Tratamento da Vesícula Biliar
Dr. Douglas Bastos
Muito se
fala sobre pedras e inflamação na vesícula, mas você já ouviu falar em vesícula
hidrópica? Esse problema é menos conhecido, mas também merece atenção quando o
assunto é a saúde biliar.
A
vesícula hidrópica é resultado da hidropsia da vesícula biliar, um processo que
consiste na dilatação do órgão por causa da obstrução crônica do duto cístico.
Quer
saber mais sobre vesícula hidrópica e conferir quais são os tratamentos
possíveis para essa condição clínica? Continue lendo o artigo e entenda melhor
o assunto!
Afinal, o
que é vesícula biliar?
Antes de
aprofundarmos a conversa a respeito da vesícula hidrópica, é preciso relembrar
o conceito de vesícula biliar. A vesícula biliar é um pequeno órgão do corpo
humano, localizado abaixo do fígado. Seu formato lembra o formato de uma pera e
sua principal função é armazenar até 50 ml de bile e auxiliar no trabalho
digestivo, especialmente no processamento de gorduras.
E
vesícula hidrópica, como pode ser definida?
A
vesícula hidrópica é a vesícula biliar dilatada. Ela fica distendida e
preenchida com muco ou líquido claro e aquoso. Normalmente não tem caráter
inflamatório ou infeccioso, embora possa estar associada a inflamações e
infecções no órgão nos quadros de maior gravidade.
Por que
ocorre a hidropsia de vesícula?
A
vesícula hidrópica é causada pela obstrução da saída da vesícula biliar, que
geralmente é provocada por pedra impactada no duto cístico ou no colo do órgão.
Quais são
os sintomas de vesícula hidrópica?
A
vesícula hidrópica pode gerar manifestações físicas como dor no quadrante
superior direito do abdômen, desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, etc.
Quando a dor persiste por mais de 6 horas ou vem acompanhada de febre e
calafrios, pode haver uma condição mais grave, como colecistite aguda, epiema
da vesícula ou obstrução coexistente do duto biliar.
Caso você
apresente algum desses sintomas e suspeite de problemas na vesícula biliar,
procure imediatamente um médico especialista em aparelho digestivo. A rapidez
no diagnóstico faz toda diferença!
Como
diagnosticar o problema?
Além de
avaliação sintomática e exame clínico, a dilatação da vesícula biliar pode ser
confirmada através de exames de imagem que identificam a diminuição do
espessamento da parede da vesícula e o aumento do volume de líquido em seu
interior.
Testes
laboratoriais também podem ser muito úteis para descartar outras doenças.
Contagem de leucócitos, medição de bilirrubina, estudo dos níveis séricos de
amilase e enzimas hepáticas fazem parte da investigação.
Qual é o
melhor tratamento?
O
tratamento mais efetivo para a vesícula hidrópica é a cirurgia. Atualmente, o
procedimento cirúrgico recomendado nesses casos é a colecistectomia
laparascópica, uma técnica minimamente invasiva e mais segura, que apresenta
menor risco de complicação, maior conforto pós-cirúrgico, melhor efeito
estético e recuperação mais rápida em comparação à cirurgia aberta.
Para
aumentar a segurança na realização do procedimento, é indispensável que a
operação seja feita por um bom cirurgião do aparelho digestivo. Além disso,
todos os exames pré-cirúrgicos devem ser realizados para checar o estado de
saúde do paciente.
O que é
litíase biliar?
A litíase
biliar, também conhecida popularmente como pedra na vesícula ou cálculo biliar,
nada mais é do que um aglomerado de substâncias que se forma dentro da
vesícula. Ele pode ter diferentes formatos e tamanhos e se assemelha a cristais
de rocha.
Algumas
pedras possuem o tamanho de uma bola de golfe, enquanto outras são tão
pequeninas quanto um grão de areia. Porém, ambas podem causar dor, ardência e
bastante incômodo.
Os
pacientes podem desenvolver apenas uma litíase biliar – ou várias. Basicamente,
a condição se manifesta de duas formas:
1.
Litíase biliar pigmentada: aqui, as pedras possuem tonalidades que variam
do marrom ao totalmente preto. Elas se desenvolvem quando a bile possui alta
concentração de bilirrubina, um componente produzido quando o organismo quebra
hemácias presentes na circulação sanguínea.
