ONDE É POSSÍVEL SE VOLUNTARIAR:
Atados. O Atados é um dos sites de trabalho voluntário mais ativos, oferecendo diversas oportunidades para atividades on-line. Também recebe doações. atados.com.br/
Busca Voluntária. No buscador da página inicial do site, o candidato deve selecionar o estado e o que quer fazer e terá as possibilidades cadastradas. buscavoluntaria.com.br/
Médicos sem fronteiras. A ONG, que leva ajuda humanitária médica para todo o mundo, tem uma plataforma exclusiva para quem deseja se voluntariar em serviços on-line. msf.org.br
ONU. A Organização das Nações Unidas (ONU) também tem um portal onde divulga suas vagas para trabalho voluntário virtual. onlinevolunteering.org
- Com o avanço da Covid-19,as medidas de isolamento social, para quem pode ficar em casa, devem se estender. Algumas cidades, inclusive, já decretaram o lockdown.
Está em casa, como tempo de sobra e não sabe o que fazer para se ocupar e manter a sanidade mental? Que tal promover o trabalho voluntário virtual, ajudando a pessoas com necessidades específicas durante a pandemia?
Segundo especialistas, quem tem disponibilidade e vontade de fazer trabalho voluntário online sem sair de casa deve aderir à "causa". E a pessoa também será beneficiada pela atividade. Isso porque ajudar o outro estimula a empatia e proporciona a sensação de se poder contar com o outro em momentos de grande dificuldade.
Há diversas áreas para trabalhar, seja utilizando o seu conhecimento formal, dividindo talentos, como cozinhar ou costurar, ou apenas fazendo companhia para quem está sozinho, principalmente idosos e outros grupos de risco. Marcelo Nohonay, diretor da MGN Consultoria, especializada em projetos sociais, comemora o fato de que a tecnologia permitiu que as pessoas conseguissem se voluntariar, mesmo à distância:
Estamos atravessando um momento muito difícil e todos estamos juntos nessa. Ainda bem que temos a tecnologia como aliada. É possível ajudar, seja através de uma organização que promova atividades, como também dividindo o seu saber. Se é profissional de tecnologia, pode ensinar jovens a mexer em um programa, por exemplo. Mas também dá para dividir outros conhecimentos, como cozinhar ou contar histórias.
Segundo a psicanalista Tatiana Amendola o contato com outras pessoas, mesmo que virtualmente, é essencial nesse momento. Mas é preciso estar atento às limitações pessoais para não acabar atrapalhando mais que ajudando:
- Esse tipo de ajuda não pode virar uma nova obrigação, uma nova fonte de angústia. Se a pessoa não tem tempo, por exemplo, não deve se sobrecarregar para fazer o trabalho, que não será benefício nem para ela nem para quem ajuda. Se não dá para fazer voluntariado, é possível doar, ajudar o pequeno comerciante, priorizando a compra nesses locais, ou indo ao mercado para um vizinho idoso, por exemplo.
Como e por que ajudar
Durante a pandemia
Voluntariado on-line Foto: Arte O Globo
Com o avanço das medidas de isolamento social para os que podem ficar em casa, muitas pessoas ficaram desassistidas de diferentes formas. Crianças, que passaram a ter aulas on-line; idosos, que já sofriam com solidão; e famílias, que perderam emprego e ficaram sem renda.
É possível ajudar os mais vulneráveis sem sair de casa: seja oferecendo aulas de reforço escolar, companhia para os mais velhos ou fazendo parte de alguma ONG. Dá sempre para encontrar formas de ajudar de acordo com a habilidade de cada um.
Empatia
É a nossa capacidade de se colocar no lugar do outro. É a partir dela que crescemos respeitando a diferença. A ajuda ao outro, especialmente em momentos como esse, nos faz conectar com o mundo. Ao contribuir, a sensação de que não estamos sozinhos e que podemos contar com outras pessoas também nos conforta e ajuda a diminuir a ansiedade.
Ninguém vai sair ileso
Voluntariado on-line Foto: Arte O Globo
Lembre-se que todos serão afetados pela Covid-19, mesmo quem não ficou doente. Muitos perderão familiares e amigos, mas também empregos, renda ou terão que trabalhar ainda mais (caso dos serviços essenciais). A economia, que vai desacelerar, também mudará a vida de todos os brasileiros. Ajudar, e ser ajudado, será fundamental nesse momento.
Tirar o foco
Voluntariado on-line Foto: Arte O Globo
A solidão, a ansiedade e o medo da pandemia, além do excesso de informações e a perda de pessoas conhecidas, elevam o estresse. Ler para uma criança, conversar com um idoso, ensinar a cozinhar, costurar ou mostrar como montar uma horta de apartamento, entre alguns exemplos, ajudam a tirar o foco e aliviar o dia a dia.
Saiba seus limites
Há tempo disponível, de fato, para se dedicar aos demais? Você tem paciência mesmo para contar histórias para crianças? O trabalho voluntário não pode ser uma nova fonte de ansiedade, que vai prejudicar quem faz e quem recebe. Se não der para fazer, há outras formas de ajudar, seja doando dinheiro ou insumos, ou se colocando disponível, por exemplo, para fazer compras para pessoas do grupo de risco. Valorizar o pequeno comerciante do seu bairro também é um jeito de contribuir.
Busque o que realmente vai ajudar
Há formas de contribuir que ajudam diretamente os mais necessitados. Na velhice, muitos já sofrem com a solidão e o isolamento social pode fazer com que tudo fique pior. Há quem ofereça companhia voluntariamente, em ligações ou chamadas de vídeo. Crianças e adolescentes que não têm acesso à internet podem se beneficiar de profissionais que expliquem tarefas escolares pelo telefone. Há programas de alfabetização e de idiomas on-line também.
Use o que já conhece
Uma boa forma de contribuir é utilizando o seu know-how. É formado em tecnologia? Dá para ensinar alguns programas para jovens e idosos. Faz treinamento em recursos humanos? Que tal dar dicas para quem vai fazer sua primeira entrevista de emprego? Professores que estão em isolamento também podem ajudar os que precisam de reforço escolar.
Hobbies viram aula
Seu hobby é costurar? É possível dar aulas on-line, inclusive em cursos profissionalizantes. Sabe cozinhar muito bem? Dicas de receitas também ajudam bastante quem está em casa. Transforme seu hobby em ajuda, mas não esqueça que não é profissional. Ensinar receita não significa dar dicas de nutrição, por exemplo.
Distribua. Há plataformas e instituições, como ONGs, que já oferecem serviços para voluntários. Mas o trabalho pode ser feito por você mesmo. Descubra suas habilidades, disponibilidade e procure saber quem precisa. Mas se comprometa: prometer e não cumprir, dizem os especialistas, é sempre pior.
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