"A Mente é um Campo"
no qual é plantado todo tipo de semente.
Nesse campo da mente também pode ser
chamado de
“Todas as sementes”.
A PRINCIPAL FUNÇÃO da consciência
armazenadora é guardar e preservar todas as sementes. Um dos nomes da
consciência armazenadora ésarvabijaka, a totalidade das sementes.
Outro é adana, que
significa manter, segurar. não deixar escapar. Manter todas as sementes -
conservando-as viva de forma que estejam disponíveis para se manifestarem — é a
função básica da consciência armazenadora.
O fenômeno dá às sementes (bijas) a
capacidade de se perpetuarem. Se você plantar uma semente na primavera, no
outono a planta estará completamente formada e carregada de flores. Dessas
flores, novas sementes irão) cair na terra, onde serão armazenadas até brotar e
produzir novas flores.
Nossa mente é um campo no qual é
plantado todo tipo de
semente — sementes de compaixão,
alegria e esperança, sementes de tristeza, medo e dificuldades. Diariamente,
nossos pensamentos, palavras e ações plantam novas sementes no campo da nossa
consciência, e o que essas sementes geram torna-se a substância da nossa vida.
No campo da mente existem sementes
saudáveis e não-saudáveis plantadas por nós mesmos e pelos nossos pais, pela
escola, pelos ancestrais e pela sociedade. Se você plantar trigo, nascerá trigo.
Se você agir de uma maneira sadia, você será feliz.
Se agir de maneira não-saudável,
estará regando as sementes de apego, raiva e violência em si mesmo e nos
outros. A prática da plena consciência nos ajuda a identificar todas as
sementes que se encontram na nossa consciência e, com esse conhecimento, podemos
escolher regar apenas aquelas que são mais benéficas.
À medida que cultivarmos as sementes
de alegria e transformarmos as sementes de sofrimento em nós mesmos, veremos
florir a compreensão, o amor e a compaixão.
Variedades de Sementes
Existe em nós uma infinita variedade
de sementes —
Sementes de samsara, de nirvana, de
ilusão e de iluminação,
Sementes de sofrimento e de
felicidade,
Sementes de percepção, de nomes e de
palavras.
NOSSA CONSCIÊNCIA ARMAZENADORA contém
todo tipo de semente. Algumas são fracas, outras fortes, umas são grandes,
outras pequenas, mas todas estão lá — sementes tanto do samsara quanto do
nirvana, do sofrimento e da felicidade.
Se em nós for regada uma semente de
ilusão, nossa ignorância aumentará. Se a semente da iluminação crescer em nós,
nossa sabedoria florescerá.
Samsara é o ciclo do sofrimento, o
lugar que habitamos quando vive- na ignorância. É difícil sair desse ciclo.
Nossos pais sofreram e nos transmitiram as sementes negativas desse sofrimento.
Se essas sementes não forem
reconhecidas e transformadas por nós, certamente as passaremos para os nossos
filhos. Essa constante transmissão de medo e sofrimento dirige o ciclo do
samsara. Ao mesmo tempo, nossos pais também nos transmitiram sementes de
felicidade.
Por meio da prática da consciência
plena, podemos reconhecer as sementes saudáveis que existem dentro de nós e nos
outros e regá-las todos os dias.
Nirvana quer dizer estabilidade,
liberdade e o fim do ciclo de sofrimento (samsara). A iluminação não vem de
fora, não é algo que recebemos, nem mesmo de um Buda. A semente da iluminação
já está dentro da nossa consciência. Ela é a nossa natureza búdica — a
qualidade inerente de mente iluminada que todos nós possuímos e que só precisa
de cultivo.
A fim de transformar samsara em
nirvana, precisamos aprender a olhar profundamente e ver claramente que ambos
são manifestações da nossa própria consciência. As sementes de samsara,
sofrimento, felicidade e nirvana já estão na nossa consciência armazenadora.
