terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ouça as mensagens que sopram nos ventos...




"Ouça as mensagens que sopram nos ventos..."

Relâmpagos coruscam,
Chovem faíscas.
Num piscar de olhos
Desaparece a visão.

Vamos supor que o ralo de sua pia esteja entupido. A visão terrena do mundo diz que este é apenas mais um daqueles casos em que você, imprudentemente, permitiu que cascas de vegetais ou restos de comida obstruíssem a vazão — e provavelmente foi isso o que você fez.

Mas que perspectiva mais estéril e limitada! Uma visão de mundo metafísica sugere que quase qualquer acontecimento pode ser um “sussurro interior”, uma mensagem, um estímulo ao crescimento criado por você — se pudesse ouvir a si mesmo.

Sofremos tamanha lavagem cerebral para que passemos a ver o mundo como algo aleatório e sem sentido que podemos ignorar as incontáveis mensagens enviadas todos os dias pelo nosso Eu Superior.

 Descobrimos umidade brotando do porão e menosprezamos esse fato, classificando-o como “má sorte”. Duas lâmpadas queimam-se no mesmo dia e dizemos que é apenas uma “coincidência”. Um bando de aves marinhas pousa em (Mumon) nosso jardim, a centenas de quilômetros da costa, e dizemos que isso é “curioso”.

Entretanto, todos esses eventos são metáforas, indicações úteis em nossa jornada interior, se pudermos aprender a interpretá-las. Nada é aleatório. Nada é sem sentido.

Se você sonhar com uma pia entupida, talvez tome nota da mensagem implícita. (Será que você está bloqueando as suas emoções? Ou se recusando a abrir mão de alguma coisa que não é mais necessária’?)

Quando isso acontece no período de vigília, porém, tendemos a menosprezar tais incidentes, considerando-os sem sentido.

 Contudo, a vida é uma metáfora de sonho criada por nós, com toda a certeza, da mesma forma como criamos os nossos sonhos e o nosso Eu Superior muitas vezes vai se manifestar por meio de acontecimentos “mundanos” do nosso cotidiano.


Se ignorar OS “sussurros” da pia entupida, você poderá ligar o rádio alguns dias depois e, imediatamente, ouvir a notícia de um grave congestionamento de tráfego no Túnel Dartford. Um outro bloqueio.

Trata-se da repetição da mesma mensagem! Mas você a “ouviu” desta vez?

Se esses suaves sussurros não forem ouvidos, o seu Eu Superior poderá aumentar um pouco o volume. Afinal de contas, ele anseia pelo seu crescimento. Talvez você sofra um acesso de prisão de ventre. Um outro bloqueio! Mas você resolve tomar um laxante, ignorando mais uma vez o significado do episódio.

Assim, o seu Eu Superior, ternamente, envia-lhe um trauma emocional, na esperança de que isso possa liberar as emoções bloqueadas.

 Em vez disso, você se entorpece com tranquilizantes ou álcool ou, então, mergulha no trabalho. Por fim, se continuar teimosamente ignorando a mensagem, os sussurros poderão se transformar num “grito”, tal como um câncer no intestino: a mesma mensagem novamente, vários anos depois.

Tomemos um outro exemplo: suponhamos que você descubra que o seu carro foi guinchado pela polícia de trânsito. A visão de mundo terrena iria sugerir que você simplesmente foi tolo OU teve má sorte, e isso é tudo. Uma visão de mundo metafísica colocaria em questão os motivos pelos quais você atraiu esse evento.

O que você estava tentando dizer a si mesmo? De que maneira você está “se imobilizando”, impedindo seus próprios movimentos ou qualquer forma de mudança’? Talvez você esteja culpando os outros pela sua incapacidade de avançar, em vez de assumir a responsabilidade por sua própria vida.

Se você ignorar o “sussurro” do guincho que levou o seu carro, então você poderia escolher uma torção no tornozelo, para transmitir novamente para si mesmo a mesma mensagem. (Isso não quer dizer que a torção de um tornozelo sempre signifique que você esteja imobilizando a si mesmo).

 Ela poderia encerrar uma miríade de mensagens diferentes. Somente você pode saber o que os seus “sussurros” significam voltando-se para dentro e perguntando.)

Um outro exemplo: imagine que você compre uma barra de chocolate e descubra que recebeu de troco cinco libras a menos. Em vez de permitir que esse seja um acontecimento frustrante e sem sentido, pergunte-se por que você o criou. Qual é a mensagem “sussurrada” pelo seu eu interior?

