A CURA
ESOTÉRICA - UM DESÍGNIO SUPERIOR
Alan Hopking
Resumo
“A meditação
rege todas as expansões da consciência.”
Alguns fatores
na saúde e na doença
Pode-se dizer
que a saúde normal está presente quando há uma inter- relação harmônica entre o
indivíduo e seu meio. Essa relação — que não é estática, mas sim dinâmica —
envolve o entrelaçar de forças de entrada e de saída em cada nível da
consciência e em cada campo de atividade.
Ela jamais pode ser determinada com precisão,
pois está em constante movimento e processo de reajuste. Quando tanto o fluxo
de entrada quanto o de saída são normais — isto é, normais para a pessoa em
questão —, há uma tendência para o bem-estar e a felicidade.
Em outras palavras, enquanto isso ocorre, a
pessoa se sente bem ajustada às circunstâncias imediatas, sejam elas quais
forem, e portanto está vivendo em harmonia consigo mesma e com o mundo.
As três leis
da saúde
Existem três
leis que controlam o bem viver, ou seja, regem a pessoa cujo corpo está em
harmonia:
Doença
Na cura esotérica,
nós tentamos definir a doença dc um modo que de alguma indicação da causa.
Assim, dizemos: a doença é o resultado de uma inibição do fluxo de energia da
alma para o corpo. Ela é um processo de
liberação porque, quando fica doente, a pessoa se abre para uma maior percepção
da alma - um aspecto da consciência que
não se expressava no momento. (Bailey,
1951-70, v 4, cf. “lei ep.32) )
A. A doença é
uma coisa incompreensível para todos nós. Seja ela o que for, sua causa remonta
à parte perdida do passado do planeta, algo que poderíamos chamar um tanto
vagamente de “mal cósmico” e data do “começo” da vida conforme o conhecemos.
Mas em alguma
parte de nós há conhecimento dessa causa. Este livro nos diz muito do que
sempre intuitivamente consideramos verdade, só que não conseguíamos expressar
em palavras!
B. Causas de
época. O progresso humano é possibilitado pela Lei do Renascimento. Ela
estimula a alma a reencarnar, ou seja, a escolher e construir periodicamente —
“vida após vida por anos sem fim” — veículos físicos, emocionais e mentais
apropriados, por meio dos quais é possível aprender as necessárias lições
seguintes.
A história da
humanidade, ao longo de muitos milhares e dezenas de milhares (ou mesmo milhões)
de anos, nos levou a detectar três complicações principais nos campos de força
herdados por cada pessoa que nasce:
a. Má
aplicação da energia de procriação;
b. Mau emprego
dos poderes psíquicos inferiores para a satisfação de desejos pessoais e egoísticos;
Má aplicação
de idéias e pensamentos com a finalidade de obter poder pessoal.
Essas
complicações têm contestado os ideais de justiça, fraternidade e liberdade.
C. Falta de
alinhamento e controle da alma, o verdadeiro eu. Toda doença decorre do mau
emprego da força nesta uu em alguma vida anterior.
Isso é o que se chama “má administração da
força”, seja do indivíduo cm relação a si próprio, a outros ou ao meio
ambiente. Abaixo desta causa maior, encontramos várias menos importantes, isto
é, as causas etéricas que levam a epidemias; as causas psicológicas que levam a
irritações e preocupações; obsessões, depressões, e os problemas relacionados à
raiva, ao ódio, à dor, ao ressentimento, etc.;
as causas
mentais, que levam ao fanatismo, ao idealismo frustrado, etc.; e as “causas
discipulares”, que acometem os que têm maior inclinação mística e os que seguem
um caminho mais mental (esotérico).
D. Excesso ou
escassez de energia, já que ela revitaliza e perpassa os centros, percorrendo a
coluna etérica até a cabeça etérica (Bailey, 195 1-70, v. 4, p. 270). Esse é o
resultado do mau emprego da força, seja por parte de indivíduos ou de grupos,
seja em alguma vida anterior ou nesta (p. 112). Na verdade, a doença raramente
tem origem individual (p. 31).
E. Três premissas
fundamentais: primeira — sozinhas, as condições subjetivas ou interiores não
podem causar doenças; segunda — o elemento subjetivo é um fator causativo (3)
(p. 309) quando colabora com as tendências herdadas pelo corpo físico, já que a
alma escolhe encarnar num determinado corpo físico;
terceira — sozinha, uma condição exterior não
pode ser um fator causativo. Portanto, no que diz respeito ao indivíduo,
nenhuma enfermidade tem origem puramente subjetiva ou psicológica, mas deve-se
a causas exteriores e interiores (p. 74).
F. Cerca de
90% das causas de doenças encontram-se no corpo astral. 4 O mau emprego da
energia mental e a má aplicação do desejo são fatores primordiais. Como a maior
parte da humanidade ainda está nos estágios atlantes de consciência, apenas 5%
das doenças prevalecentes se devem a causas mentais.
A doença é, portanto, uma manifestação de
problemas vitais, emocionais e mentais indesejáveis. O restante das
enfermidades é causado por influências externas: vírus, bactérias, acidentes e
razões puramente físicas.
G. Muitas
doenças são de origem grupal ou decorrem de infecções ou subnutrição — vista do
ângulo físico, subjetivo e ocultista.
H. As doenças
das massas — para o cidadão comum, para a intellgentsia
e para os discípulos — variam muito e possuem diferentes campos de expressão.
- As doenças
Sociais (lemurianas),
- Câncer (atlante) e
- Tuberculose
(ariana) afetam as pessoas comuns (que não seguem o caminho espiritual).
- Os problemas
cardíacos e
- as doenças
nervosas afetam a intelligentsia e os
discípulos.
1.
Outras causas de doença
podem ser relacionadas como:
- inerentes ao solo;
- kármicas (5);
- nacionais; raciais;
- devidas a acidentes;
- a um conflito de forças;
- desejo desenfreado ou inibido;
- formas de pensar dominantes;
- fricção de substância atômica;
- frustração de ideais;
- distorção da bondade, beleza e verdade;
- separação;
- falta de coordenação etérica;
- concentração na personalidade;
-práticas espirituais erradas; e por aí vai.
Em suma, a doença se deve a “relacionamentos
desarmônicos”, que, por sua vez, podem ser definidos como bloqueio da liberdade
da vida e da energia que brota da alma, o eu superior.
Embora seja um
fato da natureza, a doença é também o resultado do mau uso da força. Quando
isso for aceito, começaremos a trabalhar com a Lei da Liberação, com o
pensamento certo, que leva a orientação e atitudes certas, e com o princípio da
não-resistência.
Precisamos
lembrar-nos também que a Lei de Causa e Efeito — ou do Karma — rege todas as
doenças. O karma se alonga profundamente no tempo e no espaço.6
Vista de outro
ângulo, a doença tem a ver com “alimentação” e “comida”, pois envolve a
assimilação de energias em todos os planos da vida e da consciência. Mesmo a
comida “de verdade” (verduras, frutas, leite, etc.) não é senão a consolidação de energia
superior para uso pelo corpo físico.
Mantendo uma dieta à base dos alimentos mais
puros (e não nos enchendo de carne animal), teremos mais facilidade para abrir
a consciência para uma expressão mais plena, assim evitando ou superando a
doença, principalmente nas primeiras etapas do Caminho.
Finalmente,
atentemos para mais uma abordagem da doença e sua cura, abordagem essa que é
especialmente relevante quando estamos curando um determinado centro (ou
chakra, como se diz no oriente). DK diz que toda “causa” implica a idéia de
dualidade — aquilo que inicia e aquilo que é produzido simultaneamente pela
iniciação.
As duas idéias são inseparáveis. Ele afirma
ainda que o verdadeiro efeito envolve na realidade uma terceira idéia [...];
assim, os efeitos sempre são produzidos por uma justa posição dos pares de
opostos (Bailey, 1962, pp. 798-99).
Isso nos obriga a trabalhar o sintoma ou
efeito vivido pelo paciente como resultado de uma justaposição de centros. Observe também ele
envolve três forças e, assim, um triângulo de energia.
Esse movimento de energias em torno das pontos
de um triângulo diferencia em força e eficácia a cura esotérica de qualquer
outro tipo de cura dos corpos sutis.
Fazendo as
forças fluírem
Portanto, a
doença é um bloqueio, seja ele uma entidade em si (karma) ou uma falta de
expressão consciente. Surge então a necessidade de liberar as forças para que
fluam através do corpo, a fim de incorporar aspectos mais amplos do eu.
Para tanto, as
pessoas geralmente buscam a ajuda de um especialista em quem confiem. Que
terapia elas escolhem?
- Cirurgia (a
primeira e mais preguiçosa opção, ou último recurso);
- métodos ortodoxos que usam poderosas drogas
químicas sintéticas (as quais o corpo, tendo evoluído por milhões de anos, não
consegue reconhecer e contra as quais reage — daí os efeitos colaterais);
- terapias “naturais” à base de ervas em várias
formas (muito seguras e fundamentadas num conhecimento adquirido ao longo de
centenas de anos):
- herboristas
(caso deste autor),
- homeopatas,
aromaterapeutas, naturopatas;
- terapias
dietéticas, em geral à base de vitaminas; e métodos orientais.
Há ainda as
terapias manipulativas da quiropraxia e osteopatia, que visam realinhar o
sistema ósseo do corpo. Há, igualmente, as muitas terapias que lidam com as
emoções das pessoas — psicoterapia, psiquiatria, hipnoterapia, terapia de
casal. E há, por fim, várias formas de terapia de cura — terapia de cores, terapia
de cristais, imposição das mãos e cura espiritual.
Todos esses
métodos médicos se inserem em um dos seguintes grupos:
1. Terapias
paliativas
2. Terapias
psicológicas
3. Terapias
espirituais.
Cada pessoa
escolhe uma terapia conforme sua necessidade e crença. A primeira categoria
lida essencialmente com o corpo; a segunda lida com as emoções e a mente
inferior, o que afeta o corpo; e a terceira lida basicamente com a alma da
pessoa, o que afeta a personalidade e o corpo.
Entretanto,
pode-se dizer que a maioria das atuais terapias “espirituais” não atinge a Alma.
Do ponto de
vista esotérico, a verdadeira cura — aquela que muda a vida e a motivação
interior das pessoas — só pode acontecer quando a alma do paciente também está
envolvida.
A verdadeira
cura dificilmente é súbita, pois requer
mudança, ajuste e reorientação de dentro. Ela exige que a pessoa tome decisões
dentro de si mesma, decisões de alma, e não decisões da personalidade.
Ela geralmente exige mudança mental e
emocional gradual, por meio de disciplina e treinamento auto-impostos. Mas a verdadeira
cura geralmente também implica novos hábitos do corpo, mudanças nutricionais e
mudanças referentes à forma física, tipos de diversão e de relaxamento.
A cura
esotérica influi em tudo isso por dentro. Nada é imposto de fora ao paciente.
Posteriormente, veremos que em uma consulta são ditas poucas palavras, seja
pelo agente de cura, pelo paciente ou pelos agentes de cura em relação ao
paciente.
É um trabalho de meditação, interior, uma
mudança sutil de energias e forças que o paciente empreende intimamente como
reação ao desafio do agente de cura.
Meditação
A meditação
regular é considerada um pré-requisito para todos aqueles que almejam praticar
a cura esotérica. Um dos aforismos que coloquei no monitor do meu computador
diz: “A meditação rege todas as expansões da consciência.”
É um lembrete para que, a fim de viver a vida
de modo criativo e inclusivo, eu trabalhe para expandir minhas fronteiras por
meio da meditação. Ela constitui um momento de recolhimento para a exploração
dos reinos da alma.
O caminho da
meditação tem muitos riscos, devidos em grande medida a nossa necessidade de
viver num mundo tão movimentado. No entanto, essa atividade do mundo também
funciona como salvaguarda para nós. Meditar demais ou muito frequentemente pode
criar problemas sérios psicológicos e até fisicamente, de modo que precisamos,
nunca se exceda além dos limites.
O horário da
meditação é tão importante quanto o das refeições ou da escovação dos dentes. A
regularidade o manterá sempre nutrido.
Postado por Dharmadhannyael
muito bom, parabéns.
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