“A Graça da Vida e o Medo”.
Há duas emoções que são a base de todos os
sentimentos - amor e medo.
Amor é a
aceitação de uma pessoa ou situação exatamente como ela é, sem julgamentos e
sem esperar nada em troca.
O amor está relacionado com a Graça Infinita do
amor de Deus que é a Luz - a Benção, a consciência, Liberdade, a força,
proteção, sorte, saúde, alegria, abundância,
fertilidade..
Tudo o que não vem do amor vem do medo – o
desamparo, abandono, o julgamento, o ódio, agressividade, a vingança, a
solidão, a guerra, a separação, a violência, e o medo é o diabo que nós
criamos, é o mundo que nos ameaça
As lições de vida objetivam livrar-nos do velho
inferno que criamos com o medo, e
substituí-lo por amor, pela luz clara do Sol. No Caminho, é útil questionar se
estamos seguindo as regras do amor ou do medo.
Somos
comandados por Deus ou pelo diabo? Nossas ações e reações vêm do amor ou do
medo?
O amor é sempre mais forte do que o medo. Amor é luz, e luz sempre consegue penetrar na
escuridão.
Mas a escuridão não expulsa a luz.
O medo tem a ver com os sentimentos de não sermos
bons o bastante, de não sermos apreciados, e com a morte ou destruição. Se não
somos bons o bastante ou amados o suficiente, tememos ser rejeitados. A rejeição
significa marginalização e solidão.
Para mim, o pior medo é o da solidão: o medo que surge
no nascimento, com a separação da mãe.
E o medo de se separar de Deus, da Graça da vida,
ou da energia do Universo.
Esse é o medo mais profundo que nos Impele a
construir muralhas de proteção. Fechamo-nos atrás de paredes de medo, e na
verdade criamos nosso isolamento.
A palavra “helien”, no Inglês arcaico, significa
emparedar. Criamos então nosso próprio “lieli”, inferno em inglês, no
isolamento que segue ao medo.
As paredes só podem ser destruídas do lado de
dentro, com amor. Quando amamos a nós mesmos, elas automaticamente se
dissolvem.
Penny tinha um medo profundo de ser abandonada.
Quando criança tinha medo de ir para a escola, temendo que sua mãe tivesse ido
embora quando voltasse para casa. Seu medo se tornou tão agudo que ela
desenvolveu unia doença de pele que a mantinha em casa.
O problema
de pele se tornou tão grave que ela foi internada cm um hospital por muito
tempo, criando desse modo o abandono que tanto temia. Ela se colocou no seu
próprio inferno. Casou-se jovem para se livrar do medo de ficar sozinha, e logo
criou as condições para que seu marido a abandonasse, reforçando seu inferno.
Penny está agora assumindo responsabilidades pelo
que criou por si mesma. Está aprendendo a se amar incondicionalmente, e ao
mesmo tempo chegando a amar aos outros do mesmo modo. Isto significa atrair automaticamente
amor e amizade para sua vida.
Ao dissolver seu medo com amor, ela está se
livrando da ilusão de que está separada do Universo e de Deus.
Quando conseguir dissolver totalmente o medo,
nunca mais se sentirá sozinha. E jamais precisará experimentar novamente o
sentimento de abandono ou desamparo. Quando a lição for bem aprendida e o medo
for superado, Penny estará então sintonizada com as Leis do Amor.
A Lei diz que Deus é Amor, que está na Luz da
Unidade. Como somos criados por Deus, nossa essência é Amor. Qualquer coisa em
que pensamos, acreditamos ou fazemos proveniente do medo é naturalmente uma
contravenção à Lei do Amor.
Se cultivamos raiva, mágoas, amargura e vingança,
precisamos fazer algum trabalho sobre nós mesmos para IIOS livrarmos disso.
Quando somos ciumentos, tememos que não haja amor
suficiente para nós, ou que outra pessoa seja mais amada. É uma crença na
limitação do amor.
Se nosso amor-próprio é insuficiente, fica fácil
imaginar que parentes, amigos ou o companheiro ame mais outras pessoas. Gente
ciumenta vê o que mais teme em todas as situações.
Uma pessoa ciumenta temerá tanto a rejeição que habitualmente
se ofenderá com as mínimas coisas. Ela se recolherá a si mesma, afastando desse
modo o amor da pessoa cujo amor tanto desejava. Isso foi o que aconteceu com
Terry.
Ele era idoso, usava óculos com armação de chifre
e se parecia com a figura que todo mundo faz de um avô ideal. Para as pessoas
de fora ele era comunicativo e amável, mas dentro da família era diferente.
Qualquer coisinha o ofendia, e todo mundo já
ficava de sobreaviso. Enquanto permanecia o centro das atenções era feliz, mas
qualquer desvio de atenção em relação a ele o fazia cair num silêncio
execrável.
Terry era como um bebê mimado, exigindo toda a
atenção da mãe e reagindo mau-humor quando tinha que conviver com outras
crianças.
Seus filhos adultos tinham muito cuidado quando lidavam
com ele, pois sabiam que ele se sentiria magoado se houvesse qualquer menção de
que fora deixado de fora de algo.
Eles nem
mesmo podiam se encontrar para um cafezinho sem que Terry se sentisse ofendido.
Combinaram então de se encontrar escondido, e conservaram o pai na ignorância
dos assuntos familiares.
Cada vez que se recolhia ofendido em suas crises
de silêncio, Terry se desviava do amor de sua família, das pessoas de quem
desejava receber amor, até que se excluiu totalmente em sua possessividade
ciumenta.
O ciúme faz com que uma pessoa tente fazer todo o
possível para agradar e se insinuar para a pessoa amada. Ela perde sua
identidade e se dedica desesperada e excessivamente, até que sufoca o amor da
outra pessoa.
Isto foi o que Jean fez, e seu ciúme foi
igualmente destrutivo. Ela era bonita e parecia uni passarinho, com grandes
olhos azuis que escondiam um profundo poço de carências. Seu primeiro marido a
havia abandonado, e só recentemente ela havia se casado pela segunda vez.
Seu medo era tão poderoso que ela acusava seu
novo marido de criar fantasias com qualquer mulher que encontrava. Ela sempre
se preocupava quando ele ia jogar tênis com um amigo. Imaginava que ele estava
com outra mulher, quando se atrasava do trabalho para casa.
Até procurava nos bolsos dele a prova para suas
suspeitas. Quando Jean não estava em pânico nem o acusava de alguma coisa,
ficava grudada nele, fazendo todo o possível para agradá-lo.
Perdeu
assim sua identidade, no esforço de agradar. Seu pobre marido nunca sabia se ao
voltar para casa iria encontrar um tigre vociferante ou um polvo pegajoso.
O medo-ciúme excessivo de Jean foi demais para
ele, que depois de três meses ameaçou partir. Neste ponto ela procurou ajuda.
“Se nos deixarmos levar pelo ciúme, criaremos a
rejeição e a solidão que tanto tememos. Precisamos trabalhar nosso interior,
construir nossos interesses, nossa individualidade, nossa confiança em nós
mesmos.”
“Quando nos sentimos satisfeitos conosco, somos
pessoas inteiras que não dependem da aprovação dos’ outros. Só então podemos
ter uma relação sadia.”
Sil tinha seis filhos, todos com suas próprias
famílias, e mesmo assim sentia raiva e ciúmes quando um deles ousava visitar
seus irmãos ou irmãs. Sua insegurança interior era tão grande que ela temia
perder qualquer gota do amor deles.
Sentia-se inútil e desvalorizada sem seus filhos.
Eles eram seu sucesso, a justificativa para sua existência. Quem era ela sem
eles? Quem poderia amá-la? Ela ficaria sozinha... Apegando-se demasiadamente,
tornou tão desagradável a convivência com sua família que ninguém sentia vontade
de visitá-la; e Sil se viu no inferno
criado por ela mesma.
As pessoas gananciosas temem profundamente ficar sem
nada, ou seja, que nada sobrará para elas.
Mesmo quando vivem em relativa abundância, sentem
medo de que algo lhes seja tomado. Não há paz nesta insegurança Interior.
Felix tinha resolvido alterar seu passado de
pobreza para a riqueza material. Dedicou sua vida a fazer dinheiro. E descobriu
que, mesmo tendo tudo o que o dinheiro podia comprar, não tinha paz interior.
Ele ainda temia que seus bens (sua segurança) pudessem ser arrebatados.
Felix achava que ficaria desvalorizado e
vulnerável sem sua riqueza. Na batalha por mais riqueza para alimentar sua
segurança e auto-estima, alienou-se de todas as pessoas a quem amava. Se
perdesse o dinheiro, quem seria ele? Quem poderia querê-lo? Ficaria sozinho.
Já havia passado a época em que ele acreditava em
que alguém pudesse realmente amá-lo por ele mesmo.
Quando nos sentimos culpados, amarramos um monte
de pensamentos de energia negativa.
Estamos dizendo:
“Tenho medo de não ser bom o suficiente”, ou
“Tenho medo de ser julgado e condenado por insuficiência.”
Se não
somos suficientemente bons, somos julgados insignificantes, o que
inevitavelmente resultará em rejeição.
“Um erro do passado não pode ser desfeito, mas
podemos nos perdoar e perdoar todas as pessoas envolvidas. Isto dissolve a
culpa”.
