Casamento Interior
Parceiros Invisíveis - Anima e Animus
Resumo de vários Mestres Junguianos.
Jung chamou os opostos existentes no homem e na mulher de
anima e animus. Anima significa o componente feminino numa personalidade de
homem, e o animus designa o componente masculino numa personalidade de mulher.
Ele tirou tais palavras do termo latino animare,
que quer dizer animar, avivar, porque sentiu que a anima e o animus se
assemelhavam a almas ou espíritos animadores, vivificadores, para homens e
mulheres.
A anima e o animus são imagens psíquicas, ou imagens da
“Alma” que aparecem em sonhos como vários personagens com várias faces,
nos contos de fadas - a fada, a princesa (anima), o príncipe, o rei
( animus), nos mitos, na grande literatura mundial, e — o que é mais importante
— nos variados fenômenos do comportamento humano.
Pois a anima e o animus são os Parceiros Invisíveis
presentes em todos os relacionamentos humanos e em toda busca da plenitude
individual por parte da pessoa.
Os efeitos negativos da anima e do animus estão
diretamente relacionados com a falta de percepção e a desvalorização, por parte
do homem, de seu lado feminino, e com a falta de percepção da mulher de seu
lado masculino.
Para Jung, o que caracteriza a feminilidade da
anima é o sentimento, enquanto o animus está ligado predominantemente ao
pensamento racional, essencialmente masculino. No processo de individuação,
integrar a anima para os homens e o animus para as mulheres é uma das etapas
fundamentais, vindo logo depois da integração da sombra e imediatamente antes
da realização do Si-mesmo.
Para o homem a figura materna, geralmente a mãe
biológica, é o primeiro objeto a receber a projeção da anima, ainda quando
menino, o que se dá inconscientemente. O menino inconsciente deste processo ao
crescer aos poucos, consegue retirar esta projeção da mãe e irá lançando-a a
outras mulheres.
Anima e animus são responsáveis pelas qualidades das
relações com pessoas do sexo oposto. Enquanto inconscientes, o contato
com estes arquétipos