"Influência Magnética e sua ação no mundo"
E assim é que,
remontando dos efeitos às causas, somos obrigados a admitir, com os médicos
alquimistas e os filósofos herméticos do fim da Idade Média, que muitas das
moléstias do corpo não são mais que moléstias do espírito contra as quais todos
os tratamentos físicos são ineficazes.
Convém-lhe,
então, ter presente na memória que a saúde moral é solidária com a saúde física
e que o bom estado da primeira garante, quase sempre, o bom funcionamento da
segunda.
Quando ambas
estão bem equilibradas, levamos a cabo maior soma de trabalho feito todo com
satisfação.
Podemos notar
que os maledicentes, os descontentes, os ciumentos, os de ânimo azedo e
impertinente, bem como os que são maus a um título qualquer, assim como os
carrancudos, tristes e introvertidos, não estão nunca bem dispostos porque têm
o espírito doente, envenenado por maus pensamentos, e esta peçonha se transmite
ao corpo físico que, por sua vez, adoece.
“Uma grande paixão a que o homem se entrega diz
Eliphas Levi corresponde sempre a uma grande enfermidade que para si prepara”.
Quando ela se
declara, é indispensável, para a sua cura, que se trate primeiro do moral.
Cheios de
esperança, se nós não pensamos senão em sermos bons, confiantes e corajosos,
atraímos as boas influências que flutuam indecisas em redor de nós, nossa
intuição torna-se mais verdadeira e mais poderosa; e, consolidando a nossa
saúde física, preparamos em grande parte o nosso êxito nos negócios e
asseguramos a nossa felicidade.
Mas, se, tristes,
desconfiados, ciumentos, receosos e maus, alimentarmos pensamentos de desespero,
de ódio e de vingança, atrairemos, fatalmente, as más influências que cavam a
nossa ruína e nos levam à desgraça.
Neste último
caso, não temos repouso, nem de dia nem de noite; nada nos distrai, nada nos
alegra; não achamos tranqüilidade em parte alguma.
O cérebro
recebe constantemente, da atmosfera formada pelos pensamentos que nos cercam,
incitações a pensar nas mesmas coisas, e esses pensamentos formulados vão ser
reenviados ao lugar de onde vieram, para voltarem novamente, de modo que ficam
girando no mesmo círculo vicioso, sem poderem sair dele.
A duração da
vida dos pensamentos, considerados individualmente, é, certamente, muito
limitada.
Mas, se os
pensamentos antigos se enfraquecem e desaparecem, são constantemente
substituídos por novos, da mesma natureza, cheios de força e vigor, os quais
mantêm, constantemente, o estado de alma em seu nível habitual quando não o
fazem transbordar.
É quando nasce
a obsessão, a idéia fixa, cujo mecanismo é assim de fácil compreensão.
O cérebro, em
atividade contínua, é, ao mesmo tempo, um receptáculo do pensamento que lhe vem
de fora e um gerador do pensamento que transmite.
Produz-se,
então, como num circuito elétrico, uma verdadeira corrente de matéria pensante,
que vai da aura ao cérebro e do cérebro à aura, assim como o mostra a figura 2.
Se pudéssemos,
veríamos, pelos olhos do mental ou mesmo pelos do mental ou mesmo pelo astral,
os nossos semelhantes recebendo e reenviando forças, sob a forma de raios luminosos
(v. fig.);
veríamos também que a aura e o cérebro são a
sede de combinações ativas, onde os pensamentos, que não são absolutamente
semelhantes, se aliam, se penetram, se misturam, se confundem, para formar
pensamentos novos, originais, que vão ser reenviados com o cunho, com a cor da
individualidade de cada um deles .
Os raios do
homem bom teriam uma tonalidade clara e um aspecto agradável, Os do homem mau
seriam de um colorido sombrio; pareceriam espessos, pesados e dariam uma impressão
mais ou menos desagradável.
Ver-se-ia
mesmo que, dentre estes últimos, alguns se apresentariam com um aspecto
particular.
Os raios luminosos que os cercam parecem ser ainda mais obscuros,
mais pesados, como se fossem formados de matéria mais grossa; pois eles têm
tendência a descer como um corpo pesado, de tal forma que, lançados
perpendicularmente a uma certa distância do corpo físico, tornam a cair e,
cerrados, em seguida, uns contra os outros, constituem um verdadeiro envoltório
que é quase impermeável às influências do meio em que se acham.
Os loucos, os maníacos, os avaros, os
ciumentos, os obsessos e todos os que se absorvem nas idéias de ódio e de
vingança, muito duradouras, pertencem a esta ordem.
