1. Ai, to ficando careca...
2. Queda
de cabelo: causas, dicas e remédios caseiros
3. Babosa
Contra Queda de Cabelo
4. 65 causas da queda de cabelo feminino e masculino
Comer direito, praticar exercícios
físicos e usar os produtos certos para seu cabelo pode livrar você desse drama
Júlia Arbex
http://anamaria.uol.com.br/noticias
Ai, to ficando careca... |
Quem sofre de alopecia
– a popular queda de cabelo – sabe quão desesperador é ver aquele monte de fios
acumulados no ralo do boxe, no pente e no travesseiro.
Como pânico nunca
resolve nada na vida, melhor conhecer as principais causas do problema. Afinal,
seguindo as orientações de Bel Takemoto, dermatologista membro da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), e de Tatiana Steiner,
dermatologista do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, o transtorno pode ser minimizado, sim!
Esse tipo de problema é comum em
homens e mulheres?
Sim, mas os fios não
caem da mesma maneira nos dois. “Geralmente, dá para perceber que o homem é
calvo porconta das entradas que se formam e do topo da cabeça, onde os fios
começam a rarear principalmente”, diz Bel Takemoto. No caso das mulheres, a
mudança é bem mais sutil: a risca do meio do couro cabeludo fica aparecendo e
os fios se tornam cada vez mais finos, sem vida e sem
volume. “Tentar fazer
um simples penteado chega a ser até traumático, pois o couro cabeludo fica
muito visível em casos mais graves”, diz
Tipos de queda de cabelo
Com inúmeras causas, as
mais comuns são:
1 Alopecia
androgenética (calvície): “É genética e estima-se que pode atingir até 80% dos
homens com 70 anos de idade e até 40%
das mulheres com 50
anos”, afirma Tatiana. Provavelmente bem mais comum do que você imaginava!
2 Queda crônica e sem
motivo aparente: “Pode ocorrer por deficiência nutricional, principalmente de
ferro, um dos componentes mais importantes para a saúde do cabelo, ou por
alguma alteração da glândula da tireoide”, relata Tatiana.
3 Eflúvio Telógeno: Não
tem nenhuma origem genética. “É provavelmente a causa mais comum de perda de
cabelo que aparece nos consultórios, mais frequente em mulheres”. Nesse caso, o
paciente pode perder mais de 600 fios por dia. Confira os principais fatores
que podem desencadear o problema:
❱ Estresse psicológicoou
emocional;
❱ Febre;
❱ Distúrbios endócrinos;
❱ Doenças crônicas;
❱ Carência nutricional;
❱ Medicamentos;
❱ Deficiência de ferro;
❱ Dietas;
❱ Pós-gestação.
Menopausa
Por conta das
alterações hormonais nessa época, é comum os fios ficarem mais ralos e
diminuírem de quantidade. “Além de reduzir o volume, a menopausa influencia a
hidratação natural do cabelo, deixando-o mais seco”, esclarece Tatiana. Depois
de fazer um diagnóstico com o dermatologista, ele mesmo vai orientar quais os
tratamentos para o problema.
Comida boa
Ter uma alimentação
saudável ajuda (e muito!) a evitar a queda de cabelo. Veja os nutrientes
essenciais para a saúde dos seus fios e inclua já no seu cardápio:
❱ Ferro: carnes, feijão,
lentilha e verduras verde-escuras.
❱ Zinco: frutos do mar,
couve, castanhas e frango.
❱ Vitamina A: ovo,
agrião, cenoura e espinafre.
❱ Vitamina B12: carnes,
queijos e ovos.
❱ Beta-caroteno:
vegetais alaranjados como cenoura e folhas de cor verde-escura.
❱ Aminoácidos
lisina,cisteína e prolina: carnes.
❱ Vitaminas do complexo
B: grãos, nozes, legumes e cereais integrais.
❱ Minerais: ostras,
fígado, leite e farelo de trigo.
Xampu e condicionador antiqueda
funcionam?
As profissionais
afirmam que esses produtos ajudam a combater a queda, mas é importante usá-los
com acompanhamento médico.
E, além dos cosméticos,
há medicamentos específicos para estimular o crescimento dos fios, diminuir o
efeito de rarefação e controlar a queda.
10 dicas para ter fios saudáveis
1 Privilegie uma
alimentação equilibrada.
2 Pratique atividades
físicas.
3 Lave o cabelo
adequadamente, tirando todo excessode resíduos.
4 Trate e evite ter
dermatite seborréica, também conhecida como caspa, e fios oleosos.
5 Evite lavar o cabelo
com água muito quente.
6 Não durma com o
cabelo molhado.
7 Não abafe o cabelo
com bonés ou chapéu por muito tempo, pois pode piorar o quadro de oleosidade e
dermatite.
8 Use xampu e
condicionador específicos para o seu tipo de cabelo.
9 Faça hidratação,
principalmente após tratamentos químicos.
10 Aplique reparador de
ponta ou óleos hidratantes sempre que necessário. Revista AnaMaria
Qual
é O problema
Seus
cabelos estão escorridos, sem vida, grudados na cabeça. Podem até parecer
sujos, embora você os tenha lavado poucas horas antes. No entanto, não os culpe
— as vilãs são as glândulas sebáceas, que se encontram logo abaixo da
superfície da pele.
Elas secretam sebo, uma mistura de ácidos
graxos que protege o couro cabeludo. As glândulas sebáceas de algumas pessoas
são tão produtivas que cada fio de cabelo fica coberto com a secreção oleosa.
Entre os fatores que contribuem para esse
problema estão estresse, hormônios, predisposição genética e dietas
inadequadas, além de pílulas anticoncepcionais que contêm principalmente
androgênio, um hormônio masculino.
Leia o Rótulo
do Seu Xampu
Escolha
um xampu com alto teor de lauril sulfato de sódio e baixo teor de qualquer tipo
de condicionador, como lanolina.
Você
precisa de xampus para limpeza
profunda, que eliminam a oleosidade do couro cabeludo e dos fios.
Mesmo
que não tenha caspa, você pode obter bons resultados com um xampu anticaspa que
contenha alcatrão. As fórmulas
usadas nos xampus anticaspa tendem a ressecar até os cabelos mais oleosos.
Obviamente
você deve lavar a cabeça todos os dias, mas, além disso, você precisa lavá-la duas vezes cada vez que tomar
banho.
Ensaboe, deixe o xampu nos cabelos por vários
minutos (para dar tempo de remover a oleosidade), enxágue bem e depois repita a
operação. Mesmo na segunda lavada, deixe o xampu atuar nos cabelos por alguns
minutos antes de enxaguar.
Chá de
Alecrim e Limonada
Enxaguar
os cabelos com água é muito bom, mas os resultados serão melhores com um chá de alecrim forte.
Atenção,
use um pequena quantidade no cabelo, para sentir se é alérgica ao chá de
alecrim.
Extremamente
aromática, essa erva contém óleos essenciais que ajudam a controlar a produção
excessiva de oleosidade no couro cabeludo.
Prepare a infusão com 1 xícara de água
fervente e 2 colheres de sopa de alecrim desidratado. Aguarde 20 minutos, coe,
espere esfriar e guarde a solução em um frasco de xampu vazio. Espalhe o chá
nos cabelos
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.....
2.Queda de cabelo:
causas, dicas e remédios caseiros
http://melhorcomsaude.com/remedios-caseiros-queda-cabelo/
A queda de cabelo é um dos problemas mais comuns entre as pessoas.Porém, se
tratada cedo pode ser solucionada. Alguns
remédios naturais para a calvície podem ser úteis, se você está sofrendo esse
problema.
Causas
As causas para esse
problemas são diversas, se a queda de cabelo é um problema frequente, que vêm
acontecendo a mais de duas semanas e se intensificando o melhor é procurar por
um profissional que possa investigar a fundo o motivo.
Pesquisamos algumas das
causas comuns para o problema, fique atento (a):
– Genética e fatores hormonais:
Os dois fatores podem
levar à alopecia androgenética, a calvície. Dados da Sociedade Brasileira de
Cirurgia de Restauração Capilar apontam que cerca de 25% das brasileiras entre 35 e 40 anos
apresentam ou vão apresentar algum grau de calvície – os fios vão
rareando na parte de cima da cabeça, na região da testa, e, dependendo do
estágio, chega a dar para ver o couro cabeludo.
– Stress, anemia, alterações na
tireoide, dieta pobre em proteína:
Esse problemas representam
a segunda maior causa de queda capilar. Os fios pulam da fase de crescimento
para a de repouso, antecipando a queda.
– Alisamento ou clareamento:
Se for bem feito e
respeitar o intervalo dos retoques, o único prejuízo é o ressecamento. Porém,
como o alisamento rompe as pontes de hidrogênio e de cisteína do fio para mudar
a textura dele, qualquer imprudência pode deixá-lo quebradiço.
– Penteados:
Quaisquer penteados,
quando muito apertados podem danificar a fibra capilar e causar a queda de
cabelo.
– Doença autoimune:
É aquela que faz o
cabelo cair de repente, deixando pelada uma área do tamanho de uma moeda de 1
real. Ela ocorre porque o organismo desenvolve anticorpos contra o bulbo
capilar, que deixa de produzir fios. As vítimas preferenciais têm entre 15 e 29
anos.
– Dieta pobre em carne vermelha: na falta do alimento, há o risco de você absorver menos ferro, o que
compromete a chegada de oxigênio ao bulbo capilar. Logo, o fio nasce fraco.
– Excesso de gordura, açúcar, cafeína
e álcool: ao aumentar a chance de ter
caspa e produzir mais radicais livres, esses fatores em conjunto aceleram o
envelhecimento do cabelo, deixando-o quebradiço.
– Redução calórica: os fios são tão sensíveis que um corte de 100 calorias, o que equivale
a um copo de suco de laranja ou uma barra de cereais com chocolate, pode
acentuar a queda.
Dicas contra a queda de cabelo
Há vitamina para evitar a queda
de cabelo que são de extrema importância já que fortalecem o cabelo. Entre elas estão a H, a B5 (levedura de cerveja, gérmen de trigo), a A
(peixe, vegetais verdes) e E (soja, nozes).
É importante consumir suplementos vitamínicos ou alimentos que os contêm.
Uma dieta saudável é a chave para manter o cabelo forte, na maioria dos casos. Por isso, nada melhor do que comer vegetais,
frutas e nozes todos os dias se possível. As sementes também são
muito boas para evitar a queda de cabelo.
A queda de cabelo é algo que afeta a muitas pessoas depois de uma certa
idade. A verdade é que é algo que você pode evitar se começa um tratamento
cedo. Nem sempre é preciso usar os
mais custosos.
Remédios caseiros para queda de
cabelo
Uma loção
de manjericão é geralmente um dos bons remédios caseiros para queda
de cabelo em geral. Esta
erva pode ser eficaz para este tipo de problema, outra opção é aplicar uma
máscara de urtiga. Ela pode ser aplicada durante o banho e permanecer por algum tempo antes do enxague.
Melhor se aplicamos alguns minutos antes de deitar, para que possa reagir
durante a noite.
Os truques caseiros e a
sabedoria popular também dizem muito a respeito. Um remédio natural clássico para queda de cabelo é uma receita de quina. Você
pode fazê-la misturando cachaça, sal e casca de quina, ingredientes muito
simples de encontrarmos em lojas. Colocar diretamente no couro cabeludo, fazer
uma massagem, deixar agir por alguns minutos e pronto… basta enxaguar com água
morna e esperar os resultados.
http://melhorcomsaude.com/remedios-caseiros-queda-cabelo/
1. Ai, to ficando careca...
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3. Babosa Contra Queda de Cabelo
Resenha enviada por Norma Ferreira
Martins
http://belezaesaude.com/
A Aloe Vera ou Babosa tem diversas
funções medicinais. Tem propriedade antibacteriana, cicatrizante e é muito
utilizada em queimaduras por regenerar a pele. A babosa pode até ser utilizadas
por pessoas que tenham algum tipo de câncer. Para este não existe nenhum estudo
científico que comprove sua eficácia, mas conheço pessoas que já utilizaram e
tiveram alguma melhora juntamente com os tratamentos médicos convencionais. E
por ser natural não tem nenhuma reação adversa. Outro dia, lendo um artigo na
internet vi que segundo historiadores esse era o segredo de beleza utilizado
por Cleópatra, no antigo Egito.
Costumo utilizar a babosa para
fortalecer os fios e evitar a queda, e realmente nesse quesito já comprovei a
eficácia da Babosa. Ela é excelente pra diversos motivos de queda, seja por
químicas excessivas ou algum problema hormonal e até para calvície, pois
dependendo do motivo ou cessando a queda, diminuindo ou retardando a calvície.
A babosa é ótima para a pele também,
ela hidrata e por ter poder cicatrizante é ótima para pele com acne. Meninas eu
indico pra vocês a utilizarem in natura, mas tem muitos cosméticos que são a
base de babosa. Conheço os produtos da Foverer apesar de não ter utilizado
ainda.
Você pode utilizar a babosa da
seguinte maneira:
Babosa Contra Queda de Cabelo
• Pegue
uma folha e tire a baba de dentro, bata no liquidificador e passe em todo o
cabelo, inclusive na raiz;
• Deixe meia hora na touca plástica
ou de alumínio;
• Lave
os cabelos como de costume;
• Utilize
pelo menos uma vez por semana ou a cada quinze dias.
A babosa pode ser misturada também no
creme de hidratação. Na pele você passa a baba no rosto, como uma máscara e
espera secar, depois lave normalmente.
***
65 causas da queda de cabelo feminino e masculino
http://www.chegadequeda.com.br
quem sofre com a queda de cabelo entende a sensação de descobrir um novo tratamento e começar a utilizá-lo cheio de esperança, pra depois ter de colocá-lo junto com os outros 25 itens da lista do “já testei e não funciona” e começar do zero outra vez.
A questão é que combater o problema “às cegas”, além de cansativo e muito frustrante, é muito pouco eficiente. Existem inúmeros fatores que podem estar fazendo o seu cabelo cair, e sem saber exatamente a causa do problema fica mesmo difícil acertar no tratamento.
O primeiro passo, então, é investigar alguns dos principais suspeitos nos casos de queda de cabelo feminino e masculino. Reunimos 65 deles aqui: conhecendo melhor cada um e reunindo as pistas, podemos acabar prendendo o verdadeiro criminoso – ou descobrindo que pode se tratar de uma quadrilha completa!
Alguns pontos importantes antes de começar:
- Se você é daquelas pessoas que só de ler a bula de um remédio já acha que está com todos os efeitos colaterais, avisamos de cara: mantenha a calma! O seu caso pode ser bem mais simples do que parece.
- Dito isso, a queda de cabelo pode sim ser um primeiro sintoma para descobrir outras doenças, então investigue-a com atenção e seriedade (ela pode acabar te protegendo de outros problemas muito mais sérios no futuro).
- Além disso, mais de uma causa pode estar contribuindo para o seu quadro. Se você tem calvície de fundo genético, por exemplo, nada impede que outras causas estejam antecipando ou acelerando o avanço dela.
- Jamais use este post (ou qualquer outro conteúdo que você encontrar na internet) como base para tomar remédio por conta própria. Nós vamos repetir isso várias vezes ao longo do texto, mas nunca é demais lembrar: o seu tratamento deve ser sempre prescrito e acompanhado por um médico.
- Essa lista não pretende esgotar todas as causas possíveis para a queda de cabelo, apenas dar um panorama da diversidade de fontes possíveis para o problema. Se você sabe de mais algum possível suspeito, não hesite em investigá-lo – e conte pra gente nos comentários no final do post!
Causas hereditárias
1- Calvície masculina 2-
Calvície feminina
Problemas nutricionais
3- Dietas rígidas 9-
Excesso de vitamina C
4- Perda de peso 10-
Excesso de vitamina E
5- Falta de proteínas 11-
Falta ou excesso de iodo
6- Falta de ferro 12-
Falta ou excesso de selênio
7- Falta de vitaminas do complexo B 13- Falta ou excesso de zinco
8- Excesso de vitamina A
Danos ao cabelo
14- Alisamento e modelagem térmicos 17- Penteados apertados
15- Banho muito quente 18-
Química muito agressiva
16- Excesso de força no manuseio dos fios
Queda de cabelo feminino
19- Período menstrual 22-
Gravidez
20- Síndrome do ovário policístico 23- Pós parto
21- Anticoncepcionais 24-
Menopausa
Remédios e tratamentos
25- Anabolizantes 33-
Corticóides
26- Antibióticos 34-
Lítio
27- Anticoagulantes 35-
Quimioterapia e radioterapia
28- Anticonvulsivantes 36-
Remédios para colesterol
29- Antidepressivos 37-
Remédios para diabetes
30- Anti-hipertensivos 38-
Remédios para gota
31- Antiinflamatórios não esteróides 39- Remédios para tireóide
32- Beta-bloqueadores 40-
Retinóides
Doenças e problemas de saúde
41- Acidente 52-
Lúpus
42- Alopecia areata 53-
Micose
43- Alopecia cicatricial 54-
Psoríase
44- Cirurgia 55-
Problemas na hipófise
45- Dermatite seborreica (caspa) 56- Problemas nas supra-renais
46- Diabetes 57-
Queimadura
47- Doenças agudas 58-
Sífilis
48- Febre alta 59-
Síndrome de Cushing
49- Hipertensão 60-
Síndrome de má absorção
50- Hipertireoidismo 61-
Tabagismo
51- Hipotireoidismo
Distúrbios psicológicos
62- Stress emocional 64-
Tricotilomania
63- Transtornos alimentares
Causas naturais
65- Envelhecimento
Você pode utilizar a lista abaixo para clicar diretamente no item que te interessar, ou seguir diretamente para a leitura.
Causas hereditárias
1- Calvície masculina
Se você:
- É homem;
- Tem casos de calvície na família;
- Começou a desenvolver “entradas”, recuo da linha de nascimento dos cabelos na testa e/ou raleamento dos fios no topo da cabeça;
- Observa o avanço gradativo desse quadro ao longo de vários meses ou anos (a perda de cabelo não começou de repente);
- E não apresenta outras queixas significativas (não tem coceira, dor ou inchaço na cabeça, por exemplo);
É muito provável que você tenha
alopecia androgenética, a maior causadora de calvície masculina no mundo.
O quadro tem fundo genético (se o seu
pai, tios ou avós têm calvície, a probabilidade de você também ter é grande) e
é causado por um hormônio masculino derivado da testosterona (chamado
di-hidrotestosterona ou DHT), que reduz progressivamente a atividade dos
folículos capilares e torna os fios cada vez mais finos, podendo fazer com que
eles parem de nascer por completo.
A alopecia androgenética não tem cura
definitiva, mas existem diversas opções de tratamento. A finasterida, as loções
de minoxidil e os shampoos de cetoconazol são algumas das mais utilizadas, mas
existem várias outras alternativas – clique aqui para conhecer mais sobre elas.
O transplante capilar apresenta
resultados animadores nos casos mais severos, e a prótese capilar é uma
alternativa não cirúrgica, de efeito imediato e que também tem bons resultados.
2- Calvície feminina
Os homens são os mais atingidos pela
alopecia androgenética, mas ela também causa a queda de cabelo feminino. A
diferença é que, em vez de desenvolver o padrão clássico da calvície masculina,
as mulheres costumam apresentar uma forma mais difusa e distribuída por todo o
couro cabeludo. Além disso, a versão feminina costuma se manifestar mais tarde
do que a masculina (muitas vezes só depois da menopausa).
Nem todas as opções de tratamento
para a alopecia androgenética são ideais para mulheres, mas existem várias
alternativas e versões adequadas para o combate da calvície feminina – clique
aqui para conhecê-las.
Problemas nutricionais
3- Dietas rígidas
Dietas muito restritivas (que proíbem
ou diminuem demais o consumo de alguns tipos de alimentos) podem causar
deficiências nutricionais sérias – e o cabelo pode ser um dos primeiros
afetados.
O corpo utiliza uma série de
substâncias (proteínas, minerais, lipídeos, etc) para manter os nossos
folículos capilares funcionando. Esses recursos também são necessários em
outras partes do corpo, portanto se algum deles estiver faltando, o organismo
prioriza os órgãos e sistemas mais importantes.
O cabelo é um dos últimos da fila: se
não tiver nutriente pra todo mundo, provavelmenteele é que vai ficar sem.
Por isso, desconfie sempre de dietas
“mágicas” ou muito radicais – o seu cabelo é que pode acabar pagando o preço.
Continue lendo para conhecer alguns dos desequilíbrios nutricionais mais comuns
nos casos de queda de cabelo.
4- Perda de peso
A queda de cabelo associada a uma
grande perda de peso pode ter várias explicações. Uma delas é que o
emagrecimento pode ter sido causado por uma dieta muito radical, como acabamos
de ver, ou por um quadro de hipertireoidismo.
Pode ser também um caso de eflúvio
telógeno, um tipo de queda de cabelo temporária que pode acontecer quando o
corpo passa por qualquer grande mudança ou impacto. Nesse caso, a tendência é
que o cabelo pare de cair assim que o corpo se estabiliza com o novo peso.
5- Falta de proteínas
Como o nosso cabelo é feito de
proteínas (mais especificamente de queratina), é possível que baixos níveis de
proteína na alimentação possam prejudicar a produção normal dos fios.
Esse não é um problema muito comum,
porque a nossa alimentação normal costuma ser rica em proteína, mas pode
acontecer nos casos de dietas que restrinjam alguns alimentos, de transtornos
alimentares (como anorexia e bulimia) ou da síndrome da má absorção.
Os vegetarianos também devem ficar
atentos: como grande parte das fontes de proteína é de origem animal (carne,
peixe, frango, ovos, leite e derivados), pode ser necessário compensar a
ausência de alguns desses alimentos com outras opções (como a soja, o feijão e
a lentilha, por exemplo).
Tenha cuidado com os suplementos de
proteína. Eles costumam ser voltados para pessoas que praticam atividades
físicas intensas, e são fáceis de encontrar no mercado, mas o excesso de
proteína no organismo pode causar problemas (como náusea, diarréia e danos aos
rins), portanto o ideal é consumi-los apenas com acompanhamento médico.
Pelo mesmo motivo, é bom ter cuidado
também com as dietas de alto consumo de proteína (com redução acentuada de
carboidratos ou outros grupos alimentares). Consulte um nutricionista antes de
pensar em fazer qualquer alteração radical na sua alimentação.
6- Falta de ferro
Muitas pessoas que têm queda de
cabelo também apresentam níveis baixos de ferro. A ciência ainda não conseguiu
estabelecer com clareza qual é a relação entre as ocorrências, mas muitos
especialistas observam melhoras significativas na queda de cabelo dos pacientes
quando os níveis de ferro são melhorados (e vários médicos acreditam que não é
preciso estar anêmico para se beneficiar desse tipo de medida).
Na dúvida, melhor tomar um suplemento
de ferro, certo? Errado!! O excesso de ferro no sangue também causa problemas
muito sérios, portanto qualquer tipo de suplementação deve ser sempre
acompanhada por um médico.
Se você suspeita que pode estar com
deficiência de ferro (outros sintomas associados são cansaço, desânimo, dores
de cabeça, falta de fôlego e palidez das mucosas), o primeiro caminho é buscar
solucionar o problema naturalmente, pela alimentação. Carne vermelha, feijão, lentilhas,
tofu e espinafre são algumas opções de boas fontes naturais de ferro (e
acredita-se que, quando associada à vitamina C, a absorção do ferro é ainda
maior).
7- Falta de vitaminas do complexo B
O chamado complexo B envolve uma
série de vitaminas:
B1 (Tiamina)
B2 (Riboflavina)
B3 (Niacina)
B5 (Ácido pantotênico)
B6 (Piridoxina)
B7 (Biotina)
B9 (Ácido fólico)
B12 (Cobalamina)
Elas participam dos processos
digestivos, do desenvolvimento muscular e da saúde de várias partes do corpo
(como fígado, nervos, olhos, pele e cabelos), além de ajudar a prevenir a falta
de ferro (que também pode estar ligada à queda de cabelo).
As vitaminas do complexo B são
encontradas nos derivados do leite, ovos, carne, fígado, cereais, legumes e
verduras. Uma alimentação diversificada fornece os níveis necessários, mas
algumas dietas restritivas podem causar deficiência de alguma das vitaminas. A
B12, por exemplo, é encontrada principalmente nos produtos de origem animal,
portanto muitos vegetarianos acabam precisando de suplementação.
Pessoas que fizeram cirurgia
bariátrica ou que tenham outros problemas de absorção de nutrientes podem
desenvolver deficiência de várias vitaminas. É recomendável conversar com o seu
médico e avaliar a necessidade de consumir algum suplemento ou fazer alterações
na alimentação para compensar esse efeito.
Alguns dos complexos vitamínicos mais
utilizados para fortalecer os cabelos e as unhas, como o Pantogar e o Imecap
Hair, têm algumas vitaminas do tipo B em sua fórmula. Acredita-se que a
correção da deficiência dessas vitaminas possa ser um dos segredos do seu
sucesso.
8- Excesso de vitamina A
A vitamina A é importantíssima para a
nossa visão, para a saúde da pele, do sistema imunológico e uma série de outras
funções. Mas a hipervitaminose A (excesso da vitamina no organismo) pode acabar
causando queda de cabelo (além de outros sintomas como diminuição do apetite,
pele seca, tonturas, dores de cabeça e danos ao fígado).
É extremamente difícil ter excesso de
vitamina A apenas com a alimentação normal (a menos que você seja um esquimó e
consuma grandes quantidades de fígado de animais todo dia ). A maior parte dos casos atuais de
hipervitaminose A é associada ao consumo excessivo de suplementos vitamínicos e
a alguns medicamentos (como osretinóides, que são derivados da vitamina A).
Um produto que muita gente mistura no
shampoo para tentar acelerar o crescimento do cabelo, o Monovin A, é um
superconcentrado de vitamina A de uso veterinário. Não existe comprovação de
que ele seja absorvido pelo couro cabeludo, mas estamos falando de uma
concentração de vitamina A que pode ser perigosa para os seres humanos. Saiba
mais sobre o shampoo bomba com Monovin A aqui.
9- Excesso de vitamina C
Quando o assunto é cabelo, a vitamina
C costuma ser mais heróina do que vilã, na verdade. Ela ajuda a aumentar a
absorção do ferro no nosso organismo (substância fundamental para a nossa saúde
e para o bom crescimento dos fios).
Porém, o excesso de vitamina C pode
aumentar a concentração de alguns fungos que agravam os quadros de caspa e
ptiríase (problemas que podem causar a queda dos cabelos). Outras possíveis
complicações são o aumento da chance de desenvolverpedras nos rins, problemas
digestivos e aumento da acidez da urina (o que pode provocar irritações).
O excesso de vitamina C é ainda mais
raro que o de vitamina A, porque o nosso organismo consegue eliminá-la com
bastante facilidade. Porém, como ela é conhecida por ter muitos efeitos
positivos, muita gente pode exagerar e consumir suplementos vitamínicos em
doses altas demais (acima de 1.000 mg por dia).
O consumo regular de frutas, legumes
e verduras frescos já deve ser suficiente para fornecer toda a vitamina C que o
seu corpo precisa, sem risco de efeitos colaterais.
10- Excesso de vitamina E
A vitamina E tem um poderoso efeito
antioxidante, protegendo as células contra a ação dos radicais livres.
Acredita-se que ela possa prevenir ou aliviar os sintomas de várias doenças,
como a síndrome de Alzheimer, distúrbios cardiovasculares e até mesmo alguns
tipos de câncer.
Mas apesar de todos os seus
benefícios, é preciso evitar também o excesso da vitamina E, pois ela é capaz
de “afinar o sangue” (efeito parecido com o da aspirina) e prejudicar a
absorção de ferro (que é importante para a boa saúde dos cabelos).
As fontes naturais de vitamina E
(óleos vegetais, amendoim, amêndoas, ovos, manteiga, algumas verduras) são
frequentes na nossa alimentação normal, mas é muito difícil ter excesso da
vitamina apenas através dos alimentos. Novamente, o maior perigo é
asuplementação exagerada. Não são necessários mais do que 15 mg por dia, e
doses acima de 250 mg são consideradas excessivas.
(Voltar para lista de causas)
11- Falta ou excesso de iodo
O iodo é um mineral fundamental para
o funcionamento da tireóide. A sua falta ou excesso podem agravar quadros de
hipotireoidismo ou hipertireoidismo, e ambos os problemas estão relacionados à
queda de cabelo, portanto é importante manter os níveis de iodo bem
equilibrados.
A deficiência de iodo é muito rara
atualmente. Ele está presente em alguns alimentos que consumimos regularmente
(como peixes e frutos do mar, ovos, leite e fígado), e também é inserido no
nosso sal de cozinha. Baixos níveis de iodo costumam ser resultado dedietas
muito restritivas, e níveis elevados normalmente acontecem devido
asuplementação excessiva ou consumo exagerado de alimentos como algas e
mariscos.
12- Falta ou excesso de selênio
O selênio é fundamental para o
crescimento dos queratinócitos (células que formam os fios de cabelo), e também
pode melhorar os quadros de caspa (uma das possíveis envolvidas nos quadros de
queda). Ele é encontrado nos grãos (trigo, arroz, milho), peixes e frutos do
mar, fígado, carnes e aves, mas nenhuma dessas fontes supera acastanha do pará,
que é riquíssima em selênio.
Vale inclusive um alerta: evite
consumir mais do que duas ou três castanhas por dia, pois o excesso de selênio
também pode fazer os cabelos caírem. Cuidado também com ossuplementos, que
podem acabar elevando as taxas muito acima do nível ideal.
13- Falta ou excesso de zinco
O zinco participa do processamento
das proteínas no nosso corpo e da síntese doDNA, duas funções importantes para
a reprodução das células no folículo capilar. Ele também é utilizado na
produção dos hormônios da tireóide, e em alguns casos o tratamento do
hipotireoidismo pode não resolver a queda de cabelos até que os níveis de zinco
sejam normalizados.
O zinco também é importante na
produção da testosterona, mas parece ter algum efeito inibidor na conversão do
hormônio em di-hidrotestosterona, a versão que é responsável pela alopecia
androgenética. Ou seja, é possível que quem sofre com a calvície clássica
também possa se beneficiar com a melhora dos níveis de zinco no organismo.
Algumas fontes naturais de zinco são
as ostras, carne vermelha, fígado, ovos, castanhas, mariscos, camarões e alguns
produtos de soja. Quem não atinge os níveis recomendados apenas através da
alimentação pode se beneficiar de suplementação de zinco, mas é preciso cuidado
porque o excesso pode prejudicar a absorção de outros nutrientes, como o ferro
e o cobre, e acabar piorando a queda de cabelo.
Danos ao cabelo
14- Alisamento e modelagem térmicos
Muitas vezes pode parecer que o seu
cabelo está caindo, quando na verdade ele está sequebrando. A aplicação de
calor excessivo (com secadores, pranchas, babyliss e modeladores de cabelo)
pode danificar a estrutura dos fios, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a
se partirem.
O risco de dano é maior ainda quando
o cabelo está molhado. As partículas de água, ao entrarem em contato com uma
fonte de calor intenso, podem mudar de estado físico (passar de líquido para
gasoso) com muita rapidez. O processo pode causar “bolhas” nos fios e
fragilizar a cutícula (camada externa que protege o cabelo).
