Apelos aos anjos - Esoterica
Sob o nome misterioso e
soberano de Cristo-Jesus que, está sobre todo o nome ante o qual se dobrem
todos os joelhos no céu, na terra e sob a terra, elevo meu pensamento a
presença do Pai Universal, a Única Vida, a Suprema Realidade.
Ao fazê-lo,
tangido por Tua Luz, reconheço que meu Espirito é uma emanação da grande
unidade de Teu Espírito, sendo assim divino em Tua essência.
Meu Eu Superior, meu
Espírito, o Ser Interno e verdadeiro não pode estar enfermo, pois é uma
emanação de Ti, ó Deus e Uno Contigo.
Faze com que o poder
dessa grande verdade penetre em minha alma, dissipando os erros, as ilusões, as
opiniões falsas e as aparências enganosas da sensualidade, causa de todos os
meus infortúnios.
Ilumina-me para que eu
compreenda e sinta que sou feliz, pois na qualidade de Espírito Eterno e
Divino, ainda que neste Teu plano inferior, possa desfrutar da profunda Paz de
Cristo e de Tua Harmonia Eterna.
Seu Verbo Vivente ressoa de novo e me
diz: “Faça-se a Luz”.
Por meio dessa Luz, a fonte de toda
inteligência espiritual, percebo que minha salvação em Espírito e em Cristo é
algo que devo realizar aqui e agora; que é a única eternidade.
Fortalecido por esta sublime verdade,
eu me vislumbro salvo por Cristo que está em Teu Seio. Eu estou com Ele e n’Ele
protegido nesse secreto lugar por Teu Amor.
O sofrimento e as enfermidades, a dor
e a morte e o temor inquietante que isto me inspira não poderão me atormentar
mais.
A Luz de Tua Própria inteligência, em
meu íntimo, permite me ver como Espírito criado a Tua Própria Imagem e
Semelhança, indissoluvelmente unidas ao Teu Próprio Ser, o qual me protege
conta o mal e as enfermidades.
Em nome de Cristo, através de Quem
minha vida está oculta em Ti, Pai Universal, afirmo, por Fé, que estou livre de
todos os males.
Recomendo-lhe a salvação de minha
alma, Deus de Paz, para que a torne nova e a preserve com meu Espírito e
Corpos, em unidade harmoniosa.
Confio em Tua Sabedoria, Teu Amor e
Poder ilimitados para que a Tua Própria ideia de homem (mulher), feito (a) a
Tua Imagem e Semelhança, se manifeste através de mim.
_________
[1] “Como uma grande nação envia seus
embaixadores e plenipotenciários a outras nações, então também há embaixadores
de cada um dos grandes Anjos e Arcanjos Astrais, presentes em nossa Terra. Seus
nomes são os seguintes:
Ituriel é o embaixador de Urano;
Cassiel é o embaixador de Saturno; Zacariel é o embaixador de Júpiter; Samael é
o embaixador de Marte; Anael é o embaixador de Vênus; Rafael é o embaixador de
Mercúrio; Miguel é o embaixador do Sol; Gabriel é o embaixador da Lua.
A Lua é o nosso satélite e não está
na mesma posição que os outros Astros. Os embaixadores desses Astros são
Arcanjos, enquanto Gabriel é um Anjo.
(Publicado na Revista Rosacuz entre 9/1967 e
6/1968, traduzidos por Rosa Dei – Fraternidade Rosacruz)
Uma Análise da Oração Rosacruz
“Não te pedimos mais dons, amado Deus
Senão senso para usar,
Os dons preciosos que já recebemos de
Ti”
Esse trecho da Oração Rosacruz, lido
durante os Serviços Devocionais do Templo, expressa a essência de tudo que
devemos pedir a Deus.
De fato, tudo o que necessitamos para
a nossa adequada vivência como seres humanos, no mundo material, e como seres
espirituais, nos planos superiores, já foi e está sendo dado e com toda a
abundância.
O que carecemos, às vezes, é
justamente o “senso”, a exata avaliação e ainda, a força de vontade, para uma
mais ampla utilização, dos muitos recursos fornecidos pelo Pai. Essa carência,
como cada aspirante a um ideal superior há de concordar, é uma omissão de nossa
parte e não, do Poder Superior, que já nos cobriu de dádivas.
E que dádivas são essas? Somos
tentados a indagar, levantando por um minuto a nossa cabeça firmemente ocupada
com os nossos problemas imediatos do cotidiano. É só analisar a nossa Oração,
porquanto foi elaborada de tal maneira a enumerar e melhor ilustrar essas
dádivas, que são, em primeiro lugar, ajudas inestimáveis em nossa escalada rumo
ao desabrochar de nossos poderes superiores.
Temos em primeiro lugar a Luz,
que não representa, mas é o Pai. “Deus é Luz”, diz a Bíblia, e a
meditação diária visualizando o nosso ser andando na Luz, como Ele na Luz está,
nos dará não só a compreensão, mas o conhecimento do que significa realmente
essa tremenda força cósmica, na qual vivemos e temos o nosso ser.
A Luz está presente em todo o
Universo, em nós, como está em Deus, nas devidas proporções, naturalmente.
Algum dia, quando tivermos elevado o fogo espiritual espinhal, nós brilharemos
na intensa luminosidade de nossos Corpos-Almas. Está escrito: “A Luz
resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam“.
As trevas ainda não
“compreendem” esse fato, porém, nos não somos obrigados a permanecer nas
trevas! Está certo, não podemos ainda vislumbrar a Luz de Deus diretamente:
ficaríamos cegos por causa de nossas imperfeições.
A Luz de Cristo, porém, nos traz o primeiro impulso
espiritual DIRETO, que nós, como humanidade em evolução, fomos capazes de
suportar. Envolvendo-nos nessa Luz do Cristo, que é TÃO REAL quanto o são os
nossos problemas e trabalhando amorosamente na senda do serviço,
compreenderemos sempre melhor a grande realidade espiritual, que é Deus, nosso
Pai, que se manifesta Luz.
Mesmo aqui, no plano material, supondo que já
estivéssemos alcançados algum grau de sensibilidade, esse dom da Luz não
permitirá apreciar a dinâmica da natureza em todo o seu esplendor, o sorriso no
rosto de uma criança, o superior encontro com a arte, nos campos da pintura,
escultura e arquitetura, maravilhosas contribuições do ser humano nas belezas
físicas da Terra.
Sabemos que toda manifestação de beleza tem suas ressonâncias
espirituais – não há separações no Universo.
O dom da música, ou o
som, vem em segundo lugar de importância, imediatamente após a dádiva da Luz. A
música das esferas, a VIBRAÇÃO, eis os fundamentos da Criação. A Palavra, o
Fiat Criador, que construiu o nosso sistema solar, é uma contínua, intensa e
sempre complexa “composição musical”.
As harmonias celestes, que já podem ser
ouvidas por aqueles que “têm ouvidos” devem ser de uma indescritível beleza.
Cada pessoa, coisa, ou criatura, tem a sua nota chave. Os cientistas estão
“descobrindo” que mesmo cada tipo de músculo emite certo som e a variação no
tipo de som indica o estado de saúde da pessoa. Não poderíamos existir sem Luz
e sem Som.
A música é tão
essencial na nossa escalada, como o é na marcha da Criação. O seu habitat é o
Segundo Céu, o Mundo do Pensamento, a região do som, no momento, este é o
verdadeiro lar do Ego. Reagimos à música porque desperta em nós horizontes
sempre renovados, ou, se quisermos, memórias sempre mais nítidas do lar do qual
fomos temporariamente exilados.
Mesmo os seres mais rudes reagem à música. E
quando o indivíduo refina os seus sentidos espirituais, a música torna-se uma
mensagem direta ao que há de mais superior dentro dele, tratando-se do que
chamamos “música clássica”.
As “presentes
melodias” mencionadas na Oração Rosacruz são líricas, celestiais,
harmoniosas e grandiosas. Quanto mais adiante trilharmos a senda,
desenvolveremos “ouvidos para ouvir”, criando a capacidade de identificarmo-nos
a essas vibrações gloriosas e tanto mais harmoniosa será a nossa contribuição
pessoal na sinfonia cósmica.
Mais um presente pelo
qual devemos, certamente, ficar agradecidos é o dom do poder espiritual, que
constitui nossa real força como filhos de Deus. O poder espiritual deriva da
nossa divindade latente. As obras feitas por Cristo-Jesus, nós faremos também.
E algum dia, mesmo as coisas que Deus faz, nós faremos. Somos UMA PARTE de Deus
e temos, latentes dentro de nós, todos os Seus atributos. O poder de manifestar
esses atributos também está latente, sendo o seu desenvolvimento a nossa
tarefa.
O nosso poder espiritual incipiente manifesta-se de muitas maneiras: em
nossas tentativas de maior criatividade, no trabalho daqueles que se
disciplinaram bastante em vidas passadas para merecer o nome de gênios.
Vemos
esse poder nos exemplos daqueles seres que, apesar de deficiências físicas ou
dificuldades emocionais, vencem as mesmas para dar a sua contribuição a
elevação da raça humana.
Vemos esse poder naqueles que realizam os aparentes
“milagres”, como trabalhadores na reintegração da criança excepcional na
sociedade, ou guiando alcoolistas ou dependentes químicos, de sua degradação
para canais de atividade mais produtiva.
Vemos esse poder em inúmeras ocasiões
entre os nossos semelhantes que recuperam outros seres humanos, livrando-os de
uma situação, mental ou materialmente difícil.
E mais do que tudo: percebemos
esse poder espiritual em nossas vidas, quando nossas orações intensas em favor
daqueles que nos rodeiam dão resultado.
É claro, tudo isso é
infinitesimal quando pensamos o que a onda de vida humana alcançará em termos
de poder espiritual. Quando os nossos veículos ficarem mais puros e refinados e
a nossa percepção espiritual mais elevada poderemos trabalhar mais perto das
Forças da Natureza e executar tarefas que estão agora completamente além da
nossa compreensão.
O elemento coragem é
instrumental no nosso uso do poder espiritual: a coragem moral que nos faz
permanecer firmes na defesa de nossas convicções, e carregar pacientemente a
carga do ridículo, dos lembretes e do abuso que possa ser atirada sobre nós por
aqueles que não creem no nosso esforço para o bem comum.
A coragem moral
baseia-se na compreensão das verdades espirituais e a nossa percepção sempre
mais acurada do bem e do mal.
Conforme crescemos em sabedoria, crescemos em
coragem moral, e, com o tempo, chega a ser um atributo não fortemente arraigado
dentro de nós, que uma prova de coragem antes requerendo um enorme dispêndio de
força de vontade, passará a ser, na próxima vida, uma expressão espontânea,
arrostada sem maiores esforços.
O uso correto do poder
espiritual passa a ser uma das nossas maiores responsabilidades, quando
escalamos degraus mais elevados em nossa evolução. Devemos cultivar a força de
caráter, o bom-senso e discernimento para a obtenção de um saldo positivo dessa
responsabilidade. E por isso mesmo pedimos: “como usar o poder que já possuímos“.
Existe também, o dom do
amor, tão sublimamente exemplificado pelo Cristo em seu sacrifício anual. O
universo é mantido por esse amor impessoal que tudo abrange. É essa a motivação
das Hierarquias Criadoras que estão amparando amorosamente a evolução da onda
de vida humana durante os milhares de eons de nosso Dia de Manifestação.
E é
esse princípio do Amor que origina o serviço amoroso prestado pelos Arcanjos,
Anjos e nossos Irmãos Maiores, guiando-nos através dos problemas do nosso
exagerado envolvimento com o Mundo Físico, problemas que devem parecer-lhes,
certamente pouco atraentes ou, às vezes, repugnantes!
Podemos dar e receber
esse presente do amor. Sabemos que “Deus é Amor” e como chegaremos, um dia a
ser, como Ele, e, ainda mais, temos latentes dentro de nós as potencialidades
para tão excelso estado. Apesar de não podermos ainda expressar amor divino, a
raça humana encontra-se preparada hoje para demonstrar muito mais amor do que
tem mostrado em tempos passados.
Sabemos que essa situação será corrigida
conforme a proximidade da Era de Aquária, e estamos percebendo certos casos
isolados manifestando a Fraternidade Universal. Ao avançar esta tendência,
manifestaremos sempre mais ativamente esse dom maravilhoso, em vez de sermos
como até agora, recebedores passivos.
Agora que passamos à
necessidade da dominação Jeovista, pela lei e pelo medo, estamos prontos para
progredir pela religião do amor, ensejada pelo Cristo e esperar a dádiva da
graça.
Se realmente nos arrependemos de nossas transgressões, fazendo as
devidas reparações aos prejudicados, quando possível, o amor divino age de tal
forma que os nossos pecados são perdoados. É esse o presente que fará a
evolução do aspirante notadamente mais rápida.
E por esse motivo devemos sentir
imensa gratidão em recebê-lo, devendo cultivar ainda o bom-senso de usar essa
dádiva ao máximo.
Como corolário do amor,
temos o dom de júbilo, da alegria.
De toda a criação emana um júbilo contínuo e
é somente aqui, neste nosso mundo material, com os seres humanos ainda
mergulhados na ilusão da matéria, que ainda há lugar para o desespero, a
tristeza e o desalento.
Os versos de Schiller decantando a alegria, ou a música
exultante de Beethoven em sua Nona Sinfonia, representam, provavelmente, o
máximo em termos de compreensão humana da alegria.