 Ela reflete a sua crença de que você é irremediavelmente distraído? Ou que a maioria das pessoas é desonesta’? Trata-se de uma metáfora que representa o desperdício de seus recursos — tempo, dinheiro e energia ou sua tendência para permitir que os outros se aproveitem de você’?

Talvez você tenha se sentido culpado por ignorar uma coleta de recursos em favor de uma obra de caridade e, por isso, tenho resolvido punir a si mesmo? Ou, talvez, essa seja uma oportunidade para você adotar uma postura mais filosófica, menos apegada ao dinheiro’? Será que a barra de chocolate tem um significado’?

 Você está prejudicando a si mesmo com alimentos pouco saudáveis, enquanto a sua orientação interior continua sussurrando que você deveria adotar uma dieta mais equilibrada?

Ou será essa uma ocasião para você ser assertivo, para voltar à loja e exigir que lhe devolvam o seu dinheiro’? Ou, talvez, várias dessas possibilidades? Quais delas lhe parecem intuitivamente corretas’?

Qual possibilidade lhe causa um arrepio na espinha e lhe proporciona aquela sensação de “Ah!”? Qual lhe parece dolorosamente familiar? Qual faz você se sentir energizado?

Todo acontecimento é uma oportunidade para aprender e para crescer
desde que você consiga aprender a ouvir os seus sussurros; e quanto mais você os ouve, mais sussurros lhe são enviados. Quando o seu Eu Superior encontra uma maneira de lhe falar, ele investe nessa linha!

É fundamental perceber, lembrar, saber que essa não é apenas uma forma curiosa de examinar a nossa vida. E a maneira através da qual funciona o nosso sistema de realidade física. A vida não é como uma metáfora de sonho; a vida é uma metáfora de sonho!

 Os acontecimentos cotidianos refletem constantemente o nosso mundo interior, oferecem-nos orientação, proporcionam-nos oportunidades para o desenvolvimento de nossas qualidades, habilidades e talentos. Nosso mundo cotidiano é um oráculo verdadeiramente mágico.

Você não é apenas
a sombra
que está dançando na parede,
mas a mão que produz a sombra, e também a luz.
(Emmanuel)
  
Se você preferir ouvir notícias sobre terrorismo ou incidentes provocados por baderneiros em campos de futebol, qual é a mensagem que está sendo “sussurrada” a seu respeito?

Que você reprime os seus impulsos agressivos? Que você gosta de imaginar que é melhor do que aqueles a quem julga e condena? Que você tem medo de si mesmo’?

“Sim, mas isto é apenas algo que aconteceu no mundo exterior. Não tem nada a ver comigo!” Mas você fez a escolha de assistir ao telejornal naquele dia, ou de ouvir as notícias da boca de um amigo; e você optou por ter certos pensamentos em resposta a essas notícias.

 Se tornamos consciência de alguma coisa, nós a atraímos por alguma razão — porque ela pode ajudar-nos a aprender a crescer.

Para mudar o seu mundo você precisa mudar os seus pensamentos. Você precisa estar consciente, a cada momento do dia, de que aquilo que você diz para si mesmo é verdade, pois essa é a realidade que você projeta para o exterior. (Seth)6

Para mudar o seu mundo você
 precisa mudar  os seus pensamentos.
Você precisa estar  consciente,
a cada momento do dia,
de que aquilo que você diz para si
mesmo é verdade, pois essa é a
 realidade que você projeta para
 o exterior.

Mundo de espelho

Como você vê o mundo? Em que tipo de mundo você acha que vive? Você vê um mundo cheio de ganância, violência e ódio? Cheio de caos e confusão’? Ou um mundo repleto de amor, esperança e boa vontade’? A seu ver, quais são os problemas mais sérios que a sociedade OU O planeta estão enfrentando no presente?

Quando tiver anotado suas impressões globais, verifique de que modo elas poderiam refletir o modo como você vê a si mesmo e os desafios que está enfrentando no seu crescimento pessoal e espiritual.

Quantos de vocês atida andaram ignorando mensagens que foram sussurradas em sua mente?... A intuição leva você ao futuro através de coisas pelas quais se sente atraído porque as ama. Ao seguir essa voz, você vai descobrir que as portas se abrem em todos os lugares. (Orin)

Como existe um número enorme de futuros prováveis abertos para nós, precisamos de algum tipo de orientação interior caso contrário, estaremos num estado de constante indecisão.

