Como evitar riscos de perda da memória Saiba quais hábitos adotar (e evitar) para reduzir os riscos da perda de memória.
Cada vez
mais, a ciência entende que fatores por trás do declínio cognitivo podem ser
evitados com hábitos saudáveis e um cérebro ativo
https://saude.abril.com.br/alimentacao/os-10-alimentos-que-melhoram-a-memoria?nis=6#google_vignette
Controlar certos fatores de risco pode reduzir a possibilidade de desenvolver demência quase pela metade. É o que aponta uma atualização do Lancet Comission on Dementia, publicada no último dia 10 de agosto no periódico The Lancet.
Estudo
revela alimentos que podem reduzir o risco de demência em 28%
Estudo
diz que beber café ou chá pode reduzir o risco de demência
Saiba
quantas vezes por semana se exercitar para evitar demência
Olhos
podem revelar primeiros sinais de demência. Saiba reconhecer
O
documento reúne as últimas evidências sobre o tema e lista os 14 fatores mais
importantes para um envelhecimento saudável. Também acrescenta duas novas
condições envolvidas na perda cognitiva: o comprometimento da visão e altas
taxas de LDL (conhecido como colesterol ruim), que não eram citadas no artigo
anterior, publicado em 2020.
São hábitos e cuidados que devem ser
implementados desde a infância e que, ao longo da vida, ajudam a formar a
chamada reserva física e cognitiva capaz de reduzir danos vasculares e
neurológicos.
Segundo o
artigo, a prevenção da perda cognitiva começa ainda na infância, com acesso à
educação. Uma das explicações é que esse estímulo está associado a maior
eficiência ou menor declínio no funcionamento das redes neurais. Mas é possível
manter o cérebro estimulado a vida toda.
“Um bom
estímulo cognitivo envolve aprender coisas novas. Não adianta ficar fazendo as
mesmas palavras cruzadas, pois o cérebro já se acostumou e não há formação de
novas conexões neurais.
É preciso
aprender algo novo, como uma nova língua, um novo esporte, um novo jogo, tocar
um novo instrumento musical”, orienta Ioshimoto. “Também é importantíssimo ter
um propósito para a vida, como ver os netos crescerem, ser independente,
realizar um sonho etc. Isso mantém o cérebro jovem e ativo.”
Também é
preciso adotar bons hábitos, incluindo uma dieta saudável, fazer atividade
física, não fumar e reduzir o consumo de álcool. “Fatores conhecidos para
prevenção de doenças cardiovasculares também servem para a preservação da
memória”, avisa a médica.
Sabe-se que condições que aumentam o risco
cardiovascular, incluindo doenças crônicas como diabetes, colesterol alto,
hipertensão e obesidade, estão associadas a danos nas artérias do cérebro e
derrames.
Olhos e
ouvidos
Por fim,
é preciso cuidar também da saúde dos olhos e dos ouvidos. A perda auditiva foi
associada a um aumento do risco de demência pois, além de privar de estímulos
cognitivos, pode acabar levando ao isolamento social e à depressão, dois
conhecidos fatores de risco para demência.
Já a
perda visual pode ser decorrente de doenças como o diabetes. Daí a necessidade
de cuidados ao longo da vida para prevenir esses comprometimentos, como
check-ups periódicos, procurar afastar as causas desses problemas e fazer o
tratamento adequado, inclusive com uso de dispositivos auditivos, se for o
caso. Nos mais velhos, é essencial evitar o isolamento social, incentivando
atividades em comunidade, por exemplo.
Os
estudos mostram que todos esses fatores têm efeito protetor mesmo em portadores
de genes associados à maior incidência de Alzheimer e em quem já tem alguma
perda de memória. “Claro que quanto mais cedo começarmos, maior será o
benefício”, diz a geriatra. “Mas nunca é tarde para começar.”
O novo
documento também lembra o impacto a longo prazo dos traumas na cabeça e
enfatiza o uso de capacetes e equipamentos de proteção ao pedalar ou praticar
esportes de contato.
As
últimas pesquisas sobre o prejuízo da exposição à poluição também ganharam
destaque, com recomendações sobre a importância de maior contato com a
natureza.
Demência e o envelhecimento populacional
Estima-se
que 57 milhões de pessoas vivam com demência em todo o mundo. Esse número deve
chegar a 153 milhões em 2050, em grande parte devido ao envelhecimento
populacional. De acordo com os especialistas, há potencial para reduzir esses
números, mas isso envolve mudanças tanto do ponto de vista individual quanto de
políticas públicas.
“É
preciso mudar os hábitos de vida e isso nunca é fácil. As pessoas erram ao
querer fazer todas as mudanças ao mesmo tempo e não conseguir sustentá-las no
longo prazo. Por isso, recomendo começar com uma pequena mudança no seu dia a
dia, pois isso vai levar a novas mudanças”, orienta Thais Ioshimoto. “Quando
você muda uma pequena coisa e isso traz bem-estar, você se motiva para mudar
mais coisas.”
Do ponto
de vista de políticas públicas, é preciso investir em boa educação desde a
infância. Estudos mostram que pessoas com maiores níveis educacionais têm menor
risco de demência, provavelmente pelo maior estímulo cognitivo, e o próprio
documento do Lancet cita alguns desses trabalhos.
“Outras
ações importantes seriam a conscientização da população sobre esses fatores de
risco, criar facilitadores para uma vida saudável como maior acesso a alimentos
saudáveis, incentivo à atividade física em todas as idades, centros de
convivência para idosos, acesso aos serviços de prevenção de doenças, campanhas
para cessação do tabagismo, entre outras”, sugere a médica. (Agência Einstein)
- https://www.metropoles.com/saude/habitos-reduzir-risco-demencia
Postado e pesquisado por Dharmadhannya
Nenhum comentário:
Postar um comentário