Qualquer um de nos, previsto
com um grão de sensibilidade, ao entrar em contato com tais obras, não deixará
de sentir um crescimento na sua capacidade de se ligar aos planos superiores,
cuja afinidade com tal tipo de sentimento, nos ajudará a deixar para trás as
pesadas cadeias que ainda nos ligam ao Mundo Físico.
A alegria é também
outro de nossos atributos latentes, mais um dom maravilhoso que recebemos do
Pai, estando a critério do aspirante desenvolvê-lo, ou não. Nossa atitude para
com a alegria determinará o colorido de nossas vidas.
Todos nos conhecemos
pessoas cujas vidas são marcadas por grandes sofrimentos físicos e morais,
beirando, às vezes a desastre, porém ainda se mostram gratas por pequenos atos
de amizade, por uma palavrinha amável, encontrando sempre algo simpático para
dizer, o que não acontece, às vezes com pessoas carregando cruzes mais leves.
Há pessoas que parecem dotadas dessa alegria desde as suas infâncias, enquanto
que há tanto crianças como adultos portadores de semblantes sombrios.
A
Filosofia Rosacruz nos ensina que todos esses atributos, mesmos o de dar e
receber alegria, são resultados de nossas vidas passadas. Mais um esforço deve
ser feito nessa direção, lembrando que o júbilo não é gerado por motivos
materiais, e sim espirituais.
O estudante sabe que mesmo se a nossa existência
física se passa sob condições às vezes insuportáveis, não será mais do que um
degrau no nosso aprimoramento para uma meta gloriosa.
Diz Oração Rosacruz: “Faze que dominemos todos os temores“.
Olhando superficialmente, diremos que o fato de sermos acossados por temores,
mesmo com o intuito de que os dominemos, não nos parece ser uma dádiva sobre a
qual devemos nos alegrar.
Porém, devemos considerar quão livres e independentes
seremos uma vez que tenhamos aprendido a dominar qualquer medo e, então,
apreciaremos o valor dessa prova. Como aspirantes rosacruzes, já afastamos um
bom número de temores que ainda continuam a escravizar nossos irmãos.
O
primeiro destes é, provavelmente, o medo da morte – para nós simplesmente o
nascimento num plano superior. Porém, muitos de nós ainda temos um ou outro
tipo de temor que tentamos superar, mais que reaparece apesar dos nossos
esforços em bani-lo de nossa consciência.
Pode ser o temor de falar em público,
ou algumas das “fobias” tão caras aos corações dos psiquiatras, como a
claustrofobia e outras.
Nesse contexto,
poderíamos até refletir sobre qual seria a nossa reação em face de um perigo
físico iminente ou, quando encontraremos pela primeira vez, de maneira
consciente, o nosso Guardião do Umbral, ou outro fenômeno desagradável no Mundo
do Desejo.
Com todo o nosso conhecimento da Filosofia Rosacruz e com todo o
pensamento alentador próprio daqueles que servem a Deus, com os melhores de
seus recursos, podemos dizer honestamente que cada um de nós não tem medo de
NADA?
Se for o caso, saberemos que conseguimos “dominar todos os temores“, e então não alimentaremos dívidas a
respeito do valor dessa dádiva, e o auxílio que recebemos para chegar a esse
ponto. Se esse não for o nosso caso, poderemos, então, sentir gratidão para com
mais essa ajuda.
A Oração Rosacruz
também fala da nossa aspiração em ser “os
amigos que desejamos ser“. Todos concordam que a amizade é uma das
maiores bênçãos, porquanto o ser humano mais pobre e rico, quando há companhia
de seus amigos, e o rico solitário no meio de seus esplendores é o mais
miserável dos seres humanos.
Queremos ter amigos,
queremos sua participação nas nossas vitórias e derrotas e queremos que eles
estejam ao nosso inteiro dispor, tanto em termos de serviço, como em termos de
lazer. Queremos os amigos, em outras palavras, pelo que nos possam oferecer.
Estamos, porém tão preparados a ser um amigo? Estamos prontos a corresponder,
apesar de sofrer incômodos com os nossos planos pessoais? Escutamos
pacientemente seus problemas oferecendo uma palavra construtiva e encorajadora,
ou tratamos de evitá-los enquanto tem os problemas?
Teoricamente, parece que
cada ser humano admira aqueles que conseguem ser amigo na verdadeira acepção da
palavra. Muitos dentre nós, depois de mais sensíveis e refinados, gostaríamos
de ser verdadeiros amigos, porém, os antigos hábitos de egoísmo são difíceis de
vencer! Certamente, um coração cheio de amor dificilmente encontrará obstáculos
nesse sentido.