Essa orientação frequentemente vem na forma de impulsos para fazer isto ou aquilo para escrever a um amigo, ler determinado livro, meditar, ir a uma reunião, comprar algumas flores, matricular-se num curso noturno.

 Esses “sussurros” interiores sempre são criativos porque vêm do nosso eu interior, o qual nos estimula a desenvolver todo o nosso potencial, a expandir a nossa consciência, a viver de uma forma mais mágica.

Infelizmente, somos ensinados a desconfiar de nossos impulsos. Nossa cultura convence-nos a confiar no intelecto e na lógica quando estamos tornando decisões, em vez de confiar em palpites intuitivos.

 Devemos supostamente “pensar antes de agir” e ter “autocontrole”, em vez de sermos impulsivos. Todavia, ao vermos o subconsciente como um animal selvagem que precisa ser domado, isolamo-nos da nossa fonte mais valiosa de sabedoria pessoal.

Em consequência, os impulsos podem ser reprimidos durante tanto tempo que, quando finalmente se manifestam, podem parecer destrutivos.
Robert, 18 anos, foi encaminhado a mim porque tinha quebrado vários vitrais de uma igreja local. Ele jamais havia se envolvido antes em confusões e estava assustado e perplexo com o próprio comportamento.

Seus pais, que eram muito religiosos e puritanos, viam qualquer tipo de prazer como uma estrada que levava ao inferno e à danação, e proibiam Robert de ir a festas, de usar roupas de cores vivas ou de ingerir álcool.

 Embora amasse os pais, já fazia um bom tempo que Robert tinha vontade de discutir com eles, de discordar do modo como encaravam a vida e de lutar contra a repressão de que era vítima.

 Em vez disso, ele se sujeitava mansamente a seus pais e frequentava  regularmente a igreja. Uma noite, em estado de desespero, ele bebeu várias latas de cerveja com os amigos do colégio e, no caminho para casa, expressou anos de frustração contra as crenças de seus pais (bem como a sua profunda necessidade do amor deles), atirando pedras nos vitrais da igreja.

De acordo com Seth, os impulsos que são repetidamente reprimidos sempre vão emergir de uma maneira ou de outra. A escritora Jane Roberts, que canalizou Seth, diz que tendia a ignorar todo desejo que pudesse distraí-la do seu trabalho criativo e, assim, costumava reprimir o impulso de fazer exercícios físicos. Por causa disso, ela acabou desenvolvendo uma incômoda artrite.

Ao ignorar os nossos impulsos, não só arranjamos problemas para nós mesmos como também renunciamos ao nosso poder, à nossa capacidade de agir.

 “Quando você é ensinado a não confiar em seus impulsos”, diz Seth, “você começa a perder sua capacidade de decisão e, em graus variáveis, conforme as circunstâncias, começa a perder o seu senso de poder porque tem medo de agir.”

Confiar em nossos impulsos pode trazer-nos muitas alegrias inesperadas. Pouco antes de me mudar para Londres, passei alguns dias visitando locais antigos e místicos na Cornualha.

Uma noite, sentei-me nas rochas  e estava observando o sol pôr-se no oceano, quando senti o súbito impulso de encontrar um círculo de pedras sobre o qual havia lido naquele dia.

 Eu tinha apenas uma vaga ideia da localização dessas pedras mas, mesmo assim, rumei para lá. Depois de dirigir vários quilômetros durante o crepúsculo, avistei um poste sinalizador que indicava uma trilha e, de alguma maneira, “soube” que estava no caminho certo.

 O caminho conduzia a um campo, e logo me vi caminhando cada vez mais rápido, como se forças invisíveis estivessem me apressando. Não havia sinal do círculo de pedra e comecei a me perguntar se não estaria perdida — e, não obstante, estava sendo “puxada” com tamanha força que fui obrigada a correr.

 Desci por um vale, atravessei um outro campo — deslocando-me cada vez mais rápido — e, então, subi por um bosque fechado e acabei avistando um caminho escuro por entre as árvores. Reduzi a marcha para recuperar o fôlego e penetrei na escuridão. Momentos depois, uma luz brilhou na minha frente e emergi numa clareira. A vista com que deparei foi inesquecível.

Fiquei de pé na borda de um círculo de pedras verticais, cada uma com cerca de 2,5 a 3 metros de altura, com uma pedra central maciça perigosamente inclinada. A presença das pedras era bastante palpável, impressionante e, de alguma forma, senti que elas tinham me dado permissão para estar ali.

