A SÉTIMA LEI DO SUCESSO -
A LEI DO “DHARMA” OU DA FINALIDADE DA VIDA
Deepak
Chopra
Todas as pessoas possuem uma finalidade na vida… uma dádiva
singular ou um talento especial para oferecer aos outros.
E quando pomos o
nosso talento especial ao serviço dos outros, experimentamos o êxtase e a
exultação do nosso espírito, que é a finalidade suprema da vida.
Quando
trabalhamos somos como flautas e, ao nosso coração o murmúrio das horas soa
como música. E o que é trabalhar com amor? É tecer o pano com os fios do
coração, como se estivéssemos a tecer a roupa do nosso bem-amado. Kahlil Gibran, O Profeta.
A sétima lei espiritual do sucesso consiste na
Lei do Dharma. Dharma é um termo sânscrito que significa “finalidade na
vida”. A Lei do Dharma diz-nos que nos manifestamos sob a forma física para
cumprir uma finalidade, realizar o Plano ou Vontade de Deus.
A divindade constitui a essência do campo da
potencialidade pura e, o divino toma a forma humana para cumprir uma
finalidade. Segundo esta lei, todos temos um talento específico e uma
forma singular de o exprimirmos.
Há qualquer coisa que conseguimos fazer melhor
do que qualquer outra pessoa no mundo e, cada talento específico com a sua
forma singular de se exprimir, também requer necessidades especiais.
Quando
essas necessidades se combinam com a expressão criativa do nosso talento,
gera-se a centelha que dá prosperidade. Exprimir os seus talentos para realizar
aquilo que é necessário cria riqueza e abundância ilimitadas.
Se
ensinássemos isto às crianças desde pequenas, veríamos o efeito que teria
na vida delas. Na verdade, fiz a experiência com os meus filhos. Repeti-lhes
muitas e muitas vezes que havia uma razão para cada um de nós se encontrar
neste mundo e que eles teriam de descobrir a razão por que existiam.
Eles começaram a ouvir isto a partir dos quatro anos. Também os ensinei a
meditar mais ou menos a partir dessa idade e disse-lhes: “Nunca, mas nunca se
preocupem em ganhar a vossa vida. Se não forem capazes de ganhar a vossa vida
quando crescerem, eu hei de sustentar-vos, portanto não se preocupem com isso.
Não quero que se esforcem por obter bons resultados na escola. Não quero que se
esforcem por obter as melhores notas ou por ir para os melhores colégios.
Aquilo que quero é que se interroguem acerca de como podem servir a
Humanidade e quais serão os vossos talentos especiais.
Porque cada um de vós
possui um talento especial, que ninguém mais possui e cada um de vós tem uma
maneira especial de exprimir esse talento, que também ninguém mais possui.”
Eles acabaram por vir a frequentar as melhores escolas, obtiveram as melhores
notas, e mesmo na universidade são estudantes especiais, porque já são
economicamente independentes, pois a vida deles focaliza-se naquilo que devem
dar para cumprir a razão da sua existência aqui. E esta é a Lei do
Dharma.
A Lei do Dharma possui três componentes. O
primeiro diz-nos que cada um de nós se encontra aqui para descobrir o
seu verdadeiro Eu, para descobrir por si próprio que o seu verdadeiro Eu é
espiritual, que na essência somos seres espirituais manifestando-se sob uma
forma física.
Não somos seres humanos que têm experiências espirituais
ocasionais, ao contrário, somos seres espirituais que têm experiências humanas
ocasionais.
Cada um de nós encontra-se aqui para descobrir o seu eu superior,
ou o seu eu espiritual. Esse constitui o primeiro requisito da Lei do dharma.
Temos de descobrir por nós mesmos o deus ou a deusa em embrião, que existe
dentro de nós e deseja revelar-se, para podermos exprimir a nossa divindade.
O segundo componente da Lei do dharma consiste em
exprimirmos os nossos talentos especiais. A Lei do dharma diz-nos que
todo o ser humano possui um talento especial.
Todos possuímos um talento, cuja
expressão é de tal modo singular, que não existe mais ninguém vivo no planeta
que possua esse talento ou essa forma de o exprimir.
Isto significa que há uma
coisa específica que cada um de nós sabe fazer melhor do que qualquer outra
pessoa no mundo. Quando está a fazer isso, perde a noção do tempo.
Quando
exprime esse talento especial que possui ou, em muitos casos, os diversos
talentos especiais, a expressão desse talento é transportada para o
conhecimento do eterno.
O terceiro componente da Lei do dharma consiste na
vontade de servir a Humanidade. Servir os outros seres humanos é
perguntar
“Como posso eu ajudar?
Como posso ajudar aqueles que me rodeiam?”
Pondo a capacidade de exprimir o seu talento especial ao serviço da Humanidade,
estará a aplicar totalmente a Lei do dharma.
E se juntar a isto a experiência
da sua própria espiritualidade, o campo da potencialidade pura, é impossível
que não tenha acesso à abundância ilimitada, porque esta constitui a verdadeira
forma de alcançar a abundância.
Esta abundância não é temporária; é permanente,
devido ao seu talento especial, à sua forma de o exprimir, aos serviços que
presta e à dedicação que mostra pelos outros seres humanos, atitude que
adquiriu, perguntando:
“Como posso eu ajudar?”, em vez de:
“O que posso eu
obter?”
A questão “O que posso eu obter?” constituí o diálogo interior do ego.
Perguntar “Como posso eu ajudar? “ constitui o diálogo interior da alma.
A alma
representa o domínio do conhecimento onde experimentamos a nossa
universalidade. Através da simples substituição, no nosso diálogo interior, da
pergunta “O que posso eu obter?” pela outra “Como posso eu ajudar?”, passamos
logo do plano do nosso ego para o domínio da nossa alma.
