Sonhos
lúcidos - Imagens e símbolos que curam...
Comunicamo-nos
com a mente interior através de imagens e de símbolos, num processo que
transita em ambas as direções: instruindo (passando dados) para nosso
computador interno e também extraindo informações da mente interior sobre
nossas crenças, por exemplo.
Denise
havia vivenciado muitos relacionamentos complicados em sua vida. Resolvi
conduzi-la através de uma viagem imaginária,
tentando descobrir como ela lidava com seus problemas.
Ela se viu andando a
passos largos num caminho, sentindo-se alegre. Ao encontrar uma árvore caída,
transformou-se em criança e viu-se rastejando, agitada e ferida, esforçando-se
muito para ultrapassar esse obstáculo.
Após
ter ultrapassado a árvore, ela cresceu de novo e andou novamente a passos
largos e decidida, até que encontrou um corredor de
arbustos espinhosos.
Mais uma vez, ela se transformou em criança e
atravessou seu caminho tomada de pânico. Nessa jornada interior, ela
transformava-se em criança sempre que encontrava algum obstáculo.
Quando
eu pedi que ela permanecesse adulta quando estivesse diante dos obstáculos,
conseguiu lidar com calma e facilidade com todos eles. Como resultado da sessão
de regressão, ela viu claramente que enfrentava seus problemas de vida ao nível
da criança interior.
Pudemos
então discutir maneiras pelas quais ela poderia abordar seus problemas como
adulto, enfrentando-os com percepção e recursos amadurecidos.
Armazenados
em nossas mentes, possuímos tesouros em termos de recursos, frequentemente subutilizados.
Algumas
vezes, nem mesmo abrimos as portas de que dispomos. Como resultado de sua nova
percepção das coisas, Denise se tornou mais calma e mais objetiva ao lidar com
seus problemas.
Obteve então acesso a muitos recursos
interiores, que nem sonhava possuir. Para a consciência da Denise adulta, as
mesmas coisas que se pareciam antes com enormes montanhas
começaram a parecer-se com pequenas colinas.
Maureen
tinha muitas dúvidas sobre a possibilidade de salvar seu casamento. Ela estava
tão confusa que nada parecia claro.
Numa
jornada interior, descendo um rio, pensou ver uma enorme árvore caída atravessada
no rio. Essa cena assemelhava-se ao estado de seu casamento,
perante o rio de sua vida. Ela tentou ver se ainda haviam raízes para sustentar
a árvore, caso fosse levantada.
Sua
confusão mental, que havia paralisado sua capacidade de ver claramente na vida,
refletiu-se em sua jornada interior.
No
início tudo estava muito nebuloso, impedindo a
visão
das raízes da árvore. Pedi a ela que deixasse penetrar raios de sol naquele
local, para limpar a névoa. Então apareceu outro obstáculo, bloqueando sua
visão.
Nós
o removemos. Ela disse que as raízes estavam muito distantes. Mesmo chegando
perto ela se desculpava, dizendo que não conseguia enxergar com nitidez.
Tentamos
muitos outros métodos, até que finalmente
ela
se imaginou usando poderosos binóculos. Assim,
conseguiu
ver claramente que ainda restava bastante
raiz
para salvar a árvore.
Ela
percebeu que precisaria de ajuda para levantar a árvore, o que obteve facilmente em
sua imaginação. Com ajuda, logo conseguiu erguer a árvore e
enraizá-la firmemente ao solo.
Seu
computador interior estava revelando que, com trabalho e ajuda, ela poderia
salvar seu casamento.
Sabendo
que tinha possibilidade de salvar seu casamento, conseguiu reunir a coragem e o
entusiasmo para começar o trabalho necessário.
O
relacionamento de Ken com sua mulher estava desagradável e distante. Ele não
sabia mais o que fazer.
Numa
jornada interior, Ken viu que ele e sua mulher estavam andando em pistas
opostas de uma estrada congestionada. Quando havia alguma oportunidade de
atravessar,
nenhum dos dois o fazia, porque ambos esperavam que o outro tomasse a
iniciativa.
Ele
percebeu que algum deles precisava tomar a decisão. Como ele era o único a
estar consciente, atravessou a estrada na primeira oportunidade. Sua esposa o recebeu
de braços abertos e contente.
Então
andaram de mãos dadas, atravessando caminhos bonitos e tranquilos.
Muitas
pessoas andam literalmente pela vida do lado
oposto
da estrada, em relação a seus companheiros. Somente o medo, que pode ser de.
rejeição, de perda de poder ou de controle, impede que fiquem juntos e unidos.
A
visualização de Ken lhe havia mostrado que precisava tomar a iniciativa para
que sua mulher correspondesse.
Ele
decidiu se interessar pelo trabalho dela, em vez de esperar que ela se interessasse
pelo dele. Ao tornar-se realmente interessado no que ela fazia, a reação dela
foi de ser mais calorosa e amigável. e assim começaram uma linda jornada por
caminhos de paz e amor.
Lucy
veio a mim porque estava muito gorda; e
achava
que
sua vida era caótica. Quando pedi que se visualizasse magra, ela sentiu dor de
cabeça.
Perguntei
quando ela havia sentido aquela dor a primeira vez, e ela se viu com quatorze
anos, com sua cabeça sendo esmagada por um peso, de tal modo que seus olhos haviam
ficado estrábicos e seu corpo deformado.
Ao
remover esse peso da cabeça. seu corpo ficou ereto
e
seus olhos se corrigiram. Ela dançou de alegria. Quando colocou o peso no chão,
apareceu um porco espinho. Sugeri que ela lhe perguntasse o que ele
representava. "É a dor", ela disse.
Ela queria golpeá-lo. Quando tentou fazer isso os espinhos se tornaram
macios, e apareceu uma enorme fileira de porcos-espinhos deformados. Eles
representavam pessoas que ela conhecia, mas aleijadas, deformadas e
distorcidas. Expliquei que eram todos perfeitos, mas que sua visão era
distorcida.
Ela
abriu seu coração, aceitando as pessoas exatamente como eram. Ao fazer isso,
todas se transformaram em pessoas inteiras, sorridentes e bonitas. Ao
aceitar-se exatamente como era, conseguiria curar-se.
Suas
dores de cabeça refletiam o peso do julgamento
que fazia de si mesma.
Tudo
o que vemos na vida é modulado pela nossa percepção interior. A realidade é
perfeita.
"Se
vemos alguém ou alguma coisa como imperfeita,
a
imperfeição está apenas dentro de nós. O Plano é perfeito. Mas nossa
compreensão não é".
Martin
contou-me que seu principal problema era deixar seu trabalho acumulado e fora
de controle. Pedi
que
ele visualizasse o que acontecia.
Ele
se viu descendo vagarosamente um rio muito fundo. Logo apareceu uma pilha de
escombros, obstruindo o percurso. Ele tentou dar a volta de todas as maneiras, mas
finalmente percebeu que a única alternativa razoável era desobstruir o caminho.
Organizando
metodicamente a tarefa, conseguiu limpar tudo com rapidez, para continuar seu
caminho.
"Que
estúpido", disse ele ao abrir os olhos. "Eu sabia disso o tempo todo.
Gasto horas tentando evitar arrumar os papéis, mas no final preciso fazer isso
de qualquer modo. Acontece a mesma coisa com tu do em minha vida".
Discutimos
então como ele poderia se organizar melhor em sua vida. Ele foi para casa,
sentou -se à escrivaninha e arrumou seus papéis. Então examinou metódica e
honestamente a situação das pessoas que viviam às suas custas. Tomou algumas
decisões. Examinou o modo como deixava as pessoas atravancarem sua vida
emocional.
Deu
alguns telefonemas e limpou sua agenda. Ele pertencia a vários tipos de
associações e organizações, porque achava que isto estava certo. Escreveu
cartas, desligando-se de
várias delas.
"E
uma coisa engraçada", disse ele na sessão seguinte. "Eu me sinto tão
melhor que nunca mais fiquei constipado".
Não
é de admirar. Ele estava enviando a si mesmo mensagens simbólicas,
permitindo-se libertar em todos os níveis.
Pessoas
que acumulam coisas tendem a acumular também elementos emocionais, armazenando
tanto entulho que seus corpos reagem sob forma de armazenamento.
Se
você sofre de constipação, arrume a bagunça dos seus armários, estantes, etc,
desobstruindo sua vida
e
seu corpo.
Quando
nossa casa está suja, com as janelas imundas,
os
quartos bagunçados e o jardim descuidado, estamos contando a todo mundo sobre
nosso estado interior de negatividade e confusão.
Se
por outro lado limpamos nossa casa, aparamos e embelezamos o jardim e o
conservamos bonito, nossas mentes se iluminam e se esclarecem.
Houve
um tempo em que eu fazia questão de conservar o jardim da frente sempre em
ordem. Quando não dispunha de tempo para cuidar dos dois, o jardim dos fundos
era negligenciado. Eu precisava apresentar uma fachada perfeita para o mundo,
deixando abandonadas as partes não visíveis em mim.
Agora
sinto-me bem, mesmo com algumas ervas daninhas à vista. Não preciso colocar
toda a minha energia em parecer perfeita.
Estou
mais disposta a me aceitar como sou. Assim tenho mais tempo para cultivar meu
jardim interior.
Nossa
mente interior traduz gestos simbólicos, ativando-os. Ao limpar as janelas,
posso dizer a mim mesma que minha visão está se
tornando mais clara, e que consigo
saber com mais exatidão o caminho que preciso percorrer na vida.
Kit
reclamava que não podia se livrar da desordem em sua vida. Ele apresentava ao
mundo uma bela fachada, mesmo sentindo-se confuso.
Pedi
que ele se imaginasse num jardim. Ele se viu num enorme jardim, inclinado e sem
limites, recoberto de ervas daninhas e entulho. Trabalhou duro na imaginação para
limpá-lo e criar um lugar bonito nessa encosta.
Quando
o jardim estava limpo e bem cuidado, ele viu com desânimo uma horda de insetos,
que espalhavam ervas e entulho por todo lado. Ao pedir-lhes para sair, eles
responderam que o jardim não pertencia a ele.
Isto
correspondia à sua crença de autodesvalorização. Num nível profundo, ele não
acreditava ter direito a nada. Achava que na verdade não deveria estar na
terra.
Eu
lhe disse para aguentar firme, dizendo aos bichos que o jardim era seu por
Direito Divino. Quando ele fez isso, todos os bichos sumiram.
Conscientizou-se
de que tinha o direito de ficar em seu jardim bem cuidado e bonito. Percebeu
que não precisava justificar sua existência, tendo direito de se descontrair e
de harmonizar sua vida. Depois daquele momento, toda
vez em que limpava o jardim recordava e reforçava essa verdade.
A
maneira através da qual nos relacionamos com a comida simboliza como nos
permitimos ser alimentados. A comida representa nutrição, tanto emocional e espiritual
quanto física.
Ao
ingerirmos uma comida preparada com má vontade
e
mal apresentada, ou enquanto vemos algum filme violento ou enquanto brigamos
com a família, estamos absorvendo
ressentimentos, raiva, violência ou angústia.
Não
é surpreendente que muitas pessoas apresentem problemas digestivos ou
emocionais, pois seus alimentos não contêm amor. As emoções ácidas tornam ácidos
os estômagos.
Em
uma família onde a comida é preparada e cozida com amor e cuidado, as pessoas
absorvem esses sentimentos.
Quando todos se sentam juntos por alguns momentos
antes de comer, suas ondas cerebrais sincronizadas e harmoniosas permitem tanto
o fluxo dos sucos digestivos quanto a preparação do corpo, da mente e do espírito
para receber tal alimento.
Se
a refeição é acompanhada de
conversa agradável ou boa música, o alimento é absorvido em paz e bem digerido.
A família fica alimentada de todos os modos.
Precisamos
observar não só o que comemos, mas como comemos. Nossas mentes têm arquivadas
toda a sabedoria e informações de que precisamos para responder aos dilemas da
vida. Quando aprendemos a ouvir nossa voz interior, as respostas certas nos são
constantemente apresentadas.
Sara
não sabia o que fazer quanto a seu relacionamento. Sentia que seu namorado se
esquivava dela. Pedi a ela que respirasse profundamente e relaxasse, visualizando-se
sentada sob uma árvore no campo, para ver o que acontecia. Ela
relaxou imediatamente, e em seguida viu sua avó aparecer. Sua avó trazia um
espelho, que segurava diante de Sara. Ao olhar para o espelho, viu-se com o
namorado, ambos vestidos com roupas
de casamento.
"Isto
deve ser sua inspiração quando você fica em dúvidas", disse a velha
senhora. "Neste momento ele precisa de seu amor e compreensão, mas não
necessariamente a quer. Ele se sente sufocado, com você construindo sua vida ao
redor dele. Procure alguns interesses próprios".
Seus
amigos a haviam aconselhado da mesma forma, mas ela não os ouvia, até que sua
mente interior transmitiu a mesma mensagem com muita clareza.
Judith
estava casada e feliz. Era uma executiva muito prestigiada, que adorava seu
trabalho. Mas ela não sabia se devia ter filhos. Não queria destruir sua
carreira, mas tinha que tomar essa decisão antes que fosse tarde demais.
Pedi
que se imaginasse numa colina, vendo embaixo o caminho rumo à sua
vida. Ela percorreu o trajeto até chegar ao tempo presente, onde o caminho se
bifurcava.
Resolveu
prosseguir pelo lado direito. Mais adiante, no topo de uma colina, havia um
resplandecente castelo
como
os da Disneylandia, mas o caminho que levava até ele passava por árvores
escuras e assustadoras.
Pedi
que uma sábia mulher a acompanhasse, e elas seguiram juntas rumo ao castelo. Em
frente ao castelo havia um belíssimo príncipe num cavalo branco. Judith
reconheceu o príncipe como seu marido, e percebeu que também estava por perto,
mas separada dele.
Sugeri
que ela examinasse o interior do castelo. Ela tremeu, dizendo que tudo parecia
gelado e cheio de ouro empilhado.
Resolveu
voltar, e tomou o lado esquerdo do caminho,
que
percorreu acompanhada da mulher sábia. Este caminho levava a uma belíssima
cachoeira e a uma caverna, cujo interior era espaçoso, aquecido e confortável.
Judith
disse: "A mulher sábia está me mostrando a
foto
de um bebê. Ela diz que eu posso tê-lo, se quiser.
Depende
do que eu escolher. Ela está assinalando que a caverna é aquecida e
confortável".
Judith
estava muito pensativa ao abrir os olhos. Sabia
que
precisava discutir muitas coisas com seu marido.
Em
nossas vidas, muitas vezes chegamos a alguma bifurcação e precisamos tomar
decisões. Examinando nosso interior, podemos nos ajudar a fazer a melhor escolha.
Judith
me escreveu alguns meses depois, contando que após nossa sessão havia decidido
ter um filho, e que já estava grávida. Acrescentou que tanto ela quanto seu marido
estavam muito felizes, e que não entendia como tinham demorado tanto para tomar
essa decisão.
Beleza
é harmonia. Quando nos cercamos com objetos, quadros e jardins bonitos, estamos
fazendo uma declaração simbólica sobre nossa beleza interior.
As
coisas belas harmonizam tanto nossos pensamentos quanto nossas vidas. Tudo o
que nos rodeia simboliza nosso interior. Nosso carro, nossa casa, nosso jardim,
nossos animais de estimação, nossos amigos, todos refletem partes de nós.
Ao
descrever qualquer aspecto deles, estamos descrevendo também aspectos de nós
mesmos."
Pesquisado por Dharmadhannya.
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