Quando conseguirmos ser “amigos de todos” sem considerar as suas
reações para conosco, mostraremos, afinal, em todo seu esplendor o atributo da
amizade, continuamente inspirado pelas Forças Superiores.
Outra dádiva, mais
evidente ao aspirante após ter progredido em sua Senda, é o privilégio de
rasgar a ilusão sobre o mundo material, trocando-a pela vivência das verdades
superiores. Nossa habilidade em transmitir “a Verdade que conhecemos” aos nossos irmãos, ajudará, e muito, na
sua mais rápida evolução.
Nosso conhecimento da Filosofia ensejou-nos vidas
completamente reestruturadas para o bem, e isso nos dá ânimo para prosseguir. O
autor, residente em Mt. Ecclesia, não pode deixar de sentir o maior júbilo pelo
recebimento de cartas manifestando gratidão pela solução de problemas através
da Filosofia.
Porém, aumentamos o efeito do “transmitir a verdade que conhecemos“, quando VIVEMOS a verdade que
conhecemos. As verdades espirituais são mais demonstráveis pelo exemplo do que
pela palavra. Tanto devemos transmitir a Filosofia em palavras, como pelo nosso
exemplo vivente. Sem dúvida, esse é um grande privilégio e um grande dom.
O “senso de perceber”
como melhor utilizar os dons de Deus no serviço para com os outros e na nossa
própria vivência será notavelmente fortalecido, na proporção em que cultivemos
a pureza e o altruísmo.
Podemos e devemos pedir ajuda para que esse “senso”
cresça, pois aumentará nossa eficiência na seara do Senhor. Sabemos, porém, que
não é suficiente o mero formular do pedido.
Devemos nos mostrar predispostos a
aprender, crescer, a progredir e, em primeiro lugar estar prontos a
aceitar as experiências proporcionadas pelas nossas vidas, quaisquer que
sejam elas, tentando sempre suportá-las na maneira que corresponder ao reto
agir.
A consciência e a
intuição são os dois veículos através do qual esse senso de percepção”
desenvolve-se. A consciência é a soma das lições assimiladas nos estados
purgatoriais segundo as nossas vidas passadas. A intuição é uma faculdade do
Espírito de Vida.
No Mundo do Espirito de Vida, aonde se encontra a verdadeira
Memória da Natureza, o espírito pode compreender as situações mais claramente
do que o pode fazer nos planos de maior densidade. Lá ele entra em contato com
a Sabedoria Cósmica e sabe como é mais correto agir em dada situação.
O
Espírito de Vida manda a sua mensagem para o coração, que a envia, por sua vez,
ao cérebro, através do nervo pneumogástrico. A intuição capta as “primeiras
impressões”, e como foram obtidas diretamente da fonte da sabedoria e amor
cósmicos são sempre corretas.
Como tudo seria mais fácil se seguíssemos sempre
as primeiras impressões de nosso coração, expressas em forma de intuição, e
temperadas com as orientações, às vezes imperativas, de nossas consciências!
Então, o reto agir não requereria, talvez, tanto esforço assim.
“Não Te pedimos mais dons, amado Deus“,
dizemos e mui apropriadamente dizemos assim, pois Ele nos preparou TODOS OS
TESOUROS DO SISTEMA SOLAR, manifestando tudo a nossa compreensão, mesmo aqui,
nesse plano tão restritivo!
Quando abrirmos os nossos olhos, não deixando de
abrir em primeiro lugar os nossos corações, teremos melhor percepção da ordem,
harmonia e grandeza que caracterizam o nosso ambiente de evolução e seremos
capazes de reverenciar o imenso Amor que o criou.
O que o aspirante
Rosacruz deve fazer agora não é pedir. É dar! Milhões de pessoas, em nosso
planeta, desconhecem completamente o fato de que suas vidas seguem destinos
traçados por elas mesmas através a Lei de Causa e Efeito, ignorando o poder e a
realidade da oração, são seres acossados pelas lições da vida, que
evidentemente tem de aprender, sem possibilidade de remoção dos grilhões que os
dominam. Vegetam passivamente.
Não vivem. Cabisbaixos, oprimidos pela lama do
chão, não sabem que podem achar no firmamento o alívio de que necessitam. Se o
caro leitor é do tipo que mantém profunda compaixão para com as suas próprias
penas, pode estabelecer a comparação entre seu destino de ser consciente e a
vida perturbada de seus irmãos ainda escravos do materialismo e se considerar
imensamente privilegiado.
(Dagmar Frahme na
Revista Serviço Rosacruz – fev/85 – Fraternidade Rosacruz SP)
Postado por Dharmadhannya
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