Havia neblina dentro do círculo, luminescente sob a luz do entardecer. Além das pedras, para o oeste, o pôr-do-sol estava no auge, formando raios em escarlate, rosa, laranja e púrpura. A paisagem coberta pela neblina estendia-se até o mar.

A cena era tão mágica, tão assombrosa, que parecia surrealista. Eu me perguntei durante alguns momentos se estava sonhando e, então, fiz um agradecimento em silêncio. Dois minutos depois, o pôr-do-sol tinha perdido a graça, a neblina não brilhava mais e a noite estava caindo depressa. Foi então que compreendi por que eu havia sido compelida a me apressar.

Siga com a corrente
Ao menos durante alguns dias, seja mais impulsivo. Se tiver uma vontade súbita de fazer alguma coisa e desde que isso não prejudique ninguém —, comece a agir! Faça isso de imediato, mesmo que alguma outra atividade tenha de ser interrompida.

Comece a ouvir os pensamentos e sentimentos sutis, as ligeiras mudanças de energia que brotam do seu eu interior. Tente viver o momento, em vez de planejar com antecedência todo o seu dia. Em toda e qualquer situação, deixe-se levar para onde as suas energias o conduzirem.

Faça alguma coisa se e quando isso lhe parecer certo. Siga as suas sensações de alegria e de entusiasmo. Quando estiver “seguindo com a corrente”, as tarefas ficarão fáceis e poderão ser realizadas sem esforço. Tenha confiança de que você possui um eu mais profundo — que pode administrar o seu dia melhor do que você seria capaz de fazer — e veja o que acontece.

Ouça a natureza
Da próxima vez em que estiver sozinho com a natureza — talvez numa floresta, num prado, charneca, vale, no alto de um penhasco ou numa praia deixe que sua mente fique bastante calma e silenciosa.

 Comece a sentir as energias ao seu redor e tome consciência de que você não está sozinho. Todas as coisas à sua volta são conscientes — as árvores, as colinas, a grama, OS pássaros, o céu — e toda a consciência está interligada.

Concentre agora sua atenção no que quer que o atraia talvez uma árvore, uma montanha, uma flor, um riacho ou uma rocha. Diga olá e peça-lhe para enviar sua energia para você, para “falar” com você.

Seja paciente mas espere ouvir, ou sentir, uma resposta. Sinta a sua ligação. Se tiver inclinação para a música, você poderá ouvir sons ou tons. Se for um artista, você poderá ver padrões de luz e cores.

 Se tiver habilidades literárias ou verbais, poderá ouvir palavras. Mostre-se receptivo ao que quer que lhe seja enviado. (Conquanto isso possa parecer estranho, trata-se de uma boa maneira de aprender a nos sintonizar com sua Alma, com a Divina  Presença, com as energias sutis que normalmente ignoramos.)

Torne decisões

Caroline sentia-se completamente incapaz de mar decisões. Ela trabalhava como secretária e odiava isso mas não conseguia decidir o que realmente queria fazer. Seu relacionamento com o namorado já tinha seis anos, mas ela ainda não decidira se deviam ou não morar juntos. Aos 30 anos, ela ainda parecia e comportava-se como uma adolescente. Então começou a ter ataques de pânico. Ela havia ignorado os seus sussurros durante tanto tempo, que o seu eu interior, ou Alma foi forçado a enviar-lhe mensagens urgentes. Foi uma maneira desesperada de chamar sua atenção.

Durante a terapia, ela percebeu que qualquer mudança seria melhor do que ficar parada. Aprendemos coisas a nosso respeito tanto cometendo erros como através do sucesso; nada aprendemos quando nos aferramos a urna rotina.

 Ela acabou resolvendo cursar uma faculdade de administração e, nesse meio-tempo, foi morar com Jim, “para ver se oficializavam a coisa ou se terminavam de vez”.

 Tomadas essas decisões, seus ataques de pânico cessaram e foram substituídos por uma mistura de emoções à medida que enfrentava seu medo da intimidade e do compromisso e sua excitação e incerteza quanto a voltar a ser estudante em idade madura. Ela estava buscando o seu futuro.

Se você hesita em tornar decisões e em definir qual dos seus futuros prováveis tentará buscar, ou qual passo irá dar numa determinada altura de seu processo de crescimento pessoal, eis aqui diversas maneiras de ouvir os seus sussurros interiores:

• Comece sempre com pelo menos três opções. A PNL (programação neurolinguística) sugere que, se dermos a nós mesmos apenas uma opção, nos tornaremos robôs; com duas opções, teremos um dilema; mas com três ou mais opções, teremos uma escolha.

