NÃO PODE HAVER SUCESSO SEM FELICIDADE
E
NENHUMA PESSOA PODE SER FELIZ SEM
PROMOVER A
FELICIDADE TAMBÉM PARA OS OUTROS.
2. O pensamento positivo cria uma personalidade
positiva; o negativo, uma personalidade negativa.
A lógica, então, é a seguinte: quando
você pratica um ato de bondade, deposita uma carga de energia positiva em sua
consciência, em sua aura magnética. Se praticar um número suficiente de atos
semelhantes, desenvolverá um estado de espírito positivo, que atrairá para
perto de você pessoas com esse mesmo espírito positivo. A luz atrai mais luz...
Como vimos anteriormente, as pessoas
que atraímos, geralmente, têm um espírito similar ou igual ao nosso. Por isso,
a tendência das pessoas que nos cercam é agir da forma como nós agimos. Assim,
elas tendem a retribuir nossas atitudes e as ações que praticamos.
Uma das história mais interessantes
que ilustram esse conceito e a seguinte:
Tempos atrás, em um distante e pequeno
vilarejo, havia um lugar conhecido como O Castelo dos Mil Espelhos.
Um cachorrinho pequeno e feliz,
chamado Eros, ouviu falar do lugar e decidiu visitá-lo. Assim que chegou no
Castelo, Eros foi saltitando feliz escada acima até a entrada.
Curioso, já na porta, olhou para dentro com suas orelhinhas
levantadas e balançando o rabo
agitadamente.
Eros ficou muito surpreso ao se
deparar com outros mil cachorrinhos, todos tão felizes e curiosos quanto ele.
Todos receptivos, balançando a cauda e olhando alegres para ele.
"Que mágico!", ele pensou.
Eros então não conseguiu se conter e abriu um enorme sorriso. Outra vez, foi correspondido com mil sorrisos tão grandes quanto o dele. Parecia inacreditável: um castelo onde todos os cachorrinhos eram felizes e receptivos. Quando saiu do castelo, Eros pensou: "O mundo é mesmo muito belo! Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre aqui, um montão de vezes."
No mesmo vilarejo, havia outro
pequeno cãozinho chamado Bronco. Ao contrário de Eros, ele era triste, ranzinza
e vivia arrumando encrenca.
Ao ouvir comentários sobre a
empolgada história de Eros, Bronco decidiu visitar o tal castelo.
Quando chegou lá, suspeito, com sua
cara fechada e hostil, subiu as escadas lentamente com os olhos fixos na porta.
Quando olhou porta adentro,
confirmando sua suspeita, viu mil olhares hostis de cachorrinhos mal-humorados
e ranzinzas para ele.
Sentindo-se ameaçado, rosnou, mostrando
os dentes, e ficou horrorizado ao ver que os mil cachorrinhos também rosnaram e
mostraram os dentes para ele.
Ele então saiu dali correndo:
"Que lugar horrível, nunca mais
volto aqui", pensou.
Na vida, podemos agir como o Eros ou
como o Bronco. Afinal, o Universo é como O Castelo dos Mil Espelhos: o que
vemos nele é apenas um reflexo do que somos.
Você quer felicidade? Paz? Você quer
pessoas honestas, leais,
bondosas e generosas na sua vida?
Seja uma pessoa assim. Trate as demais como você deseja ser tratado. A lei da
compensação toma conta do resto.
Buscamos, ao longo da vida, uma
reputação positiva e tentamos controlá-la cuidando da nossa imagem externa, personagem do filme da nossa vida.
Isso quase sempre representa frustração. Por quê? Ora, porque não temos controle sobre nossa reputação. A reputação é uma coisa externa, alheia a nós.
Ela é criada e existe na mente dos
outros. Ela representa o que os outros acreditam que somos. Por isso, ela foge
do nosso controle.
Com o caráter, o caso é diferente.
Nosso caráter é aquilo que verdadeiramente somos; é o resultado das nossas
convicções, dos nossos pensamentos e dos nossos atos.
Ao contrário do que ocorre com a reputação,
temos controle absoluto sobre o caráter. Podemos torná-lo fraco ou forte, bom
ou mau, claro ou confuso.
