Chakra Terceiro Plexo Solar-
O REINO DO RESPLENDOR – Terceiro Chakra
Sombra e Persona
Postado por DharmaDhannya_EL
Este texto é muito importante para os terapeutas, curadores e estudiosos do assunto.
Sombra é um termo junguiano para os aspectos da psique reprimidos pelo ego. Ao crescer, escondemos dos outros muitos aspectos de nós mesmos para sermos amados e aceitos.
A sombra oculta permanece imatura, mas tem um desejo inato de reconhecimento e de aprovação consciente. Outro aspecto da sombra pode estar relacionado com vidas passadas, nas quais representamos algumas das nossas características socialmente negativas ou inaceitáveis.
Infelizmente, a sombra, pode representar uma a pessoa repugnante dos filmes de terror que foi trancafiada num sótão por toda a vida, com freqüência nos amedronta; preferiríamos mantê-la trancada ou esquecê-la.
Por ser inconsciente, a sombra é mais comumente tida como uma projeção sobre outra pessoa, em geral uma pessoa do mesmo sexo. As características contra as quais reagimos numa pessoa que não nos agrada são bons reflexos da parte desprezada de nós mesmos.
Uma segunda saída para a sombra está nos sonhos em que somos perseguidos ou atacados por animais, ou por um integrante hostil ou repulsivo do mesmo sexo. Uma terceira manifestação é reagir emocionalmente num grau inapropriado a uma dada situação.
É inútil empreender tentativas de encobrir a sombra com comportamentos do ego socialmente aceitáveis. Para fazer as pazes com a sombra e necessario parar de julgá-la, ou de julgar os outros e de reprimi-la ego final mente terá necessidade de aceitar todos os ressentimentos, carências, agressões, inseguranças, vontade de poder e desejos infantis contidos na sombra.
Se não o fizer, grande quantidade de energia psíquica permanecerá presa em subpersonalidades conflitantes que dão corpo a esses conteúdos reprimidos.
Quanto mais eles forem abafados, tanto mais a subpersonalidades terão liberdade para devastar a vida do seu self consciente. Em casos extremos, a negação persistente do lado negativo da sombra resulta no que clinicamente se denomina complexo psicopatológico.
Somente quando recebemos o choque da visão de nós mesmos como realmente somos, e não de como desejamos ou pretendemos ser, é que a jornada para a nossa individualidade essencial pode começar.
Encarar a sombra requer humildade. A confiança é também um fato importante. Se acreditamos que a sombra não destruirá nossa vida caso a libertemos, mais facilmente podemos integrá-la em vez de continuar a projetá-la nos outros.
A sombra também pode conter qualidades positivas que ficaram sem desenvolvimento porque a auto-imagem é modesta ou tímida em demasia. Pode não ter havido suporte ou estrutura de referência no nosso ambiente inicial para o desenvolvimento de algumas dessas qualidades potenciais.
Uma simples observação da mitologia revelará algumas variações da função potencial da sombra. No mito, a sombra muitas vezes representada como um animal ou companheiro muito peculiar que salva o herói de um fim prematuro visando seus instintos.
Em outros casos vemos o herói combatendo um inimigo brutal cuja maldade proposital enigmaticamente provê justo o que o herói precisa. Esses temas míticos ilustram como a sombra realmente contém elementos ausentes que são valiosos ao ego.
Enquanto a sombra constitui o aspecto de nós mesmos condenado ao inconsciente, a persona é a máscara que o ego usa para se apresentai ao mundo exterior. Nos sonhos, por exemplo, a persona pode ser representada por um disfarce ou traje.
Como crianças, criamos ou adotamos imagens que nos proporcionaram aceitação cultural e parental A persona reflete, portanto, a identificação do ego com padrões parentais e sociais.
Pode-se também considerar a persona como as ciladas usadas pelo ego para justificar a nossa existência.
Ao crescer, muitos de nós experimentamos algum tipo de privação emocional e por isso não desenvolvemos um sentido forte de auto-estima. Como adultos, mantemos escondida essa insegurança básica.
