sábado, 10 de outubro de 2015

A crise atual e a força para vencer.






A crise atual e a  força para vencer. 

Geralmente, os “matadores de sonhos” costumam utilizar seu tempo livre com atividades inúteis, sem propósitos ou direção. Assim, não precisam se concentrar na busca da autorrealização e tentam lhe convencer a fazer o mesmo.

 Lamentavelmente, algumas pessoas talentosas se deixam influenciar por esses comentários negativos e acabam abandonando seus objetivos de prosperidade, achando que a vida é assim mesmo.

Há ainda os “matadores de sonhos” que torcem por seu fracasso e se alegram ao ver você em uma condição ruim, pois assim eles se justificam com a falsa sensação de igualdade em meio à mediocridade. E às vezes, quando você está mal, eles lhe ajudam a se sentir ainda pior.

Você, então, adia seus planos. Talvez já tenha adiado tantas vezes seus objetivos e sonhos, que até já se tenha cansado. Entretanto, seu pensamento não lhe dá sossego e continua incessantemente lhe cobrando:

 “E aquele sonho? O que vai fazer com ele?”

 Você faz de conta que não ouve, apenas acena com a cabeça e diz: “ah, já sei, aquele sonho, estou pensando nele”. Passam-se alguns dias, você sonha mais. Às vezes acorda à noite, não consegue dormir, vira-se de um lado para outro na cama, e o questionamento continua: “já se esqueceu de seu sonho grandioso?” “Não, não me esqueci, estou sempre pensando nele”.

O amargo sabor do fracasso
Algumas questões sempre me intrigaram: por que algumas pessoas progridem sem parar, enquanto outras trabalham duro e mal conseguem pagar as contas no final do mês?

 Por que algumas pessoas são felizes e realizadas e outras insatisfeitas e deprimidas? Por que somente alguns conseguem alcançar grande sucesso? Será que ter fama, fortuna e prestígio e conseguir realizar tudo o que se deseja é um privilégio reservado a poucos iluminados? Assim como eu, tenho certeza de que você já pensou em tudo isso e muito mais.

Era exatamente isso o que se passava em minha mente naquele momento crítico em que eu recebia a notícia de que estava sendo demitido. Eu estava com 30 anos, havia recentemente me formado na faculdade, em ciência da computação, via aquele meu objetivo inicial de fazer uma carreira de executivo indo por água abaixo.

Aquele havia sido meu primeiro trabalho de verdade, porque até então eu não tinha profissão definida, e só tinha conseguido empregos temporários ou subempregos.


Paralelamente a esse primeiro emprego, para complementar minha renda, eu dava aulas de inglês à noite, em casa. Já era casado, pai de gêmeos, e minha esposa, Vânia, estava grávida novamente, à espera de uma menina.

A situação era crítica, mas eu não sabia ainda que aquele momento decisivo mudaria minha vida para sempre.
Se você já passou pela experiência de ser demitido, conhece muito bem os sentimentos que a acompanham. Uma série de perguntas circula em sua mente tentando encontrar o porquê, e especialmente o “por que eu?”:
                    Será que não gostaram de mim?
                    Será que não fui bem no trabalho e eu nem sabia?
                    Será que foi uma questão pessoal ou profissional?
                    Será que é o meu jeito de ser, de falar, de agir?
                    Será que eu não tenho potencial?
                     
                    Será que vou conseguir outro emprego?
                    Será que isso vai acontecer de novo?
                    Será só imaginação?
                     
                    Será que tudo isso é em vão?
                    Será que vou conseguir ir em frente?
                    Será, será, será...?
                     
Nesse instante de introspecção, somos tomados por sentimentos de medo, insegurança e um número sem fim de dúvidas sobre nós mesmos. Depois surgem os fantasmas imaginários e fazem você se sentir como se estivesse preso em uma cela escura e pequena.

É como se, inserido nessa prisão, você não passasse frio nem fome, pois tem algum agasalho e diariamente tem algo que comer. A cama não é muito boa, mas você consegue dormir razoavelmente bem. A comida também não é lá grande coisa, mas você vai sobrevivendo.
Enquanto isso, através das grades, você contempla o mundo belo, maravilhoso e saudável lá fora.

Você consegue ver os outros se locomovendo em carros luxuosos e vivendo em casas confortáveis, e observa que essas pessoas gozam de plena liberdade de ação e expressão e trabalham, produzem, participam, ganham, contribuem, amam e se divertem.

