Uma
aranha tece muitas teias para pegar moscas, e, quanto maior a teia, melhor será
sua refeição. Assim acontece com aquelas pessoas que conseguem pegar a sorte.
Em geral, com algumas exceções, as pessoas
mais sortudas são aquelas que se deram ao trabalho de formar uma rede de
contatos bem grande. Vamos ver por que isso acontece e como a estrutura em teia
funciona.
***
O.
William Battalia é um instrumento da sorte. É seu negócio e, na maioria dos casos,
um prazer para ele levar a boa sorte para as outras pessoas.
A sorte que ele oferece (quando é aceita)
quase sempre tem um impacto enorme e é capaz de mudar vidas, e ele geralmente a
oferece de forma repentina.
Investe em seus alvos de sorte sem aviso prévio,
como algum grande pássaro benevolente que aparece no céu azul que estava vazio
momentos antes.
Ele frequentemente pensa sobre as
circunstâncias que o fazem escolher alguém em especial, e não outra pessoa que
talvez seja igualmente merecedora.
Por
trás dessas circunstâncias está a primeira das razões pelas quais algumas
pessoas têm mais sorte do que outras.
Bill
Battalia é um recrutador executivo (ou, no jargão de negócios, um headhunter).
Sua firma, a Battalia, Lotz & Associates, está entre as mais conhecidas de
Nova York. Seus clientes são grandes empresas, bancos, agências de publicidade,
organizações de serviços;
a maioria deles é grande e bem conhecida, e todos são ricos.
Quando um dos
clientes tem uma vaga em nível executivo para preencher e não consegue absorver
ninguém da própria empresa, Battalia é chamado. Ele recebe algumas instruções,
em geral uma descrição detalhada da pessoa ideal para ocupar o cargo.
“Precisamos
de um vice-presidente para resolver nossos problemas de vendas” dizem a ele. “A
pessoa deve ter entre 40 e 50 anos; deve ter pelo menos 10 anos de experiência
como gerente de vendas, com excelente histórico;