Frequentemente as pessoas dizem: “Simplesmente
não consigo me perdoar. Posso perdoar qualquer outra pessoa, jamais a mim
mesmo”. Quanta arrogância! Que orgulho pensar ser de algum modo melhor do que
qualquer outra pessoa...
“Todos cometemos erros. A vida é uma experiência
de aprendizado. Não estaríamos aqui se não tivéssemos lições para aprender. Não
ternos o direito de julgar, nem aos outros nem a nós mesmos”.
Na Terra só podemos ver a parte de nossas vidas
que conhecemos conscientemente. E como tentar adivinhar qual é o quadro geral
com apenas uma ou duas peças do quebra-cabeças em nossas mãos.
Quando revemos nossas vidas no fim, temos a
oportunidade dever todas as situações pela verdadeira perspectiva.
Se nos sentimos culpados por gastar dinheiro, ter
coisas boas, ter saúde ou milhões de outras coisas, precisamos examinar a
crença básica que temos sobre nós mesmos.
Merecemos tudo o que temos. Tudo o que possuímos
ou de que gostamos em nossas vidas é atraído para nós pela energia que
distribuímos nesta vida e em outras.
E assim
que ganhamos as coisas, e temos direito de apreciá-las e gozá-las. Sentindo
culpa pelas boas coisas em nossas vidas estamos negando agradecimentos a Deus
ou ao Universo.
Se nos sentimos culpados por não visitar um
parente doente, ou por não fazer doações para caridade, ou por não fazer algo
que “deveríamos” fazer, procuremos de onde provém esse “deveria”.
Ter o dever de é uma negativa imposição parental.
Se você não consegue fazer algo com abertura e
amor é melhor não fazê-lo. Fazer qualquer coisa porque devemos significa a
ocorrência de uma raiva subjacente quando a fazemos;
embora
seja uma boa ação, será invalidade pela raiva. Qualquer visita obrigatória causará
raiva, um sentimento muito prejudicial.
Se ainda nos sentimos culpados, precisamos
analisar o medo que repousa sob nossa culpa. Se nos inclinamos a nos sentir mal
tendemos a nos colocar em situação contrária à vitória, sentindo culpa em
relação a tudo.
Quando nos flagelamos com sentimentos de culpa,
fechamos o canal de comunicação com as Forças Superiores. Isso significa que
elas não podem nos usar em seus propósitos mais elevados.
A culpa nos isola da Graça da Vida.
Gente arrogante teme que seu eu verdadeiro não
seja bom o bastante; Por isso se escondem numa arrogância artificial. Uma
atitude arrogante é um mecanismo de defesa, que impede a aproximação das
pessoas.
Afinal de
contas, se os outros chegassem muito perto e descobrissem nossa verdadeira
agressividade interior, e temos medo da raiva que acumulamos, e se soubessem
iriam nos rejeitar, e ficaríamos sozinhos.
Sarcasmo, maldade, grosseria, petulância, timidez
e verbosidade são camuflagens que servem ao propósito de manter as pessoas à
distância. Essas atitudes significam apenas que “Não me sinto interiormente
seguro. Estou com medo de você não me achar bom o bastante e me rejeitar”.
Uma garota de dez anos me disse certa vez que
odiava todos os seus colegas da classe. Mencionou vários deles, quando então
perguntei se ela gostaria de Rod se ele gostasse dela. Ela disse que sim.
Gostaria de Mary se ela também gostasse dela. De
repente ela disse com raiva: “eu gostaria de todos se eles gostassem de mim
primeiro”. Quantas pessoas passam por isto, sob pretexto de timidez ou falta de
confiança...
Trancamo-nos atrás de nossas muralhas, esperando
que alguém tome a iniciativa de nos procurar.
No supermercado uma mulher muito tímida me disse:
“com licença, a senhora se importa se cii cruzar tia sua frente para pegar
algumas laranjas?” eu respondi: “à vontade”, e dei espaço para ela.
Ela me
contou que outra pessoa acabara de ser muito mal educada quando ela tentou
alcançar a prateleira.
Eu lhe disse que algumas vezes as pessoas ficam
muito nervosas e a melhor atitude é enviar-lhes amor, se eles não o têm para
dar. Ela piscou, um tanto pensativa.
Logo em seguida abordou-me novamente: “obrigada
por ter falado aquilo para mim. Você me ajudou a ver tudo de modo diferente”.
Se alguém está muito cansado para lançar-lhe um
sorriso, sorria para essa pessoa. Quando nos percebemos usando controles e
manipulações, precisamos examinar o medo que temos do que aconteceria, se
deixássemos a situação seguir um curso natural.
Muitas crianças aprendem a maniplar e controlar
seus pais desde a mais tenra idade. Como não podem assumir diretamente o poder,
encontram meios mais sutis para conseguir atenção ou fazer o que desejam.
