A
inteligência. Suprema é infinita e penetra o espaço ilimitado. A Suprema
Sabedoria, Poder e Inteligência está em tudo quanto existe, desde o átomo até o
astro.
Ela existe
mais do que todas as coisas. A Inteligência Suprema é todas as coisas e
constitui cada átomo da montanha, do mar, da árvore, da ave, do animal, do
homem e da mulher.
Nem o
homem nem os seres que lhe são superiores podem conceber a Sabedoria Suprema,
mas o homem receberá sempre com alegria profunda os vislumbres da luz e da
Inteligência Suprema, que lhe permitirão trabalhar para a sua felicidade final,
ainda que sem compreender nunca todo o mistério dela.
Um Supremo Poder e Sabedoria rege o Universo.
Se meditarmos em coisas tristes, cortamos o fio invisível que nos prendia e relacionava com a alegria, saúde, prosperidade, harmonia pondo-nos imediatamente em comunicação com um ambiente negro que só nos traz coisas tristes, desagradáveis e funestas.”
Se meditarmos em coisas tristes, começamos a pensar na limitação. O Infinito Bem que produzimos com a mente plena de Esperança alimenta as Graças da vida em nossa existência.
O Supremo
Poder nos governa e rege, como governa e rege os sóis e todos os sistemas de
mundos que giram no espaço.
Quanto mais
profundamente conhecermos esta sublime e inexaurível
sabedoria,
tanto mais aprenderemos a pedir que ela penetre em nós, constituindo-se uma
parte de nós mesmos, para deste modo fazer-nos cada vez mais perfeitos.
Este meio de
melhorar perenemente a saúde, o possui sempre, de modo
progressivo,
tudo quanto existe, estabelecendo uma como transição gradual entre um mais
elevado estado de existência e o desenvolvimento de poderes que não podemos, de
maneira alguma, realizar aqui.
Não somos, no
entanto, o limite posto entre as várias partes e expressões do supremo e
infinito todo.
O reto e
estreito caminho que nos leva à perpétua felicidade não é mais do que uma plena
confiança e dependência do Supremo. Assim, estabelecendo, a total
harmonia da sapiência, que não pode ter tido origem em nossa pobre
personalidade.
Estejamos
cheios de fé no que temos que pedir agora e todos os dias, para que essa fé nos
faça compreender e crer que tudo quanto existe é parte do Infinito Espírito de
Deus e que todas as coisas são boas, porque Deus está nelas, e, finalmente, que
tudo aquilo que reconhecemos como formando parte de Deus existe e age
necessàriamente para o nosso bem.
Eu sou tudo
aquilo que é. Eu e o Pai somos Um.
CONTEMPLANDO
O LÍRIO DOS CAMPOS
Sobre este
tema: Contemplando o lírio dos campos, vou agora pregar um sermão, que pode ser
ouvido por toda gente, pois nada há nele de desagradável para quem quer que
seja.
Não será uma
exortação à luta, nem à guerra, mas simples palavras de paz e esperança...
Esperança é
do que mais necessita hoje o mundo, pois que está cheio de homens desesperados.
E é principalmente
assim, porque em todas as prédicas anteriores se tem, sobretudo, posto em
relevo o nosso lado mau, fazendo-nos ver o que nos sobrevirá, se persistirmos
em seguir tão erradas sendas.
Muito pouco
se tem dito do bem que possuímos e do nosso poder para nos tornarmos melhores.
Temos sido
maus, porque a maioria das religiões tem pensado mal do homem e feito com que
ele pensasse mal de si mesmo.
Todo aquele
que pensar mal de si próprio, está, na verdade, muito perto de ser “mau”. A
educação de uma criança envolve o acolhimento amoroso no seu
desenvolvimento, quando os pais começam a pensar que a criança é má,
destruidora, e sem “conserto” ela assume este lugar no mundo. O olhar do
outro me diz quem sou.
Quando
um homem forma de si um mísero conceito, com facilidade se embriaga ou faz
ainda coisas piores.
O orgulho ou
a dignidade, que eleva em nosso espírito o conceito de nós mesmos, isto é, o
nosso amor-próprio, é o que nos guarda e impede de cometermos ações más e
torpes.
A nossa raça
acha-se, precisamente, agora no momento psicológico em que começa a compreender
que todos os homens e todas as mulheres são possuidores de potenciais enormes,
muito maiores do que imaginam e, quando conhecerem o meio de utilizá-las,
saberão livrar-se de qualquer mal.
Um lírio,
como qualquer outra planta, cresce e aformoseia-se sob o influxo das leis
universais, da mesma forma que o homem e a mulher; e o homem ou a mulher têm
crescido através das remotas e inumeráveis idades, sob a influência das mesmas
leis que o lírio campestre.