2.
Litíase biliar de colesterol: esse tipo de litíase é mais comum, sendo que
as pedras são formadas por colesterol não dissolvido pelo organismo. Elas
também podem conter outras substâncias e, na grande maioria dos casos, são
amarelas.
Quais são
as causas da litíase biliar?
Não há
exatamente uma causa que leve à formação de pedras na vesícula. Geralmente, o
processo ocorre quando a bile não consegue dissolver a quantidade de colesterol
anteriormente excretada pelo fígado. Neste caso, o excesso do colesterol se
transforma em pequenos cristais e, posteriormente, em pedras.
O
desequilíbrio entre o colesterol e os solubilizantes do organismo também é uma
possível causa para a litíase biliar. Nesta situação, ele pode ocorrer tanto
pelas altas quantidades de colesterol como também pela baixa concentração de
solubilizantes na bile.
Já os
principais fatores de risco, ou seja, os fatores que aumentam as chances de
desenvolvimento da litíase biliar, são os seguintes:
- Obesidade ou excesso de gordura
corporal;
- Gênero feminino;
- Gravidez;
- Terceira idade;
- Dieta rica em colesterol e
gorduras com baixa ingestão de fibras;
- Histórico familiar da doença;
- Uso contínuo de medicamentos com
estrogênio ou remédios para diminuir o colesterol;
- Hemólise crônica.
Quais são
os sintomas que apontam para um caso de litíase biliar?
Alguns
pacientes não apresentam nenhum sinal de que estão com cálculo biliar, enquanto
outros apresentam dores similares à cólica abdominal, juntamente com outros
sintomas. Os principais deles são:
- Inchaço na região abdominal com
dor aguda, geralmente após as refeições e com irradiação pelas costas;
- Febre;
- Amarelamento da retina e da
pele;
- Vômitos e enjoos;
- Fezes claras.
Há
tratamento para o problema?
A litíase
biliar, quando não acompanhada de sintomas ou desconforto, não necessita de
tratamento imediato.
Porém,
quando há sintomas, o tratamento se torna necessário – de modo a eliminá-los e
evitar complicações.
O
principal tratamento para litíase biliar é a cirurgia para retirada da
vesícula, tecnicamente chamada de colecistectomia. Atualmente a cirurgia é
realizada por vídeo na maioria dos casos e recebe o nome de colecistectomia
videolaparoscópica. É o que recebe o nome popular de cirurgia da vesícula por
vídeo! A recuperação é rápida e o paciente costuma retornar para casa no dia
seguinte do procedimento.
Agora
você já sabe o que é litíase biliar, assim como seus sintomas, causas e
tratamentos. Quer
saber mais?
Vesícula septada: o que é isso?
A
vesícula biliar é um pequeno órgão que integra o sistema digestivo. Com o
formato normalmente similar ao de uma pera, ela fica localizada no quadrante
superior direito do abdômen. A principal função desse órgão consiste em
armazenar a bile, líquido participante do processo digestivo, sobretudo na
absorção de nutrientes e emulsificação de gorduras. Mas o que quer dizer
vesícula biliar septada?
Para
entender melhor do que se trata, é importante relembrar o significado de septo.
Em anatomia, esse termo remete à parede que divide duas massas de tecido mole
ou duas cavidades do corpo. Podemos então afirmar, de forma resumida, que a
vesícula septada é uma vesícula duplicada, mas isso você vai entender melhor
neste artigo.
O que é
vesícula biliar septada, afinal?
Embora as
anomalias biliares, como cálculos e inflamações na vesícula, sejam achados
clínicos comuns, a duplicação da vesícula biliar é uma anomalia rara e
congênita, que acomete cerca de 1 a cada 4 mil pessoas. Os casos geralmente são
descobertos ocasionalmente em autópsias ou processos intraoperatórios.
O quadro
pode ser assintomático; entretanto, quando os sintomas estão presentes,
geralmente são associados às manifestações típicas de colecistite, como, por
exemplo, dor abdominal forte, náuseas, vômitos e mal-estar. Raramente a
vesícula biliar contém carcinoma, apesar de acontecer em alguns casos.
