"Liberando os laços com o passado"
Eu fiz algumas considerações com a letra azul.
Qualquer pensamento sobre alguém emite
um pequeno impulso de energia que age como um cordão, ligando quem pensa ao
objeto do pensamento. Se não conhecemos bem a pessoa em quem pensamos, o cordão
é tão frágil que acaba desaparecendo.
Pais e filhos formam naturalmente
cordões entre si, tão fortes a ponto de serem vistos pelos clarividentes.
Quando uma criança chega à adolescência,
precisa ser liberada dessas rédeas, para poder se tornar um adulto livre e
responsável por si mesmo.
Todas as sociedades primitivas
reconhecem isso, e preparam cerimônias simbólicas para libertar seus
adolescentes, impelindo-os à fase adulta. Entretanto, em nossa cultura, isso
não é feito - e assim as crianças frequentemente permanecem doentiamente influenciadas
pelo apego aos pais e não amadurecem, permanecem no
útero familiar e muitas vezes pensam e agem com egocentrismo, narcisismo e com a imaturidade da criança.
A ligação excessiva aos pais é prejudicial
aos adultos. Chegamos a achar ridículo impor limites a uma pessoa crescida.
Mesmo assim, ainda existem muitas pessoas emocionalmente manipuladas pelos
pais, sem que o percebam e isso tem consequências na
vida afetiva, profissional e social do filho (a).
Essas amarras precisam ser cortadas,
para que o indivíduo fique livre para se tornar completo e independente, e para
que possa ser emocionalmente livre e responsável por si mesmo.
Barbara me contou que ela e seu filho
tinham problemas de relacionamento, e que dificilmente se encontravam. Ele era
um homem de cerca de 30 anos e tinha uma namorada, mas nunca havia se casado.
Suspeitei que ainda restavam muito
cordões entre mãe e filho, de modo que ele permanecia “casado” com sua mãe e consequentemente
impedido de se casar com outra pessoa.
Barbara entendeu imediatamente, quando
expliquei sobre desatar os cordões, e estava ávida para fazer a cerimônia simbólica.
No dia seguinte, após termos cortado os
cordões entre Barbara e seu filho, ele lhe telefonou, para dizer que na noite
anterior havia surgido inesperadamente a questão de se casar.
Ele estava encantado consigo mesmo, e
não sabia porque jamais havia pensado nisso antes. Aos poucos foi compreendendo
que não pudera assumir compromissos antes porque permanecera ligado à sua mãe.
Muitas pessoas se casam e ainda permanecem
de fato ‘casados com seus pais ou mães, o que torna muito difícil a tarefa elo
parceiro.
Como em todas cerimônias simbólicas, o
propósito é enviar uma mensagem à mente interior1)rohulldajucilte a programação
inconsciente.
Quando estamos envolvidos com alguém,
projetamos parte de nós nessa pessoa e parte dessa pessoa em nós. Precisamos
portanto encontras nosso próprio espaço, antes de cortar o cordão.
Então que se visualizem sentados num
círculo. A pessoa de quem se está desligando senta-se em outro círculo, do lado
oposto. Então visualizam uma luz fluindo em volta dos dois círculos, em uma
figura cem forma de oito.
Quanto mais vívida é a imagem, e se é
realizado frequentemente este exercício antes do corte, mais profundamente
entra na mente interior a mensagem de que queremos ser apenas nós mesmos, e de
que não queremos mais ser influenciados pelos outros.
Acredito que este processo é um caminho,
um estado de consciência, de maturidade espiritual.
Nancy odiava sua mãe, que constantemente
a repreendia. Dizia que sua mãe era uma velha crítica, resmungona e
desorganizada. Nancy, que também era mãe e tinha cerca de 40 anos, gastava uma
considerável quantidade de energia cuspindo veneno contra sua mãe.
O disco que gravara era mais ou menos
assim: “Ela espera que eu ligue para ela toda semana, mas ela não liga para
mim. Ela ignora as crianças ou as mima demais. Ela sempre está me rebaixando.
Depois de falar com ela pelo telefone, sinto-me doente.Sinto-me tão mal quando
fico na casa dela no fim de semana que preciso ficar um dia de cama”, e assim por
diante, num círculo vicioso.
Esta horrível mãe-bruxa jamais acertava
em nada. O relacionamento entre elas era decididamente doentio.
Nancy ficou aterrorizada quando lhe
expliquei sobre o corte dos cordões, pois temia alterar o relacionamento com
sua mãe! Eu lhe disse que deveria decidir por si mesma Durante algumas semanas,
não tive mais notícias dela.
Então ela me telefonou, dizendo que estava fazendo a visualização da figura do
oito e que havia decidido que precisava se submeter ao corte!
Era como se pensasse que eu era uma
dentista, pronta para arrancar-lhe um dente. Ainda apavorada e procurando
desculpas, veio finalmente para a sessão.
De fato, os cordões que ela viu eram
grandes e pretos, parecidos com tentáculos de aranha. Pedi que ela os cortasse
com um par de tesouras espirituais de ouro, e ela se sentiu muito aliviada
quando conseguiu finalmente eliminá-los.
Quando desapareceu o último cordão, ela
conseguiu finalmente compreender que a mãe era uma mulher solitária, e a
perdoou facilmente pelo modo como se comportava.
Então ela se imaginou correndo para o
mar e nadando bastante, até se sentir limpa e liberada.
Poucos dias depois da sessão, sua mãe
lhe telefonou de muito bom humor. Era a primeira vez em muitos anos em que sua
mãe havia tomado a iniciativa. Convidou Nancy para passar alguns dias com ela.
Nancy visitou-a com amor e uma nova
compreensão. A estadia foi além de suas expectativas. O relacionamento estava agora
livre, e pronto para amadurecer e se desenvolver.
Quando o relacionamento entre pais e
filhos é ruim, eles ficam invariavelmente ligados de modo negativo.
O relacionamento com meu pai foi tenso
durante muitos anos. Quando decidi me desligar dele, consegui imediatamente
descobrir os motivos dos problemas que existiam entre nós.
Uma corda grossa saía de sua garganta,
enrolava-se em torno do meu pescoço e entrava em minha garganta. Não preciso
dizer que a comunicação era virtualmente impossível, porque eu me sentia
estrangulada.
Fiquei perturbada com o enorme cordão
umbilical que saía de seu terceiro olho em direção ao meu umbigo. Durante
muitos anos, sonhei muitas vezes que ele estava me olhando enquanto fazia amor.
De certo modo, ele realmente estava. Depois do corte, jamais esse sonho se
repetiu novamente.
Arames finos ligavam nossos terceiros
olhos e nossos plexos solares. Depois que os cordões foram cortados, removidos
e queimados numa fogueira, consegui me sentir leve e liberada, e convicta de que
já era mais do que tempo para fazer isso.
Minha mente recebeu então uma poderosa
mensagem, de que agora eu estava liberada para me comunicar livremente com meu
pai. Como eu não estava mais sendo observada, conseguia ser eu mesma.
Na semana seguinte ele me telefonou, e
pela primeira vez em toda minha vida ousei expressar meus sentimento sobre meus
problemas. Disse todas as coisas que havia sufocado durante muitos anos.
Ele não tinha a mínima Idéia dos meus
sentimentos, e ficou chocado. Muitos dos mal-entendidos, desavenças e
sentimentos negativos foram esclarecidos.
Foi um grande momento. Evidentemente,
tanto os cordões negativos quanto os positivos podem se reconstruir, se
continuamos a enviar os mesmos pensamentos para as pessoas. Depende de nós, conservarmo-nos
livres dos cordões negativos.
Sasha era uma mulher bonita e delicada,
mãe de dois adolescentes. Estava sempre doente, Tinha constantes problemas de
estômago, sentia-se indiferente e cansada.
Ela era muito sensível em relação aos
sentimentos e aos ambientes, e tinha certeza que sua mãe estava sugando suas
energias.
Quando visualizou os cordões, observou
que havia uma barra de ferro entre seu peito e o de sua mãe. Levou algum tempo
para cortá-la com uma serra, terminando por desencravá-la de ambas.
Quando retirou a pontas da barra de ferro de
seu peito, as dores desapareceram, e Saslia se sentiu mais viva. Sasha se viu
abraçando sua mãe, e agradecendo sua dedicação por ela. Notou ainda que sua mãe
relutava em deixá-la, mas que por fim aceitava.