Quando temos um caráter íntegro, a
reputação geralmente segue o passo, mas, mesmo que não seja assim, não nos
importamos muito, porque ela perde seu significado. Deixamos de nos preocupar
tanto com ela. A questão aqui é: ninguém consegue destruir nosso caráter,
exceto nós mesmos.
O nosso caráter define o nosso destino, nossa imagem social é o nosso cartão de visita, um amigo atrai outro amigo e expande e multiplica nossas relações. Entramos no cenário da vida, no lugar da amizade e da harmonia que mora em nosso coração e na mente. A lei da atração define nosso lugar no mundo e nossas amizades.
Nossa imagem, nosso caráter será reconhecido hoje, e no futuro e o passado escreve sua historia no mundo e o seu futuro atravessa pontes construídas no passado.
Nada pode nos dar tranquilidade senão
nós mesmos. Nada pode nos dar paz senão o triunfo dos princípios como
integridade, honestidade, generosidade, igualdade, caridade e liberdade.
Isso me lembra a história de um rei
muito sábio e rico que, ao adoecer, decidiu passar a coroa ao filho. Como o
príncipe ainda era solteiro e, segundo a tradição, deveria se casar antes de
assumir o trono, o rei resolveu escolher uma esposa para o filho. Para isso,
marcou uma celebração especial onde apresentaria o príncipe e lançaria um
desafio. A moça que vencesse o desafio, tornaria-se sua esposa.
Uma serva muito pobre do palácio
ouviu os comentários sobre o desafio e ficou muito triste, pois sabia que sua
filha, uma moça humilde, mas muito bela e honesta, nutria um sentimento
especial pelo príncipe.
O sonho da moça era, pelo menos, algum dia,
poder ver o príncipe de perto. Quando a mãe chegou em casa, a filha estava à
sua espera. Ela também já havia sido informada sobre as intenções do rei e
esperava a autorização da mãe para participar do desafio. Cética, a mãe tentou desencorajá-la:
― Minha filha, o que você faria lá?
Estarão presentes as mais belas e ricas moças da corte. Tire essa ideia de sua
cabeça. Eu sei o quanto gosta do príncipe, sei que deve estar sofrendo, mas não
transforme esse sofrimento em uma tortura ainda maior.
― Mãe — respondeu a filha —, sei que
não serei a escolhida. Mas é minha única oportunidade de ficar, pelo menos
alguns momentos, perto do príncipe. Isso já me fará feliz.
Mesmo relutante, a mãe acabou consentindo e, no dia da celebração, a moça foi ao palácio. Lá, de fato, estavam não só as mulheres mais Belas e ricas do reino, mas também as de inúmeros reinos vizinhos.
Seus vestidos eram lindos. Estavam cobertas de joias valiosas e com maquiagens impecáveis. A moça, tímida e humilde, manteve-se discreta num canto, esperando o príncipe aparecer e anunciar o desafio.
Enfim, no final da tarde, o momento
chegou. O rei apresentou o príncipe, que anunciou o desafio:
― Darei a cada uma a semente de uma
rara espécie de flor. Daqui a três meses, vamos ter outra celebração. A jovem
que souber cultivar melhor a semente e trouxer a flor mais bela, será a minha
esposa.
A filha da serva pegou sua semente e
foi para casa muito feliz, repleta de esperanças. Na verdade, contra todas as
perspectivas, ela teria uma chance: ela somente precisaria cultivar a flor com
todo cuidado possível. Era isso que ela faria.
Na manhã seguinte, plantou a semente
num vaso e passou a tratá-la com todos os cuidados possíveis. Desejava que a
beleza da flor fosse da intensidade de seu amor pelo príncipe. Se isso
acontecesse, ela já se sentiria satisfeita.
O tempo passou e um mês depois, a
semente ainda não havia
germinado. A jovem tentou de tudo,
fez uso de todos os métodos que conhecia, mas não conseguia fazer com que a
semente germinasse. Dia após dia, seu sonho parecia mais distante, mas seu amor
não permitia que ela desistisse.
Por fim, os três meses haviam passado e a semente não havia germinado. E agora, o que fazer?
Dias antes da celebração, ela já
implorava, desesperada, para que sua mãe a deixasse retornar ao palácio. Ela
não pretendia nada além de passar mais alguns momentos na companhia do
príncipe. Queria ficar perto dele, só isso.
A mãe era contra. Queria proteger a
filha da vergonha e humilhação.