É necessário apenas que nós reguemos
as sementes de felicidade, evitando regar as sementes de sofrimento. Quando
amamos alguém, tentamos reconhecer as sementes positivas dentro dessa pessoa e
regar essas sementes com palavras e atos amorosos. Quando regadas, as sementes
de felicidade crescem mais vigorosas, enquanto a força das sementes de
sofrimento diminui por não estarmos regando-as com palavras e atos rudes.
Nossa consciência armazenadora também
contém sementes geradas pelas nossas percepções. Nós percebemos muitas coisas,
e os objetos dessas percepções são armazenados na nossa consciência
armazenadora.
Quando percebemos um objeto, em
termos budistas, vemos o seu “sinal” (lakshana). A palavra
sânscrita “lakshana” significa também “marca”, “designação”, ou “aparência”. O
sinal de uma coisa é a imagem que nossa percepção (samjna) cria dela.
Suponhamos que vemos uma plataforma
de madeira apoiada por quatro pernas — essa imagem torna-se uma semente dentro
da nossa consciência.
O nome com que designamos essa
imagem, “mesa”, é outra semente em nós. “Mesa” é o objeto de nossa percepção.
Nós, os observadores, somos o sujeito. Os dois estão ligados: toda vez que percebemos
o objeto que chamamos de “mesa”, ou se simplesmente ouvimos a palavra “mesa”, a
imagem que temos de uma mesa manifesta-se na nossa mente consciente.
Consciência armazenaaora
DE ACORDO COM OS ENSINAMENTOS do
Budismo da Pura Manifestação, a nossa mente tem oito aspectos ou, podemos
dizer, oito “consciências”.
As cinco primeiras baseiam-se nos
cinco sentidos físicos. Elas surgem quando os nossos olhos vêem formas, os
nossos ouvidos ouvem sons, o nosso nariz sente odores, a nossa língua sente o sabor
de alguma coisa ou a nossa pele toca um objeto. A sexta consciência
mental (manovijnana) surge quando a nossa mente entra em contato
com um objeto da percepção.
A sétima, manas, é a
parte da consciência que dá origem à consciência mental e a mantém. A oitava, a
consciência armazenadora (alayavzjnana), é o chão, ou a base, das outras
sete consciências.
Os versos de Um a Quinze tratam da
consciência armazenadora. Esta tem três funções.
A primeira é guardar e preservar
todas as “sementes” (bijas) de nossa experiência. As sementes enterradas na
nossa consciência armazenadora representam tudo o que já fizemos,
experimentamos ou percebemos. As sementes plantadas por essas ações,
experiências e percepções constituem o “sujeito” da consciência. Como um ímã que
atrai partículas de ferro, a consciência armazenadora junta todas essas
sementes.
O segundo aspecto da consciência
armazenadora são as próprias sementes. Um museu é mais do que um edifício. É
também as obras de arte nele expostas. Do mesmo modo, a consciência
armazenadora não é apenas o edifício de um “armazém”, mas também as
sementes que ali se encontram.
As sementes podem ser distinguidas da
consciência armazenadora, porém só podem ser encontradas no armazém. Quando
você tem uma cesta de maçãs podem ser diferenciadas do cesto. Se o
cesto estivesse Vazio, você não o chamaria de Cesto de maças. A
consciência armazenadora é, ao mesmo tempo, o armazém e o conteúdo
nele depositado.
Desse modo, as sementes são também o
“objeto” da consciência. Assim, quando dizemos “consciência”, estamos nos
referindo a ambos, sujeito e objeto da consciência ao mesmo tempo.
A terceira função da consciência
armazenadora é servir como um “mostruário para o apego a um eu”. Isso se deve
ao sutil e complexo relacionamento entre manas, a sétima
consciência, e a consciência armazenadora.
Manas, que surge da consciência
armazenadora, faz um giro, apanha uma parcela do que está exposto na
consciência armazenadora e encara essa porção como sendo uma entidade separada
e distinta, um “eu”. Grande parte do nosso sofrimento resulta dessa percepção
errônea de manas.
O Budismo identifica três pares de
sinais de fenômenos.
