O perdão é um
instrumento de cura
que sempre trago
comigo.
Estou
disposto a perdoar.
Adoro
a sensação de liberdade quando tiro meu pesado manto de críticas, medos, culpa,
ressentimento e vergonha.
Então
posso perdoar a mim mesmo e aos outros. Essa atitude nos liberta a todos.
Portanto, estou disposto a desistir de todas as emoções que envolvem velhas
questões.
Recuso-me a viver no passado ou estar sempre
voltando a ele, e perdôo-me por ter carregado esses fardos por tanto tempo.
Também
me perdoo por não ter sabido me amar e amar os outros. Hoje sei que cada
pessoa é responsável pelo seus próprios atos e que somos nós mesmos que criamos
nosso futuro.
O que damos a vida? O que recebemos dela e por
isso eu me liberto da necessidade de castigar a mira e a meu próximo. Cuido de
dissolver as áreas de minha mente escurecidas pela falta de perdão e assim
abro espaço para o amor entrar e me curar.
O tema do perdão é confuso para muitas pessoas porque fomos erroneamente
ensinados que o perdão apaga a transgressão ou o crime cometido.
Achamos que,
quando pedimos perdão por algo que fizemos ou quando perdoamos os outros, o
assunto termina ali e não temos mais nenhuma responsabilidade sobre ele. Mas
perdão não é o mesmo que absolvição.
Ainda nos é exigido que assumamos
toda a responsabilidade pelos nossos atos. Se pagarmos alguém para pintar o
nosso carro de azul e a pessoa pintá-lo de vermelho, poderemos perdoá-la, mas
ela ainda precisará corrigir a situação e repintar o carro na cor certa.
Quando Deus nos perdoa, o nosso carma negativo (ou pecado) fica selado
por algum tempo.
É como se Deus tirasse esse tanto de carma das nossas costas para que
tenhamos tempo de seguir a senda da mestria pessoal e nos prepararmos para
passar na prova, quando ela nos for apresentada novamente.
Quando, finalmente, passarmos no
teste, poderemos nos graduar naquele nível e passar para o nível seguinte de
mestria espiritual.
É assim que o universo funciona. Se nos descontrolamos ou ficamos
zangados, seremos testados mais uma vez na prova da paciência e do perdão.
O teste pode vir sob a forma de
novas circunstâncias ou como a repetição do mesmo cenário com os mesmos atores.
Seja qual for o caso, precisamos infundir a situação com todo o amor e perdão
necessários para curar a nós mesmos e aos outros.
Jesus foi um profeta do amor; e uma das coisas mais profundas que ele
ensinou sobre a dinâmica espiritual do amor está na oração do Pai Nosso:
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos têm ofendido.”
Estamos tão acostumados a escutar essas palavras que não pensamos no seu
significado real: Perdoai as nossas próprias faltas e erros da mesma maneira
que nós perdoamos as faltas e os erros dos outros.
Essa é a lei fundamental do carma. Aquilo que fizermos aos outros será
feito a nós. Deus nos perdoará na mesma medida que dermos a misericórdia do
nosso coração aos outros.
E, se não formos capazes de perdoar, o perdão nos será negado. Por
isso, o maior perigo para um coração sem misericórdia é que ele fere quem o
possui.
A lei do perdão é uma simples equação de energia, pois aquilo que
pensamos, sentimos e fazemos têm consequências nos níveis energéticos do nosso
ser.
Na antiga arte oriental do feng
shui por exemplo, considera-se que o ambiente atulhado e bloqueado pode
propiciar bloqueios na nossa vida. O mesmo se aplica ao ambiente interno.
Quando damos e recebemos amor
livremente, quando lidamos com todas as situações que a vida nos apresenta e as
resolvemos rapidamente, a energia pode movimentar-se.
Mas se nos apegamos ao ressentimento
e à raiva, a energia fica bloqueada. Quando a falta de perdão e de amor
torna-se aguda, a energia bloqueada fica endurecida em torno do coração. Nos
níveis espirituais, isto cria dureza de coração.
A dureza no coração é uma porta fechada para o amor, para a união.
Se desejarmos curar o coração e sermos misericordiosos, uma boa dica é
lidarmos o mais rápido possível com os assuntos desagradáveis e difíceis que
surgem na nossa vida.
Perdoar e pedir perdão com toda a sinceridade do coração, para que todos
possam seguir adiante.
Entretanto, os grandes adeptos nunca disseram que é sempre fácil
perdoar. Nem sempre é fácil perdoar aqueles que cometeram sérios crimes contra
o corpo, a mente e a alma.
Uma vez, uma senhora abriu-me o seu coração em uma carta, dizendo: “Por
mais que tente, não consigo perdoar o meu ex- marido por molestar minhas
filhas. Elas passaram toda a vida sofrendo por causa disso. Elas têm problemas
no casamento.
E nunca conseguiram ultrapassar esse trauma, e não consigo perdoá-lo por
isso. O que devo fazer?”
Rezei a Deus pedindo uma resposta e recebi um ensinamento que nos enche
de poder e nos liberta, que passei a essa senhora.
Aprendi que a resolução é um
processo em duas etapas. A primeira é invocar a misericórdia divina. Podemos
perdoar a alma daquele que fez o mal e podemos pedir a Deus que perdoe aquela
alma.
A segunda etapa é invocar a justiça divina para o aprisiona- mento das
forças negativas, internas e externas, que aprisionam aquela alma nas suas
garras e que atuam através dela.
Podemos pedir a Deus para que
restrinja o eu irreal, o lado sombrio daquela pessoa, que fez com que ela
cometesse o erro.
Podemos também pedir a Deus que dê à alma uma oportunidade para
arrepender-se dos seus atos e uma chance para se fortalecer e poder resistir
melhor à tentação de fazer o mal, quando ela bater novamente à sua porta.
Entretanto, só porque perdoamos alguém, não significa que fecharemos os
nossos olhos aos seus atos nocivos. Significa que podemos abandonar o
sentimento de termos sido injustiçados e entregamos o assunto nas mãos de Deus
—
“Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor.”
Isto significa que é nossa função perdoar, e é função de Deus proferir a
sentença e enviar os acréscimos de carma que ajudarão a alma a aprender as suas
lições.
De fato, podemos amar a natureza
espiritual que reside bem fundo em cada pessoa, independentemente de quais
sejam os seus atos.
O fogo vivificador no núcleo das
nossas células é Deus e, por isso, podemos amar a alma e honrar esta luz, mesmo
que a consciência que a use não esteja mais servindo ao Espírito.
A compreensão destes dois componentes do perdão — o perdoar a alma e o
pedir a Deus que aprisione as forças negativas que agem através da alma —
permitiu que a vida da mulher que me escreveu a carta fosse curada.
Essa compreensão libertou-a, porque ela sabia que Deus concederia tanto
a misericórdia divina quanto a justiça divina. Depois de anos de angústia, ela
pode, por fim, esquecer a situação.
Ame e será amado.
0 amor é matematicamente
exato, tanto quanto os
dois lados de uma
equação algébrica.
— RALPH WALDO EMERSON
Depois
de vinte anos divorciado da primeira mulher, Rich ainda se sentia mal pela forma como o
casamento havia terminado. “Eu me sentia totalmente ocupado comigo mesmo e
confuso sobre muitos assuntos”, recorda-se.
Sentia
muito também nunca haver dito aos pais dela o quanto gostava deles e como
lamentava que o divórcio houvesse abalado tanto as suas vidas.
Depois
de muitos anos, ele reuniu coragem e escreveu à ex-esposa, pedindo perdão.
Enviou a carta ao filho que tinham daquele casamento e pediu que ele a
entregasse à mãe.
“Ela
me telefonou logo”, disse Rich.
“Quando
escutei as suas palavras de compreensão, foi como se alguém tivesse aberto o
meu coração pela primeira vez. Ela também tinha uma mensagem da mãe: ‘Por
favor, diga ao Rich que eu o perdoei há tanto tempo, que até já tinha me
esquecido.’ Para mim, esta foi a coisa mais gentil que uma pessoa poderia dizer
a outra. Por muitos anos carreguei todo o tipo de culpa, e essas palavras me
curaram.”
Abrir
o coração e expor os seus sentimentos mais profundo s tão completamente naquela
carta foi um grande passo para Rich. Ele precisou vencer o medo de ser
rejeitado. Mas, depois de tê-lo feito — depois de ter sido misericordioso e de
ter pedido perdão — o medo e a culpa foram apagados pelo poder de cura do amor.
Ele percebeu a coragem que havia sido necessária
para fazê-lo, quando contou a história ao seu primo, que havia passado
recentemente por um divórcio.
“Quando o encorajei a buscar uma resolução,
pois eu havia me transformado bastante, ele entrou em pânico. Não poderia ter
saído da minha sala mais depressa.” diz Rich.
Esta
é a nossa reação mais comum. Quando algo difícil ou desagradável acontece,
desejamos fugir o mais rápido e para o mais longe possível. Winston Churchill
disse:
“As pessoas vez por outra tropeçam na verdade,
mas muitas delas se levantam e seguem o caminho como se nada houvesse
acontecido.”
Quando
seguimos a senda do coração e “tropeçamos” numa situação que precisa ser
resolvida, por mais desagradável que seja, não nos levantamos e saímos
correndo.
Porque sabemos que nunca seremos livres de
verdade para progredir espiritualmente se não formos capazes de parar e sermos
misericordiosos. Concluindo, devemos perdoar, perdoar e perdoar sempre.
Existe
uma lei muito simples por trás desta afirmativa. Quando nos recusamos a perdoar
alguém que nos tenha magoado, mesmo que essa pessoa tenha feito isso muitas
vezes, nós ficamos atados a essa pessoa.
“Tudo o que não conseguimos dar, nos possui.”
disse André Gide. A pessoa a quem recusamos o nosso perdão, com a qual estamos
zangados, torna-se o nosso mestre. Quando tentamos nos mover em qualquer
direção, a corda da ausência do perdão nos prende à pessoa e não deixa que nos
afastemos dela — em geral, é uma
corda bem curta.
A corda é curta porque a nossa alma inevitavelmente
gravita de volta à cena do crime, para restabelecer a harmonia e procurar a resolução.
É
por isso que as pessoas que são enterradas sem terem feito as pazes com os seus
adversários vão ter uma surpresa quando chegarem ao outro lado.
Descobrirão que, enquanto não abandonarem o
ressentimento, a raiva e o desejo de vingança, terão de reencarnar com as
mesmas pessoas, vezes sem conta, até aprenderem a amar.
As brigas antigas entre famílias e nações não
se referem só a gerações; elas podem ter começado muitos séculos e muitas vidas
passadas.
A
disputa ancestral continua sem uma possível resolução até que as pessoas
perdoem.
Elas
levam para o túmulo a recusa de perdoar, e podem até ter ido mais cedo
exatamente por não perdoarem. Um estudo da Universidade do Tenesse mediu os
efeitos de uma personalidade misericordiosa.
Afirme o amor
por si mesmo
Talvez
você tenha dificuldade em estabelecer limites e as pessoas se aproveitam disso.
Pode ser que as mensagens que emita sejam: "Eu não me valorizo e não me
respeito. Não faz mal que abusem de mim". Isso, porém, não precisa
continuar.
Comece
hoje mesmo a afirmar o amor e o respeito por si mesmo. Olhe-se com frequência
no espelho e diga:
EU AMO VOCÊ. Pode parecer algo muito simples,
mas é uma afirmação de cura poderosa. A medida que o amor por si mesmo for
crescendo, seus relacionamentos refletirão amor e respeito.
Pode
ser que você queira juntar-se a um grupo de apoio, como o Co-Dependentes
Anônimos ou Al-Anon. São grupos maravilhosos que o ajudarão a estabelecer
limites em seus relacionamentos e a entrar em contato com o amor e o respeito
por si mesmo que já existem em você.
Pegue
a lista telefônica e procure o grupo mais próximo.
Fico
contente em notar que grupos de auto-ajuda estão se tornando uma nova norma
social e que as pessoas se reúnem para discutir problemas similares e procurar
soluções.
Se
a sua vida está escrita com situações de humilhações, escolhas erradas,
torturas psicológicas, perdas e solidão procure ajuda.
Alguém que pertença a um desses grupos pode
ter problemas, mas está trabalhando para melhorar a qualidade de vida.
Creio
que encontramos nossas zonas de conforto nos relacionamentos com os outros.
Essas zonas formam-se quando somos muito pequenos. Se os pais nos trataram com
amor e respeito, associamos esse tipo de tratamento ao fato de sermos amados.
Se, como no caso de tantos de nós, os pais
foram incapazes de dar-nos amor e respeito, então aprendemos a conviver com
essa falta. Num esforço de satisfazermos as necessidades, de nos sentirmos
amados e queridos, associamos "ser maltratado" com "ser
amado".
Este
torna-se nosso modelo e, como padrão formado na infância, é usado por nós, inconscientemente,
em todos os relacionamentos.
Essa
convicção de que ser maltratado é o mesmo que ser amado não faz distinção de
sexo. Acredito, porém, que esse tipo de padrão doentio seja mais largamente
reconhecido pelas mulheres, porque, por razões culturais, elas são encorajadas
a mostrar vulnerabilidade e, assim, tornam-se mais dispostas a admitir que
levam uma vida difícil.
Todavia,
isso está mudando, e os homens começam a aceitar a própria vulnerabilidade.
Uma
afirmação útil para todos nós é:
ABRO MEU CORAÇÃO PARA O AMOR E ESTOU SEGURO.
O
trabalho mais importante que fazemos é aquele por nós mesmos. Querer que nossos
parceiros mudem é uma forma sutil de manipulação, um desejo de ter poder sobre
eles.
Pode até mesmo ser presunção, porque estamos
dizendo que somos melhores do que eles. Deixe que seu parceiro na vida seja
como é. Encoraje-o a fazer uma autoanálise , a descobrir-se a amar-se,
aceitar-se e valorizar-se.
A história de um amor não
é importante — o
importante é que sejamos
capazes de amar.
é importante — o
importante é que sejamos
capazes de amar.
— HELEN HAYES
Foram medidas a pressão arterial, o tônus
muscular da testa e o batimento cardíaco, enquanto os estudantes falavam sobre
as suas experiências de haverem sido traídos. Eles descobriram que os que
tinham mais facilidade de perdoar
apresentavam
pressão arterial mais baixa e menor aumento na pressão arterial do que os que
guardavam mágoas.
Ser feliz é ter boa saúde e péssima memória.
— INGRID BERGMAN
Postado por dharmadhannya
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