Não só estão encarcerados em si mesmos, não
vivendo senão para si mesmos e por si mesmos, mas até é lhes impossível compreender
algo que seja alheio à sua mania ou à sua ideia fixa.
Pode-se dizer
que estão fechados, encurralados, fato que justifica, perfeitamente, esta
expressão trivial, porém justa, que tão bem lhes assenta: És impermeável!
Os ocultistas
e teósofos, que conhecem muito bem este envoltório, designam-no pela palavra
casca. A figura
ilustra perfeitamente a situação do prisioneiro, que está
como que separado do mundo mental que o cerca.
Leadbeater
descreve esta casca da seguinte maneira:
“A casca é
formada de grande massa de pensamentos concentrados, em que o homem comum tão
desafortunadamente se atolou.
Durante o
sono, este homem prossegue, geralmente, com o mesmo gênero de pensamentos que o
interessam durante o dia, e ele se vai, assim. fechando numa parede tão espessa,
de sua própria fabricação, que não pode, automaticamente, saber nada do que se
passa fora dela.
“Às vezes, mas
muito raramente, alguma violenta impulsão vinda de fora ou algum desejo forte
formulado dentro daqueles muros, pode entreabrir, mesmo por um momento, esta
pesada cortina de trevas e fazer chegar ao prisioneiro alguma impressão bem
definida; mas o nevoeiro cerra-se ao seu redor e ele recomeça a devanear de
maneira incoerente.
É óbvio,
todavia, que esta couraça pode ser rompida, por diversos métodos” — (O Homem
Visível e Invisível).
INFLUENCIAMO-NOS
UNS AOS OUTROS.
O pensamento chega-nos de fora, na forma de
movimentos ondulatórios, nascendo num ou em muitos cérebros que passaram untes.
É estes
movimentos são percebidos pelo nosso sistema nervoso e transmitidos ao nosso
cérebro que entra em vibração e reproduz, de certa forma, automaticamente, o
mesmo pensamento.
Este
pensamento estranho combina-se com o nosso, põe nossa matéria astral em
vibração; e essas vibrações vão transmitir, a distância, por ondulações, um
movimento de pensamentos novos, mais ou menos originais e revestidos, como já o
disse precedentemente, do cunho de nossa individualidade.
Pode-se dizer
que o espaço está cheio de impressões, desejos, instruções (*), mesmo de
projetos bons e maus que se movem em todas as direções, e que os atraímos ou
repelimos, em virtude desta lei de semelhança e afinidade já formulada
anteriormente: os pensamentos de mesma natureza e atraem; os de natureza oposta
se repelem.
Há, pois, uma
troca de pensamentos dos outros a nós e de nós aos outros, de tal forma que,
constantemente, dia e noite, durante o sono ainda mais que no estado de vigília
— recebemos e emitimos influências que modificam, pouco a pouco, o nosso modo
de ser.
É, pois, por
meio de incitações vindas de fora que acabamos por nos fazer o que somos, bons
ou maus, felizes ou infelizes.
A felicidade
não é um favor do céu, nem a desgraça um castigo. A primeira condição é somente
o sinal aparente de uma individualidade forte e superior; a segunda, a
manifestação de uma individualidade fraca e inferior.
Saibamos, pois, que urdimos o nosso próprio destino;
que a natureza nos será submissa, se a soubemos dominar; será a serva de nossa
vontade; seguirá o movimento que lhe imprimirmos e fará o que quisermos que
faça.
Se quisermos
ser enérgicos, nos dará a energia; se corajosos, beberemos nela a coragem.
Mas se, de
modo contrário, largamos as rédeas às nossas paixões, não possuiremos energia
alguma para resistir-lhes e nos transformaremos em joguetes das forças que nos
cercam.
Devemos, pois,
dizer: quero fazer isto, tornar-me aquilo, e repetir a afirmação com muita
energia e persistência, para atrairmos as influências úteis, e repelirmos as más, O
poder do êxito está no pensamento convenientemente dirigido pela vontade.
“O Pensamento.
“Age em torno
do indivíduo; é o fio que o prende a seus semelhantes e sobre o qual se
ajuntam, misturando-se e confundindo-se em uma só corrente, todas as energias
do ambiente”.
É fato
evidente que, quando dois indivíduos se defrontam, ambos causam reciprocamente
uma impressão boa ou má, que desperta em cada qual a confiança ou a dúvida, a
simpatia ou a antipatia.
