A inteligência
da criança e a magia da música:
Mente, música
e milagres
Um dos
maiores benefícios contínuos da educação musical é o delicado balanço do
desenvolvimento do sistema sensorial por meio da estimulação simultânea dos
sistemas sensoriais aqui previamente mencionados.
Esse tipo de
estimulação forma redes de neurônios ricas processando a informação no córtex
de associação e resulta na sinestesia, conhecida para os neurocientistas como a
capacidade de representar a entrada da atividade de um sistema sensorial em
outro sistema sensorial.
Os estudantes
que foram ensinados a "ler" corretamente a música, podem
"ouvir" as notas que eles "vêm," bem como selecionar o
padrão motor apropriado a fim de "tocar" a música.
Em adição a todos os outros benefícios, esse
equilíbrio do desenvolvimento do sistema sensorial resulta numa maior
flexibilidade do estudante na sala de aula quando se depara com comunicação
apenas com canais limitados (input para só um sistema sensorial) no ambiente de
aprendizagem.
A criança
educada musicalmente pode se dar bem na aula onde os professores só ensinam
falando (somente audição), bem como nas aulas onde os professores simplesmente
atribuem leituras (somente visual) ou nas que fazem as crianças executarem
tarefas (cinestésico/motor).
Se você tem
um filho pequeno em casa, provavelmente já percebeu o quanto ele gosta de ouvir
e se movimentar junto com a música. Além de ser divertido e divertido, a música
tem benefícios cognitivos para crianças pequenas. Aqui estão algumas razões
pelas quais a música é importante.
A música ajuda a desenvolver habilidades de linguagem e alfabetização
Estudos
realizados na década de 1990 mostraram que “a exposição à música desde a
primeira infância ajuda as crianças a falar com mais clareza [e] desenvolver um
vocabulário maior”.
Além disso,
de acordo com Susan Hallam, do Instituto de Educação da Universidade de
Londres, a fala e a música têm vários sistemas de processamento compartilhados
no cérebro. Isso significa que ouvir e cantar músicas pode levar a uma melhora
na compreensão da linguagem por parte da criança.
A música
ajuda a fortalecer as habilidades motoras
Quando uma
criança ouve música, muitas vezes não consegue resistir a bater palmas, pular
ou dançar. A exposição à música ajuda seu filho a desenvolver habilidades
motoras finas, como equilíbrio e coordenação, e habilidades motoras grossas,
como marchar e sentar ereto.
A música pode
ajudar seu filho a aprender habilidades matemáticas
Para crianças
pequenas, os conceitos matemáticos são simples , focados no reconhecimento de
padrões e formas. Mesmo a música mais básica apresenta padrões repetidos em seu
ritmo que uma criança pode acompanhar.
Além disso,
as crianças podem obter experiência prática na criação de padrões quando
executam uma música com instrumentos como um tambor ou xilofone.
A música pode
aliviar o estresse
Desde os primeiros dias, as crianças podem ser acalmadas por uma música suave e relaxante. Ouvir sua música favorita pode ajudar seu filho a se sentir energizado e animado, mas também pode ajudá-lo a lidar com situações estressantes.
De acordo com a educadora de neurociência Dee
Joy Coulter, “não há veículo mais alegre e divertido para fornecer treinamento
[resiliência] do que a música infantil”.
Todos os pais
podem ajudar seus filhos a se exporem à música. Quer você seja ou não musical,
você pode incentivar seu filho a cantar, dançar e ouvir música regularmente.
Muitas
pré-escolas oferecem programas de música como parte de seu currículo. Além
disso, bibliotecas locais, centros recreativos e locais de culto podem ser
locais ideais para encontrar experiências musicais para seu filho(a)
Cada nova
peça de evidência da neurociência que emerge hoje em dia, conduz para uma
conclusão irrefutável: as nossas crianças, muito certamente, serão capazes de
ultrapassar os sempre crescentes desafios mentais e emocionais e a vida será
melhor conduzida com uma educação musical do que sem.
As crianças
que têm educação musical consistentemente, mostram uma maior proficiência em
todas as habilidades fundamentais à fundação do que nós chamamos de
inteligência.
A questão na mente dos cientistas nos últimos
30 anos é "a linguagem da música está treinando o cérebro de uma criança
para fazer verdadeiramente o quê?" Pesquisas recentes revelaram a
abundância de informações nesse tópico. Vamos explorar apenas alguns dos
efeitos.