Então Saslia jogou a barra de ferro em uma
fornalha, queimando junto com ela todas as suas roupas velhas, que
representavam OS velhos tempos entre ela e sua mãe: a cada peça que queimava,
ela sentia muito prazer.
Por fim se lavou em uma fonte prateada
deslumbrante, e vestiu um elegante conjunto branco de calças compridas e
camiseta.
Depois da sessão, a mãe de Sasha ficou
doente, com dores no peito e cansaço. Isto não causa surpresa, pois como
consumia a energia da filha, precisava de algum tempo para se ajustar à sua
própria energia. Em poucas semanas sua mãe se estabilizou, e Sasha percebeu uma
melhora considerável no relacionamento entre seus pais.
Agora que ela não mais dependia de sua
filha, a mãe de Sasha procurara equilíbrio em seu marido. Muitas pessoas
disseram que depois de terem sido desatadas do pai ou da mãe, seus pais haviam
se aproximado mais um do outro, geralmente depois do início de alguma doença.
Vince era um homem de negócios, e muito
independente. Havia se divorciado alguns anos atrás, após um curto e
insatisfatório casamento, sendo agora um solteiro convicto.
Durante sua vida havia sofrido bastante
e lutado com determinação, mas, de alguma maneira, jamais conseguira obter o
que realmente queria. A sensação de jamais conseguir as coisas certas era
familiar para ele, pois era originária
de sua infância.
Viuce procurou ajuda comigo porque
estava sempre doente. Temia perder o emprego, se continuasse assim.
Sua mãe era exigente e agressiva, e
Vince sentia muita frustração cm relação a ela. Sentia raiva quando a visitav,.
mas sentia-se culpado quando não o fazia.
Ao visualizar sua mãe diante de si e
observar os cordões que os uniam, conseguiu ver claramente um enorme amontoado.
Ele cortou com determinação os cordões, mas quando chegou o momento de deixá-la
partir, ele se viu transformado em um garotinho, que chorava copiosamente: “não
me deixe!”
Vince só foi capaz de crescer quando sua
mãe saiu de sua cena interior.
Ele viu que sua mãe jamais lhe havia ddo
o carinho e o encorajamento de que precisava, nem lhe havia dado liberdade
para que se tornasse ele mesmo.
Ele compreendeu que seu relacionamento
com a mãe era ambivalente. Viu como era constantemente arrastado para baixo da
sua saia, ressentia-se disso, mas não tinha liberdade nem auto-confiança para
alterar esse estado d coisas.
Com a liberação dos laços psíquicos, ele
se dispôs a visitá-la sem qualquer ressentimento, quando desejasse, e deixar de
vê-la se não estivesse disposto, sem sentimento de culpa. Isto foi um grande progresso
para seu crescimento interior.
Alguns pais impõem cordões de controle
tão profundos em seus filhos, que fica muito complicado liberta-los. Vicky
recebera de sua mãe mensagens tão poderosas sobre os males do sexo e sobre as
desvantagens de ser mulher, que chegava a ser surpreendente que ela tivesse se
casado e tido filhos.
Ela absorveu a raiva e culpa sexual de
sua mãe em um nível tão profundo. que apresentava sériõs problemas de saúde e
de relacionamento.
A visualização do corte dos cordões,
grandes e profundamente entranhados em seu abdome, necessitou até de uma
anestesia imaginária. Ela chorou de dor, ao ver que o sangue jorrava
copiosamente.
Como era demasiado sensível, Vicky
sentiu-se mal e vulnerável durante alguns dias depois da experiência, como se
de fato tivesse sido submetida a uma cirurgia. Porém, ao recuperar-se,
sentiu-se mais forte e saudável, e começou um novo relacionamento com sua mãe e
com seu marido.
Os casais muitas vezes embaralham os
sentimentos. tornando-se infelizes Às vezes não conseguem se libertar, nem para
uma vida em comum harmoniosa, nem para assumir a necessidade de divórcio,
quando este se torna inevitável.
Isto sucede quando cultivam pensamentos
rancorosos um contra o outro, tornando muito difícil o relacionamento entre os
dois.
Certa mulher queria o divórcio, mas não
conseguia tomar nenhuma atitude. Sentia-se como se estivesse paralisada, Quando
viu as cordões, eles a estavam de fato imobilizando. As cordas davam mudas
voltas em torno de seu corpo, prendendo seus braços.
Evidentemente, ela não poderia se
libertar sozinha. Então perguntei quem ela escolheria para vir ajudá-la a
cortar as cordas. Ela escolheu Cristo,
que penetrou em seu mundo interior e a libertou, com muito amor.
Como seu marido estava igualmente
amarrado, ela desejou liberta-lo. Ele ficou muito feliz ao ficar livre, e ela
alegremente queimou as cordas, antes de correr para uma piscina e esfregar o
corpo energicamente, para estimular a circulação.
Depois do desatamento em seu mundo
interior, ela e seu marido foram capazes de cooperar entre si para obter o
divórcio. Pouco depois, conseguiram se libertar um do outro também no mundo
exterior.
Algumas vezes, as cordas são menos
óbvias. Um homem viu-se junto com sua mulher, ambos envoltos numa pegajosa teia
de aranha, cujo contato causava uma sensação desagradável. A teia precisou ser,
dissolvida e lavada.
Uma vez libertado da teia, ele conseguiu
ver o lado bom de seu casamento. Enquanto lutava constantemente para se
libertar de toda aquela gosma, não tinha energias para investir no
relacionamento.
Quando estamos negativamente ligados a
alguém, seja nosso chefe, amigo ou parente, é útil verificar se existe algum
cordão. Se houver, basta cortar os cordões que nos ligam a essa pessoa com uma
tesoura dourada, colocando muito amor nesse ato.
Um jovem muito exigente participava de um
círculo de cura em minha casa. Tomava para si toda a atenção. e ninguém mais
tinha oportunidade de se expressar. Senti como se ele estivesse segurando o
grupo; quando me sintonizei para pedir conselhos, vi um cordão enrolado e
tesouras espirituais douradas. Percebi então que estava sendo instruída para
libertá-lo.
Visualizei durante três dias O cordão
que o amarrava ao grupo. Cortei-o, e imaginei com amor que ele partia. Na quarta
manhã, ele me telefonou desculpando-se. Em seu emprego, havia sido solicitado a
fazer um serviço, que o impediria de voltar a participar das reuniões semanais
do círculo de cura. Esta é uma técnica poderosa que não entanto jamais deve ser
usada de modo leviano ou imprudente.
Também podemos ficar amarrados a bens
materiais. Se não conseguimos vender nossa casa, provavelmente a estamos
segurando, e talvez estejamos firmemente amarrados a ela.
O mesmo se aplica a carros,
caminhonetes, jóias ou a qualquer coisa da qual achamos que queremos nos
livrar.
Quando uma pessoa idosa parece estar
agarrada à vida, o maior serviço que podemos fazer para ela é verificar se não
a estamos segurando através de nossos cordões.
Podemos inconscientemente impedir que uma
pessoa vá embora, devido ao apego emocional, positivo ou negativo, que temos
por ela.
Sempre que conduzo as pessoas através de
seus chacras, para verificar se encontram cordas, elas ficam surpresas com o
que descobrem. É um exercício muito simples.
Visualize um chakra de cada vez,
começando com o chakra básico, que é vermelho e fica sobre a região do sexo.
Visualize esse Chakra se abrindo, como urna flor vermelha. Entre lá. Limpe-o,
se for preciso. Então relaxe, e veja se há cordões saindo dele. Siga o trajeto
de cada cordão, para ver quem está do outro lado. Corte todos os cordões com a
tesoura espiritual dourada, libertando com amor a pessoa que está do outro
lado.
Se algum cordão parece interminável, e
você não consegue descobrir quem é a pessoa na outra extremidade, exija que ela
apareça. Você tem esse direito.
Continue a fazer o exercício com cada um
dos outros chakras, da seguinte forma:
Visualize uma flor laranja para seu
abdome;
- amarela para plexo solar;
- verde no centro do coração,;
= azul-claro na garganta;
- índigo no terceiro olho, que fica no
meio da testa;
- violeta acima da cabeça, no chakra da
coroa.
Texto pesquisado por dharmadhannyael
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