Os mecanismos de defesa usados para lidar tanto com a dor emocional como com uma existência injustificada são algumas das mãos desesperadas que modelam as máscaras que usamos.
Infelizmente, essa postura defensiva do ego nos enrijece, e passamos a agir de acordo com certos padrões que nem sempre conduzem à satisfação de nossas necessidades.
Como crianças, muitos de nós logo aprendemos que era inútil pedir diretamente o que queríamos; por isso, tomamos a decisão de parar de expressar nossos sentimentos e necessidades, recorremos à manifestação da nossa raiva ou nos tornamos manipuladores.
Como adultos, em conseqüência, temos uma história de necessidades e de desejos emocionais não atendidos que nos acompanha no relacionamento com os outros. Sem nos comunicarmos com clareza, com freqüência projetamos um grande número de expectativas e exigências em nossas relações, apenas para sentir sempre outra vez a dor e confusão do passado.
Consumidos pela raiva e pela dor quando nossas expectativas não são atendidas, contamos com mecanismos de defesa psicológicos para nos conter. Frequentemente, fazemos exigências como se esperássemos não ser atendidos, o que nos inibe ainda mais ou faz com que sejamos por demais exigentes. Estes, naturalmente, não são os modos mais positivos ou eficientes de conseguir o resultado. desejado.
À medida que distanciamos nosso senso de identidade do poder de obter dos outros o que queremos, podemos aprender que temos para conosco mesmos a responsabilidade de pelo menos reconhecer, se não expressar, os sentimentos e desejos. É mais importante nos expressarmos honesta e diretamente do que influenciar e manipular os outros. Pela expressão, dissipamos a carga emocional e podemos aprender a dirigi-la da maneira mais positiva. Compartilhando o que é sentido, em vez de fazer exigências, descobrimos que é muito mais fácil dar vazão às próprias reações e defesas e não sermos dominados por elas.
Agindo como pais benevolentes e sensatos de nossos desejos e emoções, podemos amorosamente dar-lhes ouvidos e orientá-los com firmeza, em vez de enfrentá-los e reprimi-los.
Outra ramificação da dinâmica entre sombra e persona são o juízos que fazemos dos outros. Num esforço de defender nosso sentido da auto-estima — nossas brilhantes e resplandecentes máscaras — encontramos frequentemente defeitos nos outros antes que eles possam ver nossa sombra.
Todos temos necessidade de nos sentirmos bem conosco mesmos. Se não nos sentimos aceitos e reconhecidos, no tornamos amargos e cínicos. Sentimos ciúme dos outros e podemos passar a vida toda preocupados em apontar todas as maneiras pelas qual os outros não merecem receber o que sentimos que nos falta.
Do mesmo modo que as convenções sociais podem prender-nos numa ordem rígida, parte da nossa auto-imagem estrita (persona) pode dominar nossa criatividade e individualidade.
Em Análise Transacional, este aspecto é chamado de “pai punidor”, porque é a parte de nós que se tornou exatamente como a nossa mãe e o nosso pai. Essa parte está sempre dizendo o que devemos e o que não devemos fazei e punindo-nos quando não obedecemos. Por meio de uma revolução psicológica, a criança interior pode ser libertada para explorar e s desenvolver.
A sombra tem uma relação contrária à energia investida n persona. Uma persona muito desenvolvida arrasta a sombra para regiões mais profundas do inconsciente, onde ela se toma mais perigosa. Crimes horríveis cometidos em nome do Estado ou da Igreja são exemplos de uma persona muito desenvolvida.
No outro lado do espectro, um persona pouco desenvolvida faz com que seja difícil viver no mundo social. Automaticamente, nos alienamos se formos incapazes de aceitar qualquer dos papéis ou regras da sociedade. Em qualquer dos extremos somos inibidos na realização e manifestação da nossa individualidade.
Quando expressadas conscientemente, sombra e persona sã instrumentos essenciais para a autodescoberta e funcionamento n mundo. Uma tarefa importante do ego-self nessa etapa de desenvolvimento consiste em integrar as qualidades da sombra e da persona sem se identificar com elas.
Sexo, Amor e Poder
Visto que a auto-estima e o sentido de poder pessoal estão diretamente ligados ao sentir-se amado e aceito, a maioria das pessoas depende de outros para se sentir valorizada.
Quando a necessidade é grande, comprometemo-nos com nós mesmos a obter amor e aceitação. Embora isso pareça funcionar por algum tempo, é quase certo que a longo prazo trará ressentimentos. Quanto maior a necessidade e quanto maior o poder que damos à pessoa que supre a necessidade, mais subservientes e impotentes nos sentimos.
A necessidade de auto-estima e de um sentido de adequação precisa ser atendida. Ao contrário de jogos de poder, isto pode significar cavar fundo na doutrinação parental e cultural. Por exemplo, poderíamos começar voltando nossos olhos para a programação inicial referente à identidade sexual.
Superar o profundo sentimento de culpa e de vergonha talvez experimentado no conflito entre o nosso desejo sexual emergente e nossos tabus sexuais e sociais particulares é obviamente importante.
Foi o sexo algo obsceno? Muitos de nós crescemos com a atitude de que, por alguma razão misteriosa, nossa identidade sexual era algo de que nos envergonhávamos e que tínhamos de esconder.
De modo ainda mais restrito, pode haver laços de caráter sexual ou emocional insidiosos, geralmente com o genitor do sexo oposto. Pode ocorrer que os pais nunca nos tenham permitido expressar nossa identidade sexual.
Uma mãe pode inconscientemente não desejar afastar-se de seu filho e de modo disfarçado impedir que outra mulher o tire dela. Um pai pode cobiçar sua filha, reprimindo seus fortes sentimentos de amor sexual pelo apego ciumento a ela e inibindo o seu amadurecimento.
Libertando-nos dessas limitações, podemos ficar livres para expressar toda a energia da sexualidade de um modo positivo. É gostoso celebrar a vitalidade da vida através de relações sexuais. Amar com dignidade propicia uma certa auto-estima que nos possibilita sentir e expressar o amor ainda mais plenamente.
Outro fator importante a considerar é a educação do ego relativamente
à sua relação com a força impessoal do amor. O poder do ego é uma espada de dois gumes; precisamos manejá-la com habilidade. Por um lado, estamos em débito com a vida por esculpir uma identidade individual e consciente a partir da matéria-prima do inconsciente coletivo.
Ironicamente, de posse de um sentido de self bem definido somos obrigados a sacrificá-lo e também a sacrificar suas exigências d poder para entrar numa ordem superior de existência consciente. Não vivemos apenas pela espada; se não a pusermos de lado no tempo oportuno, ela se voltará contra nós.
Amor e poder são antagônicos; a abundância de um diminui outro. O poder do ego, seu desejo de controlar e de possuir, impede abertura e a entrega que o amor exige. O amor é universal — divino — e, no entanto, o ego quer possuí-lo, quer tê-lo quando, como e com quem assim o desejar.
Mas quando o ego brande sua espada pan conquistar o amor, ele sempre se frustra. A menos que sacrifique sua vontade de poder o ego não pode penetrar no mistério que e o amor continuar sua jornada aos remos mais sublimes da consciência.
O Resplendor do chakra Manipura
No Tantra hindu, o terceiro chakra se relaciona com o elemente fogo, e seu nome sânscrito, Manipura, significa “brilhante como uma jóia”. Ele se compõe de dez pétalas, da “cor de nuvens carregadas”.
No interior do lótus está a mandala Agni, um triângulo invertido vermelho que simboliza o elemento fogo. Dentro dele há um carneiro, representando as qualidades desagradáveis da mente racional impelida pele desejo. (Veja fig. 12, p. 94.)
O terceiro chakra é o segundo andar do templo sagrado budista. Porque OS budistas combinam o primeiro e o segundo chakras, o terceiro chakra é relacionado ao elemento água. A água é simbolizada por um círculo branco.
