Ego
"Compreendendo o que é o ego com uma visão do sagrado'. Segunda
parte.
Pesquisado
por Dharmadhannya
Eu
fiz alguns comentários com a letra azul.
5- Ego
não confia em ninguém. Não confia em Deus, tem muito medo e não tem fé. Não
acredita em um poder superior, porque ele pensa que pode tudo, mas ao mesmo
tempo tem medo de perder a sua força. Há uma necessidade de humanizar a imagem
de Deus para poder controlar e se identificar.
A
personalidade cria ilusões e afirmações como:
“Se
eu sou pecador eu não mereço ser feliz, eu sou marcado para sofrer, para viver
no inferno por Deus. Deus é vingativo, eu também nunca consigo perdoar.
Deus
pune injustamente, eu mereço sofrer e todos aqueles que me fazem sofrer merecem
punição. Deus é todo poderoso, ele protege os escolhidos, ele é fundamentalista
- eu quero ter o poder de Deus. Eu quero
governar o mundo em nome de Deus.”.
O
ego não consegue pensar em Deus como uma Unidade, como uma consciência inteligente
justa, equilibrada. Deus como energia da harmonia universal, e
que não possui forma humana e que tudo abrange.
O ego é “covarde”. O seu ego prospera
convencendo você de que está separado de Deus. Para manter essa crença de pé,
ele induz a ilusão de culpa e tendência ao pecado em você, numa tentativa covarde
de evitar o contato com rosto sua Divina Presença, seu verdadeiro Eu.
O
seu Eu superior sabe mais. A presença amorosa sabe que no âmago de seu ser há
uma Presença Divina - Espírito Divino, envolvido pela luz do amor e da
beatitude. Quando você assiste às ideias de culpa a surgirem continuamente,
elas são ações covardes do ego, que treme de medo só de pensar que você possa
saber que é uma extensão de Deus.
Entretanto,
assim como o medo da escuridão se transforma acendendo uma luz exterior, também
a covardia do ego se transforma sob efeito da sua luz interior. O comportamento
covarde é apenas um sintoma de grande medo. O antídoto para o medo é a coragem.
Você
pode lidar corajosamente com o medo e a com a covardia do ego se souber que
a parte de Deus que você é não está separada da energia divina.
Esse
conhecimento proporciona a coragem de que precisa para focar a luz de seu amor
interior na escuridão do medo do ego. O medo do ego está na “inconsciência” da
luz interior.
Iluminada dessa forma, a ideia do ego - a sua ilusão
de você ser exclusivamente uma parte do mundo físico fica esclarecida.
O
milagres não acontecem para aquele que está imobilizado pelo medo, mas
acontecem para aquele que cultiva a fé que move montanhas.
O
ego pensa que Deus é o seu “servo”, e para ama-lo ele tem que realizar todos os
seus desejos.
Aquele
que se uniu a Deus incondicionalmente,
recebe a Graça do Espírito Santo que ilumina a sua vida com o fogo da fé.
Aquele
que tem consciência da Divina Presença no universo especular da sua mente,
reconhece a inteligência viva de Deus Pai/Mãe que move o mundo com a Harmonia,
a Justiça, a Verdade, a Sabedoria do Amor, e a Compaixão...
Aquele
que tem fé, segue compartilhando a Luz da Graça e realiza a
Vontade de Deus para o bem de Todos.
6.
O ego beneficia-se do consumismo. O falso Eu está constantemente a
bombardear você com a ideia de que deve ter mais para ter paz, para ser um
vitorioso.
O ego empurra-o à procura da sua validação
externa e é ameaçado pela noção segundo a qual você pode encontrar seu lugar dentro
de si mesmo. Esta pressão no sentido da procura voltada para o exterior é o que
eu chamei "voltar-se na direção errada".
0
ego ou a personalidade procura fazer com que você continue a buscar fora a sua
sensação de paz e um sentimento de amor mais profundo e mais rico. A postura
dele ficaria enfraquecida se você conhecesse o amor e a riqueza que traz dentro
de si. Portanto, o ego empenha-se numa missão principal, fazer com que
permaneça voltado na direção errada.
Enquanto
você volta-se para fora nessa tentativa vã de
achar
a paz, convence-se de que as posses lhe trarão a paz e a realização que almeja.
O ego até agora saiu-se bem dirigindo a sua energia vital para fora, no encalço
de objetivos externos, e se regozija ao ver que você concentra toda a sua
energia na aquisição de coisas.
Uma
vez que a sua atenção está centrada no que você vê como errado, tenta consertar
esses erros obtendo mais de algo exterior.
Essas
circunstâncias desviam sua atenção do conhecimento do poder decisório da sua
mente, capaz de escolher a paz e o amor acima da angústia e do medo. É assim
que o sistema do ego permanece imune.
É imperativo
você conclamar o poder da sua mente a fim de suplantar as falsas crenças do
ego. É impossível consumir seu caminho rumo à paz.
Você não pode comprar amor. Não há paz no mais-é-melhor, como eu já disse. Isso
leva apenas a uma vida inteira de esforço sem jamais chegar lá.
O ego sente-se ameaçado e temeroso da sua
chegada.
Ele
quer, consequentemente, que você se lance por caminhos novos e mais
complicados. Quando você para de procurar o que não pode arranjar fora de si
mesmo, consegue chegar e repousar na serenidade – seu falso eu será domado.
7.
O ego é insano. Na minha definição a pessoa insana é aquela que acredita
ser o que não é e age no mundo com base nessa crença. É nisso
justamente que o ego acredita. E ele tenta sempre convencer você a acreditar
também. A insanidade persiste porque o ego tem medo da morte.
Pode-se dizer que o ego acredita insanamente
que morrerá se você passar a conhecer o seu Eu verdadeiro.
Quando
essa insanidade se apossa da sua vida, você passa certamente a identificar-se
com essa falsa ideia de si mesmo. Sem perceber, você junta-se involuntariamente
ao restante do mundo, cuja maioria pratica também essa insanidade.
Grave
na sua mente esta citação de Um curso em milagres: "Este é um mundo
insano, e não subestimes a dimensão da tua insanidade. Não há área da tua percepção
que ele não tenha tocado”
Além
disso, o mundo está cheio de pessoas convencidas de que o espírito santo é algo
separado delas. E passam suas vidas a tentar convencer outras desta loucura!
Toda
a violência humana é reflexo da crença em nossa separação. Se soubéssemos que
somos um e que Deus está dentro de nós, saberíamos que qualquer dano feito a
outro é uma violação de Deus. Nós não poderíamos nos comportar uns com outros como
o fazemos. Mas a insânia do ego nos convenceu de que estamos separados e nos
encorajou a procurar nossos "assassinatos" de ódio.
Pierre
Teilhard de Chardin, teólogo e paleontólogo francês, escreveu: "Nós somos
um, afinal, tu e eu; juntos sofremos, juntos existimos, e sempre deleitaremos
um ao outro:' Isto é sanidade saber que você é um com Deus.
Quanto
ao ego, a divulgação desta proposição é perigosa porque ela ameaça a
importância dele. A submissão total perante os medos do ego é insanidade.
Por exemplo, Teilhard de Chardin teve proibida
pela sua ordem jesuítica a publicação de seus escritos metafísicos e
filosóficos. Ele deve ter sentido a dor muito fundo, mas a sua sanidade não se
viu comprometida por um ego indômito.
Seu
conhecimento era mais forte que o ego e que as autoridades eclesiásticas. Hoje
em dia seus trabalhos publicados são clássicos reconhecidos.
Uma
das ideias mais insanas que seu ego lhe oferece afirma que você é moral e
espiritualmente superior àqueles que não procuram conscientemente seu Eu
sagrado. Essa ideia arrogante de superioridade espiritual é uma crença que
tende a separar.
De
acordo com essa crença, as pessoas espirituais estão à parte daquelas que
submetem-se ao ego. Este é mais um truque do ego, que tenta satisfazer sua
vontade de conhecer seu Eu superior, criando uma falsa dicotomia na qual você é
melhor que outros, e por isso precisa da competição para provar que é o melhor.
A realidade é que não há nenhuma dicotomia superior/inferior inerente à
humanidade.
Cada
um de nós tem sua própria trilha a percorrer, e cada um será posto à prova de
muitas formas. A sua consciência interior da existência de Deus não faz você
superior a ninguém- ela apenas lhe traz um senso mais profundo e rico do seu
propósito.
Mesmo aqueles que ainda não viram a luz interior
fazem parte de você. Eles são você em outras formas - diferentes modelos com
diferentes comportamentos.
A
sua essência e a deles ainda é a única fonte: a luz celestial de Deus. É insano
deixar-se convencer pelo ego a afixar rótulos de inferior ou superior na
presença amorosa que está dentro de nós todos.
As
sete características do ego anteriormente relacionadas são mera introdução ao
assunto. Elas são as características gerais primárias da maneira de o ego
envolver-se em nossas vidas individuais.
Você
experimentará um novo tipo de despertar espiritual ao tomar consciência da
influência do ego em sua vida. A verdadeira liberdade decorre de libertarmo-nos
do poder do ego. Entretanto, o ego procurará que você caia em tentação,
colocando muitas liberdades falsificadas ao longo da trilha da sua busca
sagrada.
LIBERDADE
AUTÊNTICA X LIBERDADE FALSIFICADA
A Liberdade
para se unir a totalidade é o caminho para a Luz. A liberdade que nos ilumina
com a consciência expandida em vários planos espirituais nos libera do
sofrimento e da roda do carma.
Acredito
que a liberdade como desinteresse sobre si próprio. Quando você obtém sucesso
ao pacificar seu ego, a liberdade, neste sentido, é acessível quando seu mundo interior
não se concentra em sentir-se ofendido, achar-se separado ou considerar-se
especial. Abstrair-se da autoafirmação, do ego, é autêntica liberdade.
O
oposto de liberdade autêntica é liberdade falsificada. Esta é a liberdade que o
mundo exterior tenta vender-nos. Ela é uma ilusão, tanto quanto a existência do ego como ente
separado.
A liberdade falsificada, como o ego, não é
senão uma ideia falsa. A ideia é alimentada pelo ego quando ele o convence de
que para ser verdadeiramente livre você deve "obter" algo exterior a você
mesmo.
Essa é a liberdade que a sociedade oferece e
seu ego procura a fim de fortalecer a ilusão e manter-se vivo.
Para
alcançar a alegria da autêntica liberdade, você precisa primeiro examinar o
tipo de liberdade que vem perseguindo. Necessita ver qual o tipo de liberdade
que você tem sido instigado a perseguir, incessantemente, pela sua cultura.
Necessita reconhecer quais as liberdades que
lhe trazem prazer, que são inautênticas. Aqui estão várias dessas liberdades
que são oferecidas a você. Note o contraste que elas apresentam com a liberdade
autêntica, pura, que se alcança ao transcender o ego e conhecer Deus.
Liberdade
química
Os
Estados Unidos têm sido o país mais quimicamente dependente na história do
mundo. Usar um produto químico a fim de sentir-se livre é o ego na sua pior
manifestação - uma ilusão alimentando outra ilusão. Usar produtos químicos
provoca alucinações e insucessos em sua vida cotidiana. O custo deste enfoque
da liberdade é a liberdade em si.
O
preço das experiências breves de liberdade encontradas no êxtase físico do uso
de drogas está sendo pago por demasiados seres humanos. Nascem bebês viciados
no crack; garotas e rapazes se prostituem por causa das drogas; famílias
e vidas são destruídas e desfeitas; a alta do nível de criminalidade afeta a
todos; a produtividade declina; a pobreza se alastra; as condições de vida
tornam-se desumanas.
A
procura da liberdade por meio dos produtos químicos deixou os usuários presos a
estilos de vida nos quais nunca podem ter o suficiente do que não querem. O ego
diz ao usuário: Você será livre quando provar a euforia fantástica que produz
este produto químico ou esta garrafa de bebida.
Mas
o prazer é apenas físico. Dura só alguns instantes. Então aí está o ego,
exigindo mais. Com esse enfoque da liberdade, você nunca chega. Precisa
empenhar-se por obter sempre mais daquilo que acaba desprezando.
Será
que este tipo de vida é autenticamente livre? Se você fosse livre,
experimentaria uma sensação de chegada. Iria dizer: É isso
aí! Não preciso de mais nada.
Quando
você transcender o ego, começará simultaneamente a cultivar a amizade com a
presença amorosa que mora dentro de você. Então fará o anúncio dirigido a si
mesmo:
É isso
aí. Não preciso de mais nada. EU
quero mais amor, mais vida, mais objetivo, servir
a Unidade para o bem de todos e tudo isso sinto que é atingível com a parceria
do meu Eu Divino ou Divina Presença”.
Pesquisado
e editado por Dharmadhannya.
Este
texto é resultado de uma pesquisa, é uma compilação, inspirado em vários
mestres do assunto.
Prendice Mulford, Dayier, e outros...
Este
texto está liberado para divulgação desde que seja citada a fonte.
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