E você está lá preso, condicionado à realidade criada em seu estado mental.
Tudo isso faz com que você se sinta deprimido, marginalizado e inferiorizado, pois enquanto o mundo inteiro prospera ao seu redor, você continua preso entre as quatro paredes imaginárias e, o que é pior, criadas por você mesmo. Essa condição de aprisionamento lhe causa revolta, desespero, angústia, um profundo sentimento de tristeza e amargura, que pode levar a um choro convulsivo, incontrolável ou, ainda pior, àquele em que você não consegue derramar uma única lágrima, mas que deixa uma dor terrível e um vazio profundo na alma.

Ao contemplar o mundo abundante e rico, nas profundezas de seu ser surgem lampejos de esperança de, quem sabe um dia, alcançar uma felicidade distante, remota, e por vezes quase inatingível. Você respira fundo e começa ponderar:

 “Como seria bom se eu estivesse lá! Como seria bom se eu pudesse ter alguma coisa na vida! Se ao menos eu pudesse ser alguém... Como seria fantástico se eu pudesse transformar meus sonhos em realidade!”.

Quando nos sentimos inconformados com a situação, nas encruzilhadas que a vida nos coloca, somos obrigados a tomar uma decisão e seguir um novo caminho, pois permanecer na condição existente é algo insuportável.

É assim que me sentia depois de experimentar o amargo sabor do fracasso e era a situação em que eu me encontrava depois daquela demissão.

Momentos como esse são a oportunidade ideal para olhar no espelho, avaliar quem realmente somos e contemplar nosso potencial infinito de realização.

Muitas vezes, é após uma grande queda que vivenciamos o maior crescimento. Essa é a hora para retomar projetos, renovar ambições e resgatar sonhos às vezes já esquecidos ou adormecidos no fundo da alma. 
Sonhar é necessário, mas infelizmente a maioria das pessoas não possui nenhum tipo de entusiasmo, aspiração ou ambição. 

Algumas até conseguem, mas logo abandonam seus sonhos quando se deixam contaminar por comentários negativos e críticas dos “matadores de sonhos”, que são conselheiros até muitas vezes bons e bem-intencionados, mas que, por incapacidade própria de lutar por seus ideais, conseguem convencê-lo de que seu sonho é impossível e que você nunca vai realizá-lo.

Daí, você tenta mudar de assunto. Não consegue e acaba respondendo: “está bem. Nesta semana não posso pensar nisso, estou muito atarefado na empresa, é fechamento de mês. Estou precisando trabalhar até as 8 horas da noite. Quando chego em casa, mal consigo jantar e assistir a um pouco de televisão.

 Nessas horas, já estou morto de cansaço. Muitas vezes acabo dormindo no sofá mesmo. Para quem luta tanto durante a semana, o fim de semana só dá para fazer as compras do supermercado e assistir à televisão”.

Então você faz um acordo consigo mesmo: “Assim que passar esta fase, prometo parar tudo só para planejar como realizarei o meu sonho de ficar rico. Está bem assim?”.

Dessa maneira, você passa mais um mês, mais um semestre, mais um ano postergando, protelando, adiando a realização de seu grande sonho de prosperidade. Na verdade, você está adiando a grande jornada ao seu interior, que é o lugar onde as coisas precisam acontecer em primeiro lugar, antes de elas poderem se materializar em sua vida.


 Enquanto você não parar tudo para alinhar sua mente e seu coração com as leis que geram a riqueza, você continuará sofrendo as consequências dessa dicotomia de desejar algo grandioso e passar seus dias sofrendo e se lamentando com a realidade existente.

Seja sua condição atual de fartura ou de miséria, ela revela exatamente seus desejos e crenças mais íntimos. Alguém então pode pensar: “nunca desejei estar na situação ruim em que me encontro”.

 Para entender por que as pessoas vivem em condições desfavoráveis, pense por um instante que há um terreno baldio ao lado de sua casa e imagine como seria bom se esse terreno produzisse naturalmente morangos, laranjas, maçãs e uvas. Seria uma maravilha poder apanhar essas frutas pela manhã para saboreá-las prazerosamente.

No entanto, isso nunca acontece. O que geralmente se vê em terrenos baldios? Erva daninha, espinhos, sujeira, imundície, cobras, ratos, doenças, perigo etc. Se o terreno está abandonado, é sinal de que ninguém plantou nada, e essa é uma lei universal: você só colhe aquilo que planta, cuida e rega, e nada mais.

