Chakra - Sétimo. Coroa , Sahasrara.
Iluminação. Buda Interior. Tara Branca
Postado por Dharmadhannyael
Essência da Sabedoria que Foi Além
A teoria do
Vazio foi exposta de várias maneiras no desenvolvimento do Budismo, O seguinte
Sutra do Coração, supostamente pregado por Buda (500 a .C.), é o exemplo de um
enfoque não-racional ou devocional.
Assim eu ouvi.
Certa vez o Abençoado residia em Rajagriha, no Pico do Abutre, com uma grande
assembléia de monges e Bodhisattvas. Nessa época, o Abençoado estava totalmente
absorto na concentração que analisa todos os fenômenos, chamada “Iluminação
Profunda”.
Na mesma
época, o Nobre Avalokiteshvara... contemplava a prática profunda da Sabedoria
que foi Além, analisando os cinco agregados vazios por natureza.
Então, por
inspiração de Buda, o venerável Shariputra falou a Nobre Avalokiteshvara...
dizendo: “Como podem os dc boa família aprender a identificar os que
querem seguir a prática profunda d
Sabedoria que foi Além?”
Assim falou, e
o Nobre Avalokiteshvara... replicou ao venerável Sharipuira: “Ó Shariputra,
qualquer filho ou filha de boa família que deseje seguir a prática profunda da
Sabedoria que foi Além deve considerá-la deste modo: analisando os cinco
agregados, vazios por natureza.
“A forma é
vazia, o vazio é forma. O vazio não é outra coisa senão forma, a forma não é
outra coisa senão vazio. Do mesmo modo, sensação reconhecimento, formações
cármicas e consciência, tudo é vazio. Portanto, Shariputra, todos os fenômenos
são vazios, sem características. Eles são não-nascidos e incessantes; não São
impuros nem livres de impureza. Não diminuem nem aumentam.
“Portanto,
Shariputra, no vazio não há forma, nem sensação, nem reconhecimento, nem
formações cármicas, nem consciência; não há olho nem ouvido, nem nariz, nem
língua, nem corpo, nem mente.
Não há ignorância, nem destruição da
ignorância. Não há nada disso ao longo do caminho: não há velhice e morte, nem
destruição da velhice e da morte Assim, não há sofrimento, nem causa de
sofrimento, nem cessação de sofrimento e nem caminho. Não há sabedoria, nem
realização e nem não realização.
“Portanto,
Shariputra, porque não há realização, todos o Bodhisattvas aderem à Sabedoria
que Foi Além, e, porque não há obscuridade da mente, eles não têm medo.
Indo
totalmente além da falsidade, eles vão além dos limites da tristeza. Todos os
Budas que habitam nos três tempos, por confiar na Sabedoria que foi Além
despertam plena e claramente para a insuperável, para a mais perfeita completa
iluminação...
‘Ó Shariputra,
é assim que um Bodhisattva Mahasattva deve aprender a profunda Sabedoria que
foi Além.”
Então o
Abençoado levantou-se da concentração e louvou o nobre Avalokitcshvara...
dizendo: “Muito bom, muito bom, ó filho de boa família. É exatamente assim. A
profunda Sabedoria que foi Além deve ser praticada exatamente como você falou,
e Aqueles que Assim Fizerem rejubilar-se-ão.. “8
Em Tibetan
Yoga and Secret Doctrines, W. Y. Evans-Wentz sugere que a Doutrina do Vazio é
uma revisão dos ensinamentos hindus de Maya (a Grande Ilusão) feita pelos
grandes filósofos budistas que inspiraram a forma Mahayana do Budismo.
Ele também menciona que em geral, acredita-se
que Buda ensinou esotericamente a PrajnaParamita (a Sabedoria que Foi Além)
cerca de 600 anos antes para seus discípulos mais adiantados.9
Apesar disso,
os ensinamentos sobre o Vazio só foram divulgados esotericamente depois do
século II d.C.
Conta-se que o
filósofo budista Nagarjuna recebeu esses ensinamentos num reino celeste, onde
se supõe que o Buda Gautama tê-los-ia escondido, e articulou uma dialética
negativa (a filosofia Madhyamika) para provar logicamente a teoria do Vazio.
Mais tarde, os
iogues Mahasiddha (aproximadamente 700-1000 d.C., no apogeu do Budismo tntrico
indiano) reagiram existencialmente aos métodos analíticos dos Sutras Mahayana
para praticar métodos tântricos vivenciais. A lógica filosófica dqs Sutras e as
técnicas vivenciais dos Tantras foram assim aglutinadas num corpo dê
ensinamentos conhecido como Mabamudrá.
Em níveis
avançados de meditação, a Luz Clara do Vazio gera um estado de consciência que
chega aos extremos da bem-aventurança. Esse êxtase transcende qualquer outro
prazer e é portanto, “grande” (maha). Uma vez experimentados a Bem-Aventurança
e o Plenum do Vazio, jamais poderemos esquecê-los: essa experiência fica selada
(mudrá) na nossa mente, o que explica o significado do Grande Selo ou,
Mahamudrá.
O Primeiro
Pachem Lama, em The Great Seal of Voidness, apresenta uma etimologia oculta
para o termo tibetano que corresponde a Mahamudrá, Chaggya Chenpo.
Chag refere-se a Vazio, Gya é libertação do
samsara e Chenpo significa a grande unificação entre a compreensão do Vazio e a
libertação da visão do mundo de ilusão (samsara).
Ele também sugere outro significado para
Mahamudrá. Mudrá significa pré- requisito necessário; Maha significa grande
compreensão. Daí não haver técnica para a obtenção da iluminação sem uma
compreensão profunda do Vazio.’°
Os métodos dos
Sutras começam com uma análise filosófica do Vazio e prosseguem com técnicas de
meditação para aquietar a mente. Uma vez controlada e fixada, a mente é usada
na meditação para provar a compreensão filosófica do Vazio através de uma
intuição penetrante na própria natureza da mente.
Métodos tântricos enfatizam a purificação das
forças psíquicas nos chakras que sustentam as funções do ego mental e sua
articulação no canal central de energia ao longo da espinha. Quando a mente
está purgada de suas obscuridades fenomênicas, a Luz Clara da verdadeira
natureza da mente brilha espontaneamente.
Para conseguir
o Grande Selo, Mahamudrá, a mente deve estar preparada. A parte mais difícil e
importante do cuidado de um jardim, por exemplo, é a preparação inicial do
solo. Da mesma forma, a mente deve estar pronta para receber as sementes da
sabedoria proporcionados pelos ensinamentos Maharnudrá.
Se não for
treinada de modo apropriado, ela pode confundir as idéias sobre o Vazio com a
experiência em si, ou nutrir concepções errôneas niilistas. Para começar, vamos
tentar compreender como a mente cria a “visão errada” do mundo.
Os budistas
sustentam que a nossa percepção do mundo é uma alucinação coletiva desenvolvida
desde o começo da história da consciência.
Essa ilusão
foi criada por um processo mental chamado “rotulação”, no qual a mente racional
percebe um grupo de fatores convergentes e os organiza seletivamente num
objeto.
Um nome, ou rótulo, é então atribuído ao
objeto, e ele assume o status de “realidade”. A mente na verdade cria a sua
própria realidade através da interpretação e do significado do fluxo constante
de forças e substâncias à medida que aparecem, para assumir formas particulares
em segmentos isolados de espaço e tempo. Essa realidade nada mais é do que uma
coleção de imagens ou conceitos mentais.
Os budistas
ilustram o modo como somos levados a essa alucinação com a metáfora de uma
tenda iluminada internamente pela luz de uma centena de lamparinas. Estando
fora da tenda, não percebemos se uma dessas lamparinas se apaga ou se outra é
acesa. Do mesmo modo, a ilusão coletiva do mundo continua, imperceptivelmente
afetada pelas mortes e renascimentos individuais.
O objetivo
principal da compreensão penetrante do Budismo tântrico é minar a “visão
ordinária”. Esta é uma tarefa muito tediosa e difícil. Não apenas a mente foi
educada nessa visão, como tem uma propensão inata para criar esse ponto de
vista ilusório.
A falta de
“vida própria” é também um conceito importante para a compreensão do
significado do vazio. Ter vida própria significa existir independentemente de
qualquer fator condicionante.