- O primeiro par é o sinal universal
e o sinal particular de alguma coisa. Quando olhamos uma casa, o sinal, ou
imagem, “casa” inicialmente é universal. O sinal universal “casa” é como o seu
rótulo genérico. Há alguns anos, você podia comprar alimento genérico no
supermercado.
Em vez de imagens coloridas e nomes
de marcas, o rótulo numa lata de milho, por exemplo, exibia simplesmente a
palavra “milho” em preto sobre um invólucro totalmente branco. O sinal
universal de um objeto é assim.
Contudo, usando a nossa mente
discriminadora, logo percebemos milhares de detalhes sobre cada casa tijolo,
madeira, pregos, coisas específicas a ela, e assim por diante. Esses
específicos constituem o sinal particular de uma casa. A casa pode ser vista
como um todo — seu sinal universal — ou como uma combinação de suas partes, seu
sinal particular. Todas as coisas possuem uma natureza universal e, ao mesmo
tempo, uma particular.
- O segundo par de sinais é unidade e
diversidade. Nossa noção de casa é uma idéia de unidade. Todas as casas fazem
parte da designação “casa”. Porém a noção universal de “casa” não nos mostra
nenhuma casa individual, que seja única nas suas particularidades.
Existem variações incontáveis de
casas, e essa é a natureza da diversidade. Quando olhamos para qualquer
fenômeno, devemos ser capazes de ver a unidade na diversidade e a diversidade
na unidade.
- O terceiro par de sinais é formação
e desintegração.
Uma casa pode estar em processo de
construção, mas ela está, ao mesmo tempo, em processo de desintegração. Muito
embora a madeira seja nova e a casa ainda não esteja completamente construída,
a umidade ou a secura do ar já começam a sujeitá-la à ação do tempo.
Olhando para uma coisa que está
começando a tomar forma, devemos ter a capacidade de ver que aquilo está também
em processo de desintegração.
O treinamento da meditação é
projetado para nos ajudar a aprender a ver ambos os aspectos de cada par de
sinais. Vemos o todo quando estamos olhando para as partes, e cada parte quando
olhamos para o todo.
Quando um carpinteiro olha para uma
árvore, já visualiza uma casa, porque foi treinado a construir uma casa com o
material da árvore. Ele esta vendo ambos os aspectos, o universal e o
particular, da árvore.
Por meio da consciência plena nos
treinamos para ver todos os seis sinais universal e particular, unidade e
diversidade, formação e desintegração sempre que percebemos um simples sinal,
um objeto específico. Este é o ensinamento da interexistência.
Atribuímos nomes e palavras, ou
“designações”, para os objetos de nossa percepção, tais como “montanha”, “rio”,
“Buda”, “Deus”, “pai”, “mãe”. Cada nome que designamos para um fenômeno, cada
palavra que aprendemos, é armazenado como uma semente dentro de nossa
consciência.
As sementes produzem outras sementes
em nós, chamadas “imagens”. Quando ouvimos o nome de algo, uma imagem surge em
nossa consciência, e então tomamos aquela imagem como sendo realidade.
Tão logo escutamos alguém dizer as
palavras “Nova York”, por exemplo, imediatamente tocamos as sementes da imagem
de Nova York que temos em nossa consciência armazenadora.
Visualizamos o horizonte de Manhattan
ou os rostos das pessoas que conhecemos lá. Entretanto, essas imagens podem ser
diferentes da atual realidade de Nova York. Podem ser inteiramente criadas pela
nossa imaginação, mas não conseguimos ver a fronteira entre a realidade e as
nossas percepções errôneas.
Usamos palavras para apontar alguma
coisa um objeto ou um conceito —, mas elas poderão ou não corresponder à
“verdade” daquilo que só poderá ser conhecido por meio de uma percepção direta
da sua realidade.
Na vida cotidiana raramente temos uma
percepção direta. Inventamos, imaginamos e criamos percepções com base nas
sementes das imagens que temos na nossa consciência armazenadora.
