O Triângulo da Kundalini
"Vale a pena
repetir que nenhum desses triângulos deve ser usado por si só — no decorrer do
tratamento, eles podem ser usados como auxiliares em outros trabalhos de cura.
E o agente deve permanecer “sintonizado” à
Alma e ao Triângulo Superior (que é a
fonte de toda energia, vida, amor e força — o grupo de agentes de cura no plano
da alma — e a alma do paciente), pois sem essa ligação não se pode atingir nenhum
trabalho de efeitos duradouros.
Observe o que
Djwhal Khul tem a dizer sobre a verdadeira kundalini, entendida em seu sentido
oculto, no livro A Treatise on Cosmic Fire, p. 139:
“Só quando o
fogo tiver circulado sem impedimentos por outro canal é que a completa fusão
com o fogo dos manas é efetuada, e só quando ele progride geometricamente,
subindo ao longo dos três — com ação simultânea e vibração uniforme —, é que o
verdadeiro fogo da kundalini se acende plenamente e, portanto, pode realizar
seu trabalho de purificação através do arder da rede confinante e das
partículas separadoras.
Quando isso é
atingido, o canal tríplice se torna uno. Daí o perigo.”“Triângulo da Kundalini”
não é um termo muito feliz devido às conotações associadas ao “despertar da
kundalini”, etc.
Entretanto,
apesar disso, ele é um termo preciso, pois é só nesse momento da vida da pessoa
que a energia primária que subjaz à existência começa a despertar.
O triângulo destina-se a equilibrar e manter a
energia despertada em seu curso, preservando assim a pessoa de qualquer
contratempo nos primeiros — e mais suscetíveis — dias do crescimento
espiritual.
Com relação a
este triângulo, deve-se observar que existe ... outro, que usa os mesmos
centros de energia mas tem outro nome: Triângulo do Ser (n 52), no qual nos
tornamos o que realmente somos (Baiiey; 1951-70, v. 4, p. 47). O Triângulo do
Ser gira em torno do centro da cabeça (e não do centro do nervo vago),
permitindo ao agente concentrar-se naquilo que o paciente é agora e se tornará
no futuro (p. 47).
Este triângulo
tratado estudado aqui se origina no centro do nervo vago, embora este não
esteja entre seus três pontos. O centro do nervo vago, que se encontra entre as
escápulas, um pouco acima do centro do coração e do timo, começa a vibrar e
irradiar assim que a pessoa começa a demonstrar interesse ativo e prático em
trabalhar pelo plano espiritual.
Ele também poderia chamar-se Triângulo da
Aspiração, pois todos os aspirantes — isto é, aqueles que aspiram à palavra do
espírito — desencadeiam a ação deste circuito.
Aqui a força que direciona a alma da pessoa
flui através do centro da cabeça e do cérebro para o centro do nervo vago,
afetando o resto do corpo e a personalidade.
Os corpos — físico, emocional e mental — da
personalidade iniciam o processo de concentração, ou fusão, na alma.
A experiência geralmente pega a pessoa de
surpresa, podendo levar a dificuldades no relacionamento, seja consigo mesma ou
com os mais próximos. Isso provoca mudanças.
O centro do nervo vago afeta o coração, com
tudo que isso implica.
Um segundo
centro principal com o qual o do nervo vago tem uma forte relação é o da base,
pois quando a alma inicia sua jornada de ascensão, uma jornada de purificação e
concentração da visão, a vontade sempre está envolvida.
A vontade da
alma e a da personalidade entram em contato cada vez maior. Às vezes, há um
conflito; às vezes, um motivo de júbilo. A vontade da alma atua por meio do
centro da cabeça, ao passo que a da personalidade, por meio do centro da base.
Assim, quando o centro da cabeça, o centro do coração e o centro da base entram
em alinhamento preliminar, o centro do nervo vago começa a irradiar e a
tornar-se dinâmico.
Assim
estimulado, o centro do nervo vago faz o corpo astral e o sistema nervoso reagirem
às energias que entram — ao assim chamado “chamado da alma” para iniciar as
atividades preliminares ao crescimento espiritual.
As portas que estavam fechadas para a pessoa
concentrada na personalidade então se escancaram: a entrada é permitida. Este
triângulo de centros — cabeça, coração e base —, com seu efeito sobre o centro
do nervo vago, precisa ser equilibrado durante esse período inicial.
Você deve estar lembrado que o centro do baço
tem participação no acender cabeça do fogo da kundalini, já que o fogo prânico
(do baço) e o fogo da matéria (do centro da base) acendem-se juntos no centro
da base para encontrar o fogo da mente (Bailey, 1962, p. 139).
O período
específico em que a kundalini “desperta” é aquele em que o “ponto do centro” se
torna vibrante, ativo e potente: suas forças podem então penetrar por toda a
área da coluna até atingir o centro mais alto da cabeça.
Porém isso não
seria possível se antes não houvesse três “levantes da força latente da
vontade”.
Esses levantes
servem para limpar a passagem ao longo da coluna, penetrando na rede etérica
que separa cada centro e a área que este controla do seguinte acima dele e
destruindo essa rede (Bailev, 1951-70, v. 2, p. 530) (para mais informações
sobre as redes, consulte o ne 25, p. 209).
O alimento e o
crescimento correto dependem de atitudes equilibradas e visão ampla, além de um
objetivo concreto. É importante equilibrar o Triângulo da Kundalini quando fica
claro que esse despertar já ocorreu ou está prestes a ocorrer. A finalidade
deste triângulo não é “levantar” a kundalini, mas sim equilibrar as energias
circulantes a fim de evitar danos (às redes) ou instabilidade no
desenvolvimento.
Obviamente,
usamos este triângulo para reintroduzir ritmo e estabilidade quando se
evidencia que eles estão em falta na vida do paciente que busca nossa ajuda
(Bailey, 1951-70, v. 4, p- 335).
Este triângulo
pode ser usado juntamente com outro, que lhe fornece respaldo e o fortalece,
chamado Triângulo dos Fios. Para criá-lo, segure primeiro o centro da base,
equilibrando-o o máximo possível. Em seguida, ainda segurando esse centro,
ative o triângulo do centro do plexo solar, do centro da cabeça.
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