Por que é
importante identificar a existência de vesícula septada?
O
reconhecimento precoce da vesícula biliar septada é importante para diminuir o
risco de complicações cirúrgicas, caso tal anomalia seja negligenciada durante
a operação. Quando o diagnóstico não é prévio, a condição deve ao menos ser
descoberta ao longo da cirurgia, o que chamamos de achado intracirúrgico.
Identificar
a duplicação da vesícula biliar é fundamental para evitar lesões durante uma
colecistectomia videolaparoscópica, por exemplo. Quando o cirurgião sabe
antecipadamente que o paciente tem a vesícula septada, essa informação passa a
ser crucial no planejamento e na condução da cirurgia, prevenindo a ocorrência
de complicações e reduzindo a necessidade de reoperação ou conversão para
cirurgia aberta.
Como é a cirurgia
de retirada de pedra na vesícula?
A pedra
na vesícula pode acarretar inúmeros sintomas e, na maioria das vezes o
tratamento recomendado é a retirada da vesícula. A colecistectomia, é também
conhecida como cirurgia de retirada de pedra na vesícula ou cirurgia da
vesícula. Atualmente ela é realizada por videolaparoscopia, uma técnica
minimamente invasiva, que permite rápida recuperação sem comprometimento
estético.
Colecistectomia:
quando fazer a remoção cirúrgica da vesícula?
Colecistectomia
é o termo médico que designa a cirurgia para a retirada da vesícula. A remoção
cirúrgica do órgão é o tratamento mais eficaz para pacientes que possuem pedras
grandes e sofrem com dores fortes. A cirurgia pode ser feita pelo método convencional
ou por laparoscopia. Com a retirada da vesícula, a bile produzida pelo fígado
será lançada diretamente no intestino.
No
procedimento de cirurgia aberta, o médico faz uma corte no abdômen para retirar
a vesícula. O período de internação é de 1 a 2 dias, sendo maior quando o
paciente apresenta outros problemas resultantes das pedras, como a colangite
(inflamação das vias biliares) ou a pancreatite (inflamação do pâncreas). Esse
é o método convencional, que deixa uma cicatriz maior e tem um pós-operatório
mais prolongado.
Já a
laparoscopia é uma cirurgia mais moderna, menos invasiva. O médico só precisa
fazer quatro pequenos cortes (0,5 a 2,0cm) no abdômen para introduzir os
instrumentos e a câmera que auxiliará a operação. Como as incisões são muito
pequenas, há menor risco de infecção e sangramento, e o processo de recuperação
é bem mais rápido. O paciente pode receber alta em até 24 horas e, após 15
dias, já consegue retomar a maior parte de suas atividades.
A
cirurgia para remoção de pedra na vesícula apresenta baixo risco. As principais
complicações são infecção e hemorragia. Caso isso aconteça, é importante que o
paciente retorne, o mais rápido possível, ao hospital onde realizou a cirurgia.
Outras
formas para tratar a pedra na vesícula
Como a
maioria das pedras na vesícula resultam do aumento dos níveis de colesterol
ruim, é possível preveni-las ou reverter a progressão com uma dieta mais
saudável, isenta de gorduras, embutidos, carnes vermelhas em excesso, produtos
industrializados, entre outros alimentos que estimulam o aumento de colesterol
ruim no organismo.
Medicamentos
que combatem o colesterol e mudanças de hábitos alimentares podem ser
prescritos pelo médico quando o quadro ainda não causa sintomas.
O não
tratamento das pedras na vesícula pode desencadear diversos problemas, como
colangite (infecção bacteriana), colecistite (inflamação da vesícula),
coledocolitíase (obstrução do colédoco) e pancreatite aguda. Portanto, a
avaliação e acompanhamento por um profissional especializado é fundamental!
4
sintomas que podem indicar que você está com pedra na vesícula
Os
perigos da pedra na vesícula vão além da clássica dor após a alimentação.
Transtornos no pâncreas, obstrução da via biliar e até infecção grave podem
ocorrer.
Porém,
suspeitar do diagnóstico não é algo difícil, se você estiver atento a alguns
detalhes. Quem é diagnosticado com pedra na vesícula precisa procurar um
especialista para correta avaliação.