Quando nos apaixonamos, a imagem da
pessoa amada que guardamos na mente pode ser muito diferente da pessoa que ela
realmente é. Podemos dizer que, em lugar da pessoa em si, acabamos casando com
a nossa falsa percepção.
Percepções erradas criam muito
sofrimento. Temos certeza de que as nossas percepções estão corretas e
completas; entretanto, na maioria das vezes não estão.
Conheço um homem que suspeitava que o
filho não fosse dele, mas de um vizinho que visitava sua esposa frequentemente.
O pai também era muito orgulhoso e sentia vergonha de falar para a esposa ou
para quem quer que fosse sobre a sua suspeita.
Então, um dia, um amigo que fora
visitá-lo comentou o quanto o garoto se parecia com o pai. Nesse momento, o
homem compreendeu que o menino realmente era seu filho. Devido a essa percepção
errada que ele carregava, a família suportou uma grande dor durante muitos
anos. Não só essas três pessoas, mas todos os que os cercavam também sofreram
por causa dessa percepção errônea.
É muito fácil confundir nossa imagem
mental, ou sinal de alguma coisa, com a sua realidade. O processo de
interpretar erroneamente nossas percepções, tomando-as como se fossem realidade,
é tão sutil que fica muito difícil saber o que está acontecendo.
Por isso não devemos tentar fazer
isso. A maneira de evitá-lo é manter a plena consciência. Praticamos meditação
para treinar a mente na percepção direta, na percepção correta. Quando
meditamos, olhamos nossas percepções em profundidade a fim de descobrir a sua
natureza e os elementos que são corretos ou incorretos.
Sem a consciência plena, você
acreditará que estão corretas as suas percepções baseadas em preconceitos que
se desenvolveram a partir das sementes de experiências passadas depositadas na
sua consciência armazenadora.
Quando temos uma percepção errada e
continuamos a mantê-la, ferimos a nós mesmos e aos outros. De fato, as pessoas
se matam devido às suas percepções diferentes acerca da mesma realidade.
Vivemos em um universo cheio de
imagens falsas e ilusões, entretanto acreditamos estar verdadeiramente em
contato com o mundo.
Podemos ter um profundo respeito pelo
Buda e acreditamos que, se fosse possível encontrá-lo pessoalmente, faríamos
uma reverência perante ele e estaríamos prontos para seguir todos os seus
ensinamentos.
Mas, na realidade, talvez tenhamos
encontrado o Buda em nossa própria cidade e nem sequer tivemos vontade de, pelo
menos, chegar perto porque a sua figura não correspondia à imagem que dele
fazemos.
Estamos certos de que o Buda aparece
com uma auréola, usando lindos mantos. Assim, quando encontramos o Buda usando
roupas comuns, não o reconhecemos. Como poderia o Buda usar uma camisa esporte?
E não ter uma auréola?
Existem muitas sementes de percepções
erradas na nossa consciência. Mesmo assim, estamos certos de que a nossa
percepção da realidade está correta. “Essa pessoa me odeia. Ela não vai olhar
para mim. Ela quer me ferir.” Isso poderá nada mais ser do que uma criação da
nossa mente.
Acreditando que as nossas percepções
são a realidade, podemos então agir segundo a nossa crença. Isso é muito
perigoso. Uma percepção errada pode criar inúmeros problemas.
De fato, todo o nosso sofrimento
origina-se de não reconhecermos as coisas como elas são. Deveríamos sempre,
humildemente, perguntar a nós mesmos:
“Estou certo?” e depois dar espaço e
tempo para que as nossas percepções fiquem mais profundas, mais claras e mais
estáveis. Na prática médica dos dias de hoje, médicos e enfermeiros lembram uns
aos outros que não devem ter tanta certeza acerca de qualquer coisa. “Mesmo que
você ache que está certo, verifique novamente”, insistem uns com os
outros"
Postado por dharmadhannya
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Estou neste momento me unindo com o
Poder e a Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins,
Serafins, Elohim.
Melchizedek,
Sandalfon, Metraton,
Gabriel,
Rafael, Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel
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meus caminhos
e me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!
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