Sabia que ela ficaria machucada para sempre.
Mas, por fim, consentiu que a filha fosse.
No dia da celebração, ela estava lá.
Temendo que talvez não a deixassem entrar sem a flor, ela levou seu vaso,
embora vazio. Todas as outras jovens traziam flores lindas, robustas, coloridas
e cheirosas. Havia rosas, violetas, jasmins, orquídeas, todas, das mais
variadas formas e cores.
A pobre filha da serva do palácio
estava triste, frustrada e envergonhada com seu pote vazio. Sentia-se
humilhada, mas também grata por estar ali. O que ela poderia ter feito se a
semente não germinara?
No final da tarde, chegou o grande
momento da escolha. As mulheres foram todas colocadas em um círculo. Para ficar
mais perto do príncipe, a moça foi lá, com seu pote vazio.
O príncipe observou cada uma das
pretendentes. Parecia muito satisfeito com as flores que haviam trazido. Após
analisar uma a uma, ele retornou ao centro do círculo para anunciar o
resultado.
Que surpresa: entre todas, o príncipe
escolheu justamente a filha da serva do palácio, que trazia um pote vazio.
As pessoas tiveram as reações mais
inesperadas. Ninguém compreendia por que o príncipe havia escolhido justamente
aquela moça que nem mesmo conseguira cultivar sua semente. Então, calmamente, o
príncipe explicou o motivo de sua escolha:
― Esta bela moça — ele disse —, foi a
única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar minha esposa e
rainha. Ela cultivou a flor da honestidade, pois todas as sementes que
distribuí naquela tarde, três meses atrás, eram sementes falsas e, portanto,
estéreis.
Gosto dessa história porque ela nos
ensina uma coisa importante. Pense sobre o assunto: quantas vezes nos tornamos
falsos e superficiais, tentando imitar outra pessoa porque achamos que ser quem
verdadeiramente somos parece muito pouco?
Aparecer com um pote vazio, quando
todo mundo aparenta ter conseguido cultivar flores robustas e coloridas, parece
duro, árduo, triste e até humilhante. Mas nada impressiona e recompensa tanto
quanto a honestidade, ainda que ela possa parecer feia como um pote vazio.
Se a filosofia da Regra de Ouro for
compreendida e aplicada como deve ser, ela impede qualquer atitude desonesta. E
mais, impede a prática de todas as demais atitudes destruidoras como o egoísmo,
a violência, a inveja, o ódio e a malícia.
Quando vivemos a Regra de Ouro na
prática, tornamo-nos, simultaneamente, juízes e réus de nós mesmos.
Ela nos coloca numa posição na qual a honestidade começa em relação a nós mesmos — no fundo do nosso coração — e logo se estende para todos aqueles com quem entrarmos em contato, com os mesmos efeitos.
A honestidade que brota da prática da
Regra de Ouro não é como aquele tipo de honestidade ocasional e oportunista que
só usamos quando nos convém.
Não há crédito algum em ser honesto quando
isso nos traz benefícios diretos — como evitar perder um cliente — ou quando praticamos
a honestidade por medo de irmos para a prisão.
Ela mostra seu verdadeiro valor
quando nos custa algo, quando ela significa uma perda material ou, mesmo, um
prejuízo moral. Nesse caso, ela pode ser considerada uma honra elevada para
quem a prática.
Esse tipo de honestidade tem a sua
justa recompensa na acumulação da força de caráter e na reputação desfrutada
pelos que a merecem.
Resulta daí o fato de que as pessoas
que compreendem e vivem a filosofia da Regra de Ouro, na prática, são sempre
escrupulosamente honestas. E são assim não só porque querem agir honestamente
com os outros, mas também porque querem agir honestamente consigo mesmas.
As crianças e jovens aprendem dentro de casa, com a família o valor da honestidade e assim, revelam o seu caráter ao mundo e escrevem sua historia dentro desta família com um final feliz e com escolhas certas.
Em outras palavras, elas compreendem
a lei eterna sobre a qual se baseia a Regra de Ouro. E, por isso, sabem que,
por meio da cooperação dessa lei, todos os pensamentos que formulam e todos os
atos que praticam têm a sua compensação em qualquer circunstância que terão de enfrentar
no futuro.
Postado por Dharmadhannya
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