- genéticos: mutação em receptores (melanocortina 4 e leptina) e síndromes (ex.: Prader-Willi);
- ambientais: alterações emocionais, depressão, estresse crônico que levam à desregulação do apetite e ao ganho de peso;
- metabólicos: hipotireoidismo, deficiência do hormônio do crescimento, pseudo-hipoparatireoidismo, bem como o excesso glicocorticoides;
- alimentares: aumento do consumo de alimentos calóricos e com alto índice glicêmico (lanches, doces, fast-foods, refrigerantes e sucos de frutas adicionados de açúcares);
- sedentarismo: diminuição da prática regular de exercícios físicos.
- Pevalência
E no Brasil?
Como evitar?
Consulte sempre seu médico ou nutricionista antes de iniciar qualquer tratamento ou suplementação.
Obesidade infantil
“Existem diversas causas que levam ao sobrepeso infantil, como maus hábitos alimentares, sedentarismo, influências de familiares e colegas de escola, além de alimentos industrializados que são de fácil preparo e os fast foods”, alerta a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Carolina da Cruz Marques.
Conforme a profissional, a obesidade
infantil é causada pela combinação de fatores genéticos, má alimentação e
sedentarismo.
Também doenças hormonais e uso de
medicamentos com corticoide podem aumentar o peso da criança. “Para reverter
essa condição, é importante o incentivo dos pais que também devem ter uma
alimentação saudável.
São os exemplos que as crianças
geralmente seguem, por isso precisam deixar de lado os alimentos
industrializados e consumir mais alimentos naturais, com menos sal, gordura e
açúcares”, aconselha.
Outros hábitos que podem ser influenciados
pelos pais são as atividades físicas. O ideal é que se evite passar muitas
horas na frente da TV e computador, optando por brincadeiras que gastem
calorias, como pular corda, pega-pega, entre outras.
A nutricionista explica ainda que as
crianças têm o paladar diferente dos adultos, tendo normalmente preferência por
doces.
No entanto, alguns estudos mostram
que o paladar é formado de acordo com o hábito alimentar da família, da região
em que vivem e condições financeiras. “Não é tarefa fácil introduzir novos
alimentos na dieta habitual, porém com insistência e criatividade é possível.
Não precisa proibir os doces, mas fazer com
que a criança entenda que deve ser consumido moderadamente e numa dieta
equilibrada”.
A obesidade tem cura, mas precisa ser tratada. “Alguns casos mais radicais, se não tratados na infância com dieta e exercício físico, poderá na fase adulta ser necessário procedimentos cirúrgicos em que se diminui o tamanho do estômago para perder peso”, adverte.
Obesidade Infantil x Bullying
A obesidade infantil pode estar
associada a distúrbios psicológicos, como a ansiedade, depressão, estresse,
situações de traumas significativos, entre outros.
“Quando a criança apresenta obesidade,
situações de discriminação podem ocorrer, fazendo com que se sintam cobradas
por elas mesmas ou pelos pais, afetando sua maneira de se relacionar e
sociabilizar.
Esse possível isolamento pode ser uma via para
que a criança projete suas angústias ainda mais na alimentação incorreta,
gerando dificuldades com o peso e contribuindo para o surgimento de patologias
no âmbito emocional”, explica a psicóloga do Grupo São Cristóvão Saúde, Aline
Melo.
A especialista ressalta que os pais
precisam ter sensibilidade para perceber alterações emocionais na criança acima
do peso, que podem ser consequência de bullying.
“Os principais sinais são tristeza, evitar
frequentar locais em que passa por essa situação, auto cobrança, auto
depreciação, entre outros sintomas. Ao identificá-los, os pais e a escola
precisam trabalhar juntos no fortalecimento dessa criança para enfrentar o
problema, bem como orientar os outros alunos sobre respeitar as diferenças”.
Também a criança que provoca o bullying pode
estar fragilizada de certa maneira e um acolhimento emocional pode ser
necessário.
Portanto, para tratar a obesidade
infantil, além de acompanhamento médico e nutricional, é necessário cuidar da
mente.
“Devemos tentar compreender se há algum
transtorno emocional presente na vida dessa criança e contribuindo para a
obesidade, o que pode ser feito por meio da psicoterapia, do auto conhecimento e
das reflexões geradas”, finaliza a psicóloga.
Comer fora de hora desregula hormônios e pode causa obesidade
Quem está de olho na balança precisa ficar atento, não só à escolha dos alimentos, mas também aos horários das refeições. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, comer fora de hora não faz nada bem à saúde. Além de aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, a confusão do relógio biológico altera o metabolismo, prejudica a absorção de nutrientes e pode causar até obesidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário