sábado, 18 de maio de 2013

O 3° Trabalho DE HÉRCULES- Gêmeos






OS Trabalhos DE HÉRCULES

Iva Marques da Fonseca
 
3° Trabalho – A colheita dos pomos de ouro de Hespérides
Fundação Avatar

A) Mito
B) Simbolismo do Mito
C) Arquétipo astrológico – GÊMEOS- 21/05 – 20/06
D) O Trabalho do discípulo – O conhecimento de si próprio
E) Tarefa a ser feita – Aprender a arte de deixar as coisas acontecerem
F) Pensamento-semente – Eu reconheço meu outro Eu, e no seu declínio, cresço e resplandeço.

A) Mito
Leitura das páginas 61 até 65 do livro “Os Trabalhos de Hércules”

B) Simbolismo do Mito
Este 3° Trabalho, no signo de Gêmeos, está relacionado com o trabalho ativo do aspirante no plano físico à proporção que ele chega a uma compreensão de si mesmo.
É no plano físico da realização, no trabalho para obter as maçãs de ouro da sabedoria, que a prova real da sinceridade do aspirante tem lugar.
Não basta somente ansiar em ser bom, desejar averiguar os fatos da vida espiritual, se esforçar numa autodisciplina, orar, meditar. Essas coisas são importantes, mas o principal é que ele se torne um ser humano de ação, pois é no mundo da concretização que ele será testado.

A maçã é um símbolo de grande significado. Tida como a árvore da sabedoria a “macieira” de frutos de ouro crescia em algum lugar distante, mas ninguém conhecia o caminho que levava até ela. Muitos queriam colher estes frutos.
Hércules também queria colher os frutos da “árvore da sabedoria” e, assim decidiu ir buscá-los. Antes, ele pediu a seu instrutor que lhe indicasse o caminho. Mas este respondeu que cabia a ele próprio, Hércules, encontrar este caminho. Apenas algumas indicações gerais podiam ser dadas, mas o interessado devia, antes de mais nada, se esforçar pois a busca não era fácil. Disse, ainda, que haveria sempre forças contrárias interferindo em seu caminho e que, na vida, ainda havia enigmas incompreensíveis para ele, por isso era preciso que ele tivesse calma consigo mesmo durante esta busca.


O instrutor lhe diz, ainda, que ele teria pela frente cinco grandes testes, que se vencidos, lhe trariam aperfeiçoamentos que o ajudariam na tarefa que ele se dispusera a empreender. Nada mais lhe diz.
Estes cinco testes diferentes, são típicos da etapa em que a alma e os corpos do indivíduo fazem a tentativa de se coordenarem  entre si.

Confiante Hércules parte, viajando por toda a região, mas nada encontra e não há ninguém que saiba alguma coisa a respeito daquilo que ele procura. Hércules viaja sem nenhum resultado.

1° Teste:
O instrutor sempre atento, percebe que Hércules precisa de ajuda e envia-lhe um emissário. Mas Hércules estava muito envolvido na sua busca; ele estava como que ofuscado pelas impressões de caráter externo que ia recebendo pelo caminho, e assim não percebeu as mensagens que lhe foram enviadas.
Neste primeiro teste, ele não reconhece a presença e a mensagem do verdadeiro emissário do seu instrutor interno. Na vida do estudante, esta mensagem pode vir através de qualquer outro ser. Na maioria das vezes ele não dá importância e deixa, então que a oportunidade passe despercebida.
Hércules, assim como a maioria dos iniciantes, fracassa neste 1° teste.

2° Teste:
No segundo teste, Hércules continua procurando a árvore da sabedoria seguindo seu próprio instinto e contando com a sorte, procurando uma árvore como se ela fosse uma planta concreta, um vegetal. A ilusão das formas físicas tenta-o o tempo todo e ele segue na sua busca dos pomos de ouro, no plano físico.
Mas Hércules, assim como qualquer discípulo tem que vencer as miragens e as ilusões. Elas aparecem, quando, no processo de expandir sua aspiração espiritual, o discípulo está fortemente sujeito a estar envolvido por este ou aquele aspecto do psiquismo inferior.
Hércules vence esta prova quando, ao lutar com a serpente que guardava a árvore das maçãs, descobre  que ela só era indestrutível enquanto estivesse em contato com a terra. Quando erguida do solo, perdia a sua força. Assim, Hércules não precisava temê-la e, sem temor vai convivendo com ela, mas ainda sem ter acesso às maçãs.
É precisamos lembrar do seguinte:
No jardim do Éden, a serpente convenceu Eva a comer do fruto proibido, a maçã. Assim, Eva teve o conhecimento do bem e do mal, o conhecimento da natureza da alma e da natureza da forma, que é má, pois ele aprisiona a alma e a impede de se expressar plenamente. Por si só, a forma não é má.
A prova de Gêmeos se realiza no plano físico que é onde se obtém a experiência e, onde as causas que foram iniciadas pelo esforço mental vão ter que se manifestar e alcançar objetividade. É o lugar por tanto, onde o conhecimento é obtido, e onde esse conhecimento tem que ser transmutado em sabedoria. Esta é a grande tarefa de Hércules: aproximar estes dois pólos: compreensão e sabedoria.
Sem compreensão na aplicação do conhecimento, os iniciantes perecem, pois compreensão é a aplicação do conhecimento sob a luz da sabedoria nos problemas da vida e na conquista da meta.
Hércules e os discípulos têm como tarefa aproximar os dois pólos do seu eu e de coordenar ou unificar corpo e alma, de modo que a dualidade dê lugar à unidade e os pares de opostos se mesclem.
Os seres humanos, quando não assumem totalmente o trabalho evolutivo, vivem com essa serpente a seu lado sem percebê-la.

3° Teste:
Por muito tempo ele continua nessa busca externa, procurando a sabedoria e o conhecimento fora de si e, assim, ele vai ao encontro de um falso instrutor, Busiris, que o engana com palavras bonitas e impressionantes. Envolvido por essas miragens, Hércules deixa-se enganar, abrindo mão de sua própria vontade e de sua mente.
Quando Busiris teve Hércules sob seu total controle, acorrentou-o no altar do sacrifício, obrigando-o a esquecer-se de Nereu, o único em condições de ajudá-lo. A princípio, Hércules, embora preso, sentia-se endeusado, pois estando iludido o herói gostou desta nova situação.
Com passar do tempo, Hércules foi se sentindo enfraquecido e, tentando reagir  consegue lembrar-se das palavras ditas pelo emissário do seu instrutor interno: “A verdade está dentro de você, amado Hércules.”  Assim, desperta daquela espécie de fascinação e se liberta do falso instrutor que o prendera no altar.
Vendo que a procura da verdade, através do plano externo, não trouxe resultados positivos, neste terceiro teste Hércules reconhece que a busca deve começar dentro de si mesmo.
4° Teste:
Pondo-se a caminho, Hércules de repente pára quando ouve um grito de profunda tristeza e dor. Sua atenção é desviada para um bando de abutres que sobrevoava uma pedra. Atento ouve outro grito lancinante e ele, sem hesitar, toma a direção de onde viera o apelo e, cada vez mais rápido tenta encontrar aquele que grita. Tão envolvido estava naquele ato, que Hércules esquece a própria busca da árvore e das maçãs e vai ao encontro do necessitado.
Acorrentado à pedra estava Prometeu, sofrendo dores terríveis, pois os abutres bicavam-lhe o fígado continuamente, matando-o a sangue frio. Hércules chegando bem perto, rompe as correntes que o prendiam e com sua miraculosa energia expulsou os abutres. Com muito cuidado cuidou dos graves ferimentos de Prometeu.
Hércules passou neste teste ao reconhecer a sua profunda ignorância; ele não tinha  percebido que o eu interior (Prometeu) estava prisioneiro das próprias ações passadas e do carma gerado pelo seu eu exterior sobre esta Terra. A imagem daquele prisioneiro sofrido e precisando ser ajudado, faz com que ele consciente e voluntariamente comece o trabalho de libertar-se de si mesmo.
5°Teste:
O guerreiro prossegue na sua busca. Um peregrino lhe diz: “A árvore encontra-se naquela montanha” e aponta para longe. Hércules ruma para aquela direção e lá vê Atlas, um gigante que carrega o peso do mundo em seus ombros, vergado sob o peso da tarefa que tinha aceitado.
Hércules, ao vê-lo, sentiu-se profundamente tocado e preocupado com o sofrimento de Atlas, suportando o peso do mundo, e esquece de sua busca e decide, cheio de compaixão ,retirar o peso dos ombros de Atlas, passando para seus próprios ombros aquela tarefa.
Atlas liberto vai ao jardim de Hespérides, arranca as maçãs de ouro sem permissão ou obstáculos por parte da serpente das cem cabeças e com a ajuda das três belas virgens.
Hércules, suportando o peso do mundo, fica admirado sentindo que sua missão não é tão pesada. Ele vê o gigante voltando e trazendo em suas mãos as maçãs de ouro há tanto tempo procuradas. Ele as entrega a Hércules que assim completa seu 3° Trabalho, apesar de todos os obstáculos, retardos, desvios e afastamentos provocados pela miragem. Não obstante os fracassos e o longo período de tempo consumido para alcançar a sabedoria, Hércules consegue as maçãs de ouro.
Uma lição que fica desse 5° teste é que, através do serviço altruísta a tarefa pode ser concluída. “Sirva e não se preocupe com nada”. O sinal que o herói dá a respeito de sua adesão ao Serviço é retirar o peso do mundo dos ombros de Atlas que ao ser ajudado de forma tão altruística entrega a ele as maçãs de ouro.


C) Arquétipo Astrológico - GÊMEOS ( 21/05 – 20/06)
Gêmeos é o 3° signo do Zodíaco. É um signo Mutável, positivo, ligado ao elemento AR. O signo de Gêmeos transmite as energias do 2° Raio (Raio do Amor-Sabedoria).
Gêmeos é regido pelo planeta Mercúrio, que na mitologia grega é o Patrono dos Comerciantes, Padroeiro dos Ladrões, Patrono da Magia e da Feitiçaria e Guia dos Mensageiros estando por isso sempre em movimento nos três mundos. É dito que Gêmeos é um signo delicado, jovial, alegre e, um tanto evasivo, como seu regente, o planeta Mercúrio.
Em Gêmeos lidamos com o Ar Mutável que representa a observação, a análise, a classificação racional dos dados, a objetividade; a mente consciente de Mercúrio precisando e processando sempre informações está sempre procurando a notícia e sempre se movimentando.  Gêmeos é um signo muito inventivo, imaginativo; ele coleta os fatos e os reúne de uma maneira inventiva, nova, experimental, procurando sempre que possível, evitar a realidade enfadonha e seguindo as miragens que estão sempre mudando e tomando formas diferentes.
Em Gêmeos, há uma certa falta de ligação emocional com as idéias; as idéias são buscadas e admiradas por seu próprio valor intrínseco, por puro estímulo mental. Ele é a mente lógica que atua para dar uma solução rápida, mas sem pretender que seja necessariamente uma solução sábia.
Em oposição ao signo de Gêmeos está o signo de Sagitário, o signo da sabedoria e do poder de por os fatos em perspectiva. Esta polaridade significa que os fatos ajudam a levar Gêmeos à sabedoria se Gêmeos puder colocá-los em perspectivas apropriadas, isto é, quando aprender a sintetizar.
Mercúrio, regente de Gêmeos, opera no contexto de uma situação concreta, específica, objetiva (3ª Casa). Ele avalia as circunstâncias particulares e determina um curso de ação apropriado que nem sempre é o melhor eticamente. Diferente de Júpiter, o planeta regente do signo oposto ( Sagitário) que atua com uma determinação enérgica baseada em sua percepção da verdade, da ética e da moralidade absoluta aplicada à cada situação particular.
É dito que Mercúrio/ Gêmeos  - reflete,  enquanto  Júpiter/ Sagitário – reage.
 O regente esotérico de Gêmeos é Vênus, a mais feminina e ardente das deusas do Panteão grego, símbolo da beleza do físico, da deusa terrena, vaidosa de seu corpo.
Vênus e Mercúrio – a junção de dois mundos – Ar e Terra, a polaridade de pensar e de sentir que completam a personalidade.
A agilidade de Mercúrio deve se unir à sabedoria e ao sentimento de valor de Vênus e desse modo será desenvolvida a habilidade para compreender os extremos para combiná-los de um modo mais elevado. Vênus auxilia a escolha certa entre tantas possibilidades e entre a multiplicidade confusa das coisas. Com o auxílio de Vênus podemos reconhecer a qualidade intrínseca de um objeto, de uma pessoa ou de uma situação e, assim, poder fazer a escolha correta com segurança e orientar as nossas forças para um objetivo.
Em “Astrologia Esotérica” A.A. Bailey diz:
Gêmeos é força que produz as mudanças necessárias para a evolução da consciência crística num determinado ponto de tempo e espaço, isto é, sempre compatível com a necessidade.

D) O Trabalho do discípulo – O conhecimento de si próprio
A principal prova em Gêmeos é aquela na qual o discípulo precisa tornar-se um ser humano de ação e o desejo tem que ser trazido para o mundo da concretização. O plano físico é o lugar onde se obtêm a experiência e as causas iniciadas no plano da mente têm que se manifestar e alcançar objetividade. É o lugar onde se abrem novos campos de percepção e novos conhecimentos são obtidos, e onde estes conhecimentos têm que ser transmutados em sabedoria.
Sem compreensão na aplicação do conhecimento, o ser humano perece.
                                                                                                
A prova a ser vencida pelo discípulo é aprender, no campo da mente cerebral e em consciência vígil, a registrar o contato com a alma e reconhecer-lhe suas qualidades.
O discípulo acredita no fato da alma, na possibilidade da perfeição, no caminho que deve ser trilhado; só que esse “acreditar” ainda não foi transmutado em conhecimento do reino espiritual (sabedoria). Ele está entregue a uma crença e não à realidade da existência da Alma.
O 3° Trabalho narra justamente as fases que o discípulo tem que percorrer para conseguir sentir a presença da Alma, o Eu interno. Quando se vivencia a verdade daquilo que se buscou por tanto tempo, caem as crenças e, então, sabe-se.
Neste trabalho, Hércules passa por cinco testes diferentes, típicos da etapa em que a alma e os corpos do indivíduo fazem a tentativa de relacionar-se entre si. Ao longo destes testes, o discípulo vai aprender, sem pensar em si mesmo, um momento sequer, a agir, a por em prática o que tinha aprendido em teoria: a coordenação dos corpos da personalidade com a própria Alma.
O auto-esquecimento, que leva a energia correta no ato de servir ao outro, elimina qualquer decepção e faz com que não haja pressa. Assim, os corpos da personalidade vão se organizando e, através de uma ação interna, da qual o eu pessoal não tem consciência, a ligação da Alma se estabelece.

E) Tarefa a ser desenvolvida – Aprender a arte de deixar as coisas acontecerem
Diz Dane Rudhyar:
Gêmeos, regido por Mercúrio, é cheio de uma vívida ânsia e curiosidade por sensações e conhecimento> Com cândido ardor ele procura ligar todos os atos, classificar todos os dados, catalogar os deuses e as estrelas, planejar aventuras a todo transe. Este é seu maior dom: sua ávida curiosidade e sua paixão por adquirir conhecimentos em geral.
Uma coisa ele tem que aprender: a compreender primeiro e depois agir.
Junto ao Portal, através do qual vai viver suas experiências, ele precisa para e ouvir para poder aprender que toda natureza obedece a leis que não podem ser violadas e que a natureza é estruturada por ciclos que têm que ser obedecidos.
Aquele que se esforça por alcançar o objetivo deve aprender a deixar que o objetivo aconteça a ele, não com uma passiva expectativa nem com um descuidado anseio, mas no silêncio e pausa que é a paz. A paz compele todos os mistérios a se revelarem. Ansiedade não é tudo; é necessário o poder decorrente da compreensão.
A arte de deixar as coisas acontecerem é o maior dom a ser desenvolvido pelo discípulo cuja totalidade do seu ser supervaloriza seus esforços com intensidade para ser “consciente” a todo custo – só que consciente do que está acontecendo com ele.
Quando ele desenvolve esta qualidade, ele passa a estar no limiar de todas as experiências com intensa consciência e positiva abertura mental, sem pressa, com serenidade, sem esforço ou sem o desejo de encaixar as configurações entretecidas dos acontecimentos em fórmulas estabelecidas.
É aprender a difícil arte de ser positivo e controlado, enquanto deixa as coisas acontecerem de acordo com seu próprio ritmo natural, É ir adiante com firmeza e ansiosa determinação e, todavia não forçar nada.
Não se entra nos domínios da sabedoria apressadamente. A sabedoria não é montada por fragmentos, pedaço a pedaço, compondo rapidamente um arcabouço e sobre ele colocando tudo o que está disponível.
A sabedoria é um dom, e o discípulo deve aprender que assim é, e ir desenvolvendo-a sem esforço, serenamente, com fé e beleza, pois só assim o coração lhe compreenderá o sentido e aceitá-la-á por parecer-lhe óbvia.

F) Pensamento- semente – Eu reconheço meu outro eu, e no seu declínio eu cresço e resplandeço.
É preciso não se deixar distrair pelas múltiplas coisas que adentram em nossa consciência; é preciso ajustar-nos àquilo que é essencial e que nos é adequado. É ir adiante com firmeza e ansiosa determinação e, todavia não forçar nada, até que o ritmo próprio opere e o santuário seja revelado.




C) Arquétipo Astrológico - GÊMEOS ( 21/05 – 20/06)
Gêmeos é o 3° signo do Zodíaco. É um signo Mutável, positivo, ligado ao elemento AR. O signo de Gêmeos transmite as energias do 2° Raio (Raio do Amor-Sabedoria).
Gêmeos é regido pelo planeta Mercúrio, que na mitologia grega é o Patrono dos Comerciantes, Padroeiro dos Ladrões, Patrono da Magia e da Feitiçaria e Guia dos Mensageiros estando por isso sempre em movimento nos três mundos. É dito que Gêmeos é um signo delicado, jovial, alegre e, um tanto evasivo, como seu regente, o planeta Mercúrio.
Em Gêmeos lidamos com o Ar Mutável que representa a observação, a análise, a classificação racional dos dados, a objetividade; a mente consciente de Mercúrio precisando e processando sempre informações está sempre procurando a notícia e sempre se movimentando.  Gêmeos é um signo muito inventivo, imaginativo; ele coleta os fatos e os reúne de uma maneira inventiva, nova, experimental, procurando sempre que possível, evitar a realidade enfadonha e seguindo as miragens que estão sempre mudando e tomando formas diferentes.
Em Gêmeos, há uma certa falta de ligação emocional com as idéias; as idéias são buscadas e admiradas por seu próprio valor intrínseco, por puro estímulo mental. Ele é a mente lógica que atua para dar uma solução rápida, mas sem pretender que seja necessariamente uma solução sábia.
Em oposição ao signo de Gêmeos está o signo de Sagitário, o signo da sabedoria e do poder de por os fatos em perspectiva. Esta polaridade significa que os fatos ajudam a levar Gêmeos à sabedoria se Gêmeos puder colocá-los em perspectivas apropriadas, isto é, quando aprender a sintetizar.
Mercúrio, regente de Gêmeos, opera no contexto de uma situação concreta, específica, objetiva (3ª Casa). Ele avalia as circunstâncias particulares e determina um curso de ação apropriado que nem sempre é o melhor eticamente. Diferente de Júpiter, o planeta regente do signo oposto ( Sagitário) que atua com uma determinação enérgica baseada em sua percepção da verdade, da ética e da moralidade absoluta aplicada à cada situação particular.
É dito que Mercúrio/ Gêmeos  - reflete,  enquanto  Júpiter/ Sagitário – reage.
 O regente esotérico de Gêmeos é Vênus, a mais feminina e ardente das deusas do Panteão grego, símbolo da beleza do físico, da deusa terrena, vaidosa de seu corpo.
Vênus e Mercúrio – a junção de dois mundos – Ar e Terra, a polaridade de pensar e de sentir que completam a personalidade.
A agilidade de Mercúrio deve se unir à sabedoria e ao sentimento de valor de Vênus e desse modo será desenvolvida a habilidade para compreender os extremos para combiná-los de um modo mais elevado. Vênus auxilia a escolha certa entre tantas possibilidades e entre a multiplicidade confusa das coisas. Com o auxílio de Vênus podemos reconhecer a qualidade intrínseca de um objeto, de uma pessoa ou de uma situação e, assim, poder fazer a escolha correta com segurança e orientar as nossas forças para um objetivo.
Em “Astrologia Esotérica” A.A. Bailey diz:
Gêmeos é força que produz as mudanças necessárias para a evolução da consciência crística num determinado ponto de tempo e espaço, isto é, sempre compatível com a necessidade.

D) O Trabalho do discípulo – O conhecimento de si próprio
A principal prova em Gêmeos é aquela na qual o discípulo precisa tornar-se um ser humano de ação e o desejo tem que ser trazido para o mundo da concretização. O plano físico é o lugar onde se obtêm a experiência e as causas iniciadas no plano da mente têm que se manifestar e alcançar objetividade. É o lugar onde se abrem novos campos de percepção e novos conhecimentos são obtidos, e onde estes conhecimentos têm que ser transmutados em sabedoria.
Sem compreensão na aplicação do conhecimento, o ser humano perece.
                                                                                                
A prova a ser vencida pelo discípulo é aprender, no campo da mente cerebral e em consciência vígil, a registrar o contato com a alma e reconhecer-lhe suas qualidades.
O discípulo acredita no fato da alma, na possibilidade da perfeição, no caminho que deve ser trilhado; só que esse “acreditar” ainda não foi transmutado em conhecimento do reino espiritual (sabedoria). Ele está entregue a uma crença e não à realidade da existência da Alma.
O 3° Trabalho narra justamente as fases que o discípulo tem que percorrer para conseguir sentir a presença da Alma, o Eu interno. Quando se vivencia a verdade daquilo que se buscou por tanto tempo, caem as crenças e, então, sabe-se.
Neste trabalho, Hércules passa por cinco testes diferentes, típicos da etapa em que a alma e os corpos do indivíduo fazem a tentativa de relacionar-se entre si. Ao longo destes testes, o discípulo vai aprender, sem pensar em si mesmo, um momento sequer, a agir, a por em prática o que tinha aprendido em teoria: a coordenação dos corpos da personalidade com a própria Alma.
O auto-esquecimento, que leva a energia correta no ato de servir ao outro, elimina qualquer decepção e faz com que não haja pressa. Assim, os corpos da personalidade vão se organizando e, através de uma ação interna, da qual o eu pessoal não tem consciência, a ligação da Alma se estabelece.

E) Tarefa a ser desenvolvida – Aprender a arte de deixar as coisas acontecerem
Diz Dane Rudhyar:
Gêmeos, regido por Mercúrio, é cheio de uma vívida ânsia e curiosidade por sensações e conhecimento> Com cândido ardor ele procura ligar todos os atos, classificar todos os dados, catalogar os deuses e as estrelas, planejar aventuras a todo transe. Este é seu maior dom: sua ávida curiosidade e sua paixão por adquirir conhecimentos em geral.
Uma coisa ele tem que aprender: a compreender primeiro e depois agir.
Junto ao Portal, através do qual vai viver suas experiências, ele precisa para e ouvir para poder aprender que toda natureza obedece a leis que não podem ser violadas e que a natureza é estruturada por ciclos que têm que ser obedecidos.
Aquele que se esforça por alcançar o objetivo deve aprender a deixar que o objetivo aconteça a ele, não com uma passiva expectativa nem com um descuidado anseio, mas no silêncio e pausa que é a paz. A paz compele todos os mistérios a se revelarem. Ansiedade não é tudo; é necessário o poder decorrente da compreensão.
A arte de deixar as coisas acontecerem é o maior dom a ser desenvolvido pelo discípulo cuja totalidade do seu ser supervaloriza seus esforços com intensidade para ser “consciente” a todo custo – só que consciente do que está acontecendo com ele.
Quando ele desenvolve esta qualidade, ele passa a estar no limiar de todas as experiências com intensa consciência e positiva abertura mental, sem pressa, com serenidade, sem esforço ou sem o desejo de encaixar as configurações entretecidas dos acontecimentos em fórmulas estabelecidas.
É aprender a difícil arte de ser positivo e controlado, enquanto deixa as coisas acontecerem de acordo com seu próprio ritmo natural, É ir adiante com firmeza e ansiosa determinação e, todavia não forçar nada.
Não se entra nos domínios da sabedoria apressadamente. A sabedoria não é montada por fragmentos, pedaço a pedaço, compondo rapidamente um arcabouço e sobre ele colocando tudo o que está disponível.
A sabedoria é um dom, e o discípulo deve aprender que assim é, e ir desenvolvendo-a sem esforço, serenamente, com fé e beleza, pois só assim o coração lhe compreenderá o sentido e aceitá-la-á por parecer-lhe óbvia.

F) Pensamento- semente – Eu reconheço meu outro eu, e no seu declínio eu cresço e resplandeço.
É preciso não se deixar distrair pelas múltiplas coisas que adentram em nossa consciência; é preciso ajustar-nos àquilo que é essencial e que nos é adequado. É ir adiante com firmeza e ansiosa determinação e, todavia não forçar nada, até que o ritmo próprio opere e o santuário seja revelado".
Postado por  Dharmadhannyael





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