4
sintomas de pedra na vesícula
1. Dor abdominal
A dor é a
principal reclamação. Ela ocorre logo após uma refeição ou quando a pessoa
realiza um esforço na área abdominal. Entretanto, não fica somente na barriga,
a lombar e outras áreas acima, especialmente na região das costelas, também são
atingidas pelo incômodo.
Se o
consumo de gordura for grande, a vesícula fica ainda mais contraída, e é aí que
a dor se acentua.
2. Mal estar após as refeições
Mal estar
após as refeições é um sintoma comum para muitas doenças do aparelho digestivo.
Muitas vezes os sintomas da pedra na vesícula se manifestam como uma sensação
de má digestão. É frequente que essa queixa seja mais frequente após alimentos
ricos em gordura ou frituras.
3. Urina Escura
Quando
uma pedra sai da vesícula, e cai na via biliar principal, o colédoco, podem
surgir alguns sintomas. Um desses sintomas é o escurecimento da urina. Em
alguns casos os pacientes relatam que está com a urina com “cor de coca-cola”.
Esse é um relato com grande chance da origem ser relacionada a algum
problema no fígado ou na vesícula.
4. Cor amarelada nos olhos e
pele
A
icterícia é outro sintoma que pode indicar pedra na vesícula. Na verdade, assim
como a urina escura, ela decorre na maioria das vezes da passagem de uma pedra
para fora da vesícula. Isso impede a drenagem de bile para o intestino. Isso
altera a excreção e reabsorção das substâncias derivadas da bile e influencia
na mudança de tonalidade da pele e dos olhos, tornando-os amarelados.
Se você
perceber esses sintomas, você pode ter pedra na vesícula. É importante que
procure um especialista ou o seu médico de confiança.
Tudo o
que você precisa saber sobre o câncer de vesícula
A palavra
“câncer” tem um efeito extremamente pesado na vida de muitas pessoas que são
diagnosticadas com essa doença. Associada a um processo demorado, bastante
doloroso e até mesmo à morte, quase todas as partes do corpo estão sujeitas a
desenvolver essa enfermidade. O câncer de vesícula é um desses tipos de câncer
que precisam ser entendidos e tratados.
De
diagnóstico mais difícil e afetando a vesícula biliar (um pequeno órgão que
concentra a bile e que influencia no trato gastrointestinal), essa patologia
têm mais chances de cura quando o diagnóstico é realizado de forma precoce.
Em meio
ao seu processo de tratamento, o paciente diagnosticado com câncer de vesícula
passará por procedimentos cirúrgicos e quimioterapia, a fim de eliminar as
células cancerígenas.
Quais são
os sintomas do câncer de vesícula?
Infelizmente,
o câncer de vesícula ataca de modo bastante silencioso. De fato, são
raras as vezes em que a doença é descoberta em suas fases iniciais. Ainda
assim, é importante destacar alguns dos sintomas mais frequentes entre as
pessoas que podem estar padecendo desta enfermidade. Confira a seguir quais são
os principais:
•
Frequentes e estranhos inchaços por toda a barriga;
• Mudança
na tonalidade da pele e dos olhos, que se tornam mais amarelados;
• Muita
dor na barriga, principalmente no lado direito, em que o trato gastrointestinal
se localiza;
• Perda
de peso em decorrência da expressiva diminuição no apetite;
•
Recorrência nos enjoos e nos vômitos sem motivo aparente ou explicação;
•
Temperatura do corpo elevada em mais de 38º C por dias seguidos.
Vale
ressaltar mais uma vez que esses sintomas costumam aparecer em fases mais
avançadas do câncer, sendo indispensável a procura de um médico especialista no
exato momento de sua dúvida ou percepção. O médico poderá solicitar a
realização de exames, bem como diagnosticar a pessoa como portadora da doença.
O
tratamento do câncer de vesícula
Assim
como nos demais cânceres, uma vez que a descoberta é feita, torna-se
indispensável o rápido início do tratamento e o combate à enfermidade. Afinal,
tratando-se do câncer, o tempo joga contra a vida do paciente, permitindo que
outras células cancerígenas surjam conforme haja contato com a região já
degradada.
Uma vez
que o câncer foi encontrado, é indispensável que a vesícula biliar seja
retirada para uma interrupção do avanço das células malignas. Feito isso, é
necessário ainda dar início ao tratamento de quimioterapia, visando controlar o
avanço da patologia para os demais órgãos.
Sobre a
cirurgia do câncer de vesícula, vale destacar que existem dois tipos principais
de procedimento. O primeiro consiste na cirurgia potencialmente curativa, que é
aquela em que o médico responsável tem a possibilidade de retirar todo o tumor
do órgão.
A
segunda, por sua vez, é uma cirurgia paliativa, na qual retirar todo o tumor
não é uma opção. Nesses casos, a intervenção cirúrgica se dá apenas para tratar
ou prevenir complicações.
A
vesícula é um importante órgão da região abdominal, que tem como função
armazenar a bile para lançá-la quando são ingeridos alimentos ricos em
gorduras. Mais concentrada do que no interior do fígado, a bile emulsifica o
alimento ingerido e o prepara para que sejam extraídos os seus nutrientes.
Mas
quando há, interior da vesícula, alguma falha no processo de concentração da
bile começam a surgir cálculos e pedras compostos de cálcio e colesterol. A
pedra na vesícula pode dar sintomas, desde dores leves até processos
inflamatórios na própria vesícula ou no pâncreas, sendo necessária uma cirurgia
para retirada da vesícula.
Funções
da vesícula e o surgimento de pedras
A
vesícula tem uma ampla atuação em todos os processos de digestão, sendo
diretamente auxiliar do fígado como reservatório e transportador da bile para o
intestino delgado. Suas funções se estendem a todas as outras do corpo, até
mesmo para o cérebro e na proteção do corpo de doenças.
Após a
produção da bile pelo fígado, ela é armazenada na vesícula para que seja
misturada no estômago durante a digestão de alimentos gordurosos.
A
vesícula faz uma espécie de faxina no organismo, como um detergente que
emulsifica a gordura para quebrar as células de lipídios, facilitando a
digestão e a separação dos nutrientes. Por agir de forma tão ampla, pode
apresentar falhas num de seus processos que culmina com o surgimento de
cálculos e pedras de cálcio e colesterol em seu interior.
Com o
acúmulo de pedras na vesícula pode haver dores após a alimentação e até mesmo
um processo inflamatório chamado de colecistite, gerando dores agudas e muito
intensas. Se não houver atendimento imediato o quadro pode se agravar e até
mesmo levar a morte do paciente. Outras complicações como a coledocolitíase
(pedra no canal biliar principal, entre o fígado e o intestino), a colangite
(infecção nas vias biliares) e a pancreatite podem ocorrer em virtude da pedra
na vesícula.
A dor que
não melhora com medicação oral indica que o problema já está sério o suficiente
para ser ministrado apenas medicamentos, sendo necessária a realização de uma
cirurgia de retirada da vesícula para que o problema se resolva.
Como é
feita a cirurgia
Quando
começam as surgir sintomas como dor intensa e vômitos, sobretudo após a
alimentação, é preciso ir urgente ao médico para realizar o diagnóstico.
Se a vesícula estiver com sério problema inflamatório a cirurgia é indicada
imediatamente.
Há dois
métodos cirúrgicos, a colecistectomia tradicional, onde é feito um corte no
abdômen até chegar à vesícula. Ela deixa uma cicatriz aparente e tem uma
internação média de dois a três dias. O outro método é a cirurgia por
laparoscopia, cirurgia minimamente invasiva. O procedimento é bem simples, com
pequenos cortes de tamanho suficiente para inserir quatro canos, chamados de
trocateres.
Com a
laparoscopia não há contato direto com o órgão e tudo é feito através de uma
microcâmera na ponta de um dos instrumentos inseridos. A internação é de apenas
um dia e as cicatrizes são mínimas.
O
pós-operatório de ambas é caracterizado por dor nas primeiras 12 h após a
cirurgia, com o uso de analgésicos que a amenizam. O paciente demora duas
semanas para se recuperar, onde deve ficar de repouso, não pegar peso e nem
realizar atividades físicas, mas pode fazer caminhadas e movimentos leves que
podem ajudar a acelerar a recuperação.
6
sinas de que você pode estar com pedra na vesícula.
