Chakra Seis- Ajna - Terceira visão - Luz - Parte 2.
A TEORIA HOLOGRÁFICA
Conta-se que
no Céu de Indra existe uma rede de pérolas dispostas deforma tal que, ao olhar
para uma, você verá todas as outras refletidas nela. Da mesma forma, cada
objeto no mundo não é simplesmente aquele objeto, mas envolve todos os outros
e, de fato, é cada um deles. — Sutra indiano.
Contemporâneo
da teoria do cérebro holográfico de Pribram, o fisico teórico David Bohm
descreveu um modelo que postula que o próprio universo pode ser uma espécie de
holograma.O termo que ele criou para isso é “holofluxo”, já que o holograma é
estático e inadequado para nomear um universo tão cheio de movimento e mudança.
Segundo Bohm,
o universo está “envolvido” ou espalhado como um todo pela extensão inteira de
uma espécie de meio cósmico, fazendo lembrar as claras em neve que misturamos
na massa do bolo. Esse envolvimento permite uma quantidade infinita de
possibilidades de interferência, e nos fornece as formas e energias que
experimentamos com nossa mente holográfica. Nesse contexto, então, o próprio
cérebro é parte de um holograma maior, e conteria assim informação sobre o
todo.
Exatamente como percebemos o mundo de forma
holográfica, o próprio mundo pode ser um holograma maior do qual não passamos
de pequenos fragmentos. Mas, como fragmentos, cada um de nós reflete o todo.
Se isso for
verdadeiro — se existem um mundo interior e um exterior, os dois espelhando a
criação inteira em qualquer de suas partes —, então nós, como partes, contemos
a informação do todo, a exemplo de tudo que nos rodeia.
Não só um grão
de areia descreve o universo no qual ele ocorre, mas cada mente individual
também contém a informação codificada de uma inteligência maior, só à espera do
feixe-referência adequado para provocar a imagem. Talvez seja por isso que os
gurus conseguem disparar a shaktipat, e a vibração simpática pode disparar
estados alterados de consciência.
Se o mundo
interno e o externo parecem funcionar segundo o modelo holográfico, então
caberia a seguinte pergunta: existe alguma diferença entre eles? Nós próprios
somos hologramas? Quando lentamente dissolvemos nossas fronteiras do ego, de
própria criação, e assumimos estados de ser
mais universais, estamos mesclando nossa consciência com um holograma maior?
Se cada
fragmento do holograma contém informação sobre o todo, embora com menos
clareza, será por isso que ganhamos clareza a cada vez que uma nova informação
se encaixa no quebra-cabeça? Já que crescemos e expandimos a compreensão, não
começamos aos poucos a ver as coisas como uma rede de energias a se
interpenetrar, como uma imagem única?
A essa altura,
não há resposta definitiva para essas perguntas. Poucos contestariam que o
considerado “externo” influencia de fato nossas percepções, pensamentos e
lembranças, tornando-se “interno”. Poucos combateriam a existência, em nosso
interior, de uma estrutura que abrange energias que estão acima e além do mundo
exterior.
Essa estrutura interna, por sua vez, não
influencia o mundo externo? A construção de nossos hologramas mentais pode ser
projetada para fora, a fim de assumir forma no plano material? Pribram parece
pensar que sim, e de uma forma muito prosaica:
Não só
construímos nossas percepções do mundo, mas também partimos para a construção
dessas percepções no mundo. Nós fazemos mesas e bicicletas e instrumentos
musicais porque conseguimos pensar neles.
Esse princípio
é a melhor ilustração das capacidades do chacra Ajna — de perceber e comandar —
e da recepção mediúnica, e da projeção de imagens com o mundo exterior.
Como conectam
a luz e o processo visual com o que vivenciamos na percepção? Por que tantos
místicos alegam ver padrões luminosos quando meditam, de olhos fechados? Por
que as imagens dos sonhos parecem tão reais? E o que constitui a memória?
A teoria mais
plausível proposta para responder a essas perguntas vem inicialmente de um
neurocientista chamado Karl Pribram e se baseia no modelo da mente como um
holograma. O holograma é uma imagem tridimensional formada pela interseção de
dois raios laser.
O processo se compara a jogar dois seixos num
espelho d’água, em pontos diferentes, e rapidamente congelar a água. As interseções das ondulações ficariam para
sempre gravadas no gelo, exatamente como a interferência dos raios luminosos
fica gravada na chapa holográfica.
Na criação de
um holograma, o raio de luz produzido por um laser é refletido de um objeto e
gravado numa placa fotossensível. A placa também recebe outro raio na mesma
frequência, chamado de feixe-referência, e que vai diretamente da fonte à
chapa.
