segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Meditação e Cura






TÉCNICA DE CURA ENSINADA POR PARAMAHANSA YOGANANDA

A ciência moderna nos tem mostrado que todas as coisas no universo são compostas de energia, e que a aparente diferença entre os sólidos, líquidos, gazes, sons e luzes existe graças as suas diferentes propriedades vibratórias.


Similarmente, as grandes religiões do mundo afirmam que todas as coisas criadas foram originadas da energia vibratória de AUM ou AMEN. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus" (João 1:1-3)

Assim como um determinado som é produzido pela vibração de um motor, também o som onipresente de AUM fielmente testemunha o funcionamento do "motor cósmico", o qual sustenta toda a vida e toda partícula da criação concentrada na energia vibratória.

Pela concentração e força, nós podemos conscientemente aumentar a provisão de energia cósmica do nosso corpo.


 Esta energia pode ser direcionada à algumas partes do corpo ou a podemos libertar novamente para o espaço, concentrando-a na sensitiva antena das mãos (nas pontas dos dedos), fluindo esta força curadora à aqueles que necessitem, mesmo que estejam longe a milhares de quilómetros.


Concentrando-nos na grande vibração AUM, nós podemos diretamente contactar a onipresente consciência de Deus, onde os conceitos ilusórios de tempo e espaço não existem; 

então, instantaneamente haverá o contato entre o fervoroso pedido com a energia concentrada enviada para o espaço por aquele que está orando pelos outros através deste método.

1 - De pé, com os olhos fechados, rezem juntos a seguinte oração: "Pai Celestial, Vós sois Onipresente; Vós estais em todos os Teus filhos; manifeste Vossa presença curadora em seus corpos".

Mantendo os olhos fechados, friccione ativamente as palmas das mãos uma na outra. Concentre-se. Sinta a energia cósmica fluir no seu corpo através da medula alongada e indo para seus braços e mãos. Não tensione, mantenha o corpo relaxado durante todo o tempo.

Concentre-se profundamente na corrente de energia que se forma em suas mãos, enquanto você as fricciona (durante uns dez a vinte segundos). Agora levante as mãos para cima da cabeça e cante AUM (OM), simultaneamente com o canto de AUM abaixe vagarosamente as mãos ao lado do corpo. 


Enquanto você as abaixa, mentalmente sinta a vibração curadora fluindo de suas mãos para aqueles que necessitem de cura.
2 - Rezem em harmonia:" Pai Celestial, Vós sois onipresente; Vós estais em todos os Teus filhos; manifeste Vossa presença curadora em suas mentes" Girem suas mãos em movimentos rápidos em torno delas mesmo. 

Breve suas mãos estarão carregadas com energia cósmica. Concentrem-se nesta energia entrando pela medula alongada e fluindo para as mãos. Continue girando-as ativamente durante uns dez a vinte segundos. 

Agora levante as mãos para cima da cabeça e cante AUM, abaixando vagarosamente seus braços. Durante este movimento visualize a vibração curadora fluindo de suas mãos para àqueles a quem você está rezando. Sinta a corrente cósmica saindo de suas mãos. Mantenha o corpo relaxado enquanto você executa o exercício.

3 - Rezem em harmonia: Pai Celestial, Vós sois Onipresente; Vós estais em todos os Teus filhos; manifeste Vossa presença curadora em suas almas". Repitam a técnica de friccionar as palmas das mãos, conforme o descrito no item 1. 4.

4 - Com as mãos erguidas para cima, cantem AUM mais uma vez, enviando vibrações curadoras de paz e harmonia para todo o globo terrestre.


Certa vez, quando estava meditando, ouvi Sua voz sussurrando: 

'Tu dizes que Eu estou distante, mas é porque não te interiorizas. É por isso que dizes que estou longe. Eu estou sempre aqui. Espia o teu interior e Me verás. Estou sempre aqui, pronto para te saudar.'

Quando meditares, mergulha tua mente em Deus. E quando estiveres trabalhando faze-o com todo o coração. Mas assim que terminares, põe tua mente no Senhor.