 Qualquer que seja a situação, sempre — teremos muitas opções diferentes e, às vezes, estaremos imobilizados simplesmente porque não consideramos outras alternativas. Portanto, comece a pensar em pelo menos três possibilidades.

• Imagine-se tendo escolhido uma opção de cada vez e veja se ela lhe parece boa, mesmo se você se sentir assustado. (Lembre-se de que uma opção pelo crescimento sempre implica riscos.)

Qual opção o faria orgulhar-se mais de si mesmo? Qual escolha mais o ajudaria a aprender e a crescer? Quais escolhas baseiam-se no medo ou no apego às coisas com as quais você está familiarizado’? Qual escolha contribuiria para aumentar seu amor por si mesmo, pelas outras pessoas e pelo planeta?

Qual escolha o faria sentir-se menor e mais separado dos outros? Qual escolha parece cheia de luz e alegria? Qual escolha aumenta sua energia, quando você a considera?

Se quiser escolher entre duas opções, “segure” uma decisão na mão esquerda, outra na direita e feche os olhos. Sintonize-se com o local para onde sua energia estiver migrando.

 Qual mão parece estar aquecida e formigando? Qual mão parece estar energizada? Qual mão parece atrair sua atenção?

• Se desejar orientação, experimente um oráculo instantâneo, como as cartas do tarô, o 1 Ching, as Angel Cards, A visão de mundo terrena sugere que o ato de atirar moedas ou hastes de milefólio, ou a escolha de cartas de um baralho são aleatórias e destituídas de sentido — mas a metafísica assegura-nos que, se pedirmos orientação, vamos recebê-la.

Se não tiver um oráculo, simplesmente abra algum livro um dicionário pode servir e, com os olhos fechados, aponte uma palavra OU trecho; em seguida, contemple seus possíveis significados.

 Obviamente, se você estiver convencido de que isso não faz sentido, o livro poderia refletir essa crença e dar-lhe um palavrório pomposo e sem sentido. É fácil provar que estamos certos!

Mas se você pedir sincera- mente uma orientação — e não simplesmente renunciar ao seu poder, solicitando que uma decisão seja tomada por você então a resposta invariavelmente será sábia e apropriada.

• Uma outra abordagem é o uso da técnica do brainstorm. Se precisar de alguma inspiração criativa — sobre que rumo tomar em sua carreira, para qual cidade mudar-se, como lidar com um problema de relacionamento, onde passar um feriado —, anote num papel, durante um máximo de 20 minutos, qualquer idéia que lhe ocorrer.

 Não censure nenhum pensamento, por mais ridículo que possa parecer. Tome nota de tudo. Então, cuidadosamente, examine sua lista, item por item, atento para qualquer idéia que pareça saltar da página, que o faça tremer ou brilhar, ou que libere energia em alguma parte do seu corpo.

• Os sonhos, obviamente, são uma rica fonte de inspiração e de orientação, bem como um excelente treino do pensamento através de metáforas.

 Se já não tiver um diário para anotar seus sonhos, sugiro enfaticamente que experimente fazê-lo. Depois de quase vinte anos de experiência com a interpretação de sonhos, ainda me surpreendo com sua sabedoria, beleza, humor e revelações — e os sonhos muitas vezes orientam minhas decisões ao refletirem emoções e pensamentos que não foram expressos.

Quando eu era aluna de pós-graduação, por exemplo, estava prestes a participar de um projeto de pesquisa sobre um assunto no qual eu estivera empenhada durante vários anos. Certa noite, sonhei que estava a ponto de pular de um trampolim, mas a “prancha” era tão rígida que eu não conseguia impulso suficiente para dar o salto.

 Ao anotar o sonho, percebi que já estava “morta de tédio” com o projeto proposto, e que deveria escolher outro assunto. Meu novo projeto conduziu-me a áreas inexploradas da psicologia que, de outra forma, eu poderia ter ignorado.

Através dos portões
(Esta meditação frequentemente  será útil se você puder escolher entre duas ou três diferentes opções.) Relaxe profundamente e, então, imagine-se caminhando ao longo de uma trilha no campo. Use todos os seus sentidos para dar vida à cena. Sinta os seus passos. Visualize os campos e as árvores. Ouça o canto dos pássaros. Sinta o cheiro do ar campestre.

No final da trilha você depara com três portões, cada um dos quais representando uma de suas escolhas. (Decida, antes de iniciar a visualização, qual portão vai corresponder a cada escolha.

Você poderia decidir que o terceiro portão vai corresponder a uma opção desconhecida, que ainda está para ser avaliada. Caso se trate de uma decisão simples, do tipo Sim-Não, imagine dois portões.)

Observe cuidadosamente o primeiro portão e, então, atravesse-o. (O portão está fechado? É fácil abri-lo? Trata-se de um reluzente portão metálico ou de um portão de madeira caindo aos pedaços?) Que tipo de paisagem encontra-se do outro lado do portão? Aonde ele conduz? Como você se sente estando aqui? Depois que tiver dado uma boa olhada nos arredores, retome à trilha e escolha um outro portão. Repita o mesmo procedimento com cada portão, um por vez. Depois suavemente, volte para o quarto.

Num seminário, um homem estava tentando decidir se devia ou não trocar de carreira. O Portão A — que simbolizava a nova carreira — abriu-se para um campo cheio de arbustos e, além dele, estendia-se
a perder de vista um caminho ao longo da beira de um penhasco.

 O Portão B — continuar no emprego atual, trabalhando com vendas de computadores - conduzia a uma estrada asfaltada e, depois, a uma
casa de campo cinza que terminava num beco sem saída. Sua escolha não poderia ter sido mais clara.)

Deixe-me ficar em silêncio e ouvir a verdade.
(A Course in Miracles)’°

Nosso impulso mais forte está voltado para a redescoberta da nossa totalidade e, por mais que tentemos ignorá-lo, o impulso para crescer vai continuar vindo à tona.

Quem sabe você sempre tenha desejado tocar piano ou flauta, ter o seu próprio negócio, trabalhar no exterior, construir um barco, escrever contos, correr a maratona ou viver numa cabana à beira de um lago’?

Alguns desses desejos talvez não passem de fantasias de adolescente, que nunca quisemos realmente que acontecessem. (A cabana à beira de um lago poderia ser um ideal romântico, mas será que você não prefere o conforto, a conveniência e a agitação da vida citadina?)

Outros desejos, porém, serão impulsos aos quais você deveria dar vazão — impulsos que irão ajudá-lo a crescer.

Muitas vezes, a partir do nada, surgem vislumbres intuitivos acerca de qual futuro provável buscar — talvez na forma de imagens, sonhos, fantasias, sentimentos, pensamentos, impulsos ou sensações corporais.

Qualquer que seja a forma através da qual se manifeste a intuição, ela é inteiramente confiável. Esta é uma forma de conhecimento, uma mensagem enviada pelo nosso Eu Superior.
Se você tiver um vislumbre intuitivo, aja. Se você ignorar a sabedoria do seu Eu Superior, ou da sua Alma ela talvez não se dê ao trabalho de falar com você durante algum tempo. A intuição sempre o guia pelo seu melhor caminho.

Um método tradicional para permitir o florescimento da intuição é a prática regular da meditação — quer isto signifique empreender uma jornada interior, dançar, caminhar num bosque ou, então, ouvir música.

 Os vislumbres intuitivos frequentemente aparecem durante ou pouco depois da meditação. Quando relaxamos e silenciamos a mente, mergulhando abaixo do constante tagarelar do eu consciente, tornamo-nos cada vez mais receptivos aos sussurros do nosso Eu Superior.

Pouco depois de uma conversa em particular com ”meu Mestre”,  fui de carro até o Rio Grande, que passava por perto. Quando me sentei numa das margens, num estado expandido de consciência, depois da sessão, eu “sabia” sem nenhuma dúvida que toda sabedoria e  conhecimento estavam disponíveis para mim.

 Eu só tinha de perguntar. Fiz perguntas sobre o meu propósito superior, existências passadas, ligações kármicas com os outros e sobre os futuros prováveis — e as respostas inundaram minha mente.

 Uma ave incomum passou voando e eu perguntei de que espécie era ela — e a voz interior deu-me a resposta. Com tristeza, voltei rapidamente ao “normal”, porém permaneceu comigo o senso de ter, potencialmente acesso a todo conhecimento.


A luz que pertence a você é a luz da alegria. (A Course in Miracles)" 

O que quer que desejemos saber — seja algo trivial ou importante — está disponível num campo de energia que nos envolve constantemente Só temos de perguntar, de confiar, de mergulhar no nosso silêncio — e ouvir os sussurros". G. E.


Pesquisado por Dharmadhannya
O texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:

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