O exame desta só nos mostraria um padrão sem
significado de ondulações escuras e claras. Essa é a informação codificada na
interseção dos dois raios, de modo muito parecido aos sulcos de um disco, que
são a representação codificada de uma trilha sonora.
Quando a placa
for posteriormente “reativada” por um feixe-referência que contenha a mesma
frequência do laser original, a imagem do objeto holografado salta
fantasmagoricamente tridimensional diante do observador.
Você pode colocar-se ao lado do holograma e
ver a lateral do objeto como se estivesse realmente ali, mas, como se trata
apenas de luz, você pode passar a mão diretamente através dele.
Há muitas
coisas notáveis acerca dos hologramas. A primeira é que a informação é
armazenada de forma “onipresente” sobre a placa. Em outras palavras, se esta
fosse reduzida a pedaços, qualquer de seus fragmentos seria capaz de reproduzir
a imagem inteira, embora progressivamente com menos definição, à medida que
diminuísse o tamanho dos pedaços.
O segundo dado notável é que os hologramas são
não espaciais. Muitos podem ser empilhados no mesmo “espaço’ ou na mesma placa
pelo uso de diferentes frequências de laser. A teoria de Pribram afirma que o
próprio cérebro funciona como um holograma, graças à constante interpretação
dos padrões de interferência entre ondas cerebrais. Isso é fundamentalmente
distinto dos modelos cerebrais anteriores, em que cada informação é armazenada
num lugar específico.
Essa teoria abalou as fundações da física e da
fisiologia, criando uma mudança de paradigma no estudo da consciência. Suas
ramificações são de longo alcance na compreensão da mente e do mundo que nos
rodeia. Esse modelo parece particularmente relevante para a compreensão do
sexto chacra. Vejamos como a teoria se desenvolveu:
Pribram
começou fazendo pesquisas neurológicas em ratos e macacos em 1946. Trabalhando
com Karl Lashley, ele dissecou vários cérebros à procura da misteriosa unidade
básica da memória, chamada de engrama. Acreditando, como tantos naquela época,
que as lembranças ficavam armazenadas em várias células nervosas do cérebro,
eles esperavam que certas lembranças fossem removidas mediante a remoção do
tecido cerebral.
Mas não foi
assim. Em vez disso, constataram que a memória parecia armazenada de forma
onipresente pelo cérebro inteiro, de modo análogo à placa holográfica
armazenando informação.
Quando o
tecido era removido, as lembranças se tornavam mais difusas, mas não
desapareciam. Isso explicava por que as lembranças sobreviviam a uma lesão
cerebral extensiva, já que o cérebro era capaz de armazenar uma vida inteira de
lembranças, e por que as lembranças eram deflagradas com frequência por certas
associações ou “feixes de referência”.
Quando
observamos um objeto, a luz se transforma em padrões de frequência neural no
cérebro, que dispõe de cerca de 13 bilhões de neurônios, O número de possíveis
conexões entre esses neurônios é da casa de trilhões.
Embora anteriormente os cientistas tivessem
visto os neurônios como significativos para a atividade cerebral, eles agora
estão olhando para as junções entre os neurônios. Embora a própria célula exiba
uma espécie de ação reflexa do tipo liga-desliga, as junções das terminações
nervosas, quando vistas como um todo, exibem qualidades ondulatórias.
Nas próprias palavras de Pribram: “Se você
examinar uma série completa dessas terminações nervosas juntas, elas constituem
uma frente ondulatória. Uma vem para cá, a outra vai para lá, e elas interagem.
E, de repente, lá está seu padrão de interferência!”
Quando os
impulsos atravessam o cérebro, as qualidades ondulatórias criam o que
vivenciamos como percepção e memória. Essas percepções são armazenadas como
frequências de frente de onda codificadas e podem ser ativadas por um estímulo
adequado, que dispara as formas ondulatórias originais.
Isso poderia explicar por que um rosto
familiar desperta reconhecimento, ainda que sua aparência esteja distinta da
última vez em que você o viu. Poderia explicar por que a menção a rosas traz à
mente um perfume específico, e por que as cobras podem provocar medo até quando
não são uma ameaça.
Nossa
percepção do mundo parece uma reconstrução de um holograma neural dentro do
cérebro. Isso procede em relação à linguagem, ao pensamento, a todos os
sentidos, e também à percepção da informação visual. Nas palavras de Pribram:
“A mente não está situada em um lugar. O que temos é uma máquina de tipo
holográfico, produtora de imagens que captamos como existentes em algum lugar
fora da máquina.”
