A UNIÃO COM A ALMA - 2
Alice Bailey do livro a Luz da Alma.
1. AUM. A seguinte instrução diz respeito à
Ciência da União.
2. Esta União (ou Ioga) se conquista
subjugando-se a natureza psíquica e pela contenção da chitta (ou mente).
3. Quando isto é consumado, o Iogue se
conhece como realmente é.
4. Até agora, o homem interno tem-se
identificado com suas formas e com as modificações ativas das mesmas.
5. Os estados da mente são cinco, e
estão sujeitos à dor e ao prazer; são dolorosos ou não dolorosos.
6. Esta modificações (atividades) são:
conhecimento correto, conhecimento errôneo, fantasia, passividade (sono) e
memória.
8. O conhecimento errôneo é baseado na
percepção da forma e não no estado de ser.
11. Memória é a retenção daquilo que se
conheceu.
12. O controle dessas modificações do
órgão interno, a mente, deve ser obtido pelo esforço incansável e pelo
desapego.
13. O esforço incansável é o esforço constante
para conter as modificações da mente.
14. Quando se dá suficiente valor ao
objetivo a ser alcançado e os esforços para consegui-lo são persistentes e
ininterruptos, então a estabilidade da mente (contenção das vrittis) é
assegurada.
15. O desapego é a libertação do anseio
por todos os objetos do desejo, quer terrenos, quer tradicionais, aqui ou no
futuro.
17. Atinge-se a consciência de um objeto
pela concentração sobre sua quádrupla natureza: a forma, pelo exame da mesma; a
qualidade (ou guna), pela participação discriminativa; o propósito, através da
inspiração (ou bem-aventurança); e a alma pela identificação.
18. Conquista-se um estágio mais
avançado de samadhi quando, através do pensamento dirigido, aquieta-se a
atividade externa. Neste estágio, a chitta responde apenas a impressões
subjetivas.
19. O samadhi que se acabou de descrever
não vai além dos limites do mundo fenomênico; não ultrapassa os Deuses, nem os
que dizem respeito ao mundo concreto.
20. Outros iogues alcançam o samadhi e
chegam a uma discriminação do Espírito puro através da crença, acompanhada pela
energia, memória, meditação e percepção direta.
22. Aqueles que empregam a vontade
também diferirão entre si, pois seu uso pode ser intenso, moderado ou suave. Em
relação à conquista da verdadeira consciência espiritual, há ainda um outro
caminho.
23. Pela intensa devoção a lshvara,
ganha-se o conhecimento de lshvara.
24. Este lshvara é a Alma, sem
limitações, livre de carma e desejo.
25. Em lshvara, o Gurudeva, o germe de
todo conhecimento expande-se até o infinito.
26. lshvara, o Gurudeva, não sendo
limitado por condições temporais, é o instrutor dos Primitivos Senhores.
28. Pela emissão da Palavra e pela
reflexão sobre seu significado encontra-se o Caminho.
29. Disto vem a entrada na consciência
do Ego (a alma) e a remoção de todos os obstáculos.
30. Os obstáculos à cognição da alma são
os defeitos físicos, a inércia mental, as perguntas errôneas, a falta de
cuidado, a preguiça, a falta de serenidade, a percepção errônea, a incapacidade
de conseguir a concentração e de manter a atitude meditativa, uma vez
conquistada.
32. Para vencer estes obstáculos e o que
deles decorre, a intensa aplicação da vontade sobre alguma verdade (ou
princípio) é necessária.
36. Pela meditação sobre a Luz e sobre a
Irradiação pode-se atingir o conhecimento do Espírito e, assim, conquistar a
paz.
40. Assim sua realização se estende do
infinitamente pequeno ao infinitamente grande, e de annu (o atómo ou partícula)
a atma (ou espírito) seu conhecimento é aperfeiçoado.
41. Para aquele cuja vrittis
(modificações da substância da mente), estão inteiramente controladas, resulta
um estado de identidade com e uma semelhança a — o que é conscientizado; o
conhecedor, o conhecimento e o campo de conhecimento se tornam um, exatamente
como o cristal toma para si as cores do que nele é refletido.
42. Quando o percebedor funde a palavra,
a idéia (ou significação) e o
objeto, a isto se dá o nome de condição
mental de raciocínio judicioso.
44. Este mesmos dois processos de
concentração, com ou sem ação judiciosa da mente, também podem ser aplicados às
coisas sutis.
45. O grosseiro leva ao sutil e o sutil,
através de progressivos estágios leva ao estado de puro ser espiritual chamado
Pradhana.
46. Tudo isto constitui a meditação com
semente.
47. Quando este estado
super-contemplativo é alcançado, o logue adquire a conscientização espiritual
pura, através da equilibrada quietude da chitta (substância mental).
48. Sua percepção é agora infalivelmente
exata (ou, sua mente revela
apenas a Verdade).
49. Esta percepção especial é única e
revela o que a mente racional (empregando testemunhos, inferências e deduções)
no pode revelar.
50. Ela é hostil às demais impressões,
ou as ultrapassa.
51. Quando este estado de percepção é,
por sua vez, também contido (ou superado), então o Samadhi puro é conquistado. Alice Bailey
Pesquisado por dharmadhannyael
Este textO está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/09/a-uniao-com-alma-2.html
A PRIMEIRA PARTE:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/09/o-problema-da-uniao-espirito-alma.html
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