domingo, 11 de julho de 2021

A HARMONIA DO SER : Unidade - consciente. subconsciente, superconsciente.

 


Unidade - consciente e outra inconsciente

A HARMONIA DO SER

Como podemos dizer ou saber que nos amamos? Este é o ponto final de todo o processo da Trindade.

Poderemos dizer que nos amamos quando conseguirmos a unidade perfeita dos três elementos de que estamos com­postos: consciente, subconsciente e superconsciente.

Nós estamos compostos de duas partes fundamentais: uma parte consciente e outra inconsciente.

Esta parte, ou melhor, esta vida inconsciente é na verda­de, duas: uma que vamos denominar de vida subconsciente ou básica, e outra que chamaremos de vida superconsciente ou superior.

Três vidas em nós, com suas individualidades e personali­dades características, porém com a finalidade de criar uma união tão perfeita que faça o que chamamos ser humano, homem, gerando vida cada vez mais perfeita.

Mas, se esta união não for conseguida, a própria lei natural se encarrega da destruição. E destruição, vou repetir mais uma vez, é: doença, agressão, violência, medo, de­pressão, pouca vontade de viver, pobreza... falta de realiza­ção.

Preciso perguntar se não são estes os frutos mais abun­dantes que vemos diariamente?

E, se são, qual é a causa?

A causa é a grande frustração humana, que é o mesmo que dizer, a incapacidade de conseguir a unidade internadas três vidas, que é também a mesma coisa que dizer, a incapaci­dade de nos realizar como seres humanos, de conseguir aquilo que realmente queremos, que é nos amarmos.

O ponto de partida e o ponto de chegada, é a união interna de nosso ser. E isto que parecia simples, e que de fato

é, praticamente, porém, é a luta maior que um ser humano tem que enfrentar, porque tudo ao seu redor está contra esta união.

Vamos ver porque é difícil e tão importante esta uni­dade.

Depois de tudo que estamos falando, podemos entender já a sua importância, porque sem unidade a tendência é haver tensão, desequilíbrio, solidão, doenças, enfim, destruição de uma forma ou de outra.


Quanto â dificuldade desta união vamos dar um tempo maior, explicando o que entendemos como subconsciente e superconsciente, para, desta forma, entendermos melhor o porque desta dificuldade.

Normalmente, entendemos por inconsciente algo dife­rente do que vamos dizer.

Automaticamente, ligamos o inconsciente à psicanálise, àquela nossa, parte onde estão os bloqueios, as tendências ins­tintivas, usando a palavra instinto de uma forma pejorativa, uma espécie de porão onde se encontram as memórias nega­tivas, os traumas de infância, enfim, um museu de negatividades, que está constantemente nos criando problemas.

Nós vamos entender o inconsciente como diferente do consciente, mas com duas grandes diferenças do inconsciente freudiano. 

1) Vamos dividir o próprio inconsciente em dois: o subconsciente e o superconsciente.

2) Vamos entender estas duas partes como duas vidas, diferentes, porém, ligadas de alguma forma entre si. O subconsciente que vai se expressa' através do instinto e das emoções e o superconsciente que se expressa através da intuição, amor, liberdade.

Para entendermos melhor, vamos ver mais concreta mente do que estamos compostos.

Todos nós temos corpo, instinto, emoção, pensamento,

mente e anseios constantes de amor e liberdade.

O corpo é o lugar de expressão do ser. Corpo tenso, denotará um ser em tensão, por exemplo: no corpo, vai se expressar a unidade ou não, o equilíbrio ou não... a harmo­nia ou não, dos três elementos, das três vidas.

SUBCONSCIENTE

O subconsciente é a vida instintiva e emocional, respon­sável direto pelo organismo físico e pela própria vida. Papus até considerava o subconsciente como a própria vida, porque é nele que está toda a energia vital, toda a força e memória.

 O raciocínio que ele usa é somente o dedutivo. Trabalha atra­vés de hábitos e programações que vem do consciente. É muito sugestionável. E é capaz de ler a nossa mente. Faz aqui­lo que o consciente manda.

Este último ponto, é muito importante, porque, se sem­pre obedece ao consciente e ele tem toda a força, por quê não conseguimos o que queremos? Por quê acontece muitas vezes exatamente o que não queremos?

Porque o consciente precisa do apoio do subconsciente, precisa motivá-lo, fazer com que ele se empolgue e acredite que vai ser bom para ele.

Se isto não acontecer, o consciente, embora sendo res­ponsável em teoria, não terá a energia para a materialização.

Haverá uma luta interna e, no fim, quem vencerá será o subconsciente com aquilo que acredita.

Já falamos anteriormente que, muitas vezes, queremos uma coisa, mas... sabemos (acreditamos) que não é para nós. Na verdade, o subconsciente não está convencido. Estamos divididos internamente.

0 consciente precisa unir-se ao subconsciente e não bloqueá-lo, subjugá-lo, menosprezá-lo. Ele é uma parte inerente de nosso ser, e se o bloqueamos, estamos nos blo­queando; ou se o destruirmos, estamos nos destruindo.

O subconsciente faz o que o consciente manda, é verda­de, mas só se ele o respeita como unidade, como indivíduo, como um ser com suas características específicas.

Quando estas características não são respeitadas, há

autodestruição, e os efeitos dessa autodestruição são as doenças, violências, revoltas, depressões...

Quem sabe esta seja a encruzilhada mais difícil de ser superada, para poder alcançar o que queremos.

CONSCIENTE

O consciente é a vida racional, do pensamento, do intelecto. É uma parte da mente propriamente dita, que, na verdade 'tem infiltrações por uma parte do subconsciente e pela outra, do superconsciente.

A mente subconsciente tem o instinto como instru­mento.

A mente superconsciente tem como canal de expressão a intuição.

E o instrumento da mente consciente é a razão.

A razão é o instrumento da mente na terceira dimensão. Ela nos ajuda no dia a dia. Mas, precisamente, por ser um instrumento para trabalhar na terceira dimensão, há muitas coisas que através da razão não se pode entender

Ela é muito limitada.

A vida, o amor, por falar em algumas das coisas mais importantes em que estamos imersos, não são entendidas através da razão, escapam à elas.

É por isto que não podemos limitar-nos â razão como se ela fosse quem tivesse que dizer a última palavra em tudo

Tudo aquilo que de uma ou outra forma pertence tam­bém a outras dimensões da natureza, escapa ao controle da razão, e precisa de ajuda, ou do instinto, ou da intuição.

ê por isto também que, quem bloqueia o instinto, por considerá-lo inferior, ou a intuição por considerá-la irreal, fica bitolado e limitado consideravelmente.

A vida consciente, é a vida pensante, da imaginação, da palavra, da vontade. É a vida que tem como finalidade dirigir todo este complexo humano através da vontade.

É a vida que mais conhecemos em nós, e, mesmo assim, conhecemos bem pouco. Não tem praticamente memória. A mente através da razão trabalha tanto indutiva, como dedutivamente.

SUPERCONSCIENTE

O superconsciente é a vida que se expressa através do amor e da liberdade, e tem a intuição como instrumento da sua mente.

Para ela não tem segredo o passado, o presente e uma boa parte do futuro. Pode até mudar o futuro.

É nosso eu superior. Nossa vida superior. Sempre dispos­ta a ajudar-nos no viver diário, sempre que não queiramos usá-la contra o amor e a liberdade.

Pode ser que esta terceira vida seja a mais difícil de en­tender. Porém, para mim, é tão clara que faz parte de meu viver.

Quando crianças, nos diziam que todos nós tínhamos um "anjo da guarda" e rezávamos para ele. Depois crescemos, e como muitas coisas, essa crença foi colocada na peneira da crítica e não passou.

0 anjo da guarda era para me ajudar quando criança, ou me falavam dele para ser bonzinho, mas quando eu cresci e comecei a saber das coisas, já não me enganavam tão fácil.

E isto tinha sua razão de ser, porque, os adultos não estavam nem aí com o "anjo da guarda".

Muitos anos tiveram que se passar para que eu conseguis­se entender de outra forma a vida e sentir (não acreditar) na veracidade e importância desse ser superior, que está tão liga­do â minha vida consciente, que sendo diferente, forma uma unidade comigo, sendo meu "eu" ou vida superior.

Uns chamam este ser de "guardião" outros de "guia", "mestre"...

Porém, a grande diferença com a nossa teoria é que este ser é para nós uma das três vidas que criam a nossa unidade e que se chama ser humano.

Como eu posso saber que me amo?

Como posso aprender a me amar?

 CONHECE-TE ATI MESMO

A primeira coisa a fazer e nos conhecermos melhor

Nós, seres humanos, somos um conjunto de realidades que na medida em que atingem uma unidade mais perfeita, uma harmonia maior, uma sintonia interna mais profunda, temos mais vida, mais saúde, mais alegria, enfim, o amor por nós mesmos é maior.

E o contrário também é verdadeiro, na medida em que uma parte tem que lutar contra a outra, vamos destruindo a nós mesmos, desequilibrando a vida, o que significa, enfim, que não nos amamos.

E quais são as partes que compõem este conjunto?

O óbvio, embora não seja o mais fácil de aceitar, é que temos um corpo e temos de estar bem com ele.

Junto com ele temos aquilo que chamamos de instinto; ele tem um papel fundamental no equilíbrio da nossa vida na erra. Embora, orgulhosos demais, não queremos aceitar estes instintos, que julgamos... animais, (como oposto a espiritual).

Além dos instintos, as emoções também fazem parte in­tegrante da nossa vida, e embora não possamos negar isto tudo, dá muito trabalho.

Temos também uma inteligência, uma razão, uma cons­ciência. Vamos colocar tudo isto num mesmo degrau, embora sejam coisas, às vezes, muito diferentes.