O mesmo acontece no palco de sua mente. Se ela não é cultivada com princípios de prosperidade e ideais elevados, rende-se à pobreza, ao fracasso e à miséria.

Certa vez, ouvi a seguinte afirmação de uma pessoa que parecia bem-intencionada e sincera: “Não sou uma pessoa ambiciosa, não desejo o luxo, a elegância, a sofisticação”.

 Esse comentário pode parecer absurdo e até mesmo falso, mas é um retrato genuíno do pensamento de milhares de pessoas que se hipnotizam com sentimentos de autopiedade, tentando se iludir, alegando que não querem obter aquilo que mais gostariam de possuir.

Inconscientemente, sofrem por uma derrota auto imposta, pois, além de não desejarem o bem para si mesmas, gastam suas energias tentando atrair os efeitos de uma atitude mental negativa. Portanto, entenda que sua condição social atual revela seus desejos mais profundos.

Medo de prosperar
Pode parecer incrível, mas inconscientemente algumas pessoas carregam um medo enorme dentro delas: têm medo de prosperar e acumular riquezas. “Como alguém pode ter medo de enriquecer?”, você poderá perguntar.
 E eu afirmo que esse medo é real, comum, e é uma das causas principais por que muitos não conseguem progredir financeiramente.
Essas pessoas vivem pensando assim: “Se ficar rico, serei assaltado, sequestrado, talvez morto. Sem contar o número de pessoas que vão bater à minha porta para pedir dinheiro emprestado”.

Tomadas por uma sensação terrível de medo, elas se hipnotizam, e aceitam o insucesso financeiro como uma condição permanente. Não conseguem imaginar nenhum cenário diferente, além de seu estado de incertezas, insegurança e instabilidade.

Geralmente, pessoas que pensam dessa maneira se justificam assim: “Meus avós eram pobres, meus pais eram pobres, nasci pobre, vou morrer pobre”. Vivem como se fossem predestinadas a passar uma existência de sofrimento, angústia e aflições.

 Algumas pessoas até aceitam essa condição desfavorável, como se fosse algum desígnio ou vontade divina, quando na verdade não há nenhuma virtude na pobreza.

 Ela gera fome, desnutrição, doenças, analfabetismo, intrigas, confusões, preocupações, desavenças, choros, irritações, úlceras, desgraças e não beneficia ninguém. Tenho certeza de que nem Deus se alegra com a miséria.

A pobreza é uma anomalia existente no interior do homem, em seu modo de pensar e agir. A crença mantida por muitos de que a pobreza revela a pureza do indivíduo não possui nenhum fundamento científico, psicológico ou espiritual. Em minha opinião, essa é apenas uma racionalização criada por aqueles que escolheram o caminho de menor resistência.

O famoso escritor Helbert Hubbard descreveu com muita clareza a realidade da vida de milhares de homens e mulheres que a cada dia enganam a si mesmos, consciente ou inconscientemente.

Eles pertencem à grande multidão e são considerados indivíduos comuns, sem nenhum objetivo a seguir, não faltam ao trabalho, porém não têm urgência em suas ações, não se comprometem com datas,

prazos ou resultados e precisam ser lembrados a todo instante de suas obrigações. Alguns passam as horas escondendo-se, esquivando-se, matando o tempo até chegar a hora da saída.

Inconformado com essa situação, ele escreveu: “Todo empreendedor bem-sucedido enfrenta o desafio do homem comum, incapaz ou sem disposição de se concentrar em uma tarefa e levá-la até o fim.

Desatenção tola e irritante e trabalho malfeito parecem ser a regra geral. A incapacidade de atuar de forma independente, a inércia sem fim, a falta de vontade e a relutância em empenhar-se alegremente em uma obra são as causas que colocam o bem-estar da multidão em um futuro cada vez mais remoto. Infelizmente, muitas pessoas fazem apenas o mínimo exigido para evitar ser demitidas no final do mês.

 Se os homens não têm a iniciativa de agir em proveito próprio, que farão quando o resultado de seu esforço redundar em benefício de todos?”.

Na realidade, algumas pessoas sempre procuram desculpas, atribuindo às circunstâncias seu fracasso e sua situação malsucedida. A seguir, falarei sobre as desculpas mais comuns de quem não conseguiu ter sucesso nem criar fortuna.
 Texto enviado por Marinês.

Postado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal

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