Lama Govinda, em Fundamentos do misticismo tibetano, esclarece que as qualidades assimiladoras do elemento água estão relacionadas com os aspectos assimiladores do terceiro chakra através da idéia de que ele transforma elementos grosseiros cm fatores psíquicos e absorve conteúdos inconscientes e forças imateriais.
Alguns estudiosos do Budismo tradicional citam o Buda primordial Ratnasambhava, personificação da função psíquica do julgamento do sentimento, está sentado no trono no terceiro chakra., e outro citam Amitabha como regente do Terceiro Chakra e está associado ao elemento fogo.
Embora ele normalmente seja associado ao elemento terra e à cor amarela, sua Sabedoria de Igualdade pode transformar nossos julgamentos de sentimento centrado no ego numa identidade de sentimento universal baseada na unidade interior de todas as coisas.
Daí que, através de uma experiência emocional profunda de altruísmo, podemos desenvolver uma percepção analítica e uma sabedoria discriminadora sem sacrificar nossa ligação com a Grande Unidade. As paixões obscuras de Ratnasambhava são o orgulho e o egoísmo.
Imagem do Chakra...
O terceiro chakra, Manipura. No interior do lótus de dez pétalas, encontramos a mandala Agni, um triângulo vermelho invertido. O mantra-semente RAM invoca o deus do fogo sacrificial, Agni. O veículo de Agni é um carneiro.
Localizado no plexo solar, o terceiro chakra provê a energia vital ao pâncreas e ao fígado, que governam a assimilação e o metabolismo da energia proveniente do alimento. Além do fogo da digestão, o terceiro chakra é também animado pelo fogo do desejo e pelo poder das emoções. Por isso, durante o processo de limpeza e abertura do Terceiro chakra, problemas digestivos podem coincidir com períodos dramático de instabilidade emocional, à medida que emoções reprimidas s liberadas.
Deslizes do poder e do ego são produtos de um terceiro chakra estimulado, mas defensivo e sem desenvolvimento. Um sentido sadio di auto-estima e poder pessoal assinalam um terceiro chakra satisfatoriamente desperto.
O terceiro chakra também está associado ao estágio mitológico d herói e ao desenvolvimento da consciência do ego. Como um centro de consciência, o ego toma-se uma força integradora suficientemente forte para reunir os elementos difusos dos mundos interior e exterior e digerí-los num sentido de identidade.
À medida que o ego se estabiliza, sua capacidade de assimilar os conteúdos da mente inconsciente aumenta, maior quantidade de energia psíquica torna-se-lhe disponível.
O ego transforma essa energia em poder para controlar seu mundo individual fazer escolhas conscientes e resistir às demandas do inconsciente Assim, o ego obtém uma certa vontade sobre a vida instintiva do corpo e da emoção e uma capacidade para manipular o ambiente exterior.
Como um centro de poder, o terceiro chakra regula o fluxo de energias vitais através do corpo. Quando este chakra está bloqueado, de forma crônica ou temporária, devido a uma luta pelo poder, sentimo-no, fisicamente letárgicos e possivelmente também deprimidos e irritadiços
Tomando-nos conscientes das energias psíquicas em luta no terceiro chakra, superando nosso medo do conflito e assumindo o comando podemos recobrar nosso poder. Esses sintomas se dissipam e um sentido claro de fortalecimento tem probabilidade de prevalecer à medida que o livre fluxo de energia psíquica pelo terceiro chakra ativa os arquétipo mitológicos do herói.
A abertura do terceiro chakra também pode resultar m desenvolvimento de certas habilidades ligadas à PES*(percepção extra-sensorial) e a clarividência. Podemos abandonar o corpo físico e ter experiência consciente no mundo astral, e os sonhos também são lembrados mais facilmente.
Adler acertou no alvo dos sentimentos infantis de inadequação e inferioridade como fonte da nossa necessidade de desenvolver atitudes compensadoras de superioridade. Isto é verdade, sem dúvida, mas na minha experiência, apesar da idade, essas tendências parecem correr à solta nesse reino do resplendor.
Pesquisado por Dharmadhannya
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