É um grande
equívoco supor que um homem e uma mulher de inteligência regular possam ser o
resultado unicamente do curtíssimo espaço de tempo que vivemos neste mundo.
É bem
possível que, antes da vida atual, todos nós tenhamos vivido já numa planta ou
num mineral. Nosso ponto de partida para entrar na existência teve, talvez, a
origem na profundidade dos mares, surgiu de um imenso bloco de gelo ou foi
arremessado ao espaço por um vulcão, envolto em fogo, fumo, cinzas, vivendo, em
seguida, centenáres de séculos no âmago de uma montanha pós-pliocênica.
Depois,
evoluindo sempre, ora sob uma, ora sob outra forma, adquirindo constantemente
um pouco mais de inteligência e força em cada uma de nossas sucessivas
transformações, aperfeiçoamo-nos também gradualmente, até atingir o grau de
adiantamento em que nos encontramos agora e que, certamente, não é grande coisa
ainda.
O lírio tem
uma vida que lhe é própria e uma inteligência que lhe é peculiar também, como a
inteligência de qualquer de nós difere, naturalmente, da dos outros.
Muitas
pessoas acreditam que a faculdade da inteligência é privativa do ser humano e
denominam instinto a todas as manifestações que observam nos animais ou nas
plantas, sem estabelecer diferença alguma entre umas e outras.
Eu creio,
pelo contrário, que a inteligência é tão comum a todos os seres como o próprio
ar; a única diferença é que cada forma de vida goza dela, em maior ou menor
proporção.
O homem
é, indubitavelmente, entre todos os seres terrestres, o que em si contém uma
inteligência mais vasta ou, por outros termos, entre todos os seres orgânicos é
o homem quem mais desenvolvido tem o que se chama pensamento.
O pensamento
é uma substância poderosa e capaz de ratificar até ao mais alto grau, e tão
tênue que não pode ser vista nem apreciada por nenhum dos nossos sentidos.
Aquele que
possuir esta substância mais pura e em maior quantidade, mais extensa e
perfeita vida gozará. Os pensadores são os que vivem mais.
Pelo nome de
homens pensadores, não quero designar os literatos e ainda menos os solícitos
investigadores de alfarrábios ou assíduos frequentadores de bibliotecas, muitos
dos quais não passam de simples plagiários que apenas vivem dos pensamentos e idéias
alheios; como pensadores, considero os que renovam continuamente sua inteligência
e cujo cérebro engendra, sem fadiga, idéias originais e próprias.
Tal gênero de
vida espiritual vai-lhe renovando incessantemente o corpo e a inteligência.
O lírio tem a
inteligência suficiente para desabrochar por si do seio da terra, quando o
calor do astro-rei o chama, da mesma forma que o homem tem a inteligência, ou
pode tê-la, de sair para receber o sol num dia alegre e bom, absorvendo a vida
e o poder que o calor solar envia ao nosso planeta.
Os que assim
não fazem e permanecem as cinco sextas partes do dia encerrados em habitações
hermeticamente fechadas, acabam por se tomar débeis e raquíticos como a pobre
plantinha que cresce na obscuridade de uma estufa.
O lírio tem
também sensibilidade bastante para ir crescendo à luz do sol. Se o colocarmos
dentro de casa, notaremos imediatamente que ele se inclina para o lado de onde
lhe vem a luz, e isto sucede unicamente pelo fato de que ele precisa de luz
para viver.
O lírio
conhece as suas necessidades e busca o melhor meio de satisfazê-las, pois
compreende, ou antes, sente que a luz é benéfica para ele.
O homem vai
em busca de alimento por igual motivo, embora se diga que os atos humanos são o
resultado de inteligência e se classifique de instinto a ação da planta que, no
fundo, é idêntica à nossa.
Aproximamo-nos
do fogo para nos aquecermos, porque sentimos que o fogo é uma coisa boa para
nós, sobretudo se o tempo está muito frio; o gato sai a tomar o sol exatamente
pela mesma razão.
A única
diferença consiste em que, vaidosamente, o homem chama inteligência o sentido
que o impele a procurar o que lhe é bom e útil, e denomina instinto o mesmo
sentido na planta ou no animal.
Onde
está a diferença essencial? O lírio diferencia-se vantajosamente de nós em não
se afligir inutilmente pelo dia de amanhã, pois que não trabalha.
Aspira a
água, o ar, o calor solar e outros elementos dispersos pela terra e pela
atmosfera, na justa medida de que necessita, para cada minuto da sua
existência, para cada hora, para cada dia.
Nunca atrai
excesso de água, ar ou calor para guardá-lo para o dia seguinte, com medo que
amanhã lhe possa faltar. Ao passo que nós trabalhamos constantemente e nos
extenuamos para ganhar um pouco de dinheiro, de que hoje não temos absoluta
necessidade, mas que anelamos tão-somente para nos livrarmos de uma
futura miséria que, desde já, nos apavora.
Se ele
fizesse como nós, gastaria toda a sua força em amontoar este suprimento em
excesso e nunca se tornaria um lírio perfeito e capaz de ultrapassar Salomão em
toda a sua glória.
As vestes do
lírio, da rosa ou de qualquer outra flor são tão belas, tão finas e delicadas
como tudo o que de mais belo possa ser produzido pelas artes mais perfeitas e
adiantadas dos homens.
Enquanto
vive, ela é de uma formosura tão esplêndida que, a seu lado, os nossos mais
finos e preciosos artefatos são de uma beleza fria e sem brilho, começando a
desbotar-se-lhes as pálidas cores, mal as damos por findas,
O lírio
vai sempre crescendo e tomando-se cada dia mais belo. Um traje que amanhã
brilhasse mais do que hoje e mostrasse sempre, em seu tecido, novos e mais
formosos matizes, durasse ele, embora, só quinze dias, seria certamente
apreciadíssimo pelo homem mais exigente, e pago como o melhor de todos.
Se o lírio,
em sua rudimentar inteligência, se afligisse e se preocupasse com receio de que
o sol pudesse deixar de brilhar e esparzir sobre a terra os seus raios, ou se
inquietasse com a idéia de lhe faltar talvez a água amanhã, isto é, como
dizemos do dinheiro ou do alimento, nossa quase única preocupação,
converter-se-ia ràpidamente numa espécie de flor degenerada e pobre;
pois,
procedendo assim, nada mais faria do que depauperar em inquietações vãs as
forças de que careceria para reunir e assimilar os elementos necessários para
chegar a ser um lírio.
Se um
ser, qualquer que seja o grau de sua inteligência, se aflige em vão e se
preocupa mais do que o razoável para atender às suas necessidades cotidianas,
dando às coisas mais valor do que têm;
nada
mais faz do que desbaratar inutilmente uma parte das forças de atração de que
realmente precisa para o seu crescimento e sua saúde, para manter as próprias
energias e aumentar a sua prosperidade.
Quero que se
entenda isto na verdadeira acepção da palavra e não em sentido metafórico ou
figurado.
O que digo é
que, quando a inteligência rudimentar do lírio, ou antes, a sua força mental,
se assim acharem melhor, se não preocupa absolutamente com o que possa
suceder-lhe amanhã, atrai os elementos de que carece para o dia de hoje;
da mesma
forma, a inteligência espiritual humana, liberta das perturbações, cuidados e
dores, atrai ou pode atrair os elementos de que realmente hoje necessita. A
necessidade da hora presente á a única e verdadeira necessidade.
Todas
as manhãs necessitamos de almoçar, mas não precisamos hoje do almoço de amanhã.
Todavia, em dez vezes, nove pelo menos, sentimo-nos preocupados, direta ou
indiretamente, de uma ou outra maneira, acerca do nosso almoço de amanhã,
subtraindo, assim, maior ou menor quantidade das forças de que carecemos para
gozar, digerir e assimilar o nosso almoço de hoje.
Assim
como o lírio, livre completamente da menor inquietação e receio pelo dia de
amanhã, dirige o seu poder atrativo para crescer e adornar-se
esplendorosamente, assimilando todos os elementos e substâncias que tem ao seu
alcance;
a
inteligência humana quê lograr libertar-se completamente das inquietações e
angústias que desperta no homem o receio do futuro ou do terrível dia de
amanhã, conseguirá atrair forças muito maiores do que necessita para a
exteriorização dos seus intuitos, e aumento de sua felicidade presente.
Alhear-se-á,
porém, de nós, este grande poder, apenas uma em nosso espírito o desassossego,
perturbação e temor de qualquer acontecimento futuro.
Falo aqui do
poder para levar avante e fazer progredir qualquer espécie de negócio ou
mister, tanto daquele que se dedica a educar e instruir o povo, como dos
simples varredores das ruas.
Todo homem de
negócio sabe, por experiência própria, que se acha nas melhores condições para
conseguir o desejado êxito, quando pode fixar toda a sua força mental no plano
já de antemão formado, prescindindo de quaisquer outros meios.
Todo artista
conhece também que, se conseguir fixar, concentrar. absorver totalmente a sua
inteligência na obra que está executando, mais probabilidades terá de ela sair
uma obra-prima.
Colocamo-nos,
deste modo, nas condições necessárias para fazermos uso da nossa potência
criadora e, ainda mais, para atrairmos maior quantidade de poder, o qual fica
em nós para sempre.
Já estou
ouvindo alguém dizer: “Não posso deixar de inquietar-me. Os tempos estão muito
difíceis; os ganhos são poucos e a vida é cara; tenho muitos filhos e é
necessário dar--lhes casa, alimento e roupa.
Essas idéias
não se afastam um só momento de minha mente, nem de noite nem de dia,
absorvendo-me por completo toda a atenção. Bem quisera afastar do meu espírito
estes terríveis pensamentos e não me preocupar com eles, mas tudo é baldado.
Não consigo tranquilizar-me”.
Vedes, leitor
amigo, que procurei dar às vossas dúvidas e objeções toda a força de que são
suscetíveis e, se achardes que ainda são poucas, podeis juntar-lhes tudo o que
a vossa fértil imaginação sugerir, pois de todas sairão igualmente triunfantes
os meus argumentos.
É quase
sempre um engano dizer que não podemos evitar ou suplantar nossa inquietação,
pelo menos no que diz respeito ao presente.
Quanto ao
resultado, é fora de toda dúvida que um permanente estado de inquietação nos há
de prejudicar infalivelmente a saúde, trazendo-nos o inevitável enfraquecimento
da inteligência, a velhice precoce do corpo e, o que ainda é pior, a perda ou,
pelo menos, a diminuição do nosso poder mental atrativo.
Se
soubéssemos imitar o lírio, viveríamos sãos e alegres, pois que só nos devemos
preocupar com o dia de hoje, porquanto é o único que nos pertence, embora
tenhamos ou julguemos ter ante nós milhares de dias.
Um homem não
pode fazer, cada dia, mais do que as refeições desse dia, embora tenha dinheiro
para pagar dez mil. Se nos encontramos envolvidos numa multidão tomada de
pânico, não teremos outro remédio senão ir com os outros e ser, talvez,
esmagados por eles.
Viver como
vivem, atualmente, milhares e milhares de homens, é o mesmo que nos acharmos no
meio de uma multidão tomada do pânico que produz nela o medo da miséria ou até
o receio de que, talvez, amanhã careça de qualquer coisa que reputa de primeira
necessidade.
Esta espécie
de medo, seja qual for a causa, terá sempre a perda do poder mental, o que
aconselho é que todas as pessoas devem evitar a sua própria inquietação, e não
acho no meu dicionário termo mais próprio do que este: devem.
Está
claro que ninguém, atualmente, pode deixar de sentir inquietação mais ou menos
profunda por alguma coisa, pois esse hábito nasceu conosco e já antes de nós as
gerações passadas, os nossos avós, se preocuparam também com o futuro; porém,
não evita que sejam da mesma forma funestos os resultados do deixar o nosso
espírito apavorar-se sempre pelo dia de amanhã.
A lei vai
envolta na própria ação e não tem misericórdia com ninguém. É tão certo que nos
cai em cima e nos esmaga, se nos pusermos em seu caminho, como é certo que nos
esmagará uma locomotiva, se nos deitarmos ante sua marcha vertiginosa. O
melhor, pois, é converter em vantajosa essa lei, tirando proveito dela e
tomando-a no sentido mais reto.
Como
consegui-lo? Pensando em coisas alegres e amenas, que despertam em nós a
esperança em vez de cogitarmos de coisas tristes, que nos desalentem.
Pensando
nos nossos triunfos, em lugar de meditar na nossa decadência.
E como o
universo está governado por uma lei fixa e imutável, com certeza aprenderemos a
cimentar-nos ou estabelecer-nos firmemente sobre esta lei: “Se refletirmos em
coisas alegres e divertidas, só motivos de júbilos atrairemos para nós.
Não digamos
nunca que isso não tem importância ou é pueril. Que coisa há no universo que
seja pueril?
Muitos
consideram a germinação de uma semente como coisa pueril e sem importância; mas
ninguém conhece a verdadeira causa dessa germinação, que só se produz se
metermos a semente dentro da terra onde há de receber uma certa quantidade de
calor que, combinado com a umidade do solo, a fará germinar.
A constante
ebulição de uma pequena chaleira posta no fogo, deu a Watt a primeira idéia
para o aproveitamento da força do vapor, isto é, a chaleira ensinou-lhe, pela
primeira vez, a idéia da potência positiva do vapor ou, antes, sugeriu-lhe a
idéia de sua utilização.
O vapor
é uma força, não existe a este respeito a menor dúvida. Mas, por que e como
possui ele esta força?
Ninguém o
sabe e, contudo, não há no mundo coisa tão simples e tão pueril como esta.
Postado por Dharmadhannya
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