"A micromônada - Nossas Forças mentais"
Existe uma parábola indiana que, abstratamente, demonstra o modo como aparece, praticamente do nada, o tremendo poder esotérico. A lenda diz, que um príncipe ficou prisioneiro de uma tribo inimiga e encarcerado numa torre sobre o abismo para não poder escapar.
O príncipe era bom pela sua natureza espiritual, amava tudo e todos, os homens e animais, e por isto foi amado pelas forças superiores que, para ajudarem-lhe, mandaram uma aranha. Esta prendeu no peitoril da janela da torre um seu finíssimo fio de teia e desceu à terra onde os amigos íntimos do príncipe estavam pensando em como poderiam ajudar-lhe para fugir do cativeiro. Eles Juntaram o fio da teia com um fino fio de sêda um pouco mais resistente do que o da teia. Com grande cautela o príncipe puxou o fio da teia até alcançar o fio de seda.
Em seguida, os amigos juntaram a linha fina de sêda, com o fio fino da sêda e o príncipe, trabalhando com muita paciência e cautela, puxou tudo. Depois juntaram um fino barbante, aumentando assim, paulatinamente, a resistência da fileira até que o príncipe, afinal, puxou uma forte corda, fugindo do cativeiro.
A moral dessa parábola é que o homem tem grande e poderosa força que se encontra presa dentro dele. Para libertar essa força não existem outros meios além do tão delicadíssimo e frágil fio da teia, bastando um passo em falso para o fio ser rasgado e todo o trabalho perdido em vão. E se executarmos tudo com grande cautela e paciência, a força afinal será libertada.
Vejamos agora qual é o caminho existente para libertar e dominar essa poderosa força.
A plenitude e
a profundidade dos nossos pensamentos dependem puramente da atenção, memória e
imaginação. Está na dependência desses três fatores, a prática e a qualidade
dos exercícios de meditação.
O que é fácil
para uma pessoa atenta, de boa memória e imaginação, é muito difícil para
outra, desapossada desses três fatores. Quando a primeira tem toda a
possibilidade e facilidade, em curto prazo, de alcançar sua forças mentais, a
outra precisa muitos anos e, talvez mais do que uma vida. As imagens mentais
fracas na meditação, não darão os resultados satisfatório.
Pela sua
constituição, o organismo humano com todo o seu complexo espiritual, representa
o pequeno universo com absoluta exatidão em todos os seus pormenores.
O que existe no Universo, existe dentro da
complexidade do homem. Como no Universo tudo está ligado entre si e todas as
coisas penetram uma à outra, em seu aspecto energético-espiritual, o homem, por
sua vez, indivisivelmente, está ligado com todo o Universo.
Penetra ou tem a capacidade de penetrar em
todo o Universo e está introjetado pelo Universo, por meio das suas energias,
dentro das quais está submerso.
Com a simples
gota de água representa o oceano, pois, ele é formado da imensidade delas,
assim o homem representa de si a micromônada, a substância simples e completa
ativa e indivisível do Universo. Se não existissem as gotas, não poderia
existir o oceano. A existência do homem comprova a realidade do Universo. Se não
existisse o Universo, não existiria o homem e vice-versa.
Em sua unidade
completa o ser humano tem toda a predisponibilidade à inteligência e ao poder
universal em qualquer sentido. Do ponto de vista esotérico o organismo humano é
o complexo da imensidade das vibrações permanentes numa extensa amplitude da
escala cósmica.