"Liberando os laços com o passado"
Eu fiz algumas considerações com a letra azul.
Qualquer pensamento sobre alguém emite
um pequeno impulso de energia que age como um cordão, ligando quem pensa ao
objeto do pensamento. Se não conhecemos bem a pessoa em quem pensamos, o cordão
é tão frágil que acaba desaparecendo.
Pais e filhos formam naturalmente
cordões entre si, tão fortes a ponto de serem vistos pelos clarividentes.
Quando uma criança chega à adolescência,
precisa ser liberada dessas rédeas, para poder se tornar um adulto livre e
responsável por si mesmo.
Todas as sociedades primitivas
reconhecem isso, e preparam cerimônias simbólicas para libertar seus
adolescentes, impelindo-os à fase adulta. Entretanto, em nossa cultura, isso
não é feito - e assim as crianças frequentemente permanecem doentiamente influenciadas
pelo apego aos pais e não amadurecem, permanecem no
útero familiar e muitas vezes pensam e agem com egocentrismo, narcisismo e com a imaturidade da criança.
A ligação excessiva aos pais é prejudicial
aos adultos. Chegamos a achar ridículo impor limites a uma pessoa crescida.
Mesmo assim, ainda existem muitas pessoas emocionalmente manipuladas pelos
pais, sem que o percebam e isso tem consequências na
vida afetiva, profissional e social do filho (a).
Essas amarras precisam ser cortadas,
para que o indivíduo fique livre para se tornar completo e independente, e para
que possa ser emocionalmente livre e responsável por si mesmo.