Como esse
modelo implica que nosso cérebro tenha acesso a toda informação, até mesmo à de
outras dimensões temporais, isso pode
explicar
muitas coisas que ultrapassam as funções normais da memória e da percepção,
tais como visão remota, clarividência, visões místicas e pré-cognição.
A VISUALIZAÇÃO
Tudo o que
vemos são nossas visualizações. Não vemos com os olhos, mas sim com a alma.
Cabe lembrar que não é a matéria o que percebemos, e
sim a luz. Ao olhar o mundo em torno, julgamos ver objetos, mas o que vemos
realmente é a luz refletida por eles — vemos o que não são, vemos os espaços
entre eles, os espaços em torno deles, mas não podemos ver os objetos reais.
Se vejo a cor vermelha, é porque o objeto
absorveu todas as frequências, exceto a luz vermelha. Confirmamos a presença
dele pelo tato mas nossa mão se move através do espaço vazio e não consegue
sentir o objeto, mas só o contorno dele. O que a mão sente é o limite texturado
do espaço vazio.
Dessa
perspectiva, a matéria pode ser vista como uma espécie de terra de ninguém — um
mundo no qual só podemos entrar talvez em fatias finíssimas —, um território
penetrável pela luz sob um microscópio, ou por meio do vidro e dos cristais.
Nossa vivência do mundo ocorre através de uma dimensão de espaço vazio.
A
CLARIVIDËNCIA
Para poder
ver, você precisa parar de ficar no meio da imagem. — Sri Aurobindo3
No nível do
sexto chacra, o aspecto mais significativo da consciência é o desenvolvimento
da capacidade mediúnica. Embora a percepção extrassensória nem sempre seja
visual, como na clariaudiência (chacra cinco) ou na clarissensciência (chacra
dois), o caráter atemporal da informação clarividente permite a você abranger
um escopo muito maior que qualquer das capacidades mediúnicas discutidas até
agora.
O termo
clarividência significa “visão clara”. A que não é obscurecida pelo mundo opaco
dos objetos materiais que normalmente definem nosso senso limitado de espaço e
tempo.
As palavras clara e visão descrevem com
exatidão o processo: para sermos clarividentes, precisamos olhar nos espaços
que são claros — olhar para os campos energéticos, e não para os objetos em si;
olhar para as relações, e não para as coisas; ver o mundo como um todo, e
tentar alcançar com nossa mente, de forma direta e clara, a informação que
desejamos.
Quanto mais clareza houver dentro de nós,
maior a capacidade de ver as propriedades sutis do mundo em torno.
O ato de ver
implica uma dimensão mais profunda que o ato de olhar — como exemplificado por
Don Juan na série de livros de Carlos Castaneda. Quando Castaneda olhava
alguém, só percebia um corpo, as expressões faciais, as roupas. Quando aprendeu
a ver, percebeu um ovo luminoso que envolvia o corpo — a rede de energias
interpenetrantes a que chamamos aura. Quando Don Juan olhou para o irmão
moribundo, sentiu uma enorme tristeza, mas, quando mudou seu modo de ver,
entendeu todo o processo e conseguiu aprender com ele.
Olhar é a ação
do ver, mas ver é a internalização da imagem e sua transformação em
compreensão. Vamos analisar, por exemplo, a afirmativa comum “eu vejo” Em
geral, ela quer dizer que alguém conseguiu recolher uma pequena parte da
informação e encaixá-la no esquema do todo.
Assim como cada fragmento do holograma torna
mais nítida a imagem completa, cada novo elemento para o qual olhamos
imediatamente se incorpora em nosso sentido de completude, trazendo mais
clareza para a imagem interna que tivermos.
Como fazemos
isso? De acordo com o modelo holográfico de Pribram, nossa mente/cérebro
funciona como uma espécie de palco em que atuam nossas imagens visuais. Quando
a deixa adequada é dada (o feixe-referência holográfico), as imagens aparecem
sobre o palco. Mas onde estão e o que são os atores?
Os atores são
os slides armazenados holograficamente como cores, formas, sons e padrões
táteis. No cérebro não existe um carrossel em que estejam armazenadas imagens
concretas e separadas; em vez disso, porções do cérebro podem produzir
qualidades como vermelho, quente, rápido ou silencioso. Elas se combinam de
formas exclusivas para criar as imagens que vemos.
Podemos pensar
na terceira visão como uma tela mental sobre a qual projetamos nossos slides
para vê-los. Se você fechar os olhos e se lembrar de seu primeiro carro, talvez
consiga ver a cor, a textura do estofamento, talvez um pequeno amassado na
lateral. Na visão mental você pode caminhar ao redor do carro, vendo a frente e
a traseira, à sua escolha, exatamente como o efeito tridimensional de um
holograma. De fato, o carro concreto não precisa existir nesse momento. A
imagem existe independentemente dele. Focalizada a atenção, recupera-se a
imagem.
Em sua visão
mental, você pode ver o objeto para o qual prefere olhar. Se eu lhe perguntar a
cor dos cabelos da pessoa amada, você poderá recuperar mentalmente aquele
“slide’ olhar para ele, e me dizer a cor. Nossas lembranças são holográficas.
Você consegue
criar um retrato igualmente nítido de um carro que gostaria de ter? Consegue
ver a cor, a marca, a placa na traseira? Consegue visualizar a si mesmo
dirigindo o carro, percorrendo uma estrada no campo, a sensação do volante em
suas mãos?
Talvez você
jamais chegue a ter aquele carro, e então sua visualização será chamada
imaginação, embora ele talvez tenha parecido tão real quanto uma lembrança. Se,
no entanto, você ganhar na loteria um carro exatamente igual ao visualizado,
essa visualização poderia ser considerada uma pré-cognição — uma forma de
clarividência. A diferença está no resultado, mas o processo é o mesmo.
Pelo desenvolvimento da visualização e da
imaginação, desenvolvemos simultaneamente os recursos de clarividência.
O processo de
clarividência é o da visualização especificada. Trata-se de ser
sistematicamente capaz de invocar, sob demanda, informação relevante, não
importa se previamente conhecida. A mente está usando um feixe-referência da
própria autoria, na forma de uma pergunta, para recuperar dados previamente
desconhecidos de um banco de memória
holográfica.
Por exemplo:
você pode se propor a examinar a área em torno do chacra cardíaco de alguém com
uma pergunta específica que pede resposta, tal como uma referência à saúde ou
aos relacionamentos da pessoa. A pergunta se torna o feixe-referência que
“acende” aquele dado específico no padrão holográfico.
Afirmamos que
no sexto chacra se transcende o tempo. Não é preciso limitar ao aprendido no
passado a informação acessível — também podemos recuperar informação do futuro.
A única diferença é que estamos criando ativamente o feixe-referência que
revelará a imagem, em vez de esperar algum momento futuro em que ela seja
revelada pelas circunstâncias. Para citar a romancista Marion Zimmer Bradley:
“Eu não decido
que rumo minhas histórias vão tomar. Limito-me a dar uma olhada no futuro e
escrever o que aconteceu.”
Poucos se
acreditam capazes de ver coisas que fujam ao conhecimento rotineiro, algo que
não tenham literalmente visto ou ouvido. Como não há permissão para se ter essa
informação, e nenhuma explicação para ela, a maioria nem se dá ao trabalho de
procurá-la. Para ver uma coisa, precisamos saber onde e como procurar.
Busquem-nas onde seja possível encontrá-las. Não é necessário que tenham sido
colocadas ali por nós — só precisamos entender a ordem fundamental em que elas
ocorrem.
O sistema decimal de classificação
bibliográfica exemplifica bem a questão. Outra instância de ordem é procurar um
produto desejado num supermercado desconhecido. Num passar de olhos, você nota
a configuração do local; sabendo em que categoria o artigo se enquadra, você
sobrepõe as duas imagens mentais e se dirige à seção para examinar de perto.
Aí está o que
buscava! Sua referência cruzada mental se encaixa, tal como a visão do produto
se enquadra em seu nicho mental previamente criado.
Acessar
informação mental não é de fato muito diferente. Na tentativa de lembrar quem
lhe contou certa piada numa festa, você recapitularia os convidados, as pessoas
com que falou pessoalmente quem você está lendo traz outra variedade. Quais são
os pontos importantes? Que pontos parecem “se acender”? Onde as ondas de
informação se cruzam e se tornam mais fortes?
Para olhar
alguma coisa usando a clarividência, não só precisamos de um ponto de referência
com que recuperar os dados, mas também de uma tela em branco para ver a
informação. Isso vem com a prática, com a paciência, com uma mente silenciosa e
aberta.
Esvaziar a
mente de imagens, por meio da meditação, paradoxalmente permite à pessoa enxergar
melhor as imagens existentes. Aprender a focalizar a mente, criando
concentração, permite-nos olhar com mais atenção e, portanto, ver mais. Na
clarividência, não há o que substitua uma mente clara e serena.
Veja a parte 1 .
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/03/chacra-ajna-seis.html
continua parte 3
Meus blogs
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/
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https://www.facebook.com/dharmadhannyael
Haja luz para compartilhar para o bem de
todos.
Eu estou no G+ :
Este espaço está protegido pelos anjos e
por Hermes
Estou neste momento me unindo com o Poder e a
Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.
Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
Gabriel,
Rafael,
Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus
caminhos
e
me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!
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