O ideal é sempre utilizar o mínimo de
calor possível: manter a chapinha em temperaturas mais baixas e o secador
distante dos fios (nada de encostar a saída do ar quente no cabelo!). Produtos
que ofereçam proteção térmica também podem ajudar a amenizar os danos.
15- Banho muito quente
Muita gente adora um banho
escaldante, principalmente nos meses mais frios. Mas se você é uma dessas pessoas,
saiba que isso pode estar prejudicando o seu cabelo. A água quente demais pode
deixar os fios ressecados e com as cutículas abertas (o que faz com que eles
fiquem mais frágeis), além de irritar a pele do couro cabeludo.
Nos casos em que a queda de cabelo
está associada a algum tipo de infecção (como acaspa ou a psoríase, por
exemplo), a água muito quente pode acabar piorando o quadro e acelerar mais
ainda a perda dos fios.
16- Excesso de força no manuseio dos
fios*
Duas coisas que muita gente acha
normal mas que a partir de hoje você não deve aceitar mais:
Sentir dor ao desembaraçar os
cabelos;
Ficar com o pescoço tenso pra evitar
que a cabeça seja puxada pra trás enquanto alguém faz uma escova no seu cabelo.
Usar força demais para manusear o
cabelo pode causar tensão demais na raiz dos fios e causar alopecia por tração:
o trauma físico sofrido repetidamente pelos fios pode fazer com que eles parem
de nascer.
Pra desembaraçar, o ideal é começar
pelas pontas, depois desembaraçar do meio pras pontas, e só por último pentear
desde a raiz. Jamais fique puxando o pente pra baixo com força (isso só serve
para arrancar alguns fios e arrebentar os outros!). Se o cabelo estiver muito
embolado, aplique um óleo capilar para ajudar a lubrificar e soltar os fios.
Para fazer escova, o melhor é retirar
ao máximo o excesso de umidade antes de começar (para reduzir o tempo em que o
cabelo fica tensionado durante o procedimento) e trabalhar com mechas pequenas
(que permitem mais controle e não exigem tanta força para ficarem esticadas).
17- Penteados apertados*
Rabos de cavalo muito apertados,
coques como os das bailarinas e penteados com tranças muito rentes ao couro
cabeludo causam muita tensão nos fios, o que pode fazer com que eles sejam
arrancados dos folículos. A longo prazo, é possível que surjaalopecia por
tração.
Atenção também aos acessórios
utilizados para prender o cabelo, como elásticos, presilhas e fivelas. Além de
os modelos muito apertados aumentarem a tensão nos cabelos, alguns podem
danificar também a estrutura dos fios, dobrando-os e fazendo com que se
quebrem. Prefira os modelos encapados com tecido, sem pontas ou laterais muito
afiadas.
18- Química muito agressiva*
Os descolorantes, tinturas e
alisamentos químicos mexem com a estrutura dos fios, abrindo a cutícula capilar
e dando acesso ao córtex (clique aqui para entender como eles funcionam).
Durante a realização desses procedimentos o cabelo fica extremamente exposto e
frágil, e se eles não forem feitos corretamente os fios podem ficar opacos,
porosos, ressecados e quebradiços. Para evitar esse risco, procure sempre um
profissional confiável e faça um teste numa mecha pequena antes de aplicar o
produto no cabelo inteiro.
Vale a pena mencionar à parte os
alisantes que utilizam formol ou glutaral. Nenhum deles é autorizado pela
Anvisa, pois podem causar danos sérios à saúde. Queda de cabelo, ardência nos
olhos e irritação na pele do couro cabeludo e nas mucosas da boca e do nariz
são os menores problemas: essas substâncias já foram associados até mesmo ao
desenvolvimento de alguns tipos de câncer. A saúde dos seus cabelos – e a sua
vida! – não valem esse risco.
Queda de cabelo feminino
19- Período menstrual*
Algumas mulheres costumam ter queda
de cabelo mais acentuada durante o período menstrual. Isso pode ter a ver tanto
com a flutuação hormonal do período quanto com a perda de sangue
(principalmente se o fluxo for muito intenso), que pode intensificar um quadro
de deficiência de ferro (mineral que também é fundamental para o crescimento
dos cabelos).
Se o caso for brando, pode ser que um
reforço na alimentação consiga aumentar os níveis de ferro e reduzir a queda
dos fios. Nos quadros mais severos, é interessante conversar com um médico
(ginecologista ou endocrinologista) e avaliar se os níveis hormonais estão
dentro do normal. Irregularidades no ciclo menstrual podem ser um sintoma da
síndrome do ovário policístico, que também pode estar relacionada à queda de
cabelo.
20- Síndrome do ovário policístico*
Uma das características da síndrome
do ovário policístico é a produção de hormônios androgênicos em níveis maiores
que o normal. Alguns desses hormônios estão associados à alopecia androgenética
(que causa a maioria dos casos de calvície), e podem favorecer a queda de
cabelos.
Outros sintomas comuns são acne,
hirsutismo (desenvolvimento acentuado de pelos no corpo), ganho de peso e
irregularidades menstruais. Se você suspeita que pode ser esse o seu caso,
procure um ginecologista. Assim que o diagnóstico for confirmado e a síndrome
for tratada, a queda de cabelos deve ser resolvida.
Em alguns casos a síndrome do ovário
policístico pode estar associada a outros problemas, como diabetes,
hipertensão, hipotireoidismo, psoríase e transtornos alimentares. Como essas
ocorrências também têm relação com a queda de cabelo, vale investigar se alguma
delas pode ser a real causadora do problema.
21- Anticoncepcionais*
As pílulas anticoncepcionais têm
combinações diferentes de hormônios que inibem aovulação, e podem provocar a
queda de cabelos por várias razões.
Em algumas pessoas isso acontece como
uma reação ao medicamento (da mesma forma que é observado com outros remédios).
Em outros casos é o perfil hormonal da pílula que afeta os cabelos. Acredita-se
que as fórmulas com predominância deprogesterona podem estimular a manifestação
da alopecia androgenética se a pessoa já tiver tendência. Já as pílulas com
maior proporção de estrógeno podem ter o efeito contrário: proteger o cabelo da
queda e incentivar o seu crescimento. Nesse caso, é possível que haja queda de
cabelo quando o uso da pílula é interrompido.
A decisão de tomar pílulas
anticoncepcionais deve ser discutida com o seu ginecologistae baseada em
diversos outros fatores (nunca pensando apenas nos cabelos). Em alguns casos a
queda só acontece quando o tratamento está sendo iniciado ou terminado, e
depois se resolve normalmente. Se o seu quadro for mais persistente, vale
conversar com o seu médico e avaliar a possibilidade de trocar de pílula ou
adotar outros tratamentos.
Um alerta importante: a combinação
entre anticoncepcionais e cigarro, além de piorar ainda mais a queda de
cabelos, também eleva o risco de trombose e derrame cerebral.
22- Gravidez*
Na maioria dos casos, a gravidez faz
muito bem para o cabelo (a queda de cabelo é mais comum no período pós parto).
Os hormônios que ficam exaltados durante a gestação tendem a deixar os fios
mais densos e brilhantes, fazendo com que eles caiam menos que o normal. Mas
algumas mulheres observam o efeito contrário, perdendo mais cabelo durante a
gravidez.
Isso pode ser tanto uma reação do
organismo às mudanças geradas pela gravidez quanto a manifestação de algum
outro problema, como alguma deficiência nutricional. É possível que a montanha
russa hormonal da gestação interfira na manifestação de hipotireoidismo ou
hipertireoidismo, condições que podem levar à fragilização e queda dos cabelos.
A ocorrência de diabetes gestacional também pode ter a ver com o problema.
O ideal é procurar o seu médico e
eliminar as suspeitas. Ele deve orientar caso haja necessidade de tratar alguma
doença ou de fazer adaptações na alimentação (incluindo o uso de suplementos).
Caso a queda de cabelo não esteja relacionada a esses fatores, o ideal é aguardar
e observar se o quadro irá se normalizar após a gravidez e o período pós parto
(o que costuma acontecer na maioria das vezes).
23- Pós parto *
Uma gravidez é sempre uma revolução
no corpo da mulher, e o organismo leva um tempo para se recuperar totalmente
após o parto. É bastante comum apresentar queda de cabelo nos seis meses após o
nascimento do bebê. Trata-se de uma reação normal do corpo à flutuação hormonal
associada à gravidez, que tende a se resolver normalmente depois deste período.
O que muitas mulheres observam como
queda de cabelo pós parto é, na verdade, apenas o cabelo voltando ao normal
depois da gravidez (período em que os fios costumam ficar mais densos e cair
menos que o comum). Porém, em alguns casos pode haver surgimento de
hipotireoidismo e hipertireoidismo pós parto, que podem enfraquecer e acentuar
a queda dos cabelos. Procure o seu médico para tirar a dúvida e realizar o
tratamento, se for necessário.
A amamentação não tem nenhuma relação
com a queda dos fios, mas como a produção de leite exige vários nutrientes do
corpo da mãe, é fundamental ter uma alimentação rica e balanceada para evitar
qualquer deficiência nutricional (que pode prejudicar tanto a qualidade do
leite quanto a saúde da mãe – o que também pode interferir na perda de
cabelos).
(Voltar para lista de causas)
24- Menopausa
Acredita-se que as mulheres
manifestam a alopecia androgenética mais tarde que os homens porque os
hormônios femininos protegem os folículos da ação do DHT (hormônio que provoca
a calvície). Como a produção desses hormônios é reduzida a partir da menopausa,
os fios podem ficar mais vulneráveis à queda.
A terapia de reposição hormonal pode
ajudar a evitar esse efeito, mas é uma opção que deve ser considerada com o seu
médico pesando todos os fatores relacionados à sua saúde (e não apenas à queda
de cabelo). Outras alternativas são os diversostratamentos disponíveis para a
alopecia androgenética feminina (clique aqui para saber mais sobre eles).
Remédios e tratamentos
25- Anabolizantes
Os esteróides anabolizantes são
substâncias derivadas ou com funções similares àtestosterona, o principal
hormônio masculino. Eles podem ser receitados para corrigir níveis baixos do
hormônio no organismo, mas muita gente usa anabolizantes para melhorar a
performance atlética e o crescimento muscular.
A alopecia androgenética é causada
exattamente por um hormônio derivado da testosterona, chamado
di-hitrotestosterona (ou DHT). Isso significa que se você tem predisposição à
calvície, um anabolizante pode acelerar o surgimento dela.
Verdade seja dita: a queda de cabelos
é o problema menos importante quando o assunto é anabolizante. Estamos falando
de substâncias que podem causar danos ao fígado, aumento da pressão arterial e
do colesterol, maior risco de problemas cardíacos, formação de coágulos
sanguíneos e até mesmo estímulo ao crescimento de células cancerígenas.
