O magia do silêncio.
Hoje, eu sou abençoada com a Força da Vitória,
Hoje eu caminho com a alegria do vencedor
Não permito que me roubem o entusiasmo, a esperança e a
fé.
Amem! Dharmadhannya
Eu fiz alguns comentários no texto com letra azul.
“O que você aprende é do interesse de seu
professor e o que você sabe é do seu interesse, mas o conhecimento que você
põe em uso é do interesse de toda a humanidade. Conhecimento não aproveitado é
apenas fútil vaidade e uma afronta aos deuses.”
Existe uma diferença entre apenas ler, e estudar: habitualmente lemos como entretenimento, mas estudamos para adquirir conhecimentos; contudo, mesmo
o conhecimento ganho pelo estudo não é de valor prático a menos que aprendamos
a aplicá-lo — portanto tentaremos combinar o estudo de nosso tema com direções
simples para aplicação.
Claro, você se dá conta de que a atitude mental que aporta a qualquer
curso de estudo amplamente determina o valor que dele recebe; o conhecimento só
é adequado para nós quando fere em nosso íntimo uma corda que reage;
de modo que, em nosso plano geral de um método de estudo, não preparei
um esquema de tempo, mas sugeri que cada texto seja lido e relido, até que a aceitação intelectual ou abstrata da
primeira leitura seja substituída por uma íntima certeza de conhecer;
quando isso ocorre, é tempo de voltar-se para o próximo grupo de lições.
Como primeira lição, teremos a obtenção do silêncio.
Ficar silencioso parece coisa simples — e o é no senso físico da
coisa; mas obter silêncio no senso metafísico significa muito mais do que
apenas deixar de fazer barulho: significa a absoluta imobilidade de todos os
processos de pensamento quando desperto — o que é ao mesmo tempo a lição mais
difícil e a mais vitalmente importante de todas.
A mais difícil porque os
hábitos de toda uma vida devem ser superados temporariamente a cada período de
silêncio; a mais importante porque todos os outros exercícios começam com um
período de silêncio e terminam com igual período.
Primeiro, demos um breve olhar ao mecanismo com que estamos a ponto de
trabalhar.
O cérebro é um órgão elaborado
pela Mente Instintiva para receber sensações, classificando essas sensações em
padrões significativos, e então dirigindo as atividades do resto do corpo de
acordo....
As atividades dos órgãos que reúnem as sensações — órgãos dos
sentidos — são automáticas e contínuas quando se está desperto: nossos olhos
estão sempre pesquisando e permanecem alerta nossos ouvidos e narinas;
qualquer atividade incomum que lhes chegue ao alcance é de imediato
enviada ao cérebro como sensação, onde é catalogada segundo a importância de
sua relação com o bem- estar do corpo.
Essa constante reunião de impressões sensoriais desempenhou importante
papel na preservação da raça nos tempos primitivos e por vezes ainda é necessária
— como, por exemplo, ao atravessar uma rua de tráfego intenso;
mas enquanto o cérebro está
empenhado em fazer padrões dessas impressões é incapaz de receber do íntimo
impressões espirituais mais sutis e mais profundas, ou “espelhar a mente
Universal individualizada, e captar eficientemente as vibrações da Mente
Universal.
Por isso é que a “Natureza” imobiliza a mente, para periodicamente
sentir impressões pelo sono — e esta é uma das razões por que o sono é tão
essencial ao bem-estar humano.
O primeiro passo para obter o silêncio é pôr o corpo tão confortável
quanto possível — não importa se está estirado em uma cama, sentado numa confortável
poltrona, ou no chão, ao ar livre: o importante é não haver o menor esforço ou
tensão em qualquer grupo de músculos.
Segundo: deve escolher um objeto
para nele descansar o olhar, não deverá estar perto demais nem muito
longe, ou resultará certo esforço dos olhos. Pode escolher uma imagem uma
imagem, um música, um mantra para manter o foco no silencio .
Coloque, então, os dedos em seu pulso, por um ou dois minutos, para
pegar-lhe o ritmo e, tendo conseguido pegar o tempo medido de sua pulsação,
libere o pulso e aspire devagar, enchendo completamente os pulmões durante
oito batidas do pulso; sustente o fôlego durante quatro pulsações, depois
expire, esvaziando totalmente os pulmões durante oito batidas do pulso;
mantenha os pulmões vazios durante quatro batidas do pulso. Repita
como antes até que os pulmões hajam sido cheios e esvaziados oito vezes.
(Exceção: pacientes portadores de tuberculose pulmonar não devem fazer esse
exercício. Não devem fazer quaisquer exercícios respiratórios — a menos que
supervisionados por seu médico.)
Tendo completado o ritmo respiratório, deliberadamente afaste sua
mente de impressões sensoriais; a princípio achará isto muito difícil; movimentos
leves e tênues sons farão com que olhos e ouvidos telegrafem impressões para o
cérebro — até parecer que toda a natureza e todas as pessoas ao alcance de seus
ouvidos estão numa conspiração para evitar que você aquiete a mente.
Agora vire sua mente para dentro do seu eu e a mantenha imóvel como um
lago plácido: tornará aqui a encontrar dificuldades, pois pequenas ondulações
de pensamentos continuarão a intrometer-se — ideias a meio formadas, trechos de
conversas e vários outros tipos de atividade mental clamarão ou sussurrarão
sedutoramente por atenção;
Concentre-se em sua respiração, sinta a respiração da Unidade.
deve persistir em silenciar cada uma dessas vozes até que, ao ficar
perito, o tempo se imobilizará e você só terá o senso de identidade pessoal.
Tudo mais será um vácuo sem forma e sem som.
De início, só será capaz de
conseguir esse silêncio por alguns segundos; depois, com a prática, poderá
fazê-lo por um ou dois minutos; mas, se persistir no exercício, poderá entrar
em silêncio à vontade e nele permanecer por tanto tempo quanto deseje.
Mesmo desde o começo, você sairá do silêncio com um novo senso de
tranquilidade e força e isso permanecerá com você durante algum tempo. Mais
tarde, aprenderá a ir para o silêncio sempre que acossado por dúvidas, temores
ou preocupações e descobrirá que dele emergirá com novo senso de serena
segurança. A hora melhor para empreender esses exercícios é de manhã cedo — ou
à noite, antes de dormir.
Quando sua mente está em silêncio, é possível “calar” os ruídos do pequeno eu, a influência negativa
de uma mente dominadora, e cala a voz do seu adversário interno, vivo ou morto
.
Então é possível ouvir a voz do silêncio da Divina
Presença, entrar no mundo das ideias, da razão pura, e alcançar planos
superiores.
O silencio nos leva para o centro, para a harmonia
Universal da Unidade.
Segunda lição: Entre em silêncio, por dez minutos;
Agora, por um esforço de imaginação, tente criar uma série de quadros
do imenso sistema de imagens: o Absoluto irradiando através do espaço um poder
maior do que o irradiado por dez mil sóis, embora tão perfeito que mesmo o mais
ínfimo inseto vive e se move e tem seus poucos momentos de vida devido a isso.
Esse poder é belo, harmonioso e
tranquilo, mais poderoso que fortes tenazes que poderiam rebentar um mundo
distante, contudo, mais gentil que o suave roçar da asa de uma mariposa contra
seu rosto.
Essa força percorrendo o
artista é que descobre a expressão em seus quadros; através do compositor e do
musicista, ela se expressa na harmonia dos sons;
por meio de cada um de nós,
descobre expressões em algum grau, pois todo trabalho criativo é uma
expressão dela, e toda manifestação de beleza — da apresentação de uma
grande ouverture por sua orquestra sinfônica favorita ao colorido de
uma asa de borboleta — é uma expressão dela.
Quanto mais desse poder aprendemos a expressar, tanto maiores nos
tornamos; e quanto menos expressamos dele, tanto mais baixo descemos na escala
para a futilidade e a falta de importância.
Medite sobre o penetrante mar da Mente Universal, presente na sua
mente pessoal - esse oceano imenso de sabedoria em constante operação, que é
seu, para chamá-lo à vontade, capaz e pronto para lhe solucionar qualquer problema
físico.
Depois, visualize a força
trabalhando e compreenda que toda essa energia existente da Unidade é
cooperativa, útil e pronta a assisti-lo — se você compreender as leis pelas
quais opera como compreenderia as leis pelas quais trabalha a eletricidade se
fosse um eletricista.
Compreenda que o mesmo éter através do qual o Absoluto transmite suas
vibrações criativas — do raio cósmico à luz solar — também está em cada
célula de seu corpo e do seu cérebro, também pronto a transportar as
vibrações de seus pensamentos.
Eu sou um ponto de Luz na mente de Deus. Eu Sou aquele que tudo é.
Somos Um-a só consciência. Eu sou o Ponto e a Eu sou a Unidade.
Medite, afinal, no fato de que as leis do Absoluto trabalham sempre
da mesma maneira. São totalmente automáticas e invariáveis e foram postas em
força para que o homem possa, usando-as, obter sua completa expressão de
perfeição.
Terceira lição: Entre em silêncio por onze minutos, e em imaginação, tente como
antes criar o drama da criação. Um drama em sete atos.
Primeiro, imagine o edito da lei a sair do Absoluto, flamejante como
um imenso cenário da aurora boreal... depois, esse fenômeno gradualmente desaparece, organizado numa lei natural silente e invisível...
A seguir, no envolvimento da lei natural, os elétrons e prótons
enxameando juntos para formar o núcleo de nosso planeta... depois esse núcleo começando seu curso giratório, arrastando para si cada vez mais força
eletrônica, até assumir a forma de massa incandescente de gases rodopiantes, revoltos,
depois gradualmente esfriando até ficar uma esfera continuamente dilacerada por
grandes explosões de gases internos.
Continentes inteiros surgindo
do mar fervente, cheio de vapor, tomando forma por um momento como imagens de
sonho na névoa, depois se rompendo em novas formas e escorregando para fora de
vista, enquanto o trabalho de convulsões sucessivas sacudiam o jovem mundo.
Depois um mundo nu, sem vida, sem vegetação ou qualquer forma de vida,
fumegando sob um verdadeiro dilúvio; obscurecido por névoas pegajosas e
silencioso; a não ser pelo trêmulo ribombo de um terremoto, ou o estrondo de
deslizamentos de terras; e depois o surgir de quanta de vida como uma
nevasca de infinitesimais pontinhos de luz.
Agora o áspero atrevimento de nosso mundo está mascarado de verde, com
a vegetação brotando, cada minúsculo quantum de vida se esforçando
ativamente para expressar-se e destinando sempre novas e melhores adaptações
para seu ambiente.
Por fim, deu-se o maior acontecimento na história da Terra: surgiu o
homem! De início uma grande e brutal criatura hirsuta, pouco diferente, na
aparência, de outros animais, embora possuindo como quantum de vida um
minúsculo fragmento da substância do Absoluto — tendo assim potencialidades de
grandeza e poder, tal como a pequenina semente possui as potencialidades de uma
árvore poderosa.
Afinal, o reconhecimento pelo homem de sua personalidade como
indivíduo: sua promoção de estar satisfeito com uma vida de comer, dormir,
lutar e vaguear para outra de planejar, pensar e partilhar com seu DIVINO pai a
prerrogativa de criar, até certos limites, seu próprio ambiente.
Pense sobre o que foi dito da Mente Instintiva. Muitos de seus
instintos agora são desvantagens, empecilhos, ao invés de qualidades: medo,
ódio e egoísmo já não nos são úteis e deveriam ser substituídos por coragem,
companheirismo, fraternidade, união, abnegação.
Compreenda que a Mente Intelectual , Superior, abstrata tem agora novo
material e nova perspectiva em que basear seu raciocínio, ao invés de deixar
cair pensamentos de potência negativa na Instintiva, para ação que já não é
necessária, e transtornar o equilíbrio químico do corpo de paz, força e
harmonia, assim adaptando-o para a nova ordem de coisas onde os métodos da
jângal são inúteis.
Agora dê importância à alma e sua procedência: a Mente Espiritual.
Durante todo o tempo você se tem considerado um corpo material que possui uma
mente, mas agora deveria começar a considerar-se um ser espiritual,
apossando-se de um constante fluxo de substâncias minerais — comidas como
alimento, bebidas como água ou respiradas como ar, para proporcionar-se um
“corpo material”.
Você, esse você
real e espiritual é imortal. Sua existência é mais permanente que as antigas
montanhas ou as estrelas distantes. Você tem dentro de si o modelo de um
super-homem tão acima de seu presente eu como uma flor sublime está acima
de uma pequena semente nada bela.
Seus desejos íntimos
o incitaram até o presente estágio de evolução: vagos anseios e uma sensação de
descontentamento com as coisas como eram. Muitas vezes interpretou mal esses anseios e tentou
satisfazê-los buscando diversões materiais ou sensuais, que por vezes o
tornaram infeliz.
Agora pode dar- se conta do que são eles e, dirigindo-os apropriadamente, usá-los para dar à flor a perfeita imagem íntima.
Qualquer desvio de saúde, harmonia e abundância não
se deve em absoluto a essa perfeita imagem dentro de sua alma: é porque, de
alguma forma, a imagem foi toldada. Espane a poeira dessa imagem e a mantenha
sempre diante de você, depois veja com que avidez sua mente instintiva a
transforma em realidade".
Postado por Dharma dhannya
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