Labirintite pode ter causas físicas e
emocionais
Diabetes, hipertensão e colesterol alto
estão entre as principais origens fisiológicas do problema
por Marianna Feiteiro
O distúrbio do labirinto, ou
“labirintite”, como é popularmente conhecido, diz respeito a qualquer alteração
no organismo que afete o labirinto, estrutura interna do ouvido muito
importante para o nosso equilíbrio.
“O labirinto possui alguns canais
chamados circulares. Dentro deles existem cristais que comunicam ao sistema
nervoso exatamente nosso posicionamento no espaço. Se eu virar de cabeça para
baixo, os cristais se deslocam para esse sentido, então meu cérebro sabe que eu
estou de cabeça para baixo”, esclarece a neurologista Carla Jevoux, membro da
Academia Brasileira de Neurologia. Ela explica que, além do labirinto, as
outras duas estruturas responsáveis por manter nosso equilíbrio são os olhos,
capazes de fornecer informações sobre nosso posicionamento, e o cerebelo, parte
do sistema nervoso que fica na região posterior do cérebro.
Sintomas da labirintite
Durante uma crise de distúrbio do
labirinto, as queixas mais comuns são de tontura (sensação de estar pisando no
vazio) e vertigem (sensação de que o ambiente está girando). O paciente também
pode apresentar náuseas, vômitos, sudorese, perda de audição ou audição
diminuída, zumbidos e dificuldade de focar o olhar, entre outros. De acordo com
a Dra. Carla, em alguns casos, a crise pode se estender por até uma semana.