Então, a menos que eles estejam sendo
utilizados com orientação médica para corrigir um desequilíbrio hormonal, é
melhor repensar o uso de esteróides anabolizantes. Existem inúmeras opções pra
estimular a performance física e o ganho de massa muscular que não comprometem
a sua saúde – nem a dos seus cabelos.
26- Antibióticos
Existem três hipóteses principais
sobre o que faz alguns antibióticos provocarem queda de cabelo. Uma delas
associa a reação ao impacto que praticamente qualquer medicamento pode causar
no organismo, ou a alguma reação a um dos componentes do remédio.
Alguns antibióticos podem afetar as
células vermelhas do sangue e reduzir os níveis deferro e de algumas vitaminas
do complexo B. Como as duas substâncias são importantes para o crescimento dos
cabelos, a sua redução pode ser o que dispara a queda dos fios.
A terceira hipótese é a de que não
seria o antibiótico, mas sim a própria doença que ele está combatendo que
estaria fazendo o cabelo cair (como o corpo está concentrado em derrotar o
agente invasor e se recuperar, o crescimento do cabelo é colocado em segundo
plano).
Nos três casos, o mais importante é
notar que a queda de cabelo é temporária: assim que a doença é curada e o
medicamento é suspenso, o cabelo deve se recuperar normalmente. O maior
problema são os antibióticos tomados por longos períodos: nesses casos, pode
ser útil conversar com o seu médico e avaliar a possibilidade de mudar a
dosagem ou o tipo de antibiótico tomado.
27- Anticoagulantes
Os medicamentos anticoagulantes como
a varfarina, heparina, e ácido acetilsalicílico (Aspirina) são utilizados para
prevenir a formação de coágulos sanguíneos nos casos em que existe histórico ou
predisposição a desenvolvê-los (casos de infarto, acidente vascular cerebral –
AVC, angina, entre outros).
Essa classe de remédios pode afetar
negativamente os níveis de ferro no organismo, principalmente quando consumidos
durante longos períodos, o que poderia influenciar na queda de cabelo. O ideal
é procurar um médico e verificar se existe necessidade de adaptar a alimentação
ou utilizar suplementos para corrigir os níveis de ferro. Ou, se o problema não
for esse, analisar a possibilidade de mudar o medicamento ou a dosagem para
tentar amenizar os efeitos.
28- Anticonvulsivantes*
Utilizados na prevenção e controle
dos quadros de convulsão, epilepsia e transtorno bipolar, os remédios
anticonvulsivantes (ou anticonvulsivos) podem ter alguns efeitos colaterais que
afetam a pele (vermelhidão, reações alérgicas, coceira, entre vários outros).
A queda de cabelo pode surgir
associada a essas reações ou por causa de outro possível efeito colateral dos
medicamentos, que é a redução de algumas vitaminas importantes para os cabelos
(como as do complexo B). Analise o caso com o seu médico e verifique as
adaptações possíveis (tanto na alimentação quanto na medicação).
29- Antidepressivos*
Os antidepressivos são utilizados no
tratamento da depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade,
transtornos alimentares, distúrbios do sono, entre várias outras doenças. Eles
interferem no processamento dos neurotransmissores, substâncias que participam
da comunicação dos impulsos nervosos e regulam uma série de aspectos no nosso
corpo, como a fome, o sono, a temperatura e a atividade sexual.
Qualquer interferência relacionada a
essas substâncias gera impactos significativos no organismo, e esse choque pode
ser a causa da queda de cabelo. Em algumas situações os fios podem até mudar de
cor ou de textura (ficar mais claros, escuros ou cacheados, por exemplo).
A queda de cabelo associada aos
antidepressivos é classificada como eflúvio telógeno e costuma ser apenas
temporária. Em alguns casos ela acontece somente durante aadaptação do
organismo ao novo medicamento, e se resolve sozinha depois de alguns meses. Outros
quadros mais persistentes podem ser solucionados com a substituiçãodo
medicamento (por um de outra marca ou com outros princípios ativos) ou com a
mudança da dosagem. O ideal é conversar com o seu médico sobre as opções
disponíveis para o seu tratamento.
30- Anti-hipertensivos
Alguns medicamentos utilizados no
tratamento da pressão alta (como os beta-bloqueadores) também podem provocar
queda de cabelo. Porém, como a própriahipertensão pode ser a causadora do
problema, é preciso primeiro garantir que a doença esteja sob controle, para só
então suspeitar dos remédios e avaliar com o seu médico as opções de adaptação
no tratamento.
Curiosamente uma das substâncias mais
utilizadas no combate à queda de cabelo, ominoxidil, era utilizada inicialmente
apenas como medicamento para a hipertensão (conhecido pelo nome comercial de
Loniten). Ou seja, nem todos os anti-hipertensivos fazem mal para o cabelo –
alguns podem ser exatamente a solução do problema!
31- Antiinflamatórios não esteróides
Os antiinflamatórios não esteróides
são medicamentos comuns para o alívio de inflamações, dor e febre, e muito
utilizados contra dores de cabeça, dores musculares, artrite e mesmo em gripes
e resfriados. Alguns dos mais comuns são o ibuprofeno (Advil), ácido
acetilsalisílico (Aspirina), diclofenaco (Voltaren, Cataflam) e paracetamol
(Tylenol).
É bastante improvável que o uso
eventual desses medicamentos cause algum efeito sobre os cabelos. Os maiores
riscos envolvem doses maiores ou períodos mais prolongados, e mesmo nesses
casos pode ser que a queda de cabelo surja apenas no início do tratamento,
desaparecendo depois que o corpo se acostuma com o remédio. Se a queda for
persistente, o seu médico pode testar outros medicamentos ou mudar a dosagem
para tentar aliviar esse efeito.
32- Beta-bloqueadores
Os beta-bloqueadores, ou bloqueadores
beta-adrenérgicos, são substâncias utilizadas no tratamento da hipertensão,
arritmias, glaucoma, na proteção do coração após episódios de infarto, entre
outros casos.
Apesar de serem utilizados em alguns
casos de hipertireoidismo (que é uma doença que pode interferir na queda dos
cabelos), os beta-bloqueadores tendem a tratar apenas alguns dos sintomas (como
aumento da ansiedade, tremores, etc), não interferindo muito nos níveis dos
hormônios da tireóide no organismo.
A queda de cabelo costuma durar
apenas enquanto o medicamento está sendo tomado, mas nos casos em que o
tratamento é de longo prazo vale conversar com o seu médico para eliminar a
suspeita de outras causas para o problema (nos casos de hipertensão a queda
pode estar associada a baixos níveis de zinco, por exemplo), ou discutir a
possibilidade de fazer adaptações no tratamento. Vale lembrar que outros
remédios anti-hipertensivos também podem estar por trás da queda de cabelo.
33- Corticóides
Os corticóides são uma classe de
antiinflamatórios utilizados no tratamento de alergias, inflamações e doenças
autoimunes. Eles são ferramentas poderosas no combate a algumas doenças que
causam queda de cabelo, como o lúpus e a alopecia areata.
A diferença entre herói e vilão,
nesse caso, está na dose. Níveis muito grandes de corticóides no organismo
podem provocar a síndrome de Cushing, que pode causar queda de cabelo. Nesses
casos o ideal é conversar com o seu médico e avaliar a possibilidade de reduzir
as doses ou testar um medicamento diferente.
(Voltar para lista de causas)
34- Lítio
O lítio é utilizado principalmente em
medicamentos para tratamento de transtorno bipolar. A queda de cabelo pode
surgir como reação do organismo ao impacto da medicação (eflúvio telógeno), mas
um dos possíveis efeitos colaterais do tratamento é ohipotireoidismo, que
também pode causar o problema.
O primeiro passo é fazer exames para
verificar se a atividade da tireóide está normal. Se houver alguma alteração, o
tratamento para normalizar a função tireoidiana pode ser suficiente para
interromper a queda de cabelos. Se não for o caso, é necessário observar se os
fios vão parar de cair após alguns meses (o que acontece em alguns casos,
depois que o organismo se acostuma com o tratamento com lítio), ou verificar
com o seu médico se é possível fazer alguma alteração no medicamento ou na
dosagem para que os cabelos sejam menos afetados.
(Voltar para lista de causas)
35- Quimioterapia e Radioterapia
O câncer é uma doença (ou um conjunto
delas, na verdade) em que um grupo de células começa a se reproduzir de forma
descontrolada, podendo afetar os tecidos da região onde se encontra ou se
alojar em outras partes do corpo.
Os medicamentos utilizados no
tratamento da doença não sabem distinguir o que é câncer e o que não é: o que
eles fazem é atacar as células que têm a característica de se multiplicarem
rapidamente. O problema é que os folículos capilares também envolvem
multiplicação intensa de células na produção dos fios, e muitas vezes são
afetados pelos tratamentos.
Alguns medicamentos podem causar a
queda de todos os fios (não só da cabeça, mas também de outras partes do
corpo), outros apenas tornam os cabelos mais ralos efrágeis, podendo alterar
também a sua cor e textura.
A radioterapia é um procedimento mais
localizado e só costuma afetar as células da região tratada, portanto só
provoca queda de cabelo nos casos em que o câncer se encontra na cabeça.
Assim que a quimioterapia ou
radioterapia é encerrada, os folículos capilares se recuperam normalmente e
retomam o crescimento dos fios. Vários médicos recomendam o uso de tônicos de
minoxidil para ajudar nessa recuperação. As próteses capilares são ótimas
opções para cobrir as áreas calvas até que o cabelo natural volte a crescer
normalmente.
36- Remédios para colesterol
Um dos tipos de remédio mais
utilizados no combate aos altos níveis de colesterol são asestatinas, mas um
possível efeito colateral do seu uso é o aumento da queda de cabelo. Pode ser
que isso aconteça como reação do corpo ao medicamento (caso clássico de eflúvio
telógeno), mas talvez a “culpa” seja exatamente da redução do colesterol: ele é
importante para a produção dos hormônios do nosso corpo, e a flutuação dos seus
níveis pode ter efeitos nos cabelos (como na queda de cabelo pós-parto, na
menopausaou na alopecia androgenética clássica).
O controle do colesterol é
importantíssimo para evitar bloqueios nas veias e artérias e reduzir o risco de
infarto ou acidente vascular cerebral, por exemplo. Portanto, nunca se deve
suspender a medicação por conta própria apenas porque os cabelos estão caindo.
É preciso primeiro garantir que os medicamentos são os verdadeiros culpados
pela queda de cabelo (verificar a saúde da tireóide, os níveis dos hormônios no
corpo, se existe alguma deficiência nutricional, etc). Converse com o seu
médico sobre as opções disponíveis para o seu tratamento.
37- Remédios para diabetes
Existem diversos medicamentos para a
diabetes, mas nem todo mundo reage bem a todos eles. Praticamente qualquer
remédio pode desencadear o eflúvio telógeno, mas nesse caso pode haver um
segundo complicador: alguns medicamentos utilizados no tratamento da diabetes
podem reduzir a absorção de algumas vitaminas, principalmente do complexo B, o
que pode ser a causa da queda de cabelo. Essas vitaminas também interferem na
absorção do ferro, outro componente fundamental para evitar que os fios caiam.
Em primeiro lugar é preciso garantir
que não é a própria diabetes que está provocando a queda. Se mesmo com a doença
estabilizada o cabelo continua a cair, é possível avaliar com o seu médico a
possibilidade de realizar adaptações na medicação ou investigar se o caso
envolve deficiências nutricionais.
38- Remédios para gota
A gota é uma doença relacionada ao
aumento dos níveis de ácido úrico no sangue. O depósito dos cristais formados
pelo ácido nas articulações pode causar dor e inflamação.
Alguns dos remédios utilizados no
tratamento da gota, como o alopurinol e acolchicina, podem ter como efeito
colateral a queda ou a mudança na coloração do cabelo, mas essas manifestações
não são muito frequentes. É comum controlar a inflamação com uso de alguns
corticóides e antiinflamatórios não esteróides, que também podem fazer o cabelo
cair mais que o normal. O uso de anticoagulantes pode piorar os dois quadros (o
de gota e o de queda!).
Algumas outras doenças podem afetar
com mais frequência as pessoas que têm gota, como anemia, psoríase,
hipotireoidismo, pressão alta e diabetes, e elas também podem ser causadoras da
queda de cabelo, portanto vale investigar o caso com cuidado. Fale com o seu
médico sobre fazer exames para descartar os suspeitos e testar variações nos
medicamentos para identificar os verdadeiros “culpados”.
39- Remédios para tireóide
Tanto o hipotireoidismo quanto o
hipertireoidismo podem produzir queda acentuada de cabelo, e o tratamento para
normalizar a atividade da tireóide geralmente resolve esses casos. Porém, se a
dosagem do medicamento não for bem regulada, ele pode acabar causando o efeito
inverso: um quadro de hipotireoidismo pode se transformar em hipertireoidismo e
vice-versa (o que pode fazer a queda de cabelos retornar).
Para evitar esse efeito, é necessário
que as pessoas recebendo tratamento para a tireóide sejam acompanhadas
regularmente por um médico, fazendo exames periódicos para avaliar se há
necessidade de aumento ou diminuição na dosagem dos remédios.
40- Retinóides
Em tese, os retinóides podem tanto
aumentar quanto diminuir a queda de cabelo. São substâncias que interferem na
regulação do crescimento das células da pele, e são bastante utilizadas no
tratamento da acne e da psoríase. A tretinoína, a isotretinoína (princípio
ativo do Roacutan) e o adapaleno são alguns dos retinóides mais conhecidos.
Acredita-se que a ação desses
medicamentos na pele possa interferir na atividade dos folículos capilares, mas
existe outra pista que pode ser importante: os retinóides são formados a partir
da estrutura da vitamina A (cujo excesso também é associado à queda de cabelo).
Curiosamente, alguns estudos apontam
que o uso de retinóides tópicos (como cremes, loções ou géis, aplicados
superficialmente sobre a pele) pode inibir a queda de cabelo, principalmente
quando associado ao uso de loções de minoxidil: aparentemente eles aumentam a
sensibilidade da pele, ampliando os efeitos do tratamento.
Isso pode sugerir que o tratamento
sistêmico (que age dentro do organismo, como os comprimidos) tem maiores
chances de provocar queda de cabelo que o tratamento tópico. De qualquer forma,
se você utiliza medicamentos com retinóides, vale conversar com o seu médico
para avaliar quais alternativas podem ser adotadas.
Doenças e problemas de saúde
41- Acidente
Lidar com o dano físico, os medicamentos
e o stress envolvido num acidente é um grande choque para o organismo. A queda
de cabelo pode aparecer meses depois do acidente, mas assim que você estiver
100% recuperado os folículos capilares retomam a sua atividade normal.
Se houver trauma físico na região da
cabeça, é preciso aguardar a cicatrização para avaliar se o cabelo vai ser
afetado. Em alguns casos os fios param de crescer sobre umacicatriz muito
grande. É possível fazer uma revisão cirúrgica da cicatriz, reduzindo a sua
extensão, ou mesmo um transplante capilar para que a pele volte a ter cabelos.
42- Alopecia areata
A alopecia areata é uma condição
autoimune em que o organismo começa a atacar os folículos capilares como se
eles fossem agentes invasores. Na maioria dos casos surgem “ilhas” de calvície
no couro cabeludo (áreas calvas bem delimitadas), apesar de algumas pessoas
manifestarem a alopecia areata de forma difusa. A queda de cabelo pode avançar
ou regredir espontaneamente, e é normal que aconteçam vários episódios ao longo
da vida.
Ainda não existe uma cura definitiva,
mas já temos várias opções de tratamentos para alopecia areata (clique para
saber mais sobre eles). Nos casos mais avançados, aspróteses capilares podem
ser uma boa solução estética.
43- Alopecia cicatricial
O que chamamos de alopecia
cicatricial não é uma única doença, mas um conjunto de ocorrências que podem
provocar dano permanente aos folículos capilares, gerando áreas de calvície
permanente. Isso inclui desde os danos físicos (como queimaduras,acidentes ou a
área de cicatriz de algumas cirurgias) até uma série de doenças inflamatórias
que podem afetar direta ou indiretamente os folículos (saiba mais sobre elas
aqui).
Grande parte dessas doenças tem ocorrência
crônica (os episódios se repetem ao longo da vida do indivíduo) e pode ser
confundida com outros tipos de alopecia, como aareata ou algumas micoses. A
investigação de todos os casos deve ser levada a sério exatamente para não
correr esse risco: como a alopecia cicatricial pode causar calvície
irreversível, o tratamento correto deve ser iniciado o mais rápido possível.
44- Cirurgia
Uma cirurgia gera sempre um impacto
para o organismo, e já vimos que é comum surgir um quadro de eflúvio telógeno
nessas situações. Quanto maior a cirurgia, maior também a chance de esse tipo
de reação acontecer.
Algumas pessoas acreditam que o
método anestésico poderia ter uma participação importante nesses casos,
principalmente a anestesia geral: em teoria, ela manteria apenas os processos
fundamentais do corpo funcionando, e deixaria os demais (como a produção dos
cabelos) em stand-by. Esse “desligamento” temporário poderia fazer com que os
folículos entrassem prematuramente na fase telógena, provocando a queda
acentuada dos fios.
Seja esse o caso ou não, o fato é que
os quadros de queda de cabelo após uma cirurgia tendem a se resolver
normalmente nos meses seguintes, quando o corpo se recupera. Uma possível
exceção para essa regra são as cirurgias que envolvem o sistema digestivo (como
a redução de estômago ou remoção de parte do intestino, por exemplo): algumas
delas podem provocar a síndrome da má absorção e prejudicar o crescimento dos
cabelos. Nesses casos, é preciso conversar com o seu médico para avaliar as
suplementações ou adaptações alimentares que podem ser necessárias.
Um tipo diferente de calvície
associada a cirurgias é a que surge em algumas cicatrizes. Em alguns desses
casos é possível fazer um transplante capilar para recuperar a área atingida.
45- Dermatite seborreica (caspa)
Dermatite seborreica é um problema
que provoca descamação exacerbada da pele (que gera a caspa), além de
vermelhidão, coceira, irritação e, em alguns casos, queda de cabelo. Sua
ocorrência parece estar relacionada a fatores genéticos, climáticos (é mais
frequente em climas frios) e emocionais (situações de stress podem desencadear
uma crise). Outras ocorrências aparentemente relacionadas à dermatite
seborreica são o excesso de oleosidade e o aumento da quantidade de um tipo de
fungo que vive normalmente na nossa pele (assim como no caso da ptiríase
versicolor).
O tratamento geralmente é realizado
com antifúngicos, shampoos especiais (como os decetoconazol) e corticóides.
Acredita-se que a má alimentação e o tabagismo podem piorar os quadros de
dermatite seborreica, assim como os banhos com água muito quente e o uso de
acessórios que abafem muito a cabeça (como bonés e lenços, por exemplo).
46- Diabetes
A ocorrência de queda de cabelo em
pessoas com diabetes (doença relacionada ao aumento dos níveis de açúcar no
sangue) é comum, mas os motivos podem ser vários:
A circulação sanguínea pode ficar
prejudicada, o que compromete o fornecimento de nutrientes para os folículos
capilares e faz com que eles reduzam a sua atividade.
Outras doenças, como a síndrome de
Cushing, a hipertensão, o hipertireoidismo e a síndrome do ovário policístico
podem estar relacionadas ao surgimento da diabetes – e também da queda de
cabelos.
Alguns medicamentos, como os
corticóides, beta-bloqueadores e anti-hipertensivos, podem interferir na
manifestação da doença. Além disso, vários diabéticos utilizam remédios para
regular o colesterol. Todos eles podem ter relação com a queda dos fios –
inclusive alguns dos medicamentos voltados para otratamento da própria
diabetes.
Níveis baixos de algumas vitaminas
são frequentes nos diabéticos (e também nas pessoas que têm queda de cabelo).
Algumas mulheres desenvolvem o que se
chama de diabetes gestacional, que pode ser a causa da perda de cabelo durante
a gravidez. O quadro requer tratamento, mas pode ser apenas temporário.
Às vezes o próprio stress emocional
relacionado à doença pode ser um gatilho para fazer os cabelos caírem.
Com tantos elementos que podem
interferir no problema, pode parecer muito difícil determinar exatamente qual
(ou quais) deles é o verdadeiro culpado. O mais importante é, primeiramente,
manter a doença sob controle. Inicie o seu tratamento, siga as recomendações do
seu médico e observe o que acontece.
Se a normalização dos níveis de
açúcar no sangue não resolver o problema, você pode começar a investigar os
demais suspeitos. Converse com o seu médico sobre possíveis adaptações nos
medicamentos, mudanças na sua alimentação,suplementos nutricionais e outras
alternativas.
Vale frisar que os cuidados com a
diabetes podem ter de ser intensificados com a chegada da menopausa. Outro
alerta: o tabagismo em diabéticos, além de intensificar a queda de cabelo, pode
causar sérios riscos à saúde.
47- Doenças agudas
Pode parecer mentira, mas até uma
gripe pode fazer você perder cabelo! Qualquer episódio severo de uma doença
aguda, como uma infecção causada por vírus ou bactérias, pode fazer com que o
seu corpo entre em estado de alerta e recuperação. Como já vimos, uma das
maneiras que o organismo tem de reagir a esses quadros é concentrar todos os
seus recursos na cura da doença – e as funções menos importantes, como o
crescimento dos cabelos, ficam em segundo plano.
É bom prestar atenção porque na
maioria dos casos os cabelos só começam a cairalguns meses depois do episódio.
Talvez aquela amigdalite que você teve um tempo atrás pode ser a culpada pelos
fios que você está perdendo agora.
É um caso clássico de eflúvio
telógeno, que tende a se resolver normalmente depois que o organismo se
recupera, então não há muito o que fazer além de esperar. É normal que os
quadros levem até seis meses para serem estabilizados – se a sua queda de cabelo
permanecer por muito mais tempo, a causa pode ser outra.
48- Febre alta
Entre os vários tipos de doenças e
infecções que podem disparar um episódio de eflúvio telógeno, os casos que
envolvem febre alta são alguns dos culpados mais frequentes.
A febre é um mecanismo natural de
autodefesa do organismo, que identifica a presença de invasores e eleva a
própria temperatura para tentar eliminá-los. Um dos recursos que o corpo usa
para isso é a diminuição do fluxo sanguíneo da pele, para mantê-lo mais
distante da superfície (onde ele perde calor com mais facilidade).
Pode ser que essa redução da
alimentação sanguínea seja capaz de afetar os cabelos, ou que o próprio esforço
de recuperação da infecção exija muito do corpo. A culpa pode ser também dos
medicamentos utilizados durante a infecção: o ibuprofeno, por exemplo, é um
antipirético (combate a febre) que pode causar queda de cabelos em alguns
casos.
49- Hipertensão
A hipertensão (pressão sanguínea
muito alta) podem desencadear a queda de cabelo por uma série de motivos. Além
do impacto que a própria doença gera no organismo, vários quadros de
hipertensão estão associados a baixos níveis de zinco no organismo, e alguns
medicamentos anti-hipertensivos (como os beta-bloqueadores) também podem ser os
culpados.
O primeiro passo nesses casos é
garantir que a hipertensão seja tratada. Se a queda de cabelo persistir mesmo
com a pressão sanguínea normalizada, vale conversar com o seu médico para
verificar se há deficiência de zinco ou se a troca dos medicamentos (ou a
diminuição da dosagem) pode ser realizada.
50- Hipertireoidismo
Quando os hormônios produzidos pela
tireóide se encontram em níveis maiores que o normal, cria-se um quadro de
hipertireoidismo. O metabolismo corporal fica acelerado e acredita-se que essa
alteração pode se aplicar também aos folículos capilares, fazendo com que os
ciclos de crescimento do cabelo sejam acelerados. Isso pode fazer com que os
fios caiam numa velocidade maior do que o corpo é capaz de repor.
O hipertireoidismo pode causar
pressão alta, insônia, inquietação, ansiedade, perda de peso e aumento no
apetite. O tratamento mais comum é realizado com remédios que reduzem os níveis
dos hormônios da tireóide (alguns quadros são tratados com beta-bloqueadores,
que também podem provocar queda de cabelo).
Em alguns casos a glândula pode ser
removida cirurgicamente ou destruída com o uso de iodo radioativo, e o paciente
passa a tomar medicamentos contendo os hormônios que a tireóide produziria.
Em todos os casos a dosagem dos
remédios deve ser acompanhada regularmente pelo médico, para evitar o risco de
desenvolver o hipotireoidismo (que também causa queda de cabelo).
51- Hipotireoidismo
Hipotireoidismo é um quadro em que os
hormônios produzidos pela tireóide se encontram em níveis menores do que o
normal. A doença afeta o metabolismocorporal, e acredita-se que ela pode
reduzir a atividade dos folículos capilares, fazendo com que os fios não
cresçam com a mesma velocidade de sempre e deixando os cabelos mais ralos,
secos e quebradiços.
Outros sintomas de hipotireoidismo
incluem fadiga, sonolência, falta de energia, ganho de peso, prisão de ventre,
fraqueza muscular e ressecamento da pele. Se você desconfia que pode estar com
essa doença, procure o seu médico para confirmar o diagnóstico e iniciar o
tratamento. Confira também se os níveis de zinco no seu corpo estão normais,
pois é comum que eles estejam diminuídos com o hipotireoidismo.
Assim que a atividade da tireóide é
normalizada, os cabelos voltam a crescer normalmente. Mas é importante manter o
acompanhamento médico para avaliar a necessidade de adaptação nas doses do
medicamento ao longo do tempo (uma dosagem muito alta pode acabar gerando o
quadro oposto, hipertireoidismo, que também pode provocar queda de cabelos).
52- Lúpus
Lúpus é uma doença que faz com que o
sistema de defesa do organismo ataque os órgãos do próprio corpo. A sua
manifestação pode ser sistêmica (envolver várias partes do corpo) ou restrita à
pele. Vários casos de lúpus estão associados à queda de cabelo, mas é preciso
que se investigue o caso com cuidado, pois existem muitas variáveis que podem
interferir nesses casos.
Uma possibilidade é que a inflamação
causada pelos episódios de atividade do lúpus façam o cabelo cair (nessas
situações, assim que a crise é controlada os cabelos voltam ao normal). Porém,
é preciso lembrar que alguns antiinflamatórios não esteróides,corticóides,
anticoagulantes ou outros medicamentos utilizados podem ser os culpados por
trás da queda dos fios – alguns remédios podem inclusive gerar quadros
desintomas similares ao lúpus, que são suspensos quando o tratamento é
encerrado.
Também é possível que outras
ocorrências relacionadas à manifestação do lúpus, comofebre, anemia e falta de
apetite (levando a uma nutrição deficitária) e até mesmo ostress de lidar com a
doença possam estar fazendo o cabelo cair. Por isso, a investigação do caso
deve ser feita de forma criteriosa e paciente, eliminando suspeitas até chegar
ao verdadeiro causador da queda de cabelo.
No caso do lúpus discóide (forma da
doença que gera marcas circulares na pele), se as lesões no couro cabeludo
forem agressivas e não receberem tratamento adequado, podem causar um tipo de
calvície classificado como alopecia cicatricial, com dano permanente aos
folículos capilares da área afetada. Em alguns casos é possível recuperar as
partes calvas com um transplante capilar, mas o ideal é esperar que a
inflamação esteja inativa e estável durante bastante tempo (um a dois anos)
antes de considerar essa alternativa.
53- Micose
A tinea capitis (ou tinha do couro
cabeludo) é uma infecção causada por fungos que ocorre com mais frequência nas
crianças, mas também pode afetar os adultos. Ela normalmente começa com áreas
avermelhadas na pele, que progridem e formam regiões arredondadas de calvície.
Elas podem vir acompanhadas de coceira, inflamação e formação de crostas. O
contágio é feito pelo contato com pessoas, animais ou objetos infectados (como
escovas de cabelo, chapéus ou travesseiros, por exemplo).
A ptiríase versicolor é causada por
fungos que habitam normalmente a nossa pele, mas podem se multiplicar demais e
começar a causar problemas. Ela forma manchas amareladas (podem parecer
esbranquiçadas devido ao contraste com a cor da pele) que podem envolver queda
dos fios nas áreas atingidas e coceira. Acredita-se que alguns fatores
genéticos, ambientais (clima quente e úmido) e alguns problemas de saúde
(deficiências nutricionais, problemas imunológicos, dermatite seborreica e
síndrome de Cushing) podem aumentar as chances de ocorrência do problema.
Em ambos os casos, o tratamento
geralmente é realizado com antifúngicos sistêmicos(administrados em forma de
comprimidos) e tópicos (como os shampoos decetoconazol, que são comuns no
tratamento da queda de cabelo). No caso da tinea capitis, é importante começar
o tratamento o mais rápido possível porque ela pode causar lesões permanentes
aos folículos capilares, provocando alopecia cicatricial.
54- Psoríase
A psoríase é uma condição crônica (de
fundo genético e autoimune) que geralmente causa lesões avermelhadas e com
descamação na pele, podendo acometer várias partes do corpo (inclusive o couro
cabeludo). Podem acontecer vários episódios ao longo da vida do indivíduo.
A queda de cabelo associada à doença
costuma ser atribuída aos traumas físicos gerados pela coceira, ao impacto da
inflamação, aos medicamentos utilizados para controlá-la (como alguns
retinóides) ou até mesmo ao stress de ter que lidar com o problema. Mas em
casos muito graves a doença pode causar lesões permanentes nos folículos
capilares e provocar alopecia cicatricial.
Muitas vezes a psoríase é confundida
com algumas micoses, o que pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento.
Sabe-se que os portadores de doenças autoimunes podem ter maiores chances de
manifestarem outras condições similares, como alguns tipos de hipotireoidismo,
hipertireoidismo, diabetes e lúpus (doenças que também podem provocar queda de
cabelo). Uma delas é a alopecia areata, que também provoca episódios
recorrentes de calvície em áreas delimitadas. Além disso, quem tem psoríase também
pode ter risco aumentado de desenvolver hipertensão.
Por isso é importante investigar o
quadro com atenção e identificar a verdadeira causa do problema. Procure o seu
médico, observe o padrão com que a queda de cabelos acontece e investigue se
existem outros problemas de saúde que podem estar causando ou piorando o
quadro.
55- Problemas na hipófise
Muitas das causas da queda de cabelos
são relacionadas a diferentes hormônios. Portanto, se há algum problema com a
hipófise, a glândula mestra que regula o funcionamento de várias outras
glândulas do nosso corpo, é de se esperar que os desequilíbrios hormonais gerem
vários problemas, incluindo a queda exagerada dos fios.
A tireóide e as suprarrenais, por
exemplo, dependem dos comandos da hipófise para produzirem seus hormônios.
Problemas nessas glândulas podem gerar hipotireoidismo,hipertireoidismo e
síndrome de Cushing – todas essas condições podem ter como sintoma a queda do
cabelo.
A glândula também participa da
produção dos hormônios femininos e masculinos, que quando desequilibrados podem
provocar alterações menstruais ou interferir na manifestação da alopecia
androgenética.
O diagnóstico de problemas na
hipófise é bastante raro, e costuma ser feito através de exames de sangue e de
imagem. O seu médico deve investigar o caso e determinar qual a melhor via de
tratamento.
56- Problemas nas supra-renais
As glândulas suprarrenais (ou adrenais)
são responsáveis pela produção de vários hormônios fundamentais, como o
cortisol, a adrenalina e a testosterona, e regulam o processamento das
gorduras, proteínas e dos níveis de sais no corpo.
Como essas funções afetam inúmeros
aspectos do nosso organismo, pode ser difícil chegar ao diagnóstico exato. Por
exemplo: alguns dos sintomas de baixa atividade das suprarrenais, como cansaço,
fadiga e sonolência, podem ser associados aohipotireoidismo ou anemia. A
produção excessiva de alguns hormônios pode causar irregularidades menstruais e
desenvolvimento de pelos faciais, sintomas que também podem gerar a suspeita de
síndrome do ovário policístico. Todos esses casos podem gerar queda de cabelo.
Se houver excesso de cortisol no
organismo, seja por algum problema das suprarrenais ou por excesso de medicação
com corticóides, é possível desenvolver a síndrome de Cushing, que também pode
fazer os cabelos caírem com mais intensidade. Já a produção exacerbada de
hormônios androgênicos pode acentuar os quadros de alopecia androgenética.
Somente uma avaliação criteriosa
realizada pelo seu médico, comparando os sintomas e solicitando exames para
verificar a função das suprarrenais, é capaz de desvendar o que pode realmente
estar por trás da queda de cabelo nesses casos.
57- Queimadura
As queimaduras podem causar queda de
cabelo por duas vias diferentes. Uma queimadura séria, principalmente quando
atinge grandes extensões do corpo, pode desencadear a ocorrência de eflúvio
telógeno. Mas se ela afetar o couro cabeludo os folículos capilares podem
sofrer danos permanentes, gerando um quadro de alopecia cicatricial.
A escolha do tratamento, nesse caso,
deve considerar a extensão e a profundidade do dano causado pela queimadura. Em
alguns casos é possível recuperar as partes calvas através de um transplante
capilar, aproveitando os folículos das áreas que não foram atingidas.
Se a pele tiver sido muito danificada
e os folículos transplantados não tiverem boas chances de sobrevivência, ou se
o paciente não quiser ou puder passar por um procedimento cirúrgico por
qualquer outro motivo, uma prótese capilar pode ser uma boa solução para o
problema.
58- Sífilis
Esse é um dos casos em que a
investigação de uma queda de cabelo pode literalmente salvar a sua vida.
A sífilis é uma doença sexualmente
transmissível causada por uma bactéria, que evolui em diferentes estágios no
organismo. No primeiro deles, que começa alguns dias depois de o corpo ser
infectado, surgem pequenas lesões na área genital e ínguas (áreas de inchaço)
na virilha, que não costumam causar dor, coceira ou outros sintomas, e podem
desaparecer sozinhas e sem deixar cicatrizes.
No segundo estágio, formam-se manchas
avermelhadas na pele, que podem vir acompanhadas de febre e queda de cabelo. Os
sintomas também podem sumir espontaneamente, mas a doença não está curada.
Quando se atinge o terceiro estágio, a sífilis pode afetar o sistema nervoso e
cardiovascular, causando complicações muito sérias que, se não tratadas, podem
até levar à morte.
Como os sintomas mais leves podem
desaparecer sozinhos, muita gente não dá a devida importância a eles, o que
aumenta as chances de a doença se agravar e causar problemas mais graves.
Portanto, se você observar qualquer sintoma parecido, deve procurar um médico o
mais rápido possível para confirmar o diagnóstico.
A boa notícia é que é possível tratar
e se curar da sífilis com antibióticos. A má notícia é que você pode voltar a
se infectar no futuro se tiver relações sexuais desprotegidas.
59- Síndrome de Cushing
Causada pelo excesso do hormônio
cortisol no organismo, a síndrome de Cushing pode ser provocada tanto pelo
consumo excessivo de medicamentos corticóides quanto por problemas na produção
de cortisol nas glândulas suprarrenais.
Além da queda de cabelo, outros
sintomas são o acúmulo de gordura no corpo, formação de estrias na pele,
dificuldade de cicatrização, irregularidades menstruais, cansaço e aumento da
pressão sanguínea. Algumas mulheres podem desenvolver aumento dos pelos do
rosto (hirsutismo).
Caso haja suspeita de síndrome de
Cushing, é fundamental procurar o seu médico para avaliar os níveis de
cortisol, confirmar o diagnóstico e tratar a causa correta do problema.
60- Síndrome de má absorção
O que chamamos de síndrome da má
absorção na verdade é um conjunto de problemas que pode fazer com que o corpo
não absorva os nutrientes da maneira adequada, o que pode causar deficiências
nutricionais (como já vimos, elas podem ser o ponto de partida da queda de
cabelo).
Algumas das possíveis causas da má
absorção são:
Doença celíaca (intolerância ao
glúten)
Doença de Chron
Retrocolite ulcerativa
Obstrução do duto biliar
Pancreatite
Fibrose cística
Intolerância à lactose
Parasitoses
Cirurgia bariátrica
Cirurgia que remova parte do
intestino delgado
A ocorrência de perda de peso mesmo
mantendo uma dieta normal, diarréia frequente e deficiências nutricionais podem
levar à suspeita de má absorção. O seu médico deve realizar os exames
necessários para confirmar o diagnóstico e determinar as melhores opções de
tratamento.
61- Tabagismo
Quem fuma já está cansado de ouvir sobre
como isso faz mal à saúde e todas as doenças graves que podem surgir como
consequência, incluindo algumas que podem levar à morte. Mas vamos adicionar
mais um argumento à sua lista de motivos pra largar o cigarro: fumar pode
causar queda de cabelo.
Já se sabe que o cigarro provoca
envelhecimento precoce da pele (onde se encontram os folículos capilares), além
de prejudicar o sistema circulatório (inclusive os pequenos vasos que sustentam
os fios), poder causar danos ao DNA das células (o que pode prejudicar a
reprodução das células que compõem o cabelo) e enfraquecer o sistema
imunológico (deixando o corpo mais vulnerável a várias doenças que podem fazer
o cabelo cair ainda mais).
Além disso, estudos já mostraram que
fumar pode acelerar a manifestação da alopecia androgenética em pessoas que têm
tendência a desenvolvê-la. Ou seja, se você é fumante pode acabar ficando calvo
mais rápido!
Distúrbios psicológicos
62- Stress emocional
Situações de stress psicológico
severo podem ser tão debilitantes para o organismo quanto um trauma físico. Uma
mudança de cidade, excesso de trabalho, preocupação com algum problema sério,
término de um relacionamento, perda de um ente querido ou outras ocorrências
podem fazer com que o corpo reaja da mesma forma que a uma doença, concentrando
os recursos disponíveis na sua recuperação e deixando de lado as funções
secundárias (como o crescimento dos cabelos).
Esses quadro é classificado como
eflúvio telógeno, e pode aparecer meses depois do evento que o causou. Assim
que o corpo se recupera do stress, a situação tende a se resolver sozinha. Não
hesite em procurar ajuda psicológica se for necessário, e suspeite de outras
causas se o cabelo continuar caindo depois de seis meses.
63- Transtornos alimentares
A anorexia e a bulimia são
transtornos psicológicos que criam padrões de comportamento doentios em relação
à alimentação. Por um medo exagerado de engordar, os anoréxicos evitam grande
parte dos alimentos, ingerindo uma quantidade de nutrientes muito abaixo do
considerado normal (muitas vezes apenas na forma de líquidos e porções pequenas
de vegetais leves, chegando ao jejum completo durante vários dias nos casos
mais severos). Já os bulímicos alternam períodos de compulsão (ingestão
exagerada de alimentos) e eliminação (vômito induzido motivado pela culpa após
o episódio compulsivo).
Em ambos os casos é bastante comum a
ocorrência de queda de cabelo, além de emagrecimento exagerado (principalmente
nos anoréxicos), fraqueza e falta de energia. A falta de nutrientes pode chegar
a níveis extremos, que envolvem risco de morte.
O tratamento desses casos é
psicológico e psiquiátrico, e deve envolver acompanhamento de longo prazo. É
comum a ocorrência de outros transtornos como a depressão, síndrome do pânico e
outros comportamentos compulsivos, como atricotilomania (arrancamento dos
próprios cabelos), que também devem ser tratados.
64- Tricotilomania
O nome parece complicado, mas
trata-se basicamente de um comportamento compulsivo que leva a pessoa a
arrancar os fios do próprio cabelo. O problema é muitas vezes associado a
quadros de ansiedade e stress, e pode surgir em qualquer época da vida. Algumas
pessoas desenvolvem também o hábito de ingerir os fios arrancados (quadro
chamado de tricofagia), o que pode causar problemas de saúde sérios.
As opções de tratamento envolvem
tanto o aspecto psicológico da compulsão quanto arecuperação das áreas calvas
geradas pelo arrancamento dos fios. Clique aqui para saber mais sobre os
tratamentos para tricotilomania.
Causas naturais
65- Envelhecimento
A queda de cabelo associada ao
envelhecimento não deve ser confundida com a alopecia androgenética, que causa
a calvície tradicional (e que também progride com o avanço da idade). Os
efeitos que o envelhecimento tende a causar nos cabelos são mais difusos: os
fios vão ficando brancos, o cabelo tende a se tornar mais fino e seco(propenso
a quebrar com mais facilidade) e as fases de crescimento dos fios vão se
tornando mais reduzidas.
Nem todo mundo encara essas mudanças
como um problema. Com os devidos cuidados para repor os óleos que os folículos
não produzem mais em tanta quantidade (através do uso de óleos capilares),
manter a cor dos cabelos bonita e uniforme (conservando-os brancos ou
tingindo-os de outras tonalidades) e adotar produtos e penteados que criem mais
volume, as alterações podem ser facilmente contornadas.
É claro que outros fatores, como
aspectos nutricionais, medicamentos e problemas de saúde podem acentuar a queda
dos cabelos. Portanto o ideal é manter os cuidados sempre em dia, fazer
check-ups regulares e conversar com o seu médico caso haja a suspeita de que
algum outro fator possa estar fazendo o cabelo cair mais que o normal.
Qual é o seu caso?
Agora, queremos saber de você: já
conseguiu descobrir porque o seu cabelo está caindo? Você tem algum dos
problemas sobre os quais nós falamos? Ficou alguma dúvida que não foi
respondida aqui? Deixe um comentário e conte pra gente!
http://www.chegadequeda.com.br
obs: este site tem uma vasta pesquisa sobre o assunto.
www.melhorcomsaude.com
Postado por dharmadhannya
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