Quando aprenderes a praticar a Presença de Deus em todos os momentos em que estiveres livre para pensar Nele, então, mesmo no meio do trabalho, estarás consciente da comunhão divina."
Paramahansa Yogananda.




SAMADHI
Levantados os véus de luz e sombra,
Evaporada toda a bruma de tristeza,
Singrado para longe todo o amanhecer de alegria transitória,
Desvanecida a turva miragem dos sentidos.

Amor, ódio, saúde, doença, vida, morte:
Extinguiram-se estas sombras falsas na tela da dualidade.
A tempestade de maya serenou
Com a varinha mágica da intuição profunda.

Presente, passado, futuro, já não existem para mim,
Somente o Eu sempiterno, omnifluente, Eu, em toda parte.

Planetas, estrelas, poeira de constelações, terra,
Erupções vulcânicas de cataclismos do juízo final.

A fornalha modeladora da criação,
Geleiras de silenciosos raios X, dilúvios de eletrões ardentes, Pensamentos de todos os homens, pretéritos, presentes, Futuros.
Toda folhinha de grama, eu mesmo, a humanidade,
Cada partícula da poeira universal,
Raiva, ambição, bem, mal, salvação, luxúria,
Tudo assimilei, tudo transmutei.
No vasto oceano de sangue de meu próprio Ser indiviso.
Júbilo em brasa, frequentemente abanado pela meditação, cegando meus olhos marejados,
Explodiu em labaredas imortais de bem-aventurança,
Consumiu minhas lágrimas, meus limites, meu todo.


Tu és Eu, Eu sou Tu,
O Conhecer, o Conhecedor, o Conhecido, unificados!
Palpitação tranquila, ininterrupta, paz sempre nova,
Eternamente viva.
Deleite transcendente a todas as expectativas da imaginação,
Beatitude do samadhi!

Nem estado inconsciente,
Nem clorofórmio mental sem regresso voluntário, 
Samadhi amplia meu reino consciente
Para além dos limites de minha moldura mortal
Até a mais longínqua fronteira da eternidade,
Onde Eu, o Mar Cósmico,
Observo o pequeno ego flutuando em Mim.

Ouvem-se, dos átomos, murmúrios móveis;
A terra escura, montanhas, vales são líquidos em fusão!

Mares fluidos convertem-se em vapores de nebulosas! 
Om sopra sobre os vapores, descortinando prodígios.

Mais além,
Oceanos desdobram-se revelados, eletrões cintilantes,
Até que ao último som do tambor cósmico,
Transfundem-se as luzes mais densas em raios eternos
De bem-aventurança que em tudo se infiltra.

Da alegria eu vim, para a alegria eu vivo, na sagrada alegria.
Dissolvo-me.
Oceano da mente; bebo todas as ondas da criação.
Os quatro véus do sólido, líquido, gasoso, e luminoso,
Levantados.

Eu, em tudo, penetro no Grande Eu.
Extintas para sempre as vacilantes, tremeluzentes sombras, Das lembranças mortais:
Imaculado é meu céu mental – abaixo, à frente e bem acima; Eternidade e Eu, um só raio unido.


Pequenina bolha de riso, eu,
Converti-me no próprio Mar da Alegria.

Minha Chegada à Antiga-Nova Terra da América
Memórias adormecidas

De amigos outra vez a encontrar
saudaram-me - a mim, viajante de além mar -
Pois sentiam que eu viria
À terra dos Peregrinos para a ela prestar culto.
A praia adormecida é só um vulto.

Desfeita a luz do dia, seus contornos distantes
Desmaiam sob estrelas cintilantes.
A brisa sopra forte sob o céu.

Ideias inesperadas
Me invadem de esperança em tropel,
Suaves, doces, ricamente trabalhadas.

O corvo triste da melancolia
Pousou na minha mente. A alma ele queria,
A fim de minhas forças vencer pelo receio.

Então eu vislumbrei multidões e, no seu meio,
Alegre contemplei diáfanos amigos
Que agora vinham para estar comigo
Em jubiloso clamor.

 Paramahansa Yogananda.


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