Embora a meditação
constitua a forma mais útil de entrar no domínio da alma, a simples mudança do
nosso diálogo interior para “Como posso eu ajudar?”
também nos dá acesso a
alma, esse domínio do conhecimento onde experimentamos a nossa universalidade.
Se quiser aproveitar ao máximo a Lei do dharma, terá de se comprometer a seguir
algumas regras.
A primeira regra é: Vou tentar descobrir o meu eu superior, que
se encontra para além do meu ego, através da prática espiritual.
A segunda regra é: Vou descobrir os meus talentos
especiais e, depois de os descobrir, vou entrar em estado de felicidade, pois o
processo de felicidade ocorre quando adquiro o conhecimento do eterno.
Nesse
momento, entro em estado de beatitude. A terceira regra é:
Vou perguntar a mim
mesmo quais as minhas melhores qualidades para servir a Humanidade.
Vou
responder a essa pergunta e depois pôr em prática a atitude. Vou utilizar os
meus talentos especiais para servir as necessidades dos outros seres humanos,
vou combinar essas necessidades com o meu desejo de ajudar e servir os outros.
Sente-se e faça uma lista das respostas a estas duas perguntas: Pergunte a si
mesmo se o dinheiro não fosse uma preocupação para si e se tivesse todo o tempo
e dinheiro do mundo, o que faria?
se pensa que continuaria a fazer aquilo que
faz no momento, isso significa que se encontra em dharma, porque tem uma paixão
por aquilo que faz – exprime os seus talentos especiais.
Depois, pergunte a si
mesmo: “Quais as minhas melhores qualidades para servir a Humanidade?” Responda
à pergunta e ponha a atitude em prática. Descubra a sua divindade, encontre o
seu talento especial, utilize-o para servir a Humanidade e gerará toda a
riqueza que quiser.
Quando as suas expressões criativas responderem às
necessidades dos outros seres humanos, a riqueza fluirá espontaneamente do
não-manifesto para o manifesto, do âmbito da alma para o âmbito da forma.
Começará a experimentar a vida como uma miraculosa expressão da divindade, não
ocasionalmente, mas sempre. E conhecerá a verdadeira felicidade e o verdadeiro
significado do sucesso, o êxtase e a exultação da sua própria alma.
COMO APLICAR A LEI DO “DHARMA” OU DA FINALIDADE DA VIDA
Ponho em prática a Lei do dharma, seguindo estes passos:
1. Hoje vou dar toda a atenção e amor ao deus ou deusa em
embrião que se oculta no mais fundo da minha alma
. Darei toda a atenção à minha
alma interior que dá vida ao meu corpo e ao meu espírito. Vou tentar despertar
para a profunda serenidade que existe dentro do meu coração. A consciência da
eternidade e do Ser eterno acompanhar-me-á sempre durante a minha experiência
temporal.
2 Faço uma lista dos meus talentos especiais. Depois faço
uma lista de todas as coisas de que gosto de fazer quando exprimo os meus
talentos especiais. Exprimindo os meus talentos especiais e utilizando-os ao
serviço da Humanidade, perco a noção do tempo e crio abundância na minha vida,
assim como na vida dos outros.
3 Pergunto a mim mesmo todos os dias “Como posso eu
servir?” e “Como posso eu ajudar?”. As respostas a estas questões vão
permitir-me ajudar e servir os outros seres humanos com amor.
Sete leis do Sucesso
1. Meu espírito é um campo de possibilidades infinitas que conecta a tudo o mais. Esta frase resume a totalidade do que estou expondo. Se você esquecer tudo o mais, lembre-se apenas disso.
2. Meu dialogo interno reflete meu poder interno. O dialogo interno das pessoas auto- realizadas pode ser descrito assim: é imune a críticas; não tem apego aos resultados; não tem interesse em obter poder sobre
os outros; não tem medo. Isso porque o ponto de referência é interno, não externo.
os outros; não tem medo. Isso porque o ponto de referência é interno, não externo.
3. Minhas intenções tem poder infinito de organização. Se minha intenção vem do nível do silêncio, do
espírito, ela traz em si os mecanismos para se concretizar.
4. Relacionamentos são a coisa mais importante na minha vida. E alimentar os relacionamentos é tudo o que importa. As relações são cármicas e quem nós amamos ou odiamos é o espelho de nós mesmos: queremos mais
daquelas qualidades que vemos em quem amamos e menos daquelas que identificamos
em quem odiamos.
5. Eu sei como atravessar turbulências emocionais. Para chegar ao espírito é preciso ter sobriedade. Não dá para nutrir sentimentos como hostilidade, ciúme, medo, culpa, depressão. Essas são emoções tóxicas. Importante: onde há prazer, há a semente da dor, e vice-versa. O segredo é o movimento: não ficar preso na dor, nem no prazer (que então vira vício). Não se deve reprimir ou evitar a dor, mas tomar
responsabilidade sobre ela.
6. Eu abraço o feminino e o masculino em mim. Esta é a dança cósmica, acontecendo no meu próprio eu. A energia masculina: poder, conquista, decisão. A energia
feminina: beleza, intuição, cuidado, afeto, sabedoria. Num nível mais profundo, a energia masculina cria, destrói, renova. A energia feminina é puro silêncio,
pura intenção, pura sabedoria.
7. Estou alerta para a conspirações das improbabilidades. Tudo o que me acontece de
diferente na vida é carmico. É, portanto, um sinal de que posso aprender alguma coisa com aquela experiência. Em toda adversidade há a semente da
oportunidade.
Postado por Dharmadhannya
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