"Primeiros
passos para a Meditação".
Pesquisado por DharmaDhannya
“Olhe para dentro de si mesmo. Lembre-se: o Infinito está em toda
parte. Mergulhando profundamente na superconsciência você pode acelerar sua
mente através da eternidade; com o poder da mente você pode ir mais longe do
que a mais distante estrela. O farol da mente está totalmente equipado para
lançar seus raios superconscjentes no mais íntimo coração da verdade. Use-o
para fazê-lo.”
— Paramahansa Yogananda
As Meditações centradas em um tema
são, antes de tudo, exercícios de visualização e de percepção de símbolos. São
um incentivo ao desenvolvimento e à expansão da consciência.
Ao
projetar um símbolo na tela psíquica e ao contemplá-lo, você estará
reintrojetando uma imagem que estimulará seu próprio Centro, ou Self.
Quando
estamos falando do Self, estamos nos referindo ao Centro, dos planos superiores
da mente, da Alma, Divina Presença. E este o processo envolvido na prática
destes exercícios.
As Meditações Temáticas são portas
que se abrem para nos ligar ao Self e à nossa Essência individualizada.
A
personalidade olha para fora, ela quer controlar tudo com as suas emoções e a
meditação é uma ponte com o Self, com a Alma, com o Dharma.
São
“rituais” interiores que, criando um Espaço interno sagrado, facilitam a
emergência das “pérolas” da eternidade na concha da mente.
São a reverência à criação e à
complexa simplicidade da forma, que possibilitará, mais tarde, a entrada no Sem-Forma.
—
no primeiro momento, meditando com a imagem do Buda, vamos internalizando as
qualidades de um Buda e o “objetivo” é nos transformar em um Buda e com a
prática poderemos entrar na “vacuidade não-vazia”, na integração com o universo
além da manifestação.
O objetivo destes exercícios é sensibilizar a transcendência da
identidade com o eu, aprender a controlar a mente inferior, as emoções, alinhar
com o centro da fonte, dando início ao contato com a dimensão além do ego e da
personalidade, isto é, à dimensão transpessoal da consciência.
Quando estamos em contato com a Alma, com a
Fonte estamos “protegidos” do controle mental internos e externos, não somos
levados pela emoção, abrimos o terceiro olho da Alma e purificamos nossa alma.
Quando estamos re-unidos com a Alma estamos re-unidos com a Superalma com a
Unidade.
A meditação emergente, como método de exploração do inconsciente e
de contato com o próprio campo da consciência, representa a abertura para um
momento do eterno, para a comunhão, para a união (“yoga”), para a reunião das
partes cindidas, para a síntese e para o encontro com o Centro e a Totalidade.
As Meditações Temáticas
devem ser praticadas depois dos Exercícios Preliminares, de respiração, de
Yoga. Estes, como já foi
dito anteriormente, são essenciais, pois preparam o solo da mente para fazer
brotar a função curativa dos temas destas meditações. É preciso arar o campo
antes de plantar as sementes, que florescerão, certamente, sabendo que o
cultivo depende de renovados cuidados, tempo e espera...
Quando você está no início da sua prática de meditações diárias,
você está equilibrando sua energia, procure agir como Alma, evite a raiva,
sentimento de revolta, culpa, ambientes pesados, drogas, álcool. Sua aura está
passando por um processo purificação. Se sentir que está muito intenso suas
reações e as reações do ambiente, procure uma orientação com um “mestre”.
Pode ser que seus adversários internos e externos sintam sua
mudança e não queiram a separação, eles precisam da sua “velha energia” para
permanecerem no seu mundo.
Observações Iniciais
Estes exercícios devêm ser praticados na postura básica de meditação:
posição sentada (no chão com as pernas cruzadas ou numa cadeira com pés no
chão), coluna ereta, sem se encostar, olhos tranquilamente cerrados, mãos
descansando sobre as coxas com as palmas voltadas para cima, corpo relaxado,
queixo paralelo ao solo.
Qualquer alteração da postura básica será explicitada nos
exercícios.
“A
imaginação é a mãe da esperança, a fé é
seu produto. É a luz que penetra a escuridão, o rastreador que descobre o
caminho na floresta. “
E é justamente essa areia o que motiva o surgimento da
pérola!
Com isso abre-se o
véu do Eterno e surge a pérola que o espelha e nos vincula à criação, à vida e
à transcendência.
1.
A Flauta
Depois do estado de tranquilidade alcançado com os Exercícios Preliminares,
sente-se na postura de meditação e ouça uma música tocada com uma flauta. Com os olhos fechados, visualize uma flauta doce de
madeira, vazia, espaço oco.
Penetre nessa flauta, nesse espaço. Sinta-o,
perceba-o.
Observe agora o sopro entrando na flauta oca. Ouça: a
flauta começa a soar.
Vai-se modulando uma doce canção melódica e harmoniosa.
Siga essa música, acompanhando o brotar de cada nota. Perceba a qualidade que
daí emana.
Dê-se conta de que você é o flautista, a melodia, a
flauta e o Sopro Divino.
Permaneça em silêncio
por alguns minutos.
2.
A Taça
Depois de fazer os Exercícios Preliminares,
sente-se com os olhos fechados em postura de meditação.
Visualize em sua tela mental uma taça. Observe bem
como ela surge para você: de que é feita, sua cor, seu formato, seu tamanho, o
som que ela emite quando você tamborila com seus dedos delicadamente sobre ela.
Passeie por seus contornos, subindo e descendo, pelo
lado de fora e por dentro. Se ela estiver cheia, esvazie-a. Observe o vazio
desta taça e ao mesmo tempo o espaço preenchido pelo ar!
Encha agora a sua
taça com água pura e cristalina — bem devagar, até a borda.
Note que a quantidade
de líquido que a taça comporta é exatamente aquela que você verteu nela. Mais
uma gota e ela transbordará. Não deixe que esse líquido precioso se perca! Essa
é a medida.
Sem perder uma gota,
beba essa água curativa, sorvendo-a lentamente. Sinta seus efeitos benéficos de
purificação.
Permaneça
nesse estado por alguns minutos.
O Cálice.
Sente-se
na postura de meditação, depois de ter praticado os Exercícios Preliminares.
Visualize em sua tela
psíquica um cálice de cristal.
Preencha-o com água
pura e fresca até a borda.
Observe que, aos
poucos, a taça começa a crescer, tornando, ao final, a quantidade de água, que
antes a preenchia totalmente, diminuta!
Dê-se conta do que
isso significa: há mais espaço para a água curativa.
Verta, então, mais
água no cálice, para que esta chegue até a borda, novamente.
Desfrute da plenitude
que a taça cheia o inspira.
Beba de sua água,
mergulhe nesse cálice, purificando-se pelo simples contato com seu frescor e
brilho.
Fique em silêncio, e
sinta que foi o cálice da sua percepção consciente que se alargou,
proporcionando a você mais realização e conhecimento.
O Graal
Depois de ter praticado os Exercícios Preliminares,
sente- se na postura de meditação e feche os olhos Visualize-se sendo o Graal: imagine-se como
uma taça sagrada cuja base aberta apoia-se
firmemente sobre um altar, e cujas bordas amplas se abrem para conter o néctar
da vida.
Observe como você está receptivo ao amor e à
sabedoria.
Observe agora a cor do seu Graal, seus desenhos e
inscrições.
Fique assim, nesse estado receptivo e responsável, por
alguns instantes.
Posicione os braços acima da cabeça, como se estes formassem
o bojo da taça. Sinta que sua capacidade receptiva se amplia. Devagar desça os
braços e junte as palmas das mãos na altura do coração, baixando-as com os
dedos apontados para cima até o umbigo.
Posicione agora
as pontas dos dedos para baixo, e vá afastando as mãos, delineando o desenho da
base do Graal.
Finalmente, descanse as mãos sobre as coxas, palmas
voltadas para cima.
Mantenha a sensação da forma do Graal no seu corpo,
traçada ao realizar estes movimentos, procurando conservar a ampliação da
consciência.
Perceba que você é um
receptáculo da energia que pode ser colocada à disposição para preencher outros
receptáculos humanos, num ato de doação.
5. O Sol Interno
Depois dos Exercícios
Preliminares, sente-se na postura de meditação.
Conecte-se com a região central do seu peito, o chakra
do coração, colocando sua atenção aí.
Visualize nesse ponto um sol pequenino, que aquece e
ilumina o seu ser.
Respire profundamente, e perceba que, a cada
inspiração e expiração, os raios desse sol se expandem, tornando-se mais
fortes, mais brilhantes, mais extensos, prolongando-se para além dos limites do
seu corpo.
Note
como esse sol resplandecente tomou conta do seu ser, que agora vibra na
alegria.
Expanda
seus raios de amor, expressando ao mundo o seu sentimento de gratidão por estar
tão vivo e tão conectado com o Sol Central, fonte de toda Luz.
Abençoe com seus raios curativos todos os seres e
todos os ambientes por onde você passe.
6. O Corpo do Universo
Depois de ter praticado os Exercícios Preliminares, sente-
se na postura de meditação.
Feche os olhos e tome consciência
do seu corpo. Respire profundamente e vá ampliando gradativamente a extensão do
seu corpo. Imagine que, a cada inspiração, você inclui ambientes cada vez
maiores, tornando-os parte do seu corpo: a sala onde você se encontra;
sua casa; o’ quarteirão em que você mora; o bairro, a
cidade; o estado; o país; o continente; o globo terrestre; o globo terrestre e
a lua; o sistema solar; nossa galáxia, a Via Láctea; outras galáxias; o
universo, até onde sua mente pode alcançar...
Dissolva-se
no corpo do universo do qual você é uma partícula que contém o potencial de toda a criação.
Eu Sou Tudo aquilo que é. Eu Sou.
Sinta a compaixão divina no seu coração.
Sinta a luz que ilumina sua mente em expansão.
Sinta a expansão do amor da Unidade em seu coração.
Agradeça reverentemente à Criação e ao Criador que orquestra
o movimento do universo. Sinta a sua união com o Cosmos Infinito.
Depois de alguns minutos nesse estado de expansão da
consciência, respire profundamente e mexa delicadamente as extremidades do seu
corpo, voltando sua consciência para o ambiente exterior, reconhecendo, desta
vez, a magnitude de que tudo é feito.
í
8. O Banho de Luz
Sente-se na postura
de meditação, depois de ter praticado os Exercícios
Preliminares.
Com os olhos
fechados, visualize em sua tela psíquica um campo verdejante, pelo qual você
está caminhando.
Observe o capim, as
flores, o calor morno do ar. Olhe para o azul do céu e sinta-se acolhido nesse
lugar.
Caminhe em direção a
uma linda cascata que você vislumbra ao longe.
Ouça o som da queda d'água. Aproxime-se.
Você resolve banhar-se nessas águas cristalinas.
Receba o frescor que
a água que cai sobre você lhe proporciona, lavando seu rosto, limpando seu
corpo, fazendo com que você se sinta novo.
Em meio a esse banho
refrescante você descobre que a cascata revela um jogo de luzes, como se fosse
uma fonte luminosa.
Sua água se torna de uma cor branca luminosa, viva.
Continue a banhar-se nessa cascata mágica e receba a vibração do branco cristalino,
permitindo que ela ressoe dentro de você.
A água passa, então,
à cor laranja viva e translúcida. Deixe que o laranja vibre em você. Desfrute
da magia que é banhar-se numa cascata laranja!
Nova mudança surge,
então: a água se topa amarela e brilhante. Deixe que a vibração do amarelo
ressoe também em você.
E, novamente, a água muda de cor, elevando-se ao verde
cristalino. Encontre-se com o frescor dessa vibração. Deixe que ... o poder curativo do verde desperte
em você esta qualidade vibratória.
‘
Uma transformação ocorre em seguida: a água torna-se
cor-de-rosa! Envolva-se na vibração rósea do amor que essa água curativa
contém. Desfrute dessa qualidade amorosa.
As águas passam, então, a um sutil azul-celeste.
Banhe-se nessa delicada vibração cristalina. Deixe que a luz azul da água
penetre em suas células fazendo uma limpeza curativa.
Tudo muda novamente: as águas se tornam de um azul- índigo
transparente magnífico. Observe como a vibração em você eleva sua consciência,
à medida que a luz do azul banha suas células.
A água da cascata multicor passa ao violeta. A
transparência do violeta exerce mais uma sutil influência, que decorre do
poder transformador da sua vibração. Desfrute dessa elevada qualidade enquanto
se banha.
Nesse momento, a água torna-se branca e reluzente, e
você se mantém sob sua influência purificadora.
Renovado, você encerra esse banho curativo e encontra
roupas novas, alvas, à beira da cascata. Você as veste e senta- se em silêncio,
numa atitude de meditação.
Permaneça assim por alguns minutos.
Depois, procurando
conservar essa maravilhosa sensação de renovação, retorne ao seu ambiente, respirando profunda-
mente, mexendo suavemente as extremidades do corpo e abrindo, por fim, os
olhos.
9. O Ostensório Vivo Ia Etapa
Depois da prática dos Exercícios Preliminares,
sente-se na postura de meditação. Feche os olhos.
Visualize
uma luz branca e cintilante no centro do seu peito. A cada inspiração e
expiração, expanda essa luz na forma de raios que nascem no seu coração,
configurando uma linda estrela. Estenda esses raios para além dos limites do
seu corpo.
Permaneça
assim, desfrutando desse estado de consciência benigno e amoroso por alguns
minutos.
Faça algumas respirações e volte ao ambiente em que
você se encontra, conservando os benefícios da experiência.
2- Etapa
Depois
de ter se transformado num “Ostensório Vivo” (1- Etapa), procure ver em sua
tela mental essa mesma luz nas pessoas, trazendo quem você achar necessário
para dentro dela. Mantenha-se e mantenha-as nesse estado por alguns minutos.
Faça algumas respirações e retorne ao ambiente,
procurando conservar os benefícios do contato com sua natureza crística”. Liliana Pinto.
Este texto é um resultado de uma pesquisa, é uma compilação.
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