Mas nada no mundo fenomênico existe independentemente
das partes que o compõem e do rótulo que a mente colocou na aparência do
conjunto dos elementos transitórios.
Mas a nossa visão comum da realidade está
baseada por inteiro na ilusão de que as pessoas e coisas têm vida própria ou
independente. Por exemplo, um carro não tem vida própria. Quando removemos
todas as partes mecânicas que em conjunto o compõem, não há mais carro. “Carro”
é apenas um rótulo, um conceito da mente projetado na aparência de um conjunto
singular de componentes.
Toda a
fortaleza da consciência do ego está construída na visão comum da realidade exterior
e numa crença igualmente obtida num sentido de self independente e concreto.
Nosso sentido de “eu” é uma suposição inquestionável a priori. Entretanto,
trata-se de um mero rótulo
— o “eu” tem
vida própria. Quando buscamos por este “eu” na meditação, não há onde
encontrá-lo.
Outro aspecto
importante da obtenção de uma “visão correta” é a compreensão de que as
“coisas” que são rotuladas em nossos conceitos convencionais da realidade têm
certas qualidades.
Essas qualidades podem ser experimentadas em
sua nudez quando removemos nossas preconcepções sobre o que constitui um
objeto. Fenômenos empíricos têm uma existência objetiva relativa que não contradiz
o seu vazio essencial. É de fato o vazio das coisas (a falta de vida própria)
que permite ao mundo fenomênico desdobrar-se e mudar; essas qualidades
multiformes seriam destruídas se seus elementos tivessem urna existência
independente e permanecessem fixos em suas naturezas.
O Vazio
depende, portanto, da aparência do mundo fenomênico. Na mente, a aparência (da
realidade dos objetos) é inseparável da natureza vazia da consciência prístina,
da mesma forma que o reflexo da Lua na água é inseparável da superfície irradiante
da água.
Além disso, não podemos medir e definir
realmente o Vazio; palavras como essência ou espírito são as mais próximas a
que podemos chegar, mas elas ainda implicam “alguma coisa”. É como um claro e
indestrutível vazio — como um diamante cintilante — que encontramos no âmago de
nós mesmos e que penetra em todas as coisas.
Quando
experimentamos essa realidade, as coisas não desaparecem; elas se tornam
translúcidas, como lanternas de papel encerado, iluminadas pela Luz Clara do
Vazio.”
O niilismo
pode ser considerado um repúdio à autenticidade das experiências e, portanto,
uma negação de qualquer significado ou valor associado. As implicações
negativas do niilismo conduzem à desesperança e à futilidade. Embora a teoria
do Vazio sugira que a busca do significado no mundo fenomênico é principalmente
uma tentativa egoísta de validar a nossa existência, ela não encoraja uma visão
pessimista da existência, em vez de querer encontrai uma grande profundidade
nos eventos e coisas, precisamos compreender que as Coisas são simplesmente o
que são.
Há histórias
que contam como alguns dos arhats (literalmente, “os vitoriosos”, isto é,
discípulos avançados de Buda) morreram de ataque cardíaco quando Buda lhes
comunicou os primeiros ensinamentos sobre o Vazio. Esses discípulos
aparentemente tinham experimentado a fusão no espaço na meditação, mas ainda estavam se relacionando cm o espaço
como “alguma coisa”.
Ainda estavam envolvidos numa experiência
dualista de sujeito e objeto. O impacto da teoria do Vazio, que implica estar
“em lugar nenhum” e experimentar “coisa nenhuma”, foi devastador para o seu
sentido de realidade.
Nagarjuna
aprofundou as implicações da teoria do Vazio propondo que nem sequer podemos
começar a considerar a natureza da realidade. Fazer isso exigiria uma abordagem
dualista um observador separado da realidade, que pode percebê-la, defini-la e
nomeá-la, O conceito dc tathara (a coisa em si) tornou-se assim associado à
teoria do Vazio.
O mundo fenomênico simplesmente é. O processo
pelo qual ele aparece e desaparece simplesmente é. O vazio do espaço e o vazio
da qualidade radiante da consciência prístina simplesmente é.