Quando esses
sentimentos são bem definidos, podemos notar que, junto do indivíduo simpático,
sobretudo se ele é mais desenvolvido que nós, não só nos sentimos à vontade,
mas ainda mais inteligentes, melhores, e algumas vezes, mais honestos, ao passo
que, junto do indivíduo antipático sentimo-nos menos inteligentes, menos bons
e, talvez, menos honestos.
A influência
que os indivíduos exercem uns sobre os outros varia de acordo com as
circunstâncias.
Confundindo a
influência física com a psíquica, que são aliás muito difíceis de separar uma
da outra, “Há seres que, postos em contato convosco, vos sugam, absorvem vossas
forças e vossa vida; espécie de vampiros sem o saber, vivem à vossa custa.
“Junto deles,
na esfera de sua atividade, provareis um mal-estar, um constrangimento que vem
de sua influência maléfica e determina em vós um sentimento indefinível.
“Provareis a
necessidade de fugir e afastar-vos deles; mas tais seres têm uma tendência
contrária; aproximam-se de vós, cada vez mais vos apertam e procuram, por todos
os meios, tirar de vós o que lhes é necessário para viverem.
“Outros, pelo
contrário, são portadores da vida e da saúde. Aonde quer que vão, nasce e
irradia-se a alegria; a sua vizinhança faz-nos bem; a sua conversação é
agradável e procurada; sentimos satisfação em lhes apertar as mãos, em
apoiarmo-nos em seus braços; da sua atmosfera sentimos alguma coisa de balsâmico
que nos encanta e magnetiza, sem que o queiramos.
“Adotamos, com
facilidade, a sua maneira de ver, suas opiniões, sem saber por que, e é com
pena que deixamos a sua benéfica companhia”.
Sabemos todos
que o exemplo é contagioso. A alegria comunica-se como a tristeza, a virtude como
o vício, a saúde como a enfermidade.
A crença
popular justifica, aliás, esta verdade pelo provérbio: Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és.
Não só o
exemplo, mas ainda o pensamento e mesmo a maneira de ser, como tudo o que constitui
o ser moral de um indivíduo, atrai do
meio ambiente os pensamentos, as maneiras de ser análogas dos indivíduos de mentalidade
semelhante, que frequentam esse meio.
Esta
comunicação faz-se mesmo sem que tenhamos consciência dela.
Assim, se
penetramos, cheios de profunda melancolia, em um meio onde tudo respira saúde,
alegria e contentamento, tornamo-nos logo alegres.
O contrário se
produz sempre, de modo análogo, em condições opostas.
A intenção e o
desejo agem efetivamente sobre nós mesmos
Eles se
transmitem de um a outro em razão de sua veemência; e sabemos todos que há
casos em que esta comunicação causa impressões tão vivas que a virtude, para
evitar seus efeitos, não pode achar refúgio certo, senão na fuga precipitada.
Um homem que
tenha uma convicção profunda (pouco importa que seja legitimada pela razão ou
baseada nu ma ilusão de seu espírito, contanto que seja real), age sobre aqueles
que o cercam e transforma-os, pouco a pouco, em fanáticos iguais a ele.
Quase todos os
sectários políticos e religiosos não têm outro meio para escravizar os homens,
perverter-lhes a inteligência e submetê-los ao seu despotismo.
Um general
conduz um exército ao combate e o faz marchar como um só homem.
Inspira terror aos inimigos mais fortes e mais
numerosos por uma idéia belicosa que soube comunicar à sua volta e que, pouco a
pouco, se foi propagando a unia grande distância, assim como as ondulações de
uma água tranquila, a cujo seio se lançou uma pedra.
No teatro, um
ator bem senhor de seu papel, imaginando ser o verdadeiro herói que representa,
causa admiração, temor ou terror aos espectadores.
Estes
emocionam-se, riem ou choram, ainda que saibam que o espetáculo a que assistem
não passa de uma criação da inteligência.
Tanto no moral
como no físico, o mais forte tem sempre um ascendente sobre o mais fraco, e este
sente-se, muitas vezes, feliz de se pôr sob a proteção daquele.
Os efeitos,
que têm como causa uma transmissão desta natureza, são inumeráveis. Basta
observar os outros e observar-se, a si mesmo, estudar a natureza das sensações
que se provam nas diferentes circunstâncias da vida, para ter logo a certeza
absoluta de que o maior número dos fenômenos atribuídos;
tão impropriamente, ao acaso, não são devidos
senão a uma só causa: a influência psíquica recíproca que os indivíduos,
consciente ou inconscientemente, exercem uns sobre os outros.
Se os
pensamentos, as impressões, a maneira de ser de um indivíduo formam a sua aura,
um centro de ação em torno dele, como já o disse atrás, um centro de ação mais
volumoso, mais poderoso, deve, em virtude das mesmas leis, formar-se em torno
de uma aglomeração, de um agrupamento de indivíduos.
Este centro de
ação é evidente para todos, e Mulford descreve-o como segue:
“Todo lugar de
reunião, todo salão onde se reúnem ociosos, mais ou menos sob a influência de
um estimulante, todo meio, seja qual for a sua finalidade, se aí se dizem
mentiras ou pratica-se qualquer comércio fraudulento, é um reservatório de
pensamentos inferiores.
A baixa corrente mental, invisível e real,
brota dele; assim como a água brota de uma fonte.
“Todo grupo de
pessoas maldizentes, faladoras e escandalosas, é uma fonte de pensamentos maus,
assim como toda família em cujo seio reina a desordem, as palavras acrimoniosas
e azedas, os olhares rancorosos, o humor áspero e mau, é um foco de pensamentos
venenosos...
“O espírito puro não pode viver em tal meio,
sem ser afetado. Ele necessita uma contínua tensão de forças para resistir
àquela danosa influência.
“Por muito que
a pessoa resista àquelas investidas, acaba por ceder a elas, por ser colhida na
armadilha, cegada e vergada ao seu peso.
“Já pudestes,
sem dúvida, notar quão livres vos sentis dos desejos desordenados, todas as vezes
que deixais a cidade para irdes ao campo.
E Mulford
continua:
“Com uma tão
grande quantidade de elementos invisíveis em torno de nós, é necessário, para
conjurá-los, um grupo solidário de indivíduos, de aspirações nobres e puras,
que se reúnem muitas vezes e engendrem por sua conversação ou silenciosa
comunhão, uma corrente de pensamentos mais puros.
“Quando mais
fizerem em favor de tal cooperação, mais força terão os membros do grupo para
se pôr ao abrigo, tanto em vigília, como quando dormem, dos ataques e das
influências destrutivas que os cercam.
Constituireis,
assim, uma cadeia poderosa que vos ligará à mais alta região espiritual, à
região mais pura e poderosa.
A corrente
emitida por um pequeno círculo de indivíduos bem unidos e sempre de acordo
entre si é de valor inestimável.
“É o mais
poderoso pensamento; é uma parte do pensamento e da força dos sábios; espíritos
poderosos e benfeitores, que serão atraídos para o vosso grupo e que virão em
vosso auxílio, se manifestardes tal desejo.
“Esta corrente
purificará a vossa inteligência, dar-vos-á vigor, destruirá a enfermidade e vos
sugerirá idéias e planos, se manifestardes o desejo disso.
“A geração de
pensamentos nobres e puros emitidos em comunhão verdadeira, e a investigação da
verdade, o desejo do bem universal, purificam a inteligência, aumentam a energia
preservam do erro e das pedras de tropeço, melhoram a saúde e comunicam uma força
que atrai todos os bens materiais (*).
No tempo em
que a fé reinava com soberania, o Cristianismo tão admiravelmente organizado
achou, no agrupamento de indivíduos unidos no mesmo pensamento, força bastante;
não só para conquistar uma grande parte do mundo,
mas também para elevar o nível intelectual e moral, alimentar a esperança num
futuro melhor e, pela fé que punha nos corações, aumentar a felicidade de cada
um particular.
(*) Aqui
chegamos às bases da fundação e aos fins nobres do Círculo esotérico da
Comunhão do Pensamento, que tem como um dos patronos o espírito iluminado do
grande Mulford.
O progresso e
o desenvolvimento da nossa Ordem e os efeitos benéficos que tem produzido aos
seus associados, dentro e fora do país, como o atestam eloquentemente as
inúmeras cartas recebidas, são a prova cabal e sólida da influência salutar e
maravilhosa das forças congregadas.
Aqueles dos irmãos que mais cooperarem (são palavras
do mestre) pela difusão do pensamento harmonizado, queremos dizer, aqueles que
fizerem propaganda dos ideais da Comunhão do Pensamento, concorrerão para o
bem-estar de muitos e beneficiarão a si mesmos, pondo-se ao abrigo da deletéria
influência dos baixos pensamentos.
A nossa Ordem tem, portanto, bases sólidas e
marca um passo adiantado na evolução das idéias espiritualista em nosso meio. —
(N. do T.).
Este texto é resultado de uma pesquisa, é uma compilação inspirada em vários mestres do assunto.
Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br
Este espaço está protegido pelos anjos Miguel, Rafael, Uriel e Gabriel.
os Elohim lutam no meu lugar.
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