E, por último, temos mais dois componentes fundamen­tais, sem os quais o ser humano não passa de um ser frustra­do em seus mais profundos anseios, criando tudo o que é fruto negativo e que consideramos natural: doenças, depres­sões, violência...

Estes dois componentes são: amor e liberdade.

Na verdade, tudo isto que eu falei, os chamados instin­tos propriamente, (de conservação, alimentação, sexual), como a emoção, a razão, o amor, a liberdade, tudo isto não é outra coisa senão partes de um único instinto... ou lei... ou anseio humano.

0 único instinto que temos gravado no mais profundo de nosso ser é o instinto da vida, que não é mais do que a lei da própria vida: o crescimento, a plenitude e frutos... muitos frutos, mas frutos de vida, e não de destrui­ção.

SENHORES DE NOS MESMOS

A harmonia de todas estas parte, e não a destruição de uma pela outra é o que faz a autêntica maturidade humana.

Quando, conscientemente, somos os donos e senhores de toda esta realidade, somos então seres realizados, atingin­do a nossa plenitude de vida, como uma grande alegria de viver, e este amor que estamos sentindo por nós mesmos, transmite-se a todo aquele que está pronto para recebê-lo (porque nem todos estão prontos para receber amor).

Embora pareça mentira, não é a razão que nos liga ao mundo superior, transcendente ou espiritual; nem (embora fi­quem chocados) o que nos faz superior aos animais. Um computador, como falávamos em outro momento, tem um raciocínio e uma lógica perfeita.

Quando usamos somente a razão para entender o espí­rito, necessitamos daquilo que chamamos de fé, tentando dar através dela um salto no vazio, o que normalmente não fazemos na prática (só em teoria, porque na verdade falamos que acreditamos, mas agimos como se não acreditássemos).

Esse vazio entre a razão e esse mundo superior que faz parte de nós, é preenchido somente pelo amor e a liberdade atra­vés da mente superior ligada à intuição.

Estas duas tendências do instinto humano superior desenvolvidas, são aquelas que nos ligam de uma forma natural com o mais profundo de nosso ser e com as realida­des mais "distantes’'

O que realmente faz com que sejamos mais do que os animais é o fato de sermos donos de todo este complexo, e não escravos de todo esse potencial que é a vida humana.



A PERFEITA UNIDADE

Mas, atenção, isto é muito difícil. Eu só serei dono e senhor de mim, quando conseguir amar o meu corpo, os meus instintos, as minhas emoções, os meus pensamentos, porque só assim amarei e serei livre.

Antes de continuar, tenho que dizer que este amor de que falo seria o amor já maduro, ou o amor pleno a tudo o que existe.

Mas, claro que existem também etapas no amor: amor é sintonia, equilíbrio, atração; então onde encontramos sinto­nia, podemos dizer que encontramos o amor.

Neste sentido podemos dizer que existe amor a nível de corpo, de instinto, de emoção ou de pensamento. Embora, sintonia, harmonia, atração, ressonância existem também, em vidas inferiores e inclusive em seres que dizemos sem vida.

Este outro amor, ao qual nos referimos como propria­mente amor, é aquele que se dá a nível humano. Pode ser sen­tido em todas as formas, mas este só é possível se "eu amo a mim mesmo", que é a mesma coisa que se ter unidade dentro do ser E o nosso propósito é exatamente esse, dentro deste sistema

Todas estas formas de amor, do corpo, instintos e emo­ções são boas, não são dignas de serem desprezadas.

De jeito nenhum. E exatamente aqui que começamos as falhas na grande tarefa do encontro com nós mesmos. Pensa­mos que essas atrações e desejos, são ruins; são "tentações" que devemos repelir, é não devemos nos deixar levar por elas por que somos... "seres superiores". Como se Deus, a nature­za, tivesse feito tudo errado e nós tivéssemos a tarefa de corrigir o erro. Não é engraçado?

Porém aqui começa toda nossa luta idiota contra nós mesmos que nos leva a doenças e males de toda espécie.

Começamos a nos bloquear, a ter medos, a sentir tenta­ções, a nos sentirmos "pecadores", a nos culparmos e fazer das nossas vidas em primeiro lugar um verdadeiro inferno e posteriormente da vida dos demais.

E tudo por quê? Porque não nos aceitamos, não nos amamos e assim nunca conseguimos ser donos de nós mesmos.

O seguinte passo seria mostrar o que fazer praticamente para amarmos. O que temos falado é suficiente para aquilo que nos ocupa: a importância da união interna do ser com nossa alma, com todas as almas, com a unidade

A força da visualização criativa está neste nosso sis­tema que não falha, na união interna, no amor a nós mesmos, porque desta forma conseguiremos unir todas as nossas forças para a consecução de um objetivo que é querido por todo nosso ser.

Aqui está o segredo da vida, da força, da realização, do sucesso, do amor, da sabedoria.

Dei a você a chave-mestra da vida. Sempre que puder, volte a ler este texto, onde encontrará a resposta a suas dificuldades e, eu acredito, luz para resolvê-las.

Juan  Ribaut

Postado por Dharmadhannya

 

 


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