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domingo, 24 de abril de 2016

O sergredo do amor 5 - um único passo para a união




A separação começa com um único passo;
a união, também

Tirar as máscaras é um processo continuo, e não um evento único. A maioria das máscaras foi criada ao longo de muitos anos e seria irra­cional pensar em destruir todas elas de uma só vez. Esse não deve ser o seu objetivo. A ideia é começar — e começar agora.

Cada dia é uma nova oportunidade de revelar sua verdadeira identidade. Metade do trabalho é identificar as máscaras e compreender por que elas foram criadas.

Como eu já disse, algumas são usadas há tanto tempo que parecem ser nossa própria pele.

Mas não são. E quanto mais você estiver consciente de sua presença, mais desconfortáveis elas passa­rão a ser — e mais fácil será encontrá-las.

A outra metade do trabalho está relacionada à autoconfiança, pois esse processo acarreta um certo risco. “Como meu parceiro vai rea­gir?”

“Que mudança isso vai provocar no relacionamento?” “Que mudança isso vai provocar em mim?" Essas não são perguntas fáceis de responder.

Mesmo assim, cada vez que afastamos uma máscara, estamos reforçando nossa confiança.

Quando não mostramos quem somos realmente, nos distancia­mos da noção de uma parceria verdadeira e nos sentimos mais so­zinhos.

Mas, quando tiramos nossas máscaras, sentimos o progresso em nosso relacionamento e percebemos o fortalecimento da nossa ligação com o outro.

Vamos analisar mais uma vez os mecanismos que nos incentivam a manter nossas máscaras.

Há um fator comum que conecta a maio­ria desses mecanismos: o medo da rejeição e/ou do abandono.

Você vê isso em seu próprio comportamento? Vamos encarar a verdade: se não tivéssemos tanto medo de sermos rejeitados, não nos esconderíamos atrás das máscaras.

Elas são armaduras que desenvolvemos devido a traumas do passado.

Na convivência com pessoas não muito próximas, quando a inti­midade pode ser algo inapropriado, indesejável ou perigoso, as más­caras têm um valor real.

Entretanto, usá-las em suas relações íntimas cria uma barreira contra a conexão verdadeira. Com o tempo, isso se torna um problema para o casal.

Quanto mais tempo usamos nossas máscaras com as pessoas que amamos, maior é a probabilidade de nos tornarmos essas máscaras.
Um falso “eu”, não tem carisma, não vive a alegria descontraída da vida, não é íntegro.

Ao tentarmos nos proteger, abandonamos a nós mesmos. Repito: abandonamos a nós mesmos. Criamos exatamen­te aquilo que mais tememos nos outros.

O ponto aqui é que as máscaras não estão apenas criando distância entre você e seu companheiro; elas podem mantê-lo distanciado de si mesmo, o que traz uma sensação de solidão e vazio.

Não existe nenhu­ma maneira de evitar riscos em um relacionamento. Essa não é uma notícia muito boa, mas é um paradigma crucial da parceria amorosa.

Algumas de nossas máscaras são óbvias e outras, sutis. Algumas são insignificantes e outras, tão eficazes e confortáveis que começamos a acreditar que são genuínas.

Mas todas elas interferem em nosso objetivo de criar um relacionamento verdadeiro. Assim, é preciso começar o processo lento e assustador de retirada das máscaras. Mas como iniciar uma tarefa tão intimidante?

Quando meu relacionamento com Jill começou a ficar sério, percebi que nunca seríamos realmente íntimos se eu continuasse ocultando os detalhes de minha vida.

Depois de viver solteiro durante muitos anos, parecia natural não falar sobre certas coisas.

Estava acostumado a lidar com meus próprios altos e baixos, a resolver meus problemas, a comemorar sozinho meus pequenos sucessos e, basicamente, a cui­dar de mim mesmo.

Mesmo querendo que ela me introduzisse em seu mundo, não acreditava que se interessaria pelos eventos banais do meu dia a dia.

Jill me perguntava “Como foi o seu dia?” e eu respon­dia um simples “Bom”, mesmo que tivesse passado metade da manhã brigando com os atendentes da TV a cabo e resolvendo problemas ao telefone.