Você já
deve ter ouvido falar de cólica biliar e, certamente, não gostaria de
experimentar a sensação. Trata-se de uma dor intensa, com instantes de
agravamento, causada por uma pedra na vesícula (também conhecida como
colelitíase).
A
colelitíase é um mal que, segundo estudos, pode afetar até 1/5 da população
brasileira, atingindo mais as mulheres, principalmente aquelas que se encontram
na faixa etária dos 45 aos 55 anos. A incidência do problema pode chegar à casa
dos 30%.
Antes de
listar 6 sinais que podem indicar a presença da doença, reunimos algumas
informações importantes sobre o assunto. Vamos lá?
O que é a
vesícula e qual seu papel no corpo humano?
A
vesícula é um órgão do corpo humano que possui a forma de uma pera, integrando
nosso aparelho digestivo. Ela tem como função armazenar e liberar no intestino
a bile, que é um líquido de coloração amarelada, cuja finalidade é,
principalmente, auxiliar na digestão e absorção dos alimentos, sobretudo
aqueles que contém gorduras.
O que é,
afinal, a pedra na vesícula?
A
colelitíase é um mal causado pela presença de pedras na vesícula biliar. Essas
pedras (ou cálculos, como também são chamadas) aparecem em decorrência de uma
quantidade incomum de alguma das substâncias que compõem a bile.
A pedra
pode estar presente na vesícula sem causar qualquer sintoma, especialmente
quando é pequena. Em geral, as “pedrinhas” acabam sendo levadas junto com o
líquido, atravessam os canais biliares e chegam ao intestino, onde são
eliminadas com as fezes. Em outros casos, entretanto, elas se instalam na saída
da vesícula biliar e obstruem a passagem da bile. Isso ocorre quando a pedra é
maior do que o orifício de saída da vesícula.
É essa
anomalia que provoca a dor, consequência da pressão interna na vesícula causada
pelas contrações. Essas contrações são estimuladas pela sinalização do
organismo de que há alimento a ser digerido, o que explica o fato de as dores
aparecerem após as refeições, especialmente se estas forem ricas em gorduras.
6
sintomas que você deve observar
Para
saber se há ocorrência de pedra na vesícula, observe se há manifestação dos
seguintes sintomas:
1. Cólica do lado direito do abdômen,
após as refeições;
2. 2. Enjoo e vômito após as
refeições;
3. Dor forte contínua no lado direito ou
no meio do abdômen, com momentos de dor mais intensa e irradiando para as
costas;
4. Perda de apetite;
5. Pele e olhos amarelados;
6. Sensação de má digestão após as
refeições.
Como
evitar a formação de pedra na vesícula?
Para
evitar a ocorrência desse mal, é essencial que se tome uma série de cuidados
com a alimentação, evitando o consumo exagerado de alimentos gordurosos e ricos
em carboidrato simples.
A dieta
deve ser rica em fibras, frutas e verduras. Os refrigerantes devem ser
evitados, assim como o uso sistemático e prolongado de anticoncepcionais. A
prática de exercícios físicos é outra medida que reduz o risco, uma vez que
ajuda no metabolismo do colesterol.
Diagnóstico
e o tratamento
O
diagnóstico é feito através de ultrassonografia. Em alguns casos, pode-se
recorrer à ressonância magnética e à tomografia computadorizada.
O
tratamento, dependendo das características e da gravidade dos sintomas, pode
ser cirúrgico, com retirada da vesícula (cirurgia da vesícula). Em casos raros,
onde o risco de se submeter à cirurgia é muito elevado, pode ser tentado a
dissolução da pedra na vesícula com medicamentos. No entanto, esse tratamento é
pouco eficiente e tem resultados ruins. Por isso, deve ser tentado apenas
quando a realização da cirurgia da vesícula traz um risco muito elevado.
Quer
saber mais? Entre em contato para solucionar suas dúvidas e fique à vontade
para fazer seus comentários sobre este assunto. e conheça mais do meu
trabalho como especialista em
cirurgia digestiva no Rio de Janeiro!
Posted
by Dr.
Douglas Bastos in Todos, Vesícula Biliar
postado por Dddharmadhannya
Nenhum comentário:
Postar um comentário