Mesmo que
concordemos que a realidade é um mistério, estamos afirmando que ela é “alguma
coisa”. Trungpa mostra que a crença em qualquer filosofia ou religião, do ponto
de vista dos ensinamentos - Madhyamika, de Nagarjuna, é meramente um processo
de projeção de um rótulo sobre o mistério.
Além disso,
continua ele, como não há ninguém para perceber a realidade e nenhum conceito
resultante dessa percepção, as coisas e eventos surgem em sua essência na
vastidão da consciência lúcida, essencial. 4
Num contexto
mais moderno, as implicações da Teoria do Vazio são demonstradas na Teoria do
Campo Unificado de Einstein. As descobertas da física contemporânea enfatizam
que uma existência separada, independente, é uma impossibilidade.
Não há limites rígidos na grande matriz de
energias multidimensionais que é o universo. Quando abandonamos nossa
insistência nos limites ilusórios criados pela mente racional, a energia
infinita de “tudo-o-que-existe não encontra obstáculos ao se mover através do
corpo-mente. Livres das construções mentais da estrutura seqüencial de tempo e
espaço, consideramos massa, energia e consciência como um campo unificado.
A Luz Clara do
Vazio não muda e não depende de nenhuma causa. Como um espelho, ela não é
afetada por nenhuma forma que nela se reflita. No Tantra budista, a manutenção
da claridade do Vazio em nossa experiência diária é simbolizada pelo peixe. No
livro Masters of Mahamudra, Keith Dowman descreve como o peixe nada sem
esforço, sem piscar e, aparentemente, sem nunca dormir.
Além disso, os peixes não ficam molhados; eles
estão na água mas não são da água.’5 Para os antigos iogues, o peixe era uma
metáfora para o modo como podemos estar no mundo fenomênico uma vez que nos
tornemos budas.
Dowman ilustra
um dos últimos obstáculos do caminho na biografia do Mahasiddha Kanhapa — o
meditador que compreende a Luz Clara do Vazio na meditação, mas cuja
compreensão se perde ao se envolver nos dramas da existência diária.’6 A
prática do Mahamudra implica a transferência da experiência do Vazio para as
atividades diárias.
A vida em si é o caminho. Cada obstáculo, cada
problema ou desejo é uma oportunidade para libertar o ego apegado e para dar-se
conta de que não há separação entre as aparências e o Vazio.
Por si mesma,
sem esforço, a vida apresenta todas as experiências e situações que mostram
quando precisamos soltar as amarras de nossos
pensamentos
discursivos, de nossa aversões e desejos.
Não importa qual seja o evento — sensação ou
orientação conceitual — tudo é oportunidade para praticar o Mahamudrá.
Renunciando a todos os desejos e elaborações conceituais relacionados com as
ações do passado, do presente e do futuro e desenvolvendo um estado
ininterrupto de equilíbrio meditativo através do fantástico sonho da vida,
finalmente integramos o estado primordial do Estar Consciente da
Bem-aventurança na nossa existência diária.
Pelo progresso
lia compreensão do fluxo da consciência através dos chakras, obtivemos algum
conhecimento de nossas predisposições instintivas, da ocorrência de sentimentos
e de emoções e das tendências da nossa mente. Estamos agora num ponto em que
podemos experimentai o vazio desses fenômenos — não há self inerente a esses
eventos.
Com a renúncia à ilusão da identidade do self,
nossa experiência do mundo é alterada radicalmente. Deixando de ser
escravizados pelo ego, assumimos um modo de agir espontâneo, não mais dirigido
pelo self. A vida torna-se admiravelmente simples; há apenas uma resposta a
qualquer coisa que ela coloque em nosso caminho — aceitação e compaixão
incondicionais.
Pesquisado por DharmaDhannya
Pesquisado por DharmaDhannya
Este texto está livre para divulgação
desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/
Meus blogs
http://astrologiadevenusemercurio.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/dharmadhannyael
Haja luz para compartilhar para o bem de
todos.
Eu estou no G+ :
Comunidade
https://plus.google.com/communities/111702837947313549512
Este espaço está protegido pelos anjos e
por Hermes
Estou neste momento me unindo com o Poder e a
Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.
Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
Gabriel, Rafael, Haniel, Miguel, Camael,
Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus
caminhos
e
me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário