terça-feira, 28 de novembro de 2017

Quem está na terceira idade pode beber?





Quem está na terceira idade pode beber?

Alcoolismo em idosos
Revista Ana Maria.

Segundo um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em 2010, 8% dos idosos enfrentam problemas com o alcoolismo.

Segundo dados da Unifesp, são 10% dos idosos e esse número é parecido em todas as faixas etárias (18 a 25 anos; 26 a 45; 45 a 60; e mais de 60).

 Esses números são bem alarmantes,
pois, no Brasil, o número de pessoas com problemas com álcool não diminui e isso vai na contramão da maioria dos países em que o alcoolismo diminui com a progressão da idade

Idosos podem ingerir bebidas alcoólicas, mas deve-se ter cuidado ainda maior com os excessos. Falando do lado bom, auxilia na socialização, que melhora a saúde mental.

0 álcool em pequenas quantidades pode ajudar a pessoa a viver mais. 0 vinho faz parte da dieta mediterrânea - baseada em castanhas, peixes, azeite... - e que comprovadamente pela ciência vem se mostrando como uma das mais saudáveis. Mas lógico que também há malefícios.

Primeiramente, porque o álcool pode cortar o efeito de certos medicamentos que são de suma importância. A combinação de remédios e álcool pode dar reação com consequências graves.
Além disso, por alterar os sentidos, pode levar a acidentes. Lembre-se: quando se é jovem, a recuperação é mais rápida. Imagine uma queda por conta da bebida?


 Pode até ser fatal, levando-se em conta o tipo do trauma e a recuperação difícil. Compara-se a queda de um idoso aos danos de um acidente de carro para um jovem.

. Quanto às doenças, não pense apenas que a cirrose é a vilã. Os efeitos do alcoolismo podem se manifestar sobre diversos outros órgãos.

 Hepatite alcoólica, a pancreatite, a desnutrição de vitaminas do complexo B e suas consequências, a gastrite alcoólica... Pode também afetar, a longo prazo, a região responsável pela memória e elevar as chances da doença de Alzheimer.

Até mesmo uma cervejinha além da conta pode ser ruim: o idoso tem menos água corpórea por natureza e a cerveja é um grande diurético.

 Ou seja, durante idas e vindas ao banheiro, pode-se perder diversos nutrientes e até mesmo levar ao desmaio e à desidratação. Nunca deixe de curtir a vida em todas as idades, mas prudência é sempre importante, principalmente para o idoso.

O vinho, desde que em pequenas quantidades, pode até auxiliar a pessoa a viver mais. Mas também pode cortar o efeito de certos medicamentos que são de suma importância ou mesmo levar a acidentes.
Será que vale a pena?
DR. PAULO CAMIZ



Bebida alcóolica mata mais quem está na meia-idade

http://www.50emais.com.br/
O alcoolismo é um dos problemas sérios do Brasil: 

dezenas de milhares de pessoas morrem anualmente em consequência do consumo de bebida alcóolica. De acordo com estudo citado neste artigo de Isabela de Oliveira para o Portal Uai, 19 milhões de pessoas no país são dependentes de álcool.

 Muita gente não está ciente de que o alcoolismo é responsável também por uma série de doenças, como a tuberculose, alguns tipos de câncer – de boca, faringe, esôfago, mama e outros -, derrame ou Acidente Vascular Cerebral, epilepsia, dentre várias outras.
Noites intermináveis de festas regadas a drogas lícitas e ilícitas podem dar a impressão de que os jovens são as maiores vítimas dos vícios. 

Todos “uma ideia ruim”, segundo o presidente dos EUA, Barack Obama. Em entrevista publicada no domingo na revista The New Yorker, ele declarou que não acha que “fumar maconha seja mais perigoso do que o álcool”. Dezenove estados americanos permitem o uso da maconha para fins medicinais.

 Com menos restrições comerciais, as bebidas alcoólicas matam anualmente 79.465 pessoas nas Américas. No Brasil, as maiores vítimas são adultos de 50 a 59 anos, segundo levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) publicado no periódico Addiction.

Um total de 19 milhões de brasileiros são dependentes do alcool

Para os especialistas, a cultura machista e a ineficiência das políticas públicas fazem com que o país ocupe o 5º lugar no ranking das nações americanas com mais óbitos causados pelo álcool. O levantamento com dados de 16 países das américas do Norte, Central e do Sul foi feito pelas brasileiras Vilma Gawryszewski e Maristela Monteiro. Elas verificaram que, entre 2007 e 2009, o Brasil registrou mais de 22 mil mortes diretamente relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas. Os homens correspondem a 88,5% do total.

Jorge Jaber, presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), acredita que taxas tão elevadas entre os consumidores do sexo masculino é cultural. “Quando a mulher bebe, vira alvo de críticas, preconceito e desvalorização sexual. 

A sociedade, principalmente os homens, parte do princípio de que elas serão mais fáceis de serem conquistadas, no sentido sexual. O homem, ao contrário, é estimulado a beber, leva-se isso na brincadeira”, reflete o especialista em dependência química pela Universidade de Harvard (EUA) e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Ainda que os homens estejam na dianteira das estatísticas, o número de mulheres consumidoras de bebidas cresce. Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito pelo Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2012, elas representavam 39% do total de pessoas que bebiam álcool pelo menos uma vez na semana, contra 29% em 2006.

 “A gente pode dizer que elas são grandes alvos das campanhas de bebida, e a indústria do álcool enxerga hoje no público feminino um grande nicho”, observa Ana Cecília Marques, psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead). 





Causas e efeitos do alcoolismo na terceira idade
Luis Antônio
http://www.alcoolismo.com.br
Você já viu campanhas contra o alcoolismo para jovens? Provavelmente, muitas. E com relação a uma campanha para alertar os idosos sobre o perigo que o estrago representa para a sua saúde? É quase certo que nenhuma.

Esta falsa premissa de que o álcool é um tema preocupante apenas para a juventude e não para os idosos, pode estar provocando uma epidemia silenciosa entre esse segmento da população.

Essa falta de atenção com o alcoolismo na terceira idade está resultando em diagnósticos equivocados, que podem ser origem de futuras e graves complicações.

Enquanto os meios de comunicação alertam o povo acerca do consumo abusivo do álcool entre os jovens, a verdade é que o próprio sistema não está preparado para detectar facilmente as pessoas idosas que ingerem bebidas etílicas de forma exagerada.

CAUSAS
O consumo de álcool na terceira idade está relacionado a transtornos físicos evidentes e com o agravamento do problema será inevitável que se tomem medidas urgentes, enquanto ainda é tempo. Esses idosos são mais reservados na hora de relatar seus excessos com esta droga, além do que os médicos desconfiam menos dos idosos do que da gente jovem.

Em consequência, esse controle para os idosos é muito mais difícil. Fatores sócio demográficos e outros também podem influir para que um idoso abuse do álcool: violências, abandono, isolamento, depressão, outras doenças, dificuldades econômicas, etc.

As tabelas em uso para avaliar se uma pessoa é alcoólatra ou não deveriam aplicar-se às pessoas idosas. Não é razoável admitir que o metabolismo próprio do idoso não afeta a absorção do álcool.

Na realidade nesta idade o organismo se torna mais sensível a essa droga. Dessa maneira, quantidades equivalentes de álcool provocam maiores efeitos físicos e psíquicos em idosos.

Geralmente os idosos não tem problemas legais, sociais e profissionais que limitem ou impeçam o consumo de bebidas alcoólicas, apesar de sofrerem danos muito mais sérios do que os jovens.

Imagem relacionada 

De fato o Instituto Nacional do Alcoolismo e Abuso do Álcool (NIAAA), norte americano, recomenda que não se deve ingerir diariamente, mais de uma bebida alcoólica, a partir dos 60 anos.
Outro ponto importante para diagnosticar corretamente esse tipo de pacientes é contextualizar seu consumo, ou sua vida alcoólica, em outras palavras. Sendo um grande bebedor ou não, disso dependerá que se descarte ou solidifique certas impressões do especialista que estuda o paciente.

EFEITOS
O consumo de álcool por idosos se relaciona geralmente com problemas físicos, psicológicos e mentais (memória, aprendizado, etc). Também leva a uma maior tendência a ficar doente (morbilidade), ter uma pior imagem de si mesmo (autoestima);

fazer mais visitas ao médico, apresentar transtornos depressivos, ter menos satisfação com o(a) parceiro(a) e menos relações sociais do que os abstêmios.

As supostas virtudes terapêuticas do consumo moderado do álcool resumem-se em redução do risco de moléstias coronárias, derrames e demência.

Todavia, segundo os autores, esses efeitos dependem do perfil do consumidor que pode não ser bebedor, fazê-lo moderada ou abusivamente, terreno ainda pouco estudado.


TRATAMENTO

Existem poucos estudos que avaliem a eficiência dos diversos tratamentos para idosos alcoólatras. A terapia pode beneficiar e ajudar a reduzir o abuso. Tomar consciência do problema, permitiria ajudar muito a combater o vazio terapêutico existente no tratamento do alcoolismo entre os idosos. Uma das recomendações é a de internação para desintoxicação em pacientes com idade avançada. Outra alternativa são os grupos de apoio.

Neste contexto, a Igreja Batista Carioca e Novo Rumo Obras Sociais colocam à disposição dos interessados um projeto de grande relevância no tratamento do alcoolismo denominado “Celebrando a Recuperação”.

PREVENÇÃO
O tema do uso do álcool por idosos, deve ser redefinido com novos limites, novos critérios, diagnósticos mais precisos e novos instrumentos de prevenção e acompanhamento. Neste contexto, esperamos sensibilizar o Poder Legislativo a criar leis específicas para a terceira idade, atualizando o Estatuto do Idoso, proibindo a venda e o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica por maiores de 60 anos, a exemplo do que já é feito para os menores de 18 anos.

5 coisas do alcoolismo 

O alcoolismo não tem idade para acontecer. Apesar do grande número de dependentes do álcool entre adolescentes, jovens e adultos, vem crescendo o número de idosos com esta doença. Segundo a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), o problema não costuma ser diagnosticado nesta faixa etária porque os sintomas do alcoolismo são atribuídos a outras doenças crônicas ou ao próprio envelhecimento.

Segundo a psicóloga Aurea Tami Baraldi, da Clinica viva, a solidão, frustrações ao longo da vida ou não compartilhar os problemas são possíveis causas que levam o idoso a buscar o álcool. “Muitos são viúvos ou perderam pessoas queridas, então bebem querendo preencher um vazio.

 Não conseguem enxergar a bebida como um problema e, sim, como uma solução”, diz. Outra possibilidade para o alcoolismo na terceira idade, segundo ela, é a busca de novas amizades em bares.

Para Aurea, falta informação sobre as consequências da bebida alcóolica. “As pessoas, normalmente, não percebem que estão dependentes do álcool, acreditam que não faz mal beber e não sabem das consequências que isso acarreta”.

A psicóloga afirma que as famílias devem ficar atentas aos sinais de que o idoso anda bebendo em excesso. “É preciso conversar com ele e ficar atento pois eles tendem a esconder o problema. Se perceber que a pessoa está tendo problemas com o álcool deve-se procurar uma ajuda especializada”, ressalta Aurea.


Álcool é o combustivel da violência

1720Agressões ocorrem três vezes mais em casas onde a bebida está presente; em 83% das ocorrências, é o principal motivo.

Um problema de saúde que também é caso de polícia. O alcoolismo, que na última semana foi apontado pelo Ministério da Saúde como um dos principais responsáveis pelas mortes decorrentes de doenças do aparelho circulatório aparece também associado a histórias de violência.

Um estudo inédito da Universidade Federal de São Paulo, realizado em 7.939 domicílios de 108 cidades brasileiras, revela que houve violência em 35% das residências. Em 17,4% dos casos, o abuso do álcool estava presente.

A maioria absoluta dos agressores alcoolizados (90%) são homens, e 65% das vítimas, são mulheres. Um quarto dos registros foi de violência física e 5%, de agressões com armas.

— O álcool é a droga mais associada à violência. Favorece a violência, rebaixa a crítica e aumenta a agressividade — diz a professora Ana Regina Noto, coordenadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).

Nos domicílios onde há álcool, a violência tende a ser mais duradoura. As agressões que se perpetuam por até cinco anos ocorrem três vezes mais nessas casas do que onde a bebida não está presente. Entre as vítimas, 86,4% não procuram ajuda. Para Arilton Martins Fonseca, autor do estudo, os principais motivos são a vergonha e o medo.

– Quando o álcool está presente, a violência é reincidente e o tempo de duração é gigante — diz Fonseca.

Ele coletou os dados em 2005, mas o estudo foi apresentado à comunidade científica pela primeira vez em julho deste ano, em um congresso sobre o alcoolismo em Washington, nos Estados Unidos.

Outro trabalho da Escola Paulista de Medicina, da pesquisadora Cláudia Tondowski, diz que, em alguns casos de violência doméstica associada ao álcool, os casais permanecem juntos por mais de 20 anos. Muitos entrevistados viam como única possibilidade de rompimento a morte de um dos parceiros.

Uma parcela significativa das mulheres vítimas de cônjuges alcoolizados conseguiu se separar do parceiro agressor, mas estabeleceram novas relações com companheiros violentos.

A pesquisadora analisou o histórico familiar de 42 pessoas vítimas ou agentes de diferentes tipos de ofensas relacionadas com o uso excessivo da bebida.

Ela estudou 790 familiares e percebeu que, para 83%, o álcool é a principal causa da agressão. O estudo conclui que o abuso da droga pode ser compreendido como um padrão familiar e que crianças aprendem a ser violentas com os pais. Adultas, acabam repetindo as agressões.

Entre os homens adultos, 11% bebem todos os dias

O alcoolismo é considerado doença pela Organização Mundial da Saúde. A substância é classificada como droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central. Seu consumo, segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), provoca mudanças de comportamento e gera potencial risco de dependência.

Os dados oficiais sobre o consumo de bebidas alcoólicas no Brasil, de 2007, indicam que, entre os homens adultos, 11% bebem todos os dias e 28% de uma a quatro vezes por semana. No ano passado, o governo lançou a Política Nacional sobre o Álcool, focada no tratamento de dependentes e no combate de álcool no trânsito. Outro foco é a capacitação de profissionais para enfrentar o problema.

— Estamos capacitando profissionais da rede pública para identificar essa situação antes de o usuário se transformar em dependente — afirma a secretária adjunta da Senad, Paulina Duarte, que completa: — Não há dúvida de que o álcool está associado à violência, seja ela interpessoal doméstica ou violência no trânsito.


Fonte: Catarina Alencastro / O Globo – RJ
http://www.alcoolismo.com.br
Postado por dharmadhannya


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