mas enganados, ou bem sucedidos mas infelizes.

 Outros revelam-se totalmente derrotados, sem nenhuma direção, incapazes de mudar, semi-mortos, ou extremamente aborrecidos. Poderá, não perceber que, na maioria dos casos, esteve construindo a própria jaula e cavando a própria sepultura e é um chato consigo mesmo.

O perdedor raramente vive no presente. Destrói o presente ocupando a mente com memórias do passado ou expectativas quanto ao futuro, vive olhando para o jardim do vizinho, não planta, não cuida do seu.
Quando vive no passado, mergulha nos bons velhos tempos ou nos infortúnios que sofreu. Nostalgicamente, ele se apega à maneira como as coisas costumavam ser, ou lamenta a falta de sorte. Sente pena de si mesmo e transfere a responsabilidade da sua vida não satisfatória para os outros.

 Culpar o próximo e excluir-se é o que faz parte do seu jogo, frequentemente Um perdedor que vive no passado pode lamentar “se ao menos “:

Se ao menos tivesse me casado com outra pessoa.
Se ao menos tivesse um emprego diferente.
Se ao menos tivesse terminado os estudos.
Se ao menos fosse simpático (bonita).
Se ao menos meu marido (minha mulher) parasse de
beber. -.
Se ao menos tivesse nascido rico. Se ao menos tivesse melhores pais.

Quando alguém vive no futuro pode sonhar com algum milagre depois do qual poderá “viver feliz para sempre”. Em vez de prosseguir na própria vida, ele espera — espera que venha a salvação mágica. Como a vida será maravilhosa quando:

Quando eu terminar os estudos.
Quando o Príncipe Encantado ou a mulher ideal finalmente aparecer.
Quando as crianças crescerem.
Quando começar um novo trabalho.
Quando morrer o patrão.
Quando chegar a minha vez.

Em contraste com os que vivem com a desilusão da salvação mágica, alguns perdedores vivem constantemente com o temor da catástrofe. Evocam as expectativas do “e se “:

E se eu perder meu emprego...
E se perder a razão.
E se alguma coisa me acontecer.
E se quebrar a perna.
E se não gostarem de mim.
E se fizer algo errado.

Focalizando sempre o futuro, sente ansiedade no presente. Fica ansioso em relação ao que é antecipado — tanto real como imaginado — exames, pagar contas, um caso de amor, crise, doença, aposentadoria, o tempo, e assim por diante.

A pessoa superenvolvida com coisas imaginárias faz com que as possibilidades reais do momento não sejam percebidas. Ocupa a mente com o que é irrelevante para a situação em curso. Sua ansiedade tira de sintonia a realidade que está acontecendo. Consequentemente, não é capaz de resolver sozinho, ouvir sozinho, sentir sozinho, ou provar, tocar, ou pensar sozinho.

Incapaz de conduzir a potencialidade total dos seus sentidos para uma situação imediata, as percepções de um perdedor são incorretas ou incompletas. Vê a si mesmo e aos outros através de um prisma que distorce. Sua habilidade em se ocupar de maneira eficaz com o mundo real é tolhida.

O perdedor passa boa parte do tempo representando. Finge, manipula, e perpetua velhos papéis do tempo em que era criança. Emprega sua energia na manutenção das suas máscaras, frequentemente projetando uma fachada aparente.

 Karen Horney escreve: “A adoção de um imagem falsa para si mesmo é sempre feita às custas da imagem real sendo a última tratada com desdém, no máximo como se fosse um parente pobre”.

 Para o perdedor que representa, seu desempenho muitas vezes mais importante do que a realidade.

Um perdedor reprime sua capacidade de exprimir espontaneamente e apropriadamente todo o seu campo de comportamento possível. Pode não ter consciência de outras opções para sua vida se o caminho que escolher não conduzir a nada.

 Tem medo de coisas novas. Conserva c próprio status quo. E um reincidente. Repete não só os próprios erros muitas vezes repete os de sua família ou de sua cultura.

Tem dificuldade em dar e receber afeição. Não entra em relacionamentos íntimos, honestos e diretos com os outros. Em vez disso, tenta levá-los a corresponder às suas expectativas e canaliza as próprias energias em corresponder às expectativas dos outros.

Quando alguém está sendo um perdedor, não usa sua inteligência apropriadamente. Faz um mau uso racionalizando e intelectualizando Quando intelectualiza, tenta tapear os Outros com sua verbosidade Quando racionaliza, há razões para tornar as suas ações aparentemente plausíveis. Consequentemente, muito do seu potencial permanece dormente, irrealizado e irreconhecido. Como o príncipe-sapo do conto de fadas, está enfeitiçado e vive a vida sendo algo que não pretendia ser.

Cada ser humano nasce com algo novo, algo que jamais existiu antes. Nasce com o que necessita para vencer na vida. Cada pessoa, à sua maneira, pode ver, ouvir, tocar, experimentar e pensar sozinho. Cada um tem suas próprias e únicas potencialidades — suas capacidades e limitações. Cada um pode ser uma pessoa importante, racional, consciente, e criativamente produtiva por si mesma — um vencedor.
Este texto é uma compilação e uma interpretação  de vários autores .

Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:


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