Primeiro, quando uma criança é ensinada a ler música, ela é solicitada a fazer distinções visuais altamente refinadas e espaciais. Ela precisa ser capaz de dizer a diferença entre dois pontos localizadas a poucos milímetros um do outro que se parecem exatamente iguais mas estão sentados em diferentes linhas ou espaço de uma pauta.
Esse tipo de treinamento cria uma precisão
incrível no sistema visual, considerando que a maioria das pessoas perde seus
carros no aeroporto ou no estacionamento do shopping onde elas só têm que ser
cuidadosas em alguns centenas de metros para voltarem para casa dirigindo e não
caminhando.
Imagine se cada carro no estacionamento fosse
da mesma marca, modelo e cor, e você tivesse que identificar o seu carro a
bordo de um helicóptero a 300 metros de altura! A leitura de música é parecida
com isto, mas não termina aqui.
Uma criança
não é solicitada a ler uma linha de padrões de pontos, mas duas, espaçadas
aproximadamente de 2 a 5 centímetros. Estas duas linhas de padrões de pontos
têm que ser lidas simultaneamente e então convertidas em submodalidades de som
pelo córtex auditivo, como a altura do som, o ritmo e o timbre, e finalmente
para um padrão motor que precisa trafegar precisamente para a mão esquerda e
para a direita, respectivamente.
Muitos
leitores proficientes de música também percebem que podem processar,
simultaneamente, diversas linhas de informação impressas num livro normal na
sua língua nativa, no lugar de lerem uma linha por vez como muitos de nós
fazemos.
Isso é
semelhante nas pessoas que foram treinadas para ler em hebraico, que é
processado pelo cérebro da direita para a esquerda, e mais tarde, descobrem que
podem ler um livro em inglês nas duas direções. Uma vez que foi ensinado ao
cérebro a função do código de processamento de uma certa maneira, ele tem a
capacidade de utilizar a mesma função num contexto diferente.
Assim, esta
capacidade pode permanecer invisível por toda a vida do aprendiz até que lhe é
mostrado especificamente como usar esta capacidade funcional num novo contexto.
Muitos pais
de crianças disléxicas descobrem que seus filhos não se comportam
dislexicamente lendo música. Eles ficam surpresos com essa observação. Ainda
mais surpresos, quando dentro de menos de um ano de estudos, estes mesmos pais
descobrem que a dislexia, bem como outras deficiências de leitura, desapareceu
completamente.
Existem
muitas razões do porquê o estudo da música e aprender a tocar um instrumento
pode ter esse efeito. Quando for ler um código musical, uma criança precisa
aprender a se focar numa medida inteira de tempo.
A quantidade
de informação em que ela foi treinada a processar numa única olhadela é muitas
vezes maior do que o tamanho do segmento da "letra por letra" ou
"silaba por silaba" em que ela foi previamente treinada a processar.
A palavra "ave" se torna muito facilmente "eva" quando o olho pode somente processar "letra por letra" ao invés de processar "frase por frase" com o qual os leitores de música se tornam acostumados.
Ao ler "letra por letra" e tentar se
focar em menos do que um degrau do espaço visual de cada vez, um pequeno
distúrbio de coordenação dos músculos que controlam o movimento dos olhos pode
resultar nas letras de uma palavra serem carregadas para o córtex visual na
ordem errada; deste modo mudando "ave" para "eva".
Esse erro não
é possível com facilidade depois de anos de leitura musical, que desenvolve a
coordenação fina muscular dos olhos e expande o tamanho da área visual a qual o
cérebro pode codificar a um simples relance.
Essa é apenas
uma das várias razões de porque o estudo de música pode ser tão mágico no
condicionamento dos caminhos de processamento da informação no cérebro.
Nenhuma outra
linguagem na terra exige distinções mais altamente refinadas a serem feitas
simultaneamente nos sistemas visual, auditivo, proprioceptivo, tátil e motor do
que a música.
Essa estimulação simultânea estabelece uma
rede rica de caminhos dependentes de atividade na associação de córtex do
cérebro. Esses caminhos são responsáveis pela conversão de um tipo de
informação sensorial em outro e praticamente subordinado a cada processo
funcional do que nós consideramos inteligência, criatividade e pensamento.
Uma melodia suave, um ritmo constante ou música alta têm um efeito em nosso cérebro.
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