As mães costumam controlar e manipular maridos e
filhos - especialmente se a maternidade é assumida como justificativa de suas
vidas. Também os homens não se abstêm do sutil uso da pressão.
Eis algumas formas comuns de manipular os outros:
— ficar zangado, de mau humor, melindrar-se,
atrasar-se, lentidão, recusar-se a comer, comer demais, ser imprevisível,
ofender-se facilmente, chorar de raiva, ficar deprimido, ser avarento,
subornar, ameaçar, sentir dores de cabeça e dores nas costas.
Essas manipulações são estratégias de
sobrevivência, que aprendemos para preencher nossas necessidades enquanto
crianças. Precisamos detectá-las para nos libertar.
Quem manipula o controle remoto da televisão na
família controla também a escolha dos programas, assumindo uma posição de poder.
Conheço urna pessoa que se parece com urna enorme
aranha negra, controlando a família com a ameaça velada de mau-humor,
estragando assim a harmonia familiar em caso de seus desejos não serem
satisfeitos. A família é conivente com esta manipulação e faz o que ela quer,
apesar de todos se sentirem revoltados com a situação.
Frederick era um poderoso homem de negócios.
Costumava se sentir mal nos fins de semana. Nas manhãs de segunda-feira
levantava-se disposto, motivado e pronto para trabalhar; a doença só voltava a
se manifestar no fim de semana seguinte. A doença era obviamente genuína.
Quando criança, havia aprendido que estava doente
era a melhor maneira de atrair a atenção; como adulto, logo intuiu que a
família não tomava conhecimento dele quando estava bem, mas que se desfaziam em
cuidados quando estava doente.
Então papai, bastante consciente do que estava
fazendo, controlava o fim de semana da família através de sua doença.
Dores de cabeça e dores nas costas são doenças
que podem ser usadas inconscientemente como mecanismo de manipulação e
controle. Como todas as estratégias de sobrevivência, já tiveram sua utilidade
no passado. Ainda assim, continuam sendo usadas em outras situações, mesmo
depois de seu propósito básico ter sido alcançado.
Sentir aborrecimento é um modo de eliminar algo
que não se quer ver ou ouvir. Se nossas amizades e relacionamentos nos
aborrecem, podemos estar com medo da aproximação das pessoas.
O
desagrado impõe barreiras e nos defende de urna maior intimidade. O temor ao
fracasso pode causar uma sensação de tédio em relação aos estudos ou ao
trabalho: transforma-se numa justificativa do respectivo fracasso.
“Não é de
admirar que não tenhamos conseguido. pois (a tarefa) era muito chata”. A
solidão também significa: “Tenho medo de que alguém se aproxime de mim, pois
prefiro estar só a correr o risco de ser magoado ou rejeitado”.
June procurou-me aflita. Tinha que passar o Natal
na casa de seus sogros, mas sua sogra a odiava e costumava magoá-la de muitas
maneiras. A perspectiva era tão desagradável que June não sabia se suportaria.
Examinamos os medos provavelmente sentidos pela
sogra de June, e os motivos pelos quais ela precisava tratar June daquela
maneira desagradável.
Imediatamente, a percepção de June a respeito de
sua sogra foi alterada. Compreendeu que o ciúme, o sarcasmo, as rejeições e o
desprezo eram problemas de sua sogra.
Resolveu
passar o Natal com os sogros com uma nova atitude - aberta e animada, tentando
aprender com os fatos. Nesse novo estado de consciência, podia sorrir
complacente para o que agora reconhecia corno problema apenas de sua sogra,
deixando que os comentários flutuassem sobre ela sem atingi-la.
Numa ocasião, no jantar, quando sua sogra serviu
a todos pela segunda vez e “se esqueceu” dela, June sentiu que seu estômago se
contraía de raiva.
Mas em vez
de ser fisgada pelos velhos sentimentos de raiva impotente, deixou que sua
consciência fluísse, pensando que também isso era problema apenas de sua sogra.
Notou que poderia escolher entre se sentir magoada ou retribuir com amor.
Descontraiu-se e respirou profundamente,
repetindo para si mesma: “Isto é problema dela. Eu estou perfeitamente bem”, e
a dor no estômago passou.
Escolheu responder com amor, e não com medo.
Corno June não mais reagia com a raiva habitual, usando barreiras e punhais,
sua sogra começou a se sentir mais segura e passou a tratá-la melhor. No final do
feriado, June constatou que sua relação com a sogra havia mudado.
Este texto está livre para divulgação desde que seja citado a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/08/a-graca-da-vida-e-o-medo.html
Haja Luz para compartilhar para o bem de todos.